Páginas

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Avanço do Mar - Um problema muito sério.

Como sabemos, Esmoriz é uma localidade atormentada, todos os anos, pelo poder ameaçador e destrutivo do mar. Esta situação é encarada como preocupante pelos moradores que vivem junto à costa, sendo muitos deles pescadores com escassos recursos financeiros. Todos eles procuram evitar estragos nas suas modestas habitações e zelam ainda pela sua própria segurança. 
De acordo com uma notícia recente do Diário de Notícias, apenas 20% do investimento nacional previsto para este problema (que não afecta só Esmoriz e Cortegaça, mas também outros espaços como a Costa da Caparica, Ílhavo, Loulé...) foi devidamente aplicado. Por outras palavras, a Crise actual impediu que os restantes 80% fossem canalizados para este projecto de resistência face ao avanço do mar. 
A defesa costeira foi, portanto, pouco incentivada pelas autoridades competentes, embora o actual secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo, tenha frisado recentemente que esta será uma prioridade, a breve prazo, do actual governo (será mesmo?).
É claro que não podemos evitar eternamente o avanço impiedoso do mar, mas podemos obviamente adiar esse desfecho inevitável e, por isso, defendemos que os pescadores, bem como outras pessoas que levam uma vida humilde, merecem, pelo menos, essas garantias de apoio e segurança.
O Mar não pode ser subestimado, muito menos em Esmoriz, onde já absorveu inúmeros edifícios, entre os quais uma casa fiscal e a antiga Capela da Praia que se localizariam na Praia Velha, caracterizada hoje pela ausência quase total do seu areal.



Fotografia de Fevereiro de 2012 que ilustra a Praia Velha de Esmoriz - O areal é completamente inexistente nesta fase do ano. (Imagem da autoria do Cusco de Esmoriz)

Fontes consultadas para a elaboração deste texto: 


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Relatório sobre a Barrinha (Fevereiro, 2012)

No mês de Fevereiro, efectuamos duas visitas à Barrinha, procurando conhecer o seu estado actual e relatar todas as incidências observadas. Em primeiro lugar, começaremos por referir que é muito difícil encontrar caminhos que nos possibilitem aceder à lagoa. A vegetação selvagem tem invadido e destruído muitos dos antigos atalhos. Mesmo assim, conseguimos encontrar um trajecto que se localiza proximamente dos campos de treino do Sporting Clube de Esmoriz e foi por aí que conseguimos empreender a nossa investigação. 
Ao entrarmos no meio envolvente da Barrinha, vislumbramos a existência duma vegetação diversificada, cuja altura poderá variar.



Figura 1 - A flora pauta-se pela sua variedade, podendo a vegetação atingir várias dimensões


Continuando o nosso percurso, deparamo-nos com zonas pantanosas que derivam das anteriores "cheias" da Barrinha. 



       Figura 2- Atente-se ao solo mais deslocado para a direita da foto. Vestígios dum espaço pantanoso.


De facto, a fauna e a flora da Barrinha pautam-se pela sua diversidade, o que torna esta região apetecível para os investigadores científicos. Durante as nossas visitas, encontramos abelhas, rãs, mosquitos, gaivotas, andorinhas,  patos... Esta é uma região rica, em termos de vida animal!
Exposto tudo isto, conseguimos então atingir a costa da lagoa e verificamos a existência de alicerces antigos que suportariam uma antiga ponte que hoje já não existe.



Figura 3 - Alicerce/Base duma antiga ponte que estabeleceria ligação entre Esmoriz e Paramos.

Beneficiando do contacto próximo da Barrinha, constatamos imediatamente que as águas não estão límpidas. A poluição das águas é por demais evidente.



Figura 4 - Uma garrafa a boiar na água da lagoa. Para quando uma maior consciência cívica?

Todavia, não é só no lago que se verifica a irresponsabilidade humana, mas também no próprio solo. Verificamos a existência de embalagens de iogurtes, de garrafas de água, de sacos... Isto decerto que não foi levado através das cheias da Barrinha para o solo. Por isso, deduzimos que existem algumas pessoas que visitam a Barrinha, sem respeitar o seu meio envolvente. 



Figura 5 - A poluição do solo, outra realidade dura da Barrinha.


Outro dado adquirido prende-se com a ausência de movimentações humanas nesta região. A Barrinha actualmente é uma zona pública e por isso, qualquer pessoa pode visitá-la sem qualquer problema. Mas quantas pessoas o fazem? Seguramente, muito poucas. Das duas vezes, que empreendemos a nossa visita, não encontramos ninguém.
Como nos confidenciou recentemente o sr. Arménio Moreira, um dos responsáveis pelo Movimento Cívico Pró-Barrinha,  poderá surgir, em breve, um projecto que passará pela construção de passadiços de madeira que atravessassem a Barrinha e ligassem Esmoriz a Paramos. Para isso, era ainda necessária a reconstrução da antiga ponte que fazia a conexão entre estas duas localidades. Assim, talvez fosse possível atrair uma maior visibilidade e interesse por este espaço que se encontra hoje praticamente abandonado pelo ser humano. Todavia, para este plano avançar são necessárias verbas que, infelizmente, não abundam na conjuntura actual. 


Figura 6 - Visão admirável sobre a Barrinha

Todas estas fotografias foram tiradas pelo Cusco de Esmoriz. Contudo, o mesmo aceita a partilha livre das mesmas para estudos académicos ou outras actividades  finalidades interessantes. Disponibilizamos ainda uma galeria de imagens sobre a Barrinha, no nosso perfil do Facebook.
Agradecemos então que visitem a nossa página em: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.116281201833539.12262.100003549799118&type=3

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Suspeitas de corridas ilegais em Esmoriz

Quem defende esta possibilidade é o tenente-coronel Costa Lima, porta-voz da GNR, que demonstra preocupação pelas corridas realizadas ilegalmente na ponte Vasco da Gama, em Palmela e até na área industrial de Ovar e Esmoriz. Esta reacção do referido elemento da GNR surge na sequência dum desastre aparatoso na zona de Loures que foi fruto dessas práticas ilegais e que acabou em tragédia. Dois dos supostos corredores acabaram por falecer encurralados pelas chamas provocadas pelo brutal acidente. Registaram-se ainda seis feridos, sendo que um está em estado grave. Segundo algumas testemunhas, os corredores chegaram a ultrapassar os 200 km/hora a meio da recta e por isso, desrespeitaram as regras de segurança o que originou um desfecho que, infelizmente, acontece muitas vezes neste tipo de práticas. 
Em relação ao caso concreto de Esmoriz, é necessária a atenção de toda a nossa comunidade para este problema sério e perigoso que pode até comprometer a vida de utentes inocentes, visto que, infelizmente, parecem existir irresponsáveis que continuam a colocar em causa, não só as suas próprias vidas, mas as dos outros também. 


Imagem duma alegada corrida ilegal na zona industrial de Tortosendo (Covilhã).

Notícia retirada de: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/corrida-ilegal-faz-2-mortos-na-a1#, (26-02-2012). Artigo do Correio da Manhã redigido por Magali Pinto e Miguel Curado. Para se observar a entrevista e as reacções de Costa Lima, porta-voz da GNR, façam o favor de clicar em "ver  texto completo" o que está encima da opção "Partilhar", quase no fundo da página, já depois do artigo.
Observe-se ainda que estes casos de corridas ilegais são frequentes na Zona Centro - http://www.portugalcentro.pt/noticias/ver_noticia.php?id=10387, (26-02-2012). 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Cemitério de Esmoriz assaltado por várias vezes na última semana

De acordo com as informações prestadas pelo pároco Fernando Campos na eucaristia de hoje à tarde, decorreram nada mais nada menos que três assaltos ao cemitério de Esmoriz, só na última semana. A polícia judiciária já está a investigar o sucedido. Como avançamos recentemente na nossa página do Facebook, também o cemitério de Paramos fora, em simultâneo, alvo destas lamentáveis incidências, levantando-se a possibilidade dos autores serem os mesmos. O que é certo é que os assaltantes procuram vasilhas, adereços, peças de bronze e outros tipos de adornos e não parecem dar sinais de abrandar com os seus actos descarados.
O Cusco de Esmoriz vem por este meio lamentar a ocorrência destes actos de vandalismo que não respeitam a memória daqueles que já partiram. Se algum esmorizense sabe algo sobre quem estará por detrás destes procedimentos desonrados, apelamos à sua acção imediata, de forma a denunciar os responsáveis que actuam desta forma cobarde até porque amanhã pode ser a campa dos nossos entes queridos a ser profanada por pessoas sem qualquer tipo de carácter. 



Imagem dum assalto perpetrado a um cemitério, desta feita a imagem reporta-se a uma sepultura vandalizada em Sabacheira, concelho de Tomar
Imagem retirada de: http://www.cidadetomar.pt/noticia.php?id=1974, (25-02-2012)

Fontes consultadas para a realização deste texto: http://21gramas.pt/Website/index.php?Action=Pages&pageID=107, (25-02-2012; a "Voz de Esmoriz" refere-se a este acontecimento).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Milagre em Maceda que contou com o auxílio dos bombeiros voluntários de Esmoriz

A notícia do acidente foi hoje avançada pela SIC Notícias e encontra-se também registada no próprio Facebook dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz. Todavia, é necessário começar por referir que o desastre reportou-se ao dia anterior, isto é, quinta feira (dia 23 de Fevereiro de 2012). Tratou-se de um choque violento entre um camião e um automóvel, na avenida do EuroParque em Maceda. Por incrível sorte, as consequências mais sérias parecem apenas restringir-se ao âmbito material. O veículo ligeiro, de cor vermelha, foi completamente dizimado através do forte embate a que foi sujeito. O casal que seguia no mesmo conseguiu escapar a uma morte quase certa, ficando apenas com ferimentos ligeiros. De facto, evitou-se uma tragédia com os bombeiros de Esmoriz a prestar mais um serviço honroso em prol da comunidade e isso, merecerá desde sempre o nosso reconhecimento. 
Não podemos também deixar de salientar que já morreram 68 pessoas nas estradas portuguesas desde o início deste ano de 2012. Por milagre, não se verificou na tarde de quinta-feira um novo aumento da contagem...


Os bombeiros de Esmoriz não actuam só na sua localidade. A sua essencial colaboração verifica-se em inúmeros espaços: Espinho, Ovar, Cortegaça, Arcos de Valdevez...



Fontes consultadas para a realização deste artigo:

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article1362409.ece,(24-02-2012);

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2323541&page=1, (24-02-2012).

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A Barrinha e sua história

Na actualidade, como todos sabemos, o estado da Barrinha não podia ser mais desanimador. Poluída e abandonada pelo ser humano, a lagoa vive agora tempos difíceis. Todavia, a história diz-nos que o panorama nem sempre foi assim. De facto, a Barrinha conheceu também anos de ouro, embora no seu passado. É disso que iremos falar neste texto para que todos tenhamos noção da importância deste espaço histórico da nossa região.
Nas inquirições do rei D. Dinis do século XIII (ano 1288, mais concretamente), surge já uma referência que aponta para a existência dum porto em Esmoriz. É provável que o mesmo se localizasse na zona da Barrinha, embora os dados existentes sejam escassos e pouco esclarecedores. Acreditamos ainda que se tratava dum pequeno porto de abrigo para embarcações de dimensões reduzidas. 
Também foram construídas pontes sobre a Barrinha, embora em datas incertas.
Nestes tempos mais recuados, a Barrinha atraía facilmente os pescadores e os camponeses. Os primeiros procuravam taínhas, robalos, enguias, linguados e solhas, enquanto que, os segundos ambicionavam encontrar ervagens, junco, rapilho e estrume. É possível ainda que tenham existido algumas salinas na Barrinha, todavia estas estariam seguramente em número bastante reduzido. 
Os habitantes da região estavam conscientes das potencialidades da Barrinha e por isso, frequentavam-na várias vezes, nestas eras antigas! Inclusive, chegaram a existir conflitos entre famílias nobres (que reivindicavam apenas para si os direitos sobre a Barrinha) e o restante povo que desejaria explorar livremente os recursos deste espaço. Este conflito durou anos, senão séculos! A lagoa movia interesses nesses tempos. 
Por seu turno, os turistas também se sentiam atraídos pela beleza e magnificência da Barrinha, local fantástico para tomar excelentes banhos. É claro que existiram ainda tragédias com pessoas a morrerem afogadas, o que infelizmente acontece em qualquer espaço marítimo utilizado pelos seres humanos. Contudo, ninguém podia desmentir que nesses tempos assistíamos ao auge da Barrinha que era o orgulho de Esmoriz e de seu povo....



A Lagoa de Paramos/Barrinha de Esmoriz, ainda nos seus anos de ouro.


Fontes consultadas: AMORIM, Aires de - Esmoriz e a sua História, p. 226-285.





As origens dos nomes de Esmoriz e Gondesende. Questões sobre a toponímia.

Decerto que serão muitos poucos os esmorizenses que conhecem a origem dos nomes destas duas terras que tão bem conhecemos e nas quais residimos. Todavia, é importante conhecer todo o contexto que levou à designação específica das localidades em questão.
No ano de 711 d.C., as forças muçulmanas lideradas por Tarik, Musa e Abd al-Aziz invadiriam a Península Ibérica, desbaratando os exércitos visigodos e impondo assim o seu domínio. Contudo, os sarracenos são travados nas Astúrias (talvez em 722 d.C.), de onde partirá a Reconquista Cristã. 
Os cristãos tentarão a todo o custo recuperar o território que lhes fora retirado pelos ocupadores muçulmanos. Ocorrerão inúmeras batalhas com muito sangue derramado. Por vezes, existem avanços, noutras registam-se recuos. Os Papas da época promovem a Cruzada contra o "infiel" e apelam à participação dos cruzados europeus no Próximo Oriente mas também na Hispânia, aonde os muçulmanos estabelecem aquilo que será conhecido como o Al-Andalus.
Durante este duro e longo processo de Reconquista, os cristãos da Península Ibérica recebem reforços, oriundos de diversas partes da Europa (por exemplo: francos e germanos), de forma a que pudessem resistir ao domínio muçulmano. 
De entre os inúmeros cavaleiros que lutavam em nome de Cristo, encontramos dois que nos merecem maior atenção: Ermerico e Gundesindo. Pouco se sabe sobre a vida deles, todavia foram estes dois combatentes que deram o nome às duas terras que hoje conhecemos como Esmoriz e Gondesende. Nesta época, como ressalva o Padre Aires de Amorim, era natural que os cavaleiros da reconquista cristã dessem o seu nome às vilas. Foi o que acontecera! 
É claro que ambos os nomes ainda evoluíram com o avançar dos tempos, mas sofreram apenas pequenas alterações. Em 1077, Esmoriz surge já documentado como villa ermorici. Em 1090, outro manuscrito refere também a existência da villa ermorizi. A designação foi evoluindo lentamente com os tempos até chegarmos aos topónimos actuais. 


brasao esmoriz.jpg (4616 bytes)

Logotipo da Cidade de Esmoriz

Fontes utilizadas: AMORIM, Aires de - Esmoriz e a sua História. Esmoriz: Edição da Comissão de Melhoramentos, 1986, p. 15-20.

Sondagem

Caros Esmorizenses, como poderão observar abrimos uma sondagem que pode ser observada no canto superior direito do nosso blog. A questão colocada é simples - O que é que faz mais falta em Esmoriz? Por outras palavras, caso pudessem investir na nossa cidade, o que fariam para que a mesma conseguisse evoluir? O prazo para o final da votação ocorrerá no dia 28 de Março. Por isso, daqui até lá, espero que votem e exprimam a vossa opinião sobre este tema que é de particular importância para a nossa freguesia! Agradecemos desde já a vossa atenção!
Caros esmorizenses:

Hoje decidimos criar um novo blog, intitulado "As Cusquices de Esmoriz". Este endereço electrónico abordará assuntos de todos os níveis que afectam a nossa vida local. Falaremos um pouco da história e da actualidade da nossa cidade. 
Procuraremos estar à altura das exigências, prometendo desde já a nossa atenção a tudo o que se está passando na nossa localidade. De facto, queremos servir a nossa comunidade com a mais-valia do conhecimento. Já Francis Bacon referia "Conhecimento é poder" e da nossa parte, podem esperar que estaremos atentos e disponibilizaremos, sempre que possível, informação sobre Esmoriz.
Agradeceremos sempre de bom grado a presença de comentadores, residentes na área ou não, desde que o façam com  a devida educação.


Emblema da Junta de Freguesia de Santa Maria de Esmoriz