Retirada de: http://www.pousadaportofino.com/noticia/feliz-natal
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Extra-Esmoriz XXVI - União de Freguesias de Ovar inaugurou exposição "Postal de Natal 2015"
A União de Freguesias de Ovar inaugurou uma exposição que conta com mais de 300 postais alusivos à quadra natalícia e que foram concebidos por crianças que frequentam a Educação Pré-Escolar e o Ensino Básico. Estes "pequenos estudantes" responderiam assim ao desafio lançado pela União de Freguesias.
A exposição estará presente no Dolce Vita de Ovar até ao dia 6 de Janeiro de 2016, assegurando assim uma faceta mais colorida.
Convém assinalar que esta mesma exposição de postais resulta de um concurso prévio, onde o postal vencedor, da autoria de Pedro Tavares, será enviado a toda a população residente da União de Freguesias, desejando boas festas. Os principais premiados tiveram ainda direito a um exemplar do livro "Doutor Grilo" do autor ovarense Carlos Nuno Granja.
Imagem nº 1 - Bruno Oliveira, Presidente da União de Freguesias de Ovar, saudou a iniciativa que pretendeu imprimir originalidade e criatividade nas crianças.
Foto - União de Freguesias de Ovar
Programa "Juízo de Bancada" difunde vídeo sobre o Natal
"MÚSICA DE NATAL - NATAL EM ESMORIZ"
O Natal em Esmoriz tem outra essência e o Juízo de Bancada faz por colocar uma prenda no sapatinho dos seus ouvintes. É a nossa música, para fechar 2015 em beleza, com tudo o que uma quadra como esta merece, nesta cidade à beira mal plantada. É a bela da dança esquisita, a voz de cana rachada, a rima improvável e o fim de qualquer réstia de reputação credível que ainda pudéssemos ter. São razões mais do que suficientes para não tirares os olhos do ecrã e preparares-te para fazer da maior bancada da rádio uma autêntica mesa de júri de um qualquer concurso de talentos que passe em prime time.
FELIZ NATAL A TODOS E UM ÓTIMO 2016
Nota-extra: O Juízo de Bancada é um Programa Radiofónico (da Rádio Voz de Esmoriz) que reúne a participação de 4 talentosos jovens - Emanuel Bandeira, Ricardo Marques, Pedro Silva e Tânia Pedrosa.
Bloco de Esquerda denuncia atentado contra a Necrópole de Gondesende
O BE diz ter tomado conhecimento de obras “levadas a cabo por um
agente privado, com movimentação de terras e nivelamento de terreno em
área de interesse, no âmbito do património arqueológico nacional”.
A área em questão é a Necrópole de Chão do Grilo, situada em
Gondesende, Esmoriz, recentemente alvo de escavações e novas descobertas
arqueológicas.
Da última intervenção de que foi alvo, resultou a expansão da área classificada, área essa que se encontra actualmente sob intervenção, com máquinas pesadas e que envolve remoção de terras e nivelamento de terreno.
Da última intervenção de que foi alvo, resultou a expansão da área classificada, área essa que se encontra actualmente sob intervenção, com máquinas pesadas e que envolve remoção de terras e nivelamento de terreno.
A equipa de arqueologia responsável pelas escavações arqueológicas e
mais recentes descobertas, suspeita da presença de um povoado próximo à
necrópole, na área em que ocorrem as intervenções.
O BE alerta que, “sendo uma área com interesse arqueológico, este
tipo de intervenção carece de acompanhamento por uma equipa de
arqueologia”. No caso concreto da Necrópole de Chão do Grilo, o BE
confirmou essa necessidade junto da Direção Regional de Cultura do
Centro (DRCC). De acordo com a informação recolhida junto da DRCC, terão
sido feitas denúncias prévias sobre a situação, das quais resultou o
envio de um ofício à Câmara Municipal de Ovar, que tem a tutela local
sobre o sítio arqueológico, ao qual não terá ainda respondido.
Este ofício solicitava a imediata suspensão das obras e agendamento
de uma reunião no local. Através de contacto telefónico, o BE diz que
obteve da Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Ovar a informação de
que “tudo estaria a decorrer dentro da normalidade e legalidade e que a
fiscalização havia sido accionada e estava atenta à questão”.
Contudo, o BE confirmou junto da DRCC de que as obras em curso
decorrem em plena área classificada e que a direcção desconhece que
estejam a ser acompanhadas por um arqueólogo, como exigido por lei, pelo
que foi enviado novo ofício à edilidade.
O BE confirma que as obras prosseguem, tendo sido observada
actividade de máquinas pesadas na área classificada, nos últimos dias.
Moisés Ferreira, deputado do BE, já questionou o Ministério da Cultura,
“exigindo medidas céleres para colocar fim a este atentado contra o
património arqueológico nacional”.
Notícia extraída integralmente do Site OvarNews
domingo, 20 de dezembro de 2015
Voto de Boas Festas do Cusco
Como estamos em época de eleições e de festas, deixo já aqui bem claro o meu sentido de voto. Desejo inequivocamente boas festas aos nossos leitores. Espero que desfrutem de uma santa consoada e que valorizem as vossas relações familiares. Não abusem dos doces - se quiserem, podem deixá-los todos para mim porque eu tenho estômago para doçarias!
Aproveito igualmente para desejar um feliz ano novo de 2016. Que a vida vos sorria sempre! Procurem sempre a vossa paz e alegria.
Imagem/Mensagem retirada de: http://www.esoterikha.com/presentes/mensagem-de-feliz-natal.php
Poema do Mês de Dezembro de 2015
“O Redentor Chorando”
(Manuel Bocage in “Sonetos”; 1765-1805)
Se considero o triste abatimento
Em que me faz jazer minha desgraça,
A desesperação me despedaça,
No mesmo instante, o frágil sofrimento.
Mas súbito me diz o pensamento,
Para aplacar-me a dor que me traspassa,
Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
Teve num vil presepe o nascimento.
Vejo na palha o Redentor chorando,
Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,
A milagrosa estrela os reis guiando.
Vejo-O morrer depois, ó pecadores,
Por nós, e fecho os olhos, adorando
Os castigos do Céu como favores.
(Manuel Bocage in “Sonetos”; 1765-1805)
Se considero o triste abatimento
Em que me faz jazer minha desgraça,
A desesperação me despedaça,
No mesmo instante, o frágil sofrimento.
Mas súbito me diz o pensamento,
Para aplacar-me a dor que me traspassa,
Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
Teve num vil presepe o nascimento.
Vejo na palha o Redentor chorando,
Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,
A milagrosa estrela os reis guiando.
Vejo-O morrer depois, ó pecadores,
Por nós, e fecho os olhos, adorando
Os castigos do Céu como favores.
Nota extra - presepe = presépio
Retrato retirado de: http://www.rostos.pt
Cartoon do Mês de Dezembro de 2015
Imagem nº 1 - Mais um cartoon magistral da autoria de Henrique Monteiro.
Veja-se: http://henricartoon.pt/600403.html
Sinais de Trânsito vandalizados em Esmoriz
A situação foi registada neste fim de semana, quando caminhávamos junto à Praia de Esmoriz. Quando observámos o primeiro sinal de trânsito tombado no chão, ainda equacionamos que tal poderia ter sido resultado da ventania que se tinha registado nas noites anteriores, contudo a verdade é que, numa determinada área, viemos a constatar que todos os sinais pareciam estar derrubados. Houve quem nos dissesse que poderiam estar a ser removidos por parte das entidades públicas, contudo refutamos tal hipótese visto que existiam sinais de trânsito que não estavam resguardados da forma mais acautelada e até porque a remoção brusca desses sinais obrigatórios de trânsito poderia ocasionar o rápido desconhecimento dos condutores (sobretudo daqueles que não são de cá) e até eventuais acidentes.
Por isso, não duvidamos sequer de que estamos perante acções de vandalismo. Não é a primeira vez que este tipo de incidências acontecem na nossa terra. Nos últimos anos, tivemos sempre notícias de carros e passadiços junto à Praia de Esmoriz que não foram poupados por certos desordeiros.
É lamentável a ausência de princípios bem como a gravidade destas atitudes. Neste caso em concreto, os energúmenos ignoraram completamente que este seu procedimento ridículo poderia causar um acidente fatal de trânsito.
Grupo Coral de Esmoriz musicou o espírito natalício
A cidade de Esmoriz já abraçou a quadra natalícia, tal é o número de enfeites que podem por aí ser observados. Neste sábado, tivemos conhecimento de que o Pai Natal desfilou de charrete pelas ruas da Cidade de Esmoriz, e que as iniciativas de animação chegaram inclusivamente ao Estádio da Barrinha e ao auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz.
Todavia, o espectáculo mais memorável decorreu na noite deste passado sábado, com o Grupo Coral de Esmoriz a cantar melodias típicas da quadra natalícia que imediatamente encheram de alegria as cerca de 100 pessoas que estiveram na Igreja Matriz a presenciar o concerto. O evento decorreu entre as 21:30 e 22:45 e pautou-se pelo minucioso cumprimento da harmonia musical, o que motivou sinceros e recorrentes aplausos por parte do público presente.
António Bebiano, Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, louvou o nível da qualidade musical evidenciada por esta colectividade, enquanto que o Pároco Fernando Campos pediu mais paz no nosso mundo, além de incentivar os crentes à oração por uma conjuntura melhor.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Reformas Douradas - O Bastião que sempre resistiu à Austeridade
"Há 4533 pensionistas a receber mais de 4000 euros por mês - o número
mais do que quadruplicou em 10 anos. Em média, custam à Caixa Geral de
Aposentações cerca de 20 milhões de euros por mês, ou seja, 285
milhões/ano. Villaverde Cabral propõe que haja um tecto". (Diário de Notícias, 11-01-2011)
Quando olhamos para um país muito rico como a Suíça ficamos imediatamente surpreendidos ao constatar que este país dispõe de um tecto para as reformas cifrado em 2 mil euros, verba que até achamos modesta se tivermos em conta o desenvolvimento económico e as condições salariais aliciantes da nação helvética.
Em Portugal, onde a carência monetária é bem mais evidente, nada disto acontece. Nem a grave crise que se viveu nos últimos anos, nem os inúmeros alertas que apontam para uma provável insolvência do Sistema de Segurança Social fez com que os derradeiros governos tomassem medidas concretas para acabar, de vez, com as reformas luxuosas.
Sempre interpretamos a reforma como um "complemento" que se destinaria a premiar décadas de sacrifício por parte dos trabalhadores, permitindo a estes uma velhice digna e estável. No meu entender, uma reforma deve corresponder a um valor que permita suprir as necessidades básicas/essenciais dos cidadãos, sem nunca ceder a caprichos ou mordomias exorbitantes. Por outras palavras, é uma afronta ao povo português que existam pensões balizadas acima dos 4 mil euros. Não é justo, quando uma considerável parte dos portugueses aufere o ordenado mínimo ou pouco mais do que isso, isto já para não falar dos desempregados ou daqueles que trabalham a part-time, recibos verdes ou comissões ínfimas. E isto deveria envergonhar-nos enquanto portugueses.
Defendemos pois que o exemplo suíço deveria ser copiado em Portugal. Um tecto de 2 mil euros seria adequado, e evitaria exageros que decerto não servem os interesses nacionais. Assim, a Segurança Social cortaria nas despesas anualmente contraídas, o que lhe permitira enfrentar com maior vigor o seu estado crítico actual.
Mas porque é que ainda ninguém fez nada a este respeito? O silêncio dos principais partidos foi sempre algo que nos custou a entender. É verdade que, durante a campanha eleitoral, a coligação PSD & CDS prometeu novidades a respeito de um eventual tecto, mas durante os 4 anos anteriores em que esteve no poder, não promoveu acções concretas para resolver esta injustiça.
Pelos vistos, Portugal é um país que ainda gosta de alimentar fundações de utilidade duvidosa, de financiar subvenções vitalícias a ex-políticos (embora estas estejam agora suspensas) e de pagar reformas douradas. E isto terá de mudar, se realmente queremos todos uma sociedade mais igualitária.
Agora é preciso que alguém os tenha no sítio para enfrentar o sistema cancerígeno de interesses que já há muito está cá enraizado e que mina a estabilidade estatal. Quem terá coragem para tal?
Imagem retirada de: http://sucessomental.com/o-segredo-da-lei-do-dinheiro/
Esmoriz Ginásio Clube vence Académica de Espinho e ascende à 6ª posição
O Esmoriz Ginásio Clube recebeu e venceu o Académica de Espinho por 3-0 em sets (25-22; 25-23; 25-19), em partida da 14ª jornada. Com este resultado, a turma da Barrinha ascendeu à 6ª posição, somando agora 18 pontos em 14 jogos. A equipa está a realizar uma temporada tranquila, e almeja agora um lugar no playoff dos melhores, como aconteceu há 2 anos atrás.
Imagem nº 1 - O Esmoriz Ginásio Clube tem estado em bom plano na primeira volta da fase regular do Campeonato Nacional de Voleibol (Época 2015-2016).
Retirada de: http://www.esmorizgc.pt/senioresm/
Grupo para a Sociedade promoveu III Encontro de Coros
O Grupo para a Sociedade (GPS) organizou, no passado dia 12 de Dezembro, o III Encontro de Coros no auditório do Antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz (Castanheiros). A iniciativa pretendeu valorizar a essência da solidariedade bem como o respeito pelos valores humanos. Foram ainda recolhidos vários alimentos que reverterão para as famílias carenciadas.
O III Encontro de Coros juntou várias entidades colectivas musicais que se uniram também a esta causa, enquadrando-se assim na fraternidade desta quadra natalícia.
É de realçar igualmente a participação elevada de jovens que, além de evidenciarem o seu talento, não deixaram de prestar a sua colaboração neste evento de finalidade social.
Vídeo de Apresentação do GPS exibido no III Encontro de Coros de Esmoriz
Extra-Esmoriz XXV - Índice de Transparência Municipal - Vale de Cambra faz brilharete; Ovar afunda-se...
Já são conhecidos os resultados do Índice de Transparência Municipal para o ano de 2015. No Distrito de Aveiro, a principal novidade vai para o concelho de Vale de Cambra que subiu 233 lugares face ao ano anterior, fixando-se agora numa interessante 53ª posição. De acordo com o Diário de Aveiro, esta fantástica subida deveu-se ao facto do município ter adoptado normas de transparência, além de disponibilizar informação de interesse público no seu website, nomeadamente detalhes sobre a organização, contratação pública e transparência na área do urbanismo.
Em sentido inverso, encontramos a autarquia de Ovar que desceu 180 lugares, deixando a 70ª posição (verificada em 2014) para agora se situar no 250º lugar, num total de 308 concelhos.
"O Índice de Transparência Municipal (ITM) mede o grau de transparência
das Câmaras Municipais através de uma análise da informação
disponibilizada aos cidadãos nos seus web sites. O ITM é composto por 76
indicadores agrupados em sete dimensões: 1) Informação sobre a
Organização, Composição Social e Funcionamento do Município; 2) Planos e
Relatórios; 3) Impostos, Taxas, Tarifas, Preços e Regulamentos; 4)
Relação com a Sociedade; 5) Contratação Pública; 6) Transparência
Económico-Financeira; 7) Transparência na área do Urbanismo"
(Leia-se mais em: http://poderlocal.transparencia.pt/)
Imagem nº 1 - O Município de Vale de Cambra registou a maior subida no Índice de Transparência Municipal. A autarquia tomou medidas em prol de uma gestão local transparente.
Retirada de: http://edvemrede.com/2013/01/pacos-do-concelho-de-vale-de-cambra-recuperado.html#.VnG4lVKZPIU, (Foto - D.R.)
sábado, 12 de dezembro de 2015
Atropelamento ferroviário causa tragédia em Esmoriz...
Ao princípio da tarde desta sexta-feira, um homem terá sido colido por um comboio que seguia no sentido Norte-Sul. O acidente terá ocorrido numa zona já a sul da estação. Não se apuraram mais elementos sobre a morte dramática deste homem.
Os bombeiros voluntários de Esmoriz mobilizaram uma Ambulância de Socorro e um VSAT – Veiculo de Socorro e Assistência Táctico.
Foto retirada do OvarNews
Esmoriz e Ovar Norte justificam Posto de Turismo
Não me vou queixar novamente do estado em que se encontra o edifício do Esmoriztur, pois tal seria bater sempre na mesma tecla. Por isso, hoje não vou falar-vos da falta de incentivos estruturais, realidade que dificulta a progressão da nossa cultura local. Muitos continuam a ignorar que Esmoriz suscita um grau de participação elevado, basta recordar onde se verificou maior participação nas sessões do Orçamento Participativo. Mas não, não me vou alongar mais neste ponto. Penso que os factos falam por si...
Formulei sim este texto para abordar uma outra realidade que, na minha opinião, deveria ser mais potenciada - refiro-me evidentemente à vertente turística. Se é certo que Esmoriz tem atraído vários turistas nos últimos anos, a verdade é que fico com a ideia de que as suas virtudes deveriam ser potenciadas. Por exemplo, hoje sobram muitos poucos roteiros ou folhetos turísticos que tivessem elencado as maravilhas da nossa terra - Praia, Barrinha, Parque do Buçaquinho, Monumentos, Tradições Etnográficas/Festivas... É claro que já tive recentemente conhecimento de que haveria uma Turma de Multimédia do Agrupamento de Escolas de Esmoriz a trabalhar nesse sentido (a pedido da Junta de Freguesia de Esmoriz), mas a verdade é que esta lacuna arrastou-se pelos últimos cinco anos, o que decerto não nos favoreceu. Por outro lado, não consigo ainda compreender como é que a Junta de Freguesia de Esmoriz não possui ainda um site oficial, onde pudesse divulgar os cartões-de-visita da nossa cidade. Penso que esta é outra falha que deveria ser resolvida a breve prazo, até porque as tecnologias são hoje determinantes para que a mensagem alcance um público maior.
Um Posto de Turismo em Esmoriz faria todo o sentido, de modo a que os visitantes (portugueses ou estrangeiros) pudessem ser orientados de modo a conhecerem as potencialidades da nossa cidade e inclusive das restantes freguesias do município. A região norte de Ovar (Esmoriz, Cortegaça e Maceda) necessitaria logicamente de uma estrutura desta natureza. Esse Posto de Turismo teria ainda a função de providenciar visitas guiadas aos monumentos da terra, e de produzir/divulgar os folhetos turísticos, não só pelo concelho de Ovar, como pelos Distritos do Porto e Aveiro, fazendo chegar os impressos aos mais prestigiados hotéis da região.
Não duvidem de que se potenciarmos mais o sector turístico, o comércio e a economia locais melhoram rapidamente. É uma verdade de La Palisse.
Falta saber se a descentralização cultural e turística a nível concelhio irá algum dia acontecer. Todos ficariam a ganhar certamente com isto.
Foto - Victor Elmano Sousa
Panoramio
Conjunto Habitacional da Praia inaugurado com a entrega das chaves
O dia 12 de Dezembro de 2015 irá marcar para sempre a vida de 30 famílias que deixaram os seus anteriores abrigos degradados e ameaçados pelo perigo do avanço do mar, para agora desfrutarem de moradias que traduzem um estilo de modernidade, além de estar igualmente garantida a sua segurança (dada a maior distância face à costa).
O projecto do Bairro Social da Praia arrancou em 2013, ainda no mandato de Manuel Oliveira, e mereceu a continuidade exemplar do actual executivo liderado por Salvador Malheiro.
Como dizia o poeta Fernando Pessoa, "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" - e assim, foi possível melhorar a vida de 30 famílias (ao todo, poderão ser mais de 100 pessoas beneficiadas por esta intervenção). Não se pense, porém, que o percurso para a concretização destas obras foi um "mar de rosas". Aliás, a Câmara Municipal de Ovar teve de investir 2,2 milhões de euros para transformar todos aqueles sonhos em realidade.
A inauguração ocorreu com pompa e circunstância neste sábado de manhã, e atraiu centenas de pessoas ao local. A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz esteve no local a animar toda aquela cerimónia que visaria a entrega das chaves às famílias que retirarão agora proveito daquele colorido e funcional edifício que detém uma capacidade para 30 fogos/habitações. No local esteve ainda a figura do Pai Natal que andou a distribuir prendas e a brincar com os mais novos.
De facto, hoje foi um dia muito feliz para vários pescadores, gente de bem, pessoas de carácter humilde e trabalhador, que receberam talvez a melhor prenda de natal das suas vidas. Para trás, ficaram décadas de muita aflição e tormento.
Foto - HA
Foto - HA
Foto - HA
Nota-Extra - O Conjunto Habitacional foi baptizado com a designação de "Boa Esperança".
Barrinha de Esmoriz deve ser intervencionada nos inícios de 2016
Apesar das obras de reabilitação não terem arrancado no trimestre final de 2015 (conforme estava previsto), a verdade é que existe agora a convicção de que as intervenções serão uma realidade nos primeiros tempos de 2016.
Neste momento, o projecto necessita dum visto do Tribunal de Contas e da resolução de uma querela jurídica relacionada com o concurso de atribuição da empreitada. Ainda assim, estas duas situações burocráticas não deverão prolongar este impasse por muito mais tempo.
O executivo liderado por Salvador Malheiro apela a uma maior celeridade do processo, para que a Barrinha possa finalmente ser reabilitada. Por seu turno, Arménio Moreira, Presidente do Movimento Cívico Pró-Barrinha, aplaude o início das obras, mas continua a pugnar pela neutralização dos focos poluentes e pela preservação da avifauna.
Foto - Rubim Almeida
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Extra-Esmoriz XXIV - Junta de Freguesia de Espinho vende antiga praça de Touros
A Junta de Freguesia de Espinho acaba de vender a antiga Praça de Touros da cidade por uma quantia cifrada em 885 mil euros (após leilão). De acordo com o Diário de Aveiro, Rui Torres, presidente da respectiva freguesia, salienta o facto desta verba representar 4 a 5 vezes o orçamento anual do seu organismo autárquico.
O espaço foi adquirido por uma empresa imobiliária que teve em conta o seu "potencial de transformação". Segundo informações entretanto veiculadas, deverão surgir, em breve, no terreno habitações, escritórios e lojas.
Imagem nº 1 - A desabilitada Praça de Touros foi vendida pela Junta de Freguesia de Espinho que conseguiu obter um valor interessante.
Foto: Portal da Câmara Municipal de Espinho
Bombeiros Voluntários de Esmoriz assinalam quadra natalícia
O espírito da quadra natalícia já chegou ao Quartel dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz. Os nossos soldados da paz construíram o seu próprio Presépio de Natal.
A fotografia é da autoria de Isaura Fátima Lopes (Comissão do Monumento ao Bombeiro) que desejou umas boas festas à Direcção, ao Corpo Activo e à Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz.
Um pouco por toda a parte, começam a verificar-se também os primeiros enfeites de Natal.
domingo, 6 de dezembro de 2015
Silvino Gomes apresentou o livro "As Minhas Canções"
Neste passado sábado à noite (dia 5 de Dezembro), o auditório da Junta de Freguesia encheu-se de um mar de gente que desejou conhecer os detalhes da nova obra de Silvino Gomes, um cidadão esmorizense que sempre se evidenciou pela entrega incondicional ao associativismo e às artes. Além do lançamento do seu livro "As Minhas Canções", foram ainda proporcionados, em simultâneo, alguns espectáculos que trataram de tornar o serão ainda mais agradável e convidativo. Mais de 200 espectadores presenciaram então este evento que, desde logo, se assumiu fiel aos pergaminhos da cultura bairrista esmorizense.
Logo no início deste episódio cultural, foi projectado um magnífico vídeo que, através da intercalação de fotografias antigas e recentes, recordou um pouco do percurso de vida do autor do livro. Dentro deste contexto, Silvino Ferreira Gomes nascera a 27 de Janeiro de 1958, e viria a nutrir uma grande devoção pela família (pais e irmãos) e pela cidade de Esmoriz que sempre o acolheu com carinho. Ingressaria nos Bombeiros Voluntários de Esmoriz (e na sua respectiva fanfarra), e conheceria igualmente passagens muito importantes pelo Grupo de Teatro Renascer e pelos Arautos - Grupo D'Arte e Cultura (colectividade à qual preside neste momento). Por isso, Silvino soube sempre conciliar os ofícios de actor, encenador, poeta e compositor de músicas. Podemos rapidamente concluir que o teatro e a música sempre mereceram da sua parte uma atenção especial.
Após a apresentação do vídeo de teor "biográfico", subiu ao palco o Grupo Musical da Universidade Sénior de Esmoriz que, sob a orientação exemplar de Rúben Pinto, cantou músicas bairristas directamente relacionadas com as tradições da nossa urbe. Estas mesmas canções haviam sido compostas por Saúl de Oliveira (letra) e Luís Marques Aleixo (composição musical), dois notáveis esmorizenses que nos deixaram um importante legado cultural. De acordo com o conteúdo destas canções, foi possível verificar o saudosismo existente em torno da Barrinha de Esmoriz, da Tanoaria e inclusive das Festividades Locais.
Seguiu-se depois a actuação de Alberto Silva, um artista esmorizense que sempre cantara temas musicais esboçados (e agora publicados) por Silvino Gomes. Desta feita, Alberto cantaria 3 ou 4 poemas musicados por Silvino. Neste contexto em particular, destacamos a canção "A ti meu irmão" que desencadeou sentimentos de profunda emotividade.
Também José Reis subiu ao palco para cantar músicas de diversos artistas esmorizenses, o que motivou incentivos e aplausos por parte da plateia.
O desfile de actuações artísticas terminou com mais uma brilhante performance de Rúben Pinto que musicou, de forma original, quatro poemas de Silvino Gomes, tendo recorrido às suas qualidades de canto e ao manejo exímio da sua guitarra.
Durante este evento original, decorreu igualmente a cerimónia solene de apresentação do livro "As Minhas Canções" que juntou o autor Silvino Gomes e ainda Alcides Alves (ex-Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz) e Lúcia Bandeira (Professora do Agrupamento de Escolas de Esmoriz). Emocionado, Silvino Gomes logo se aprestou em citar um extenso rol de agradecimentos, enaltecendo o apoio incansável da sua família, das colectividades e ainda dos seus muitos amigos que lhe deram forças para concretizar este seu sonho de ver a sua obra a nascer. O seu livro de canções abrange vários dos seus pensamentos e sentimentos ao longo das últimas décadas, e abarca várias temáticas como o amor, a natureza, o sentido da vida e da morte, o saudosismo, a nostalgia, a melancolia, as vicissitudes da sua terra (Esmoriz), a componente crítica social...
Alcides Alves reconheceu a transversalidade da acção cultural de Silvino Gomes em prol da comunidade esmorizense, realçando o seu papel no associativismo. O ex-autarca aplaudiu o facto de o auditório se encontrar praticamente lotado durante esta iniciativa, o que contrasta com o descrédito geral a que o país está votado no Sector da Cultura. Alcides vincou o espírito criativo do autor e recordou que este tipo de iniciativas são cruciais para a cidade, de forma a que seja promovida a cultura e a identidade locais.
Lúcia Bandeira optou por declamar 3 poemas de Silvino Gomes, ressalvando em simultâneo que a obra reflecte o estado de alma do escritor, nas suas mais diversas fases de alegria, nostalgia ou melancolia.
Embora não fazendo parte do trio de personalidades da mesa solene, António Bebiano, actual Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, não deixou também de agradecer todo o trabalho até então desenvolvido por Silvino Gomes, afirmando que o seu livro é, acima de tudo, "um documento da Cidade de Esmoriz".
No final, houve uma sessão de autógrafos por parte do escritor, momento que foi naturalmente muito concorrido. De uma assentada, o autor conseguiria assim vender muitos dos seus livros da sua nova obra - "As Minhas Canções".
Não há dúvidas de que Esmoriz viveu um dia glorificante para as suas raízes culturais.
Seguem-se as fotos deste evento marcante.
Não há dúvidas de que Esmoriz viveu um dia glorificante para as suas raízes culturais.
Seguem-se as fotos deste evento marcante.
sábado, 5 de dezembro de 2015
Espectáculo de Natal Solidário mobilizou a caridade da comunidade esmorizense
Na noite desta passada sexta-feira, dia 4 de Dezembro, realizou-se no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz um espectáculo de natal solidário, promovido pela Comissão Social de Freguesia (esta conjuga os esforços de diversas entidades da nossa terra com finalidades comunitárias). O público presente praticamente lotou o auditório, unindo-se assim em torno de uma causa nobre.
À entrada, os Escuteiros de Esmoriz assumiram a recolha de fraldas, papas e produtos de higiene, nomeadamente cremes hidratantes, geles de banho, sabonetes, pastas, escovas de dentes, shampôos e toalhitas. Uma quantidade assinalável de produtos foi então angariada neste evento que se destinava a apoiar as famílias mais carenciadas.
Ao nível das actuações previstas, os espectadores assistiram aos concertos musicais de Leandro Cruz & Bárbara Pinho e de Bruno Cordeiro. Também houve lugar à realização de exercícios físicos por parte do Grupo de Ginástica da Universidade Sénior de Esmoriz.
Durante o evento, foi ainda entregue uma cadeira de rodas, adquirida pela Junta de Freguesia de Esmoriz, à Conferência de S. Vicente de Paulo de Santa Maria de Esmoriz, sendo que a mesma deverá ser prontamente cedida a uma família necessitada.
Ao longo das duas ou três horas de animação, esteve igualmente presente a célebre figura do "Pai Natal" que chegou ao auditório para entreter os mais novos, isto depois de ter sido transportado por uma carrinha dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz.
O espectáculo terminaria com muita animação, com as pessoas a abandonarem as cadeiras e a dançarem efusivamente junto ao palco.
António Bebiano, Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, louvou a adesão e a colaboração dos cidadãos bem como o trabalho incansável desenvolvido pelas colectividades de cariz social.
Imagem nº 1 - Momento alto da noite - uma cadeira de rodas foi adquirida pela Junta de Freguesia de Esmoriz, destinando-se a uma família carenciada que se debruce com algum caso de limitação física.
Foto: Página da Cidade de Esmoriz no Facebook
Imagem nº 2 - António Bebiano agradeceu a adesão dos esmorizenses em torno desta causa nobre.
Foto: Página da Cidade de Esmoriz no Facebook
Imagem nº 3 - Leandro Cruz, Bárbara Pinho e Bruno Cordeiro animaram a noite solidária.
Foto: Página da Cidade de Esmoriz no Facebook
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Gala do Caco premiou os melhores do XVI Festival de Teatro de Esmoriz
Após dois meses preenchidos de espectáculos para todos os gostos, a colectividade anfitriã, o Grupo de Teatro Renascer promoveu o aguardado encerramento do seu reputado festival. Durante os meses de Outubro e Novembro, os imensos espectadores desfrutaram da possibilidade de observarem alguns dos grandes vultos da arte da representação teatral, nomeadamente João Maria Pinto, António Melo, Almeno Gonçalves, Fernando Ferrão e Joaquim Nicolau. Não nos olvidamos igualmente da participação do músico brasileiro Marcos Assumpção que, no evento de abertura, declamou sonetos de Florbela Espanca.
O Festival terminaria, na noite do dia 28 de Novembro, com a realização da tradicional Gala do Caco, momento que iria premiar as melhores representações individuais e colectivas através da votação exercida por um grupo de jurados que fez questão de estar presente em todas as peças.
Antes de revelarmos os nomes dos laureados, é essencial afirmar que, na noite de encerramento, foram projectados vídeos que atestaram o árduo trabalho que esteve por detrás da organização deste festival e que visaram recordar igualmente os melhores momentos do mesmo. De modo intercalado com a apresentação faseada dos vencedores das mais diversas categorias, houve lugar a episódios comediantes inseridos na representação teatral das "Tecnologias do Caco", e proporcionados pelos actores Cristiano Sá e Conceição Nunes que trataram de animar o serão através de conteúdos hilariantes que culminariam na obtenção de "selfies" fotográficas junto dos premiados deste festival. Há ainda a realçar a apresentação, conduzida de forma dinâmica, por Vera Gomes e Rui Nunes, acompanhados por Rui Tavares que fez um brilharete na viola e no canto.
Como já disséramos, a Gala do Caco foi criada há alguns anos para premiar os melhores nas mais diversas categorias de representação, durante cada festival de teatro realizado em Esmoriz. O "caco" é, neste caso, uma espécie de caneca simbólica que é atribuída, em forma de galardão, a cada um dos laureados.
Dentro deste contexto, os vencedores anunciados na gala foram os seguintes:
Melhor Peça - "A Moura" - Grupo "Teatro Passagem de Nível" (Amadora)
Melhor Actor - Bruno Esteves (Ajidanha - Associação de Juventude de Idanha-a-Nova)
Melhor Actriz - Márcia (Grupo Cénico de Bairros - Castelo de Paiva)
Melhor Sonoplastia - "A Moura" - Grupo "Teatro Passagem de Nível" (Amadora)
Melhor Cenografia - "MacBeto" - Grupo de Teatro Contra-Senso (Lisboa)
Melhor Desenho de Luzes - "A Moura" - Grupo "Teatro Passagem de Nível" (Amadora)
Melhor Guarda-Roupa - "A Moura" - Grupo "Teatro Passagem de Nível" (Amadora)
Melhor Encenação - Porfírio Lopes (encenador da peça "A Moura" do Grupo - Teatro Passagem de Nível - Amadora)
Como podemos rapidamente constatar, a peça "A Moura" do Grupo "Teatro Passagem de Nível" evidenciou-se, em particular, neste Festival, conciliando o drama, a história e um contacto entre duas civilizações com culturas distintas (a cristã e a muçulmana). Assim sendo, esta colectividade sediada na Amadora foi a que arrecadou mais "cacos" (cinco ao todo, se contarmos com o seu encenador).
O Grupo de Teatro Renascer também atribuiu galardões internos aos seus próprios elementos que se destacaram ao longo do festival e deste ano cessante de 2015. Assim sendo, a melhor actriz foi Vera Gomes (desempenhou com excelência o papel de Florbela Espanca no âmbito da peça "Flor Alma Espanca" escrita por Leandro Vale e estreada pelo Renascer na abertura do festival) enquanto que a distinção de melhor actor recaiu em João Gomes. A melhor revelação masculina foi Rui Tavares, enquanto que a revelação feminina foi Leonor Alves. O "prémio dedicação" foi entregue a Alberto Tavares, enquanto que o "prémio prestígio" foi atribuído à empresa Bricopal que forneceu material para a montagem dos diversos cenários.
O evento conheceria o seu desfecho com as intervenções finais de João Gomes (o Presidente do Grupo de Teatro Renascer relembrou que passaram mais de 1500 espectadores, 170 actores e 40 técnicos pelo auditório do Antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz para assistir aos espectáculos), Bruno Daniel Gomes (o Representante da Federação Portuguesa de Teatro enalteceu o crescimento cultural verificado em torno deste festival) e António Bebiano (o Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz elogiou a qualidade vislumbrada em palco).
Em jeito de balanço final, este Festival voltou a superar as expectativas, o que se traduziu numa maior afluência por parte do público.
Sinopse/Resumo da Peça Premiada "A Moura" - "Uma princesa moura permanece refém num convento entre Alcobaça e a Vila de Ourém, enquanto espera que o seu destino incerto se decida. (...) Na Vila de Ourém, uma intriga política cresce entre um clima de feitiçaria e um calor feroz que teima em não abandonar aquelas paragens. A cobiça, a ambição, o amor jovem e tardio são as forças em confronto. A princesa Moura chama-se Fátima, o nome da filha de Maomé, apesar de ter sido baptizada com o nome de Oriana no convento onde agora vive. Perto do local onde nos nossos dias se presta o culto à Virgem Maria, algo acontece". A história acontece em Ourém.
Os cenários são uma taberna, o terreiro do Castelo e uma clareira do pinhal entre o Mosteiro e o rio. Data de 1362, reinado de D. Pedro I, “o Justiceiro” - vinte anos depois da Batalha do Salado (1340), onde a filha do Sultão Abnar Hassan Ali, Fátima, é feita refém. Fátima, mais tarde baptizada como Oriana, vive como hóspede no Mosteiro, estando ainda assim condicionada pela regra daquela congregação. O Rei D. Pedro seguido pelo seu séquito, viaja, sempre em montarias e folguedos, por todo o reino de Portugal. Caça agora perto do Condado de Ourém. Dom João Afonso, 1º Conde de Ourém, habita o castelo, sendo D. Rodrigo, seu sobrinho e filho do anterior senhor daquelas terras, o alcaide-mor do castelo. Chega ainda a Ourém, uma cruzada de mulheres e crianças vinda do Norte de Portugal e de Espanha. Têm como objectivo resgatar os seus homens feitos prisioneiros na batalha de Linuesa, (1361). Esta batalha entre cristãos e mouros visava disputar último reduto árabe na península, o reino de Granada.
O Festival terminaria, na noite do dia 28 de Novembro, com a realização da tradicional Gala do Caco, momento que iria premiar as melhores representações individuais e colectivas através da votação exercida por um grupo de jurados que fez questão de estar presente em todas as peças.
Antes de revelarmos os nomes dos laureados, é essencial afirmar que, na noite de encerramento, foram projectados vídeos que atestaram o árduo trabalho que esteve por detrás da organização deste festival e que visaram recordar igualmente os melhores momentos do mesmo. De modo intercalado com a apresentação faseada dos vencedores das mais diversas categorias, houve lugar a episódios comediantes inseridos na representação teatral das "Tecnologias do Caco", e proporcionados pelos actores Cristiano Sá e Conceição Nunes que trataram de animar o serão através de conteúdos hilariantes que culminariam na obtenção de "selfies" fotográficas junto dos premiados deste festival. Há ainda a realçar a apresentação, conduzida de forma dinâmica, por Vera Gomes e Rui Nunes, acompanhados por Rui Tavares que fez um brilharete na viola e no canto.
Como já disséramos, a Gala do Caco foi criada há alguns anos para premiar os melhores nas mais diversas categorias de representação, durante cada festival de teatro realizado em Esmoriz. O "caco" é, neste caso, uma espécie de caneca simbólica que é atribuída, em forma de galardão, a cada um dos laureados.
Dentro deste contexto, os vencedores anunciados na gala foram os seguintes:
Melhor Peça - "A Moura" - Grupo "Teatro Passagem de Nível" (Amadora)
Melhor Actor - Bruno Esteves (Ajidanha - Associação de Juventude de Idanha-a-Nova)
Melhor Actriz - Márcia (Grupo Cénico de Bairros - Castelo de Paiva)
Melhor Sonoplastia - "A Moura" - Grupo "Teatro Passagem de Nível" (Amadora)
Melhor Desenho de Luzes - "A Moura" - Grupo "Teatro Passagem de Nível" (Amadora)
Melhor Guarda-Roupa - "A Moura" - Grupo "Teatro Passagem de Nível" (Amadora)
Melhor Encenação - Porfírio Lopes (encenador da peça "A Moura" do Grupo - Teatro Passagem de Nível - Amadora)
Como podemos rapidamente constatar, a peça "A Moura" do Grupo "Teatro Passagem de Nível" evidenciou-se, em particular, neste Festival, conciliando o drama, a história e um contacto entre duas civilizações com culturas distintas (a cristã e a muçulmana). Assim sendo, esta colectividade sediada na Amadora foi a que arrecadou mais "cacos" (cinco ao todo, se contarmos com o seu encenador).
O Grupo de Teatro Renascer também atribuiu galardões internos aos seus próprios elementos que se destacaram ao longo do festival e deste ano cessante de 2015. Assim sendo, a melhor actriz foi Vera Gomes (desempenhou com excelência o papel de Florbela Espanca no âmbito da peça "Flor Alma Espanca" escrita por Leandro Vale e estreada pelo Renascer na abertura do festival) enquanto que a distinção de melhor actor recaiu em João Gomes. A melhor revelação masculina foi Rui Tavares, enquanto que a revelação feminina foi Leonor Alves. O "prémio dedicação" foi entregue a Alberto Tavares, enquanto que o "prémio prestígio" foi atribuído à empresa Bricopal que forneceu material para a montagem dos diversos cenários.
O evento conheceria o seu desfecho com as intervenções finais de João Gomes (o Presidente do Grupo de Teatro Renascer relembrou que passaram mais de 1500 espectadores, 170 actores e 40 técnicos pelo auditório do Antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz para assistir aos espectáculos), Bruno Daniel Gomes (o Representante da Federação Portuguesa de Teatro enalteceu o crescimento cultural verificado em torno deste festival) e António Bebiano (o Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz elogiou a qualidade vislumbrada em palco).
Em jeito de balanço final, este Festival voltou a superar as expectativas, o que se traduziu numa maior afluência por parte do público.
Imagem nº 1 - A Peça "A Moura" do Grupo Teatro Passagem de Nível (Amadora) foi a mais premiada.
Imagem nº 2 - Porfírio Lopes, encenador da peça citada em cima, foi também distinguido na sua categoria.
Sinopse/Resumo da Peça Premiada "A Moura" - "Uma princesa moura permanece refém num convento entre Alcobaça e a Vila de Ourém, enquanto espera que o seu destino incerto se decida. (...) Na Vila de Ourém, uma intriga política cresce entre um clima de feitiçaria e um calor feroz que teima em não abandonar aquelas paragens. A cobiça, a ambição, o amor jovem e tardio são as forças em confronto. A princesa Moura chama-se Fátima, o nome da filha de Maomé, apesar de ter sido baptizada com o nome de Oriana no convento onde agora vive. Perto do local onde nos nossos dias se presta o culto à Virgem Maria, algo acontece". A história acontece em Ourém.
Os cenários são uma taberna, o terreiro do Castelo e uma clareira do pinhal entre o Mosteiro e o rio. Data de 1362, reinado de D. Pedro I, “o Justiceiro” - vinte anos depois da Batalha do Salado (1340), onde a filha do Sultão Abnar Hassan Ali, Fátima, é feita refém. Fátima, mais tarde baptizada como Oriana, vive como hóspede no Mosteiro, estando ainda assim condicionada pela regra daquela congregação. O Rei D. Pedro seguido pelo seu séquito, viaja, sempre em montarias e folguedos, por todo o reino de Portugal. Caça agora perto do Condado de Ourém. Dom João Afonso, 1º Conde de Ourém, habita o castelo, sendo D. Rodrigo, seu sobrinho e filho do anterior senhor daquelas terras, o alcaide-mor do castelo. Chega ainda a Ourém, uma cruzada de mulheres e crianças vinda do Norte de Portugal e de Espanha. Têm como objectivo resgatar os seus homens feitos prisioneiros na batalha de Linuesa, (1361). Esta batalha entre cristãos e mouros visava disputar último reduto árabe na península, o reino de Granada.