sexta-feira, 31 de julho de 2020

Comunicados Políticos - Bloco de Esquerda de Ovar explica porque não esteve presente nas cerimónias do dia do Município de Ovar

Bloco de Esquerda – Wikipédia, a enciclopédia livre


Para o Bloco de Esquerda as comemorações do dia 25 de julho festejam o dia do Município de Ovar. É uma festa do povo vareiro, dia de reconhecer os contributos que várias personalidades e coletividades deram ao município, e por isso não pactuamos com o ato de promoção pessoal às custas do erário municipal, que em nada beneficia a democracia e que parece esquecer a grave situação sanitária vivida no município devido ao Covid-19, congregando um grande número de convidados provenientes de diversas áreas geográficas.
Vivemos tempos em que despesas excessivas não se coadunam com a debilidade da nossa economia e a fragilidade da nossa população. O cerco sanitário penalizou fortemente o nosso concelho. Na ótica do Bloco de Esquerda tal situação implica alguma sobriedade na forma como celebramos o dia do município e refletimos sobre o futuro deste. Mesmo que dentro do orçamentado, não é moralmente admissível gastos em promoção pessoal e não do concelho, quando temos centenas e centenas de pessoas a viverem em condições miseráveis, quando temos micro, pequenas e médias empresas em situação de falência.
O Bloco de Esquerda de Ovar não se revê na sumptuosidade nem no aproveitamento mediático que foi feito do evento. Para além disso a lista de convidados reflete obviamente as opções do executivo eleito, nas quais o BE não se revê. Por este motivo, não estaremos presentes institucionalmente nas celebrações do município este ano.




Última Hora (COVID-19): Câmara de Ovar fecha portas. Todos os ...

Correio dos Comunicados Políticos - Deputadas do PSD reclamam melhores condições para Unidade de Saúde Familiar Mar à Vista



PSD. Rio, Montenegro e a liderança do PSD


As deputadas do PSD Carla Madureira e Helga Correia vão tentar junto do Ministério da Saúde a agilização do processo de concurso com vista à contratação de médicos para a Unidade de Saúde Familiar Mar à Vista, que serve as freguesias de Silvalde e Paramos, concelho de Espinho. De uma reunião havida esta segunda-feira nas instalações daquela USF saiu o compromisso de um esforço conjunto para minorar os transtornos provocados à população da Marinha, daquela freguesia, que perdeu a sua extensão de saúde.
A população do bairro piscatório da Marinha sente-se discriminada e tem vindo a protestar pela perda da sua extensão de saúde e pela alegada perda de qualidade do serviço prestado pela nova unidade, que passou a abarcar os utentes de toda a freguesia, mais os de Paramos. As deputadas aveirenses quiseram ouvir a versão da USF, num encontro que juntou, também, os responsáveis pela concelhia do partido, dirigentes do Agrupamento de Centros de Saúde Espinho Gaia, e um representante da população da Marinha.
Uma das possibilidades para amenizar os efeitos do encerramento passaria pela criação de consultas decentralizadas, no bairro da Marinha, mediante marcação atempada e ainda que não em regime de tempo inteiro, garantindo-se, assim, um serviço de proximidade para os cerca de 3.200 utentes daquela zona.

“Vamos usar os instrumentos que temos à nossa disposição na Assembleia da República para agilizar o concurso para a substituição dos dois médicos que prestavam serviço na extensão de saúde da Marinha e para assegurar a realização das necessárias obras, que se estima custarem entre 60 a 70 mil euros” – referiu Carla Madureira no final da reunião desta segunda-feira.

Para a deputada aveirense, da reunião resultou a necessidade de “juntar as diversas partes envolvidas e encontrar uma forma de eliminar as fragilidades deste processo, fazendo face ao sentido de perda que os moradores da Marinha sentem”.
Carla Madureira admitiu não haver “as condições ideais para que a USF funcione bem”, o que leva a que a população da Marinha “sinta na pele este problema, porque entende que tinha melhor serviço do que está a ter agora”.
Na mesma linha de pensamento, a deputada Helga Correia disse sentir que “as gentes da Marinha merecem uma maior atenção”, defendendo que “há que encontrar uma solução conjunta para minimizar os transtornos que tenham sido criados”.
“Há que encontrar uma plataforma de entendimento que faça as pessoas entenderem que a criação da USF lhes garante cuidados de saúde de qualidade. É fundamental o diálogo, explicando à população que não se trata de eliminar ou esvaziar serviços ou valências” – concluiu Helga Correia.
A Unidade de Saúde Familiar Mar à Vista juntou os utentes da extinta extensão do bairro da Marinha aos demais da freguesia de Silvalde e aos da freguesia de Paramos. Funciona no edifício da junta desta freguesia, com um polo na vizinha de Paramos.


Aveiro, 20 de julho de 2020




Correio dos Comunicados Políticos - PCP Ovar apela à defesa dos direitos dos trabalhadores da Yazaki Saltano

CDU aposta em Rosa Palma e mais 15 no "ataque" a todas as Câmaras ...

Comissão Concelhia de Ovar

Nota de Imprensa:PCP denuncia atropelos aos direitos dos trabalhadores da Yasaki Saltano


A Yazaki Saltano, estabeleceu-se em Ovar em 1986, chegando a empregar mais de 7000 trabalhadores na década de noventa, anunciando mais tarde, em 2005, o processo de deslocalização e assim reduzir drasticamente o seu contingente de trabalhadores.
Mas a ganância e a voracidade dos grandes grupos económicos não tem limites. Não contente com este legado, a empresa pretende explorar ainda mais os trabalhadores da Yazaki. Agora o PCP sabe que a Yasaki  Saltano em Ovar, está a coagir os seus trabalhadores a aceitarem o regime de laboração contínua, e ainda, o horário concentrado de 12 horas de trabalho diárias. Esta medida indicia a prática de ilegalidade, e como se não bastasse os trabalhadores denunciam que a proposta de acréscimo à sua remuneração (subsídio de turno), encontra-se fora do intervalo  estipulado por lei, quando o seu trabalho é enquadrado como turno permanente (regime de laboração contínua).
O clima de coacção e chantagem é evidente, dado que a empresa apresentou a proposta no dia 16 de Julho e exige uma resposta até ao dia 24 de Julho, afirmando que, com ou sem o acordo dos trabalhadores a empresa pretende implementar esta medida a 1 de Setembro de 2020.
O PCP lembra que a Yazaki Saltano em Ovar,  acumulou ao longo de décadas dezenas de milhões de euros de lucros à custa do esforço dos seus trabalhadores, mas também ao abrigo de dezenas de milhões de ajudas públicas nacionais e comunitárias: cedência de terrenos, isenções fiscais, PEDIP, PRIME, Fundo Social Europeu, etc.
O PCP presta a sua solidariedade aos trabalhadores da Yazaki Saltano em Ovar, e afirma que não dará descanso a práticas de desrespeito e violação de direitos nos locais de trabalho, de ameaça, pressão directa e indirecta, chantagem, violência psicológica, repressão sobre os trabalhadores, como forma de reforço do poder do patronato e de fragilização da acção reivindicativa.
O PCP não deixará de acompanhar esta situação em particular e apela à união dos trabalhadores e à recusa deste regime de laboração e ao atropelo dos seus direitos. Os trabalhadores da Yasaki poderão contar sempre com o PCP na luta pelas suas justas reivindicações, e continuará a intervir na defesa dos seus direitos.
O PCP já questionou o governo sobre estes atropelos e exigindo uma resposta rápida.

Ovar, 23 de Julho de 2020
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP

Correio dos Comunicados Políticos - Juventude Socialista de Ovar apresentou ideias para a revitalização económica no concelho


Comunicado Partido Socialista de Mangualde | Notícias de Viseu


Nota de Imprensa- JS Ovar apresentou propostas para para a revitalização da economia


O Presidente da Juventude Socialista, Martim Guimarães, apresentou, durante a última sessão da Assembleia Municipal, a 16 de julho, três propostas à Assembleia Municipal.

A primeira, referente à "Modernização, desmaterialização de processos e alteração de métodos visando maior celeridade na análise e aprovação dos projetos de construção submetidos e/ou a submeter à Câmara Municipal" prevê que seja criada, com carácter de urgência, uma plataforma eletrónica de canal online para a submissão e tramitação de todos os processos urbanísticos nos termos do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação, que promova a desmaterialização de processos administrativos e potenciar e a eficiência e eficácia dos serviços prestados pela autarquia.

A segunda, intitulada como "Regeneração Urbana do Município de Ovar" pretende estabelecer uma visão de médio e longo prazo, que possibilite uma reflexão integrada do que queremos para o futuro de Ovar - a definição de um Plano Municipal de Mobilidade, uma Área de Reabilitação Urbana (ARU) em Esmoriz, o Fundo Municipal de Sustentabilidade Ambiental e Urbanística, a regulamentação da cedência de prédios urbanos (terrenos e edifícios) de propriedade municipal com o objetivo de o Município ir buscar, no final da obra, frações afetas à habitação acessível e/ou de custos controlados, a definição de incentivos fiscais a quem dote parte da construção nova para o mercado de arrendamento acessível, a criação de ruas temáticas (por exemplo a Rua do Pão-de-Ló), convocar o terceiro sector e reanimar a dinamização da habitação por cooperativas, a introdução do conceito de Transferência de Edificabilidade e um Programa de Habitação Acessível destinado aos jovens e à classe média.

Por fim, a criação de um Regime Excecional Urbano para o ano 2020 (REUrb20), que diminua a 50% as taxas urbanísticas: a todos os processos de operações urbanísticas de licenciamento ou comunicação prévia, cujo pagamento de taxas e levantamento do respetivo alvará tenha ocorrido desde o dia 14 de Março ou que venha acontecer até o final do ano civil de 2020 e cujo prazo não exceda dois anos; e a todos os projetos que, sendo entregues no mesmo prazo, possuam uma previsão de orçamento que exceda ou iguale o montante a 1 milhão de Euros. A estes processos, quando destinados a habitação plurifamiliar, serão dados ainda uma redução do tempo de apreciação, passando para metade: de 8 para 4 dias úteis, relativamente à apreciação liminar; de 30 para 15 dias úteis, relativamente à apreciação de projetos de arquitetura; e de 45 para 23 dias úteis, relativamente à verificação dos projetos de especialidades. Por fim, benefício de redução das taxas urbanísticas de 100% quando seja para conservação, recuperação ou reabilitação de um edifício existente, aos jovens com idades compreendidas entre os 18 e 35 anos, e quando se trate de edificação para habitação própria permanente.

Após as três propostas terem sido chumbadas com os votos contra dos sociais democratas, que possui a maioria naquela Assembleia, Martim Guimarães acusou o Grupo Municipal do PSD de falta de coerência, de preferirem instalar uma crise política no Município de Ovar ao invés de enfrentar a crise política instalada no interior do próprio Partido e de não terem apresentado qualquer proposta para que o Município de Ovar possa enfrentar uma das maiores crises dos últimos cem anos.


Correio dos Comunicados Políticos - Fernando Almeida e Daniel Malícia (CDS-PP Ovar) reuniram-se com o Presidente da República


Presidente do CDS – Partido Popular – Wikipédia, a enciclopédia livre


Hoje, fomos recebidos pelo Sr. Presidente da República no Palácio de Belém, na sequência do pedido de audiência que fiz na semana passada para lhe transmitir as nossas preocupações com os principais problemas do Município de Ovar. 
O Sr. Presidente da República recebeu-nos muito bem e foi sensível às nossas preocupações. 
Abordámos o tema da economia local que atravessa um período muito difícil e necessita de medidas específicas de apoio o mais rápido possível, a lacuna que temos nos serviços de saúde com unidades de saúde encerradas e também a pertinência da abertura de um serviço de urgência básico no Hospital de Ovar, alertámos para o problema da erosão costeira que assola o nosso concelho, também falámos da Barrinha de Esmoriz e da dragagem insuficiente que está em curso na nossa Ria deixando de lado o porto de recreio e os cais, por fim, demonstrámos a nossa preocupação com a morosidade da justiça que origina por um lado, um clima de suspeição e por outro lado de impunidade para quem prevarica.
Saímos com a noção de que o Sr. Presidente da República nos ouviu com atenção e foi sensível aos temas por nós colocados, deixando-nos a mensagem que poderá interferir junto do governo, nomeadamente no que diz respeito ao problema da economia local e ao tema da saúde. 
Achamos que valeu a pena, agora o Sr. Presidente da República tem um conhecimento mais detalhado dos principais problemas da nossa Terra. 
Ovar tem que ser a nossa única e grande prioridade, caso contrário, continuaremos condenados a definhar de dia para dia.
Pela nossa parte, tudo faremos para inverter este ciclo desfavorável. Viva Ovar!


Fernando Almeida
Deputado Municipal do CDS-PP Ovar




Tragédia abala Esmoriz

Uma mulher de 58 anos foi assassinada à queima-roupa pelo marido na via pública, em plena Avenida 29 de Março - Esmoriz, mais concretamente junto à caixa multibanco (mesmo ao lado do Montepio), onde a mulher estaria a levantar dinheiro. 
Por volta das 9:30 desta sexta-feira, o homicida, um homem de 79 anos abordou-a, recorreu a uma caçadeira que estava guardada num saco plástico e terá baleado a mulher duas vezes, na barriga e na cabeça, tendo o óbito sido declarado no local. Os bombeiros (nomeadamente um elemento que se encontrava já na Associação Mutualista e que foi o primeiro a ir em socorro) ainda tentaram reanimar a vítima, mas nada puderam fazer. 
Quanto ao homicida, foi desarmado no local por populares que, com coragem, conseguiram enfrentá-lo e evitar assim que a situação se descontrolasse ainda mais.
O alegado homicida foi retido no local por populares até à chegada da GNR. A Polícia Judiciária foi chamada ao local para investigar a ocorrência, por se tratar de um crime da sua competência. 
Recorde-se que aparentemente não existiam casos antecedentes de violência doméstica no mencionado casal. A mulher trabalhava no edifício da Mutualidade de Santa Maria de Esmoriz, tendo sido abordada junto à caixa multibanco mais próxima pelo marido que, sofrendo de cancro terminal, cometeu o acto hediondo. Segundo o Correio da Manhã, o homem teria já afirmado noutras situações que "se não podia viver, ela também não". Motivos passionais estiveram estão na origem do hediondo crime, se bem que o casal já estava separado há dois meses. 




Direitos da Foto: Comissão de Melhoramentos de Esmoriz

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Camarinhas com propriedades anti-cancerígenas

De acordo com o Jornal Público e o OvarNews que citam uma investigação em curso por parte da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, as camarinhas possuem um extracto que ajuda a inibir a proliferação de células cancerígenas. 
O estudo está a ser desenvolvido pelas investigadoras Aida Moreira da Silva e Maria João Barroca que, em várias experiências realizadas em linhas celulares de cancro do cólon, sublinharam o facto de o extracto obtido a partir das folhas da camarinheira se ter mostrado inclusive "mais eficaz do que propriamente o extracto das bagas de camarinha". Caso estas conclusões surpreendentes e inéditas sejam definitivas, poderão sair daqui futuros fármacos que ajudarão a combater o cancro.
Além das suas alegadas propriedades medicinais, as camarinhas começam a ganhar um espaço interessante na gastronomia portuguesa, estando presentes em bolos, saladas de fruta e há quem agora as adicione aos iogurtes naturais. O seu sabor, embora um pouco agridoce mas refrescante, não deixa de ser uma conjugação perfeita em determinadas receitas. 
Neste momento, as camarinhas estão presentes na costa atlântica da Península Ibérica e em certas partes da Aquitânia (França), sendo quase impossível encontrá-la noutras regiões do planeta. O fruto (ou baga) é sazonal, sobressaindo mais pela altura do Verão, enquanto as camarinheiras (plantas) permanecem durante o ano. 
Na área florestal de Esmoriz, as camarinheiras costumam ter uma presença assídua.




Camarinha - Ria de Aveiro

Imagem meramente exemplificativa retirada de: http://marca.riadeaveiro.pt/o-melhor-da-regiao/gastronomia/camarinha/
 

Clube Jovens D’Ouro retoma treinos desportivos

A partir da sua página das redes sociais, o Clube Jovens D’Ouro, vocacionado para o Taekwondo, informou os seus seguidores que já reiniciou a sua actividade em meados de Junho. Os treinos (em pavilhão ou em versão outdoor) já começaram assim para as mais diversas classes e equipas. O Clube Jovens D’Ouro tem as suas escolas em Esmoriz, Sanguedo e Gião, tendo os seus atletas já alcançado vários feitos e medalhas em torneios internacionais de artes marciais. Para mais informações, e caso deseje tornar-se praticante da modalidade, envie e-mail para jovensdouro@gmail.com.










Terminou Ano Lectivo da Universidade Sénior de Esmoriz

O ano lectivo de 2019/2020 na Universidade Sénior de Esmoriz findou no mês anterior de Junho. Este foi o sétimo ano consecutivo em que a instituição funcionou, embora tenha realizado o seu terceiro período através das plataformas de transmissão online (nomeadamente videoconferências). 
Sara Oliveira, Coordenadora da Universidade Sénior de Esmoriz, agradeceu a todos os professores que se empenharam de forma incansável, e enalteceu o espírito de resiliência e a vontade de aprender e intervir dos alunos seniores.
A Universidade Sénior de Esmoriz já estará a preparar o próximo ano lectivo. Neste momento, está a ser equacionada a possibilidade de se realizarem caminhadas, aulas ao ar livre e outras actividades gratuitas entre os dias 13 de Julho e 3 de Agosto. Todavia, os interessados deverão inscrever-se e comparecer com máscaras nos locais designados.




Turminha aposta na gravação decorativa a laser

A Turminha da Esperança tem vindo a apresentar uma dinâmica de formação direccionada para a gravação a laser e entalhe CNC. Como é lógico, são observados os necessários procedimentos de segurança, sendo assim realizados pequenos trabalhos decorativos. A Turminha tem feito assim pequenos brindes que servirão inclusivamente como lembranças. Por exemplo, chegou a conceber-se um porta-chaves para um casal que celebraria 50 anos de casamento (bodas de ouro).
De acordo com a sequência de preparação, os formandos deverão primeiro esboçar a ideia em desenho através de um “rabisco”, depois devem introduzir o mesmo no programa do computador e depois usar o mecanismo do CNC e imprimir em madeira, couro ou plástico. 
Esta é uma disciplina com conteúdos inéditos e que tem sido algo requisitada pelos alunos que desejam aprender tal técnica. 




domingo, 26 de julho de 2020

O Dia do Município foi celebrado em Ovar

O Dia do Município de Ovar foi celebrado neste passado sábado, tendo havido inaugurações em quase todas as freguesias. Assim sendo, foi inaugurado o novo Ecocentro de Ovar, lançou-se a empreitada de requalificação do Eixo Viário que compreende as ruas Dr. Manuel Arala e Elias Garcia (Jardim dos Campos), procedeu-se à entrega de carrinhas à Junta de Freguesia de Válega, no âmbito do resultado de um dos projectos vitoriosos do Orçamento Participativo, e visitou-se ainda o Bairro do SAAL, em Cortegaça, o qual está a ser intervencionado para proporcionar melhores condições de vida àquelas gentes vareiras.
Vários convidados de honra estiveram presentes como foi o caso do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa que enalteceu a coragem das famílias e dos empresários do concelho, nos momentos mais críticos da Cerca Sanitária. Também outras personalidades de topo compareceram tais como Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, Manuel Linda, Bispo do Porto (que presidiu a uma Eucaristia na Igreja Matriz de Ovar que consagraria uma respeitosa homenagem às 40 vítimas do concelho que sucumbiram ao vírus), Isaltino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Eduardo Cabrita, Ministro da Administração Interna, Pedro Abrunhosa, cantor, etc.
Houve ainda muitos galardoados, e aqui temos de realçar a medalha de mérito municipal de prata entregue ao Comandante dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz - Artur Jorge Ferreira (pelo seu trabalho inexcedível no Gabinete de Crise de Ovar que logrou conter a pandemia do COVID-19) e a medalha de mérito municipal de cobre confiada aos Arautos (a colectividade celebrava, neste ano de 2020, 25 anos de existência oficial e contando já com um legado na área do Teatro).
A sessão não contou com representantes do CDS-PP e do Bloco de Esquerda que se demarcaram das cerimónias por considerarem as mesmas demasiado pomposas e pelo facto de ainda os principais agentes políticos do país não terem agido ainda o suficiente para auxiliar o concelho de Ovar, embora seja possível que tais reivindicações venham a ser atendidas em breve. 
Refira-se ainda que não houve qualquer inauguração em Esmoriz, ao contrário do que acontecera em anos anteriores.
2020 foi um ano atípico no concelho de Ovar, contudo espera-se que a normalidade venha a ser retomada nos próximos tempos.




Direitos da Foto: CM Ovar

Domingos Silva vence as eleições no PSD Ovar

Domingos Silva, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ovar, venceu as eleições do PSD Ovar que se realizaram neste passado Sábado. Apesar da vitória indiscutível, a verdade é que não foi tão expressiva como muitos aguardavam. A lista D de Domingos Silva obteve 267 votos contra 221 da lista A de Henrique Araújo, ex-adjunto do Presidente da Câmara Municipal de Ovar - Salvador Malheiro.
A mesa de plenário será encabeçada por Miguel Silva, também da lista D, que apenas superou por 8 votos, Pedro Coelho, ex-vereador da Câmara Municipal de Ovar e presidente cessante do PSD Ovar que era um dos grandes nomes da lista A.
Numa primeira interpretação, é evidente que os apoios incondicionais de Salvador Malheiro,  Presidente da Câmara Municipal de Ovar, e dos três presidentes de junta sociais-democratas à lista D constituíram um factor determinante. Por outro lado, Henrique Araújo, apesar de uma campanha esforçada, não conseguiu convencer a maioria dos seus cépticos, embora tenha dado mais luta do que aquilo que era expectável.
Domingos Silva assumirá a Comissão Política do PSD Ovar no biénio de 2020-2022, passando agora por ele e pela sua equipa as escolhas das listas de candidatos dos sociais-democratas para as freguesias e município de Ovar nas eleições autárquicas de 2021.



PSD: Domingos Silva lidera equipa candidata à concelhia – OvarNews

Imagem nº 1 - Domingos Silva assumirá a liderança da Comissão Política do PSD Ovar entre 2020 e 2022, esperando unir os militantes de forma a preparar as próximas eleições autárquicas de 2021.
Imagem retirada de OvarNews

Poderá tornar-se o Peixe-Aranha na nova coqueluche gastronómica de Esmoriz?

O mote está lançado pela Associação de Amigos da Praia Velha que está rendida ao sabor do Peixe-Aranha. Durante séculos, houve um estigma contra este peixe que, camuflado sob a areia, picava os banhistas que se achavam à beira-mar sofrendo dores intensas, embora ficassem saradas ao fim de algum tempo.
Como é lógico, o Peixe-Aranha tem de ser tratado previamente, o que implica a remoção dos espinhos venenosos e da cabeça. No entanto, o sabor da sua carne branca é apelativo, e conjugado com arroz de tomate ou uma caldeirada, fica simplesmente delicioso!
Se esta opção vai singrar ou não, é algo que ainda terá de ser observado. 
Noutros tempos, chegou-se igualmente a abordar a possibilidade de se apostar na enguia como produto típico da cidade de Esmoriz e da própria Barrinha, todavia fizeram-nos notar que esta espécie já é uma especialidade em algumas terras do nosso país, nomeadamente na Murtosa. Por isso, a aposta parece que agora se virou para outra espécie.
Nos dias 8 e 9 de Agosto, 10 restaurantes de Esmoriz irão aderir ao Fim de Semana Gastronómico do Peixe-Aranha, tendo sido convidados para esse efeito pela Associação de Amigos da Praia Velha. Se desejar provar esta iguaria, basta que, naqueles dias, visite um destes dez restaurantes/espaços e peça uma ementa que integre aquele peixe: A Grelha, Casa Vitó, Choquinhos, Linha de Sabores, O Barco, O Luciano, Petiscos e Companhia, Petisqueira Kika, Praia Velha e Taberna do Paulinho.
Se nunca provou, experimente agora!




Direitos da Foto: Associação de Amigos da Praia Velha

quarta-feira, 22 de julho de 2020

MarAnimais resgata de Santo Tirso 12 animais em apuros

A Associação MarAnimais, sediada entre Esmoriz e Cortegaça, resgatou 12 cães que estavam perdidos na Serra da Agrela (Santo Tirso), depois de um terrível incêndio que causou a morte de centenas de animais que estavam naquela região. O caso mais fatídico terá acontecido num abrigo ilegal, onde 52 cães e 2 gatos morreram mesmo carbonizados, sem terem sido devidamente acudidos por parte dos responsáveis do abrigo ou das autoridades. 
No entanto, muitas associações e voluntários se ofereceram imediatamente para acolher muitos dos animais sobreviventes ao incêndio que deflagrou no concelho de Santo Tirso. A Associação MarAnimais foi uma delas. Apesar da confusão instalada no local e das dificuldades de cooperação, a entidade conseguiu resgatar 12 animais, tendo sido transferidos directamente para a clínica veterinária de forma a serem observados e medicados. A maioria dos animais encontrava-se subnutridos, cheios de parasitas, alguns cravejados de carraças, com pulgas e piolhos, com sarna e dois com queimaduras nas almofadas plantares. No entanto, já se procedeu à desparasitação e acompanhamento veterinário dos mesmos. No entanto, sabemos que já serão 19 os animais que a entidade colocou em tratamento, o que se traduz num aumento exponencial das despesas.
A MarAnimais apela, por isso, aos cidadãos para que possam acolher estes animais nas suas casas ou que, pelo menos, se tornem Famílias de Acolhimento Temporário. Existem também outras formas de ajuda que podem ser concretizadas através de:

- Donativos que podem ser feitos junto da Clínica Veterinária de Esmoriz (situada no lugar da Praia de Esmoriz, mesmo nas imediações do Monumento à Arte Xávega) ou através do IBAN: PT50  0033 0000 4544 448894305

- Rações de melhor qualidade, Júnior/Alta energia - estes patudos estão subnutridos e precisam de comida substancial e mais rica. 

- Desparasitantes internos e externos; pipetas contra moscas Pulvex

- Ração húmida cão.

- Detergentes/lixívias - os espaços da MarAnimais são lavados todos os dias

- Roupa para as caminhas - não precisa ser nova, podem ser equipamentos usados: lençóis, mantas, cobertores.

- Voluntariado - existem, neste momento, poucos voluntários no abrigo da MarAnimais!

- Divulgação dos animais através de partilhas nas redes sociais, defendendo uma adopção responsável dos mesmos.

Para mais informações, contacte: maranimais@gmail.com ou 966420449




Câmara Municipal de Ovar reabilita rotundas da Avenida Fernando Raimundo Rodrigues

Esta é, sem dúvida, uma boa notícia que apenas peca por tardia.
As rotundas da Avenida Fernando Raimundo Rodrigues serão finalmente requalificadas, ganhando outra imagem, bem mais convidativa e apelativa (cremos que as rotundas serão devidamente ajardinadas). Recorde-se que, depois da requalificação da Avenida da Praia (assegurada ainda no decurso da edilidade de Manuel Oliveira), era necessário também intervir neste eixo paralelo que liga também a zona à beira-mar com o centro da cidade. 
A Câmara Municipal de Ovar deverá igualmente pavimentar as circundarias viárias das rotundas. 




Um Dia do Município carente de harmonia (Artigo de Opinião)

O Dia do Município celebra-se a 25 de Julho, mas uma coisa é certa - numa altura, em que deveria imperar a diplomacia, a verdade é que vai ser um dia polémico e quente por duas ou três razões.
Em primeiro lugar, Fernando Almeida, deputado municipal do CDS-PP Ovar, já afirmou que não irá comparecer, alegando que o município ainda não foi alvo de medidas musculadas de apoio por parte da Autarquia e Estado/Governo Português. Como é lógico, Fernando Almeida tem uma boa parte de razão nos seus argumentos, recordando para esse efeito as dificuldades que hoje muitas empresas enfrentam e a situação especial de crise que se viveu em Ovar, durante o período mais negro da pandemia. No entanto, a sua posição de não comparecer poderá ser discutível, na medida em que, no âmbito do seu discurso, poderia confrontar as personalidades presentes com essa realidade e pressionando-as assim para que agilizassem uma especial atenção para o concelho. Ainda assim, a decisão de Fernando Almeida, embora não sendo consensual, deve ser respeitada e servir como um sinal de alerta para que o Estado Português se lembre de canalizar grandes apoios para o concelho de Ovar, de forma a fazer rejuvenescer com maior vigor o tecido económico e social.
Em segundo lugar, teremos as eleições do PSD Ovar que também vão ser quentes e que nunca deveriam ter sido convocadas para aquele dia. Como é lógico, não nos iremos imiscuir nas questões internas dos partidos, mas o ambiente aqueceu muito recentemente nas redes sociais com a dura troca de argumentos e acusações entre apoiantes das duas listas candidatas. Como é lógico, o dia 25 de Julho deveria ser de celebração e não de intrigas.  Pedia-se pois outra data para aquela eleição. 
Mas há também coisas boas a enaltecer naquele dia - a lista de homenageados por parte da autarquia aceita-se (e há ali gente que merece bastante aquele reconhecimento, embora tivesse faltado, no nosso entender, uma homenagem também à corporação dos Bombeiros Voluntários de Ovar), o aumento dos apoios às associações é também uma boa notícia e claro, o facto de já todos termos ultrapassado, com sucesso, a pior fase da pandemia do COVID-19, e aqui há méritos claros do Gabinete de Crise do Município de Ovar que ajudou a salvar várias vidas humanas.
No entanto, o dia 25 de Julho não trará consensos nem a harmonia desejada, mesmo com a presença do Presidente da República - Marcelo Rebelo de Sousa e outras individualidades do país.
Como é lógico, desejamos que todos os convidados sejam bem recebidos no concelho, mas como é lógico - que não se esqueçam todos de interceder por Ovar porque o concelho precisa de uma discriminação positiva especial que se transforme num investimento ambicioso que revitalize a economia, o comércio e a indústria locais. 



Ovar: situação de calamidade pública condiciona circulação

Imagem retirada da Página Rádio Comercial




Teatro regressou à Cidade

Na tarde do passado dia 11 de Julho, seria apresentada uma peça de teatro de marionetas denominada "Eu quero a Lua" e que seria destinada ao público infantil. A convite do Imaginar do Gigante (entidade organizadora no âmbito da Mediação Interactiva Artística), a Companhia Partículas Elementares, então representada ao mais alto nível por Carlos Silva, trouxe consigo o melhor da fantasia e cativou assim os mais novos.
Mais de 30 pessoas, entre pais e crianças, assistiram ao evento que teve lugar no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz. Como é lógico, a lotação foi condicionada pelos necessários procedimentos de segurança e de distanciamento social mínimo. 
O enredo da peça consistia na história de uma rapariga chamada Alice que tinha adoecido de forma misteriosa e que ninguém conseguia encontrar a cura para o seu sofrimento. Todavia, ela fez um pedido bastante original a seu pai - "ela queria a lua". O pai que ostentava o cargo de presidente estava disposto a investir milhões para concretizar o seu sonho. Ao longo da peça de marionetas, debatia-se de como era feita a lua e quais os seus ciclos, e de que forma os humanos poderiam transportá-la para oferecer à jovem enferma. No final, Alice recebeu uma lua, não aquela que está no exterior do planeta, mas uma imagem representativa dela. Ela ficaria curada e alegre novamente porque afinal isto é como tudo que nasce e renasce, e a lua nasceu e renasceu, e além disso, na fantasia pode existir sempre mais do que uma lua.
A Companhia Partículas Elementares encontra-se sediada em Ovar e tem mantido uma parceria de sucesso com o Imaginar do Gigante, duas entidades que fazem muito pelo teatro dirigido aos mais novos.





Guesthouse é novidade na estação de Esmoriz

No decurso do ano passado, denunciámos neste blogue o abandono e o esquecimento que grassavam em torno da estação de Esmoriz, contudo o cenário felizmente mudou neste ano de 2020.
Em primeiro lugar, o parque de estacionamento junto à estação foi requalificado com um piso novo e com lugares devidamente delimitados. No entanto, a grande surpresa ainda estava por acontecer. O primeiro andar do edifício da estação de Esmoriz tornou-se agora numa guesthouse, destinando-se assim ao alojamento turístico. Tal facto mereceu mesmo uma notícia no Jornal Público. 
De acordo com o texto da jornalista Andreia Marques Pereira, “aos 157 anos de idade, a estação ferroviária de Esmoriz ganha uma nova vida – paralela (…) os comboios continuam a passar e a parar, mas agora também se dorme aqui com todo o conforto: no primeiro andar instalou-se a Cork Train Station Guesthouse, a casa da Mariana, do André (responsáveis pelo projecto) e de quem aqui desembarcar”. Por outras palavras, Esmoriz tem mais um lugar de acolhimento de turistas que queiram conhecer os nossos ex-libris e tradições. 
Os apelos dos cidadãos que reivindicavam melhorias substanciais para a estação foram assim escutados. E quando assim acontece, todos ficam a ganhar: a CP ou a Infraestruturas de Portugal (que prestam um melhor serviço aos clientes com o seu parque de estacionamento) e a comunidade (porque vê nascer um novo alojamento turístico, emprestando mais “vida” ao edifício da estação).
Desejamos que o projecto da guesthouse seja um sucesso para que possamos todos ter acesso a uma estação mais cativante e cuidada.





sexta-feira, 17 de julho de 2020

Universidade Sénior de Esmoriz realiza actividades ao ar livre

A Universidade Sénior de Esmoriz tem promovido algumas caminhadas, juntando assim alguns dos seus alunos. A última decorreu no passado dia 16 de Julho, tendo juntado um total de 10 pessoas. Houve igualmente convívio e boa disposição. Todos os participantes usaram máscaras, e as inscrições foram naturalmente restringidas ou delimitadas para que não se viabilizassem grupos alargados de caminhantes. 
Caso esteja interessado em participar numa futura caminhada realizada pela entidade, inscreva-se através de mensagem para: usesmoriz@jf-esmoriz.pt.





Direitos da Foto: Universidade Sénior de Esmoriz

Turminha continua a pedalar

O uso da bicicleta como meio de transporte na cidade ou só para fins de realização de passeios está a aumentar cada vez mais nos últimos tempos. E o estímulo para pedalar surge por vários motivos. Um deles reside na busca por uma maior qualidade de vida, enquanto o outro favorece a melhoria da disposição/motivação dos ciclistas.
Corpo e mente são assim beneficiados neste processo, e é por isso que a Turminha da Esperança criou o sub-grupo "Os Tá Fixe", constituído por formandos e sócios da entidade que assim pedalam pelos concelhos de Ovar e Espinho, privilegiando muito os lugares à beira-mar de Esmoriz.
Não faltam igualmente momentos propícios para o convívio salutar entre todos.




Entrevista a Cláudia Reis (Centro Comunitário de Esmoriz) sobre o Projecto "EnvelheSer em Casa"


Em Outubro de 2019, o Centro Comunitário de Esmoriz e a Fundação Padre Manuel Pinho e Irmã (entidade oriunda de Válega) foram distinguidos com o Prémio BPI Sénior Fundação "La Caixa" para desenvolverem durante 12 meses o denominado “Projecto 4 Em Linha EnvelheSER em Casa”.
Ambas as associações têm implementado dinâmicas que favorecem um envelhecimento em casa com maior segurança e comodidade. O projecto tem chegado até cerca de 60 idosos (com mais de 65 anos de idade!) das freguesias de Esmoriz e Válega, viabilizando um acompanhamento mais activo.
Cláudia Reis é coordenadora do projecto, contando ainda na sua equipa com a colaboração de Filipa Almeida e Daniela Martins, ambas gerontólogas. Vamos agora tentar falar com ela.


1 – Olá Cláudia. O que sentiu quando lhe foi confiada a missão de prestar auxílio aos idosos de Esmoriz e Válega? 


R: Muito bom dia e obrigada por esta oportunidade.
Antes de mais importa referir duas questões pertinentes para contextualizar o projeto:
- apesar de o projeto “EnvelheSER em casa” ter sido premiado em 2019, só entrou em funcionamento em janeiro deste ano.
- a equipa inicial do projeto é constituída por 2 técnicas: uma coordenadora - Sara Vieira e uma gerontóloga - Daniela Martins. Por questões de licença de maternidade da técnica Sara, a coordenação foi substituída por 2 técnicas, a meio tempo cada, Cláudia Reis e Filipa Almeida, sendo previsível que a equipa inicial retome a partir de agosto.
A candidatura ao projeto surgiu de um trabalho, que tem vindo a ser desenvolvido por uma equipa alargada do Centro Comunitário de Esmoriz, na área do envelhecimento. A este trabalho, juntamos o conhecimento, a experiência e a realidade da Fundação de Válega. 
Sabemos que a maior parte das pessoas quer viver e envelhecer nas suas próprias casas. Permanecer no seu domicílio e na sua comunidade e manter a autonomia e independência, dentro das limitações associadas ao avançar da idade, é sem dúvida, o que todos desejamos para nós próprios e para os nossos.  Mas nem sempre este é um desejo fácil de conseguir. E foi com o propósito de apoiar e incentivar as pessoas mais velhas a permanecerem nas suas casas, com pequenos serviços que proporcionam a tal independência tão desejada, que avançamos com este projeto. 
A aprovação da candidatura e a possibilidade de fazermos parte desta equipa, tem sido motivo de grandes alegrias pessoais e profissionais.



2 – Sei que uma das estratégias do projecto passa por combater o isolamento dos seniores. A solidão é um perigo para aqueles que têm uma idade mais avançada?

R: Sim, poderemos até ir mais longe… a solidão é um perigo para o ser humano, em qualquer idade. A pessoa pode ter tudo, como casa, comida, conforto, saúde…mas se não tiver ligação a outros, conexões sociais, a vida não tem sentido e o mais provável é que o cérebro vá atrofiando e a doença se vá instalando ou agravando.
Apesar da velhice não ser sinónimo de solidão, o facto é que este sentimento afeta muitas pessoas idosas. A perda de papéis, a perda de familiares e amigos, o isolamento, a diminuição de capacidades e certas características pessoais, são algumas das possíveis causas que impulsionam a solidão nos idosos.
Mas também sabemos que pequenas atitudes por parte do próprio e alguns gestos ou ações por parte de outros, podem fazer toda a diferença na vida  e servir de “amortecedor” para minimizar este sentimento de solidão. As redes de apoio formais e informais são fundamentais. Saber que podemos contar com “alguém” diminui a ansiedade e aumenta o bem-estar.  O “EnvelheSER em casa” tem-se revelado um excelente serviço a este nível, a avaliar por aquilo que os seus utilizadores nos dizem, mas falaremos disso mais à frente…



3 – Que tipo de serviços disponibilizam? Como funciona o regime de teleassistência? E as sessões de informação?

R: Os serviços disponibilizados são vários e adaptados às necessidades de cada pessoa. Fazemos acompanhamento ao exterior, seja para consultas ou exames médicos, cabeleireiro, compras ou que for necessário…  
Temos uma parceria com a HelpPhone que disponibiliza um equipamento muito simples e prático de teleassistência. É instalado um pequeno aparelho na casa das pessoas, é colocada uma pulseira com um botão no braço do utilizador e, sempre que necessário, este pressiona o botão da pulseira, acionando de imediato o contacto com a central telefónica. Pelo aparelho surge uma voz que fala com a pessoa, procura saber qual a sua necessidade e faz a ligação com a pessoa mais próxima ou com bombeiros, de acordo com a emergência. Tem acontecido algumas pessoas carregarem no botão sem querer e são sempre atendidas pelo profissional da HelpPhone, o qual transmite um sentimento de segurança e confiança à pessoa idosa, pois esta sabe que tem sempre “alguém” à distância de um pequeno clique. Tem sido um serviço muito bem aceite por todos, porque é muito simples e eficiente.
Outros serviços como as sessões de informação e partilha, o acompanhamento individualizado no domicílio, o envolvimento dos vizinhos radar, as dinâmicas de grupo…ficaram suspensos devido à pandemia e tivemos que reformular todo o projeto.



4- Sei que também ajudam em intervenções ou reparações que os idosos planeiem realizar nas suas habitações, além de lhes facilitarem as idas às compras ou a consultas médicas. Estamos certamente perante um projecto multi-funcional?

R: Sim, há muita dificuldade em conseguir encontrar um técnico que esteja disponível para pequenos serviços de reparações. O projeto estabeleceu parcerias com pessoas desta área e servimos de intermediários entre estes e as pessoas idosas. 
Fazemos também visitas aos domicílios, no sentido de avaliar e sensibilizar para adaptações dos mesmos, sob o ponto de vista da prevenção de quedas e acidentes domésticos.
Podemos dizer que este é um projeto multisserviços, personalizado e adequado às reais necessidades de cada pessoa.



5- Costumam abordar os vizinhos para tentar fazer um diagnóstico de proximidade e um acompanhamento eficaz de cada idoso?

R: Este foi um dos trabalhos ainda pouco explorado, devido à necessidade de isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus.



6- Quantas horas investem por semana no apoio aos idosos de Esmoriz e Válega?

R: A equipa é constituída por dois horários de trabalho completos, num total de 70 horas semanais. Gostaríamos de acrescentar que, devido à pandemia, alargamos a intervenção do projeto para todo o concelho e de momento, para além das freguesias de Esmoriz e Válega, também estamos a apoiar pessoas de Ovar, Maceda e Cortegaça.



7- O surgimento da pandemia do COVID-19 veio condicionar ou intensificar ainda mais o vosso trabalho?

R: Logo no início da pandemia, a partir do dia 16 de março, toda a intervenção do projeto foi alterada. Tivemos que repensar a forma de continuar a apoiar as pessoas idosas e mais do que nunca, sentimos que tínhamos que estar presentes, ainda que, sem estar presentes.
Passamos a telefonar diariamente aos nossos utilizadores e disponibilizamo-nos para lhes fazer chegar o que necessitassem. 
Rapidamente entendemos que tínhamos que chegar a mais pessoas idosas, que também estariam a viver sós e criamos três linhas telefónicas de apoio ao idoso, divulgadas por toda a Rede Social do concelho de Ovar, meios de comunicação social local e redes digitais. 
Para além da entrega de medicação e bens essenciais, a Linha disponibilizou informação, articulação com outros serviços e apoio psicoemocional. Mantivemos uma articulação  constante  com o Gabinete de Crise da Câmara Municipal de Ovar, quer para a sinalização e acompanhamento de situações com pessoas idosas, quer para a colaboração a outros níveis.
Foram muitas as situações a solicitar ajuda para aceder a receitas médicas, a contactos com os respetivos médicos de família e a pedir entrega de medicação e alimentos. 
Surgiram casos, cujos familiares nos pediam para servir de intermediários com os seus idosos, a quem não conseguiam fazer chegar alimentos, devido à cerca sanitária ou por motivos de quarentena obrigatória.
Ocorreram também sinalizações de idosos sós, que passaram a necessitar de apoio domiciliário, quer ao nível de cuidados pessoais e/ou alimentação e o projeto serviu de intermediário na requisição desses serviços. 
Desenvolvemos um Programa Diário de Estimulação na página do Facebook do projeto, designado “Juntos a Amar, Alegrar, Treinar e Relaxar”. Numa sequência diária de exercícios cognitivos, físicos, sensoriais, de animação e ocupação, a página foi alimentada e os utilizadores do projeto foram sensibilizados e orientados para aprenderem a utilizar as novas ferramentas digitais. 
Mas porque tínhamos noção de que este meio não chegava à grande parte dos utilizadores do projeto, decidimos imprimir as atividades e, ao longo do mês de abril, distribuímos porta a porta, 2 cadernos de atividades de estimulação cognitiva. O feedback foi muito positivo, as pessoas agradeciam a iniciativa, que lhes ajudava a ocupar o tempo e a estimular a mente.
Também distribuímos equipamentos de proteção individual, porta a porta, e como nos fomos apercebendo das dúvidas que as pessoas idosas nos transmitiam (será que posso abrir a janela de casa?, como ponho a máscara?...), elaboramos e entregamos uma revista para ajudar e sensibilizar para um desconfinamento correto.
Procuramos também, assinalar sempre o aniversário de cada pessoa, ou com um simples telefonema ou a ida ao portão cantar os parabéns ou até proporcionando um “encontro” com a família por videochamada.
A crise pandémica intensificou o nosso projeto, alargou a sua intervenção e mostrou o quanto são essenciais este tipo de ações. Mas ainda há muito para fazer…



8 – O vosso projecto já mereceu o reconhecimento das Juntas de Freguesia de Esmoriz e Válega, além da autarquia de Ovar. Gostariam de ver o projecto a ser renovado por mais um ano, caso alguma entidade estivesse disposta a investir na continuidade dos vossos serviços sociais nesta causa em concreto?

R: Sem dúvida. Temos falado sobre isso em reuniões de equipa e entendemos que um serviço destes que já atende 73 idosos (foi ultrapassada a capacidade de 60 inicialmente definida), precisa de ter continuidade. Perante a diversidade de interesses e necessidades, todas as pessoas, nomeadamente as mais idosas, necessitam de respostas também elas diversificadas e ajustadas a cada um… entendemos que este será o caminho … 
O Centro Comunitário continua atento e a trabalhar no sentido de poder dar continuidade a este e outros projetos na área do envelhecimento ativo e positivo.



9 – Qual é o balanço que vocês podem fazer neste momento? 

R: Como já fomos dizendo, o balanço é extremamente positivo: em 4 meses de trabalho direto com as pessoas idosas, num período inesperado para todos, de crise sanitária, confinamento obrigatório e emergência social, ultrapassamos a capacidade definida para o projeto, no qual todas as pessoas acompanhadas estão bem de saúde, tranquilas e se mostram muito satisfeitas com o que lhes tem sido proporcionado… só temos que estar gratas e cheias de motivação para continuar a fazer mais e melhor.



10 – E o reconhecimento dos idosos apoiados? Têm ouvido elogios da parte deles?

R: O reconhecimento dos idosos apoiados é sem dúvida o mais importante. Este projeto (aliás, como qualquer outra resposta) só tem sentido porque tem impacto na vida das pessoas que dele usufruem e elas transmitem-nos isso quase diariamente. Exemplo disso são algumas das frases que vamos registando ao longo das nossas intervenções e que aqui deixamos:


“Não tinha noção do vosso trabalho (Centro Comunitário). É fundamental. Tenho uma visão completamente diferente. Neste momento bato-vos as palmas.” 

 “Ligue sempre. Gosto muito de falar consigo.”

 “Obrigada por me ouvir. Sabe, estou sempre aqui sozinha e às vezes preciso só que alguém me possa ouvir.”

 “Só contigo é que me rio um bocadinho.”

 “Estava mesmo a precisar de desabafar... Obrigada por me ouvir.”

“Acho que estão a fazer um trabalho muito bom a contactar as pessoas. Se antes se justificava um projeto deste género, agora ainda mais...”

 “Nunca pensei que esta pandemia me trouxesse amigas... para além disso é muito bom perceber que o fazem com humanismo e não por obrigação... nos dias de hoje isso é muito raro.”

“Apesar do pouco tempo que convivemos, surgiu uma grande amizade. É muito bom ouvir uma voz amiga”

“Os telefonemas animam-me um bocadinho, apesar de tudo o que estamos a atravessar”

“Obrigada pela atenção e pelo cuidado, vocês são o meu anjinho da guarda” 

“O nosso telefonema ontem, foi o melhor momento do meu dia”.

“É muito bom ouvir a sua voz…já a conheço”

“Desculpe roubar-lhe tanto do seu tempo, mas hoje foi a única pessoa com quem falei”

“Estou emocionada com o vosso gesto…vir perguntar como eu estou…Muito obrigada”





Imagem nº 1 - A equipa do "EnvelheSer em Casa" que actuou nas localidades de Esmoriz e Válega.






Imagem nº 2 - O projecto "EnvelheSer em Casa" chegou até 73 idosos.



Entrevista Publicada na anterior Edição de 24 de Junho do Jornal A Voz de Esmoriz

Cabaz Alimentar Solidário para as famílias mais carenciadas

A campanha interna de recolha de alimentos nasceu da iniciativa da direcção do Parque de Campismo de Esmoriz (cujos direitos pertencem actualmente ao Clube de Campismo do Porto) e que contou com a adesão e generosidade dos campistas que se associaram a esta iniciativa solidária. 
O cabaz alimentar seria depois entregue ao Centro de Assistência Social de Esmoriz que tratará de assegurar a sua redistribuição pelos agregados familiares mais vulneráveis.
Parque de Campismo de Esmoriz e Centro de Assistência Social de Esmoriz contribuíram assim para esta parceria generosa. 




Direitos da Foto - Centro de Assistência Social de Esmoriz

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Associação de Amigos da Praia Velha marca pontos pela positiva

É talvez a Associação mais recente de Esmoriz, mas já conquistou algumas vitórias desde a sua fundação. O seu número de seguidores e simpatizantes aumentou bastante nos últimos meses.
Em primeiro lugar, os seus responsáveis dinamizaram o lugar da Praia Velha (ou Praia dos Pescadores), deram-lhe visibilidade (ou melhor, colocaram-na no mapa turístico de Portugal!) através de uma página nas redes sociais que já conta com quase 1500 seguidores. Nos últimos anos, este areal começou a ficar na moda, conquistando um número crescente de banhistas.
Os moradores e simpatizantes desta praia uniram esforços e decidiram zelar pelas condições da mesma, lutando pelo seu reconhecimento oficial e ainda pela presença regular de um posto de vigia com nadadores salvadores durante a época balnear. Ambos os objectivos foram concretizados em 2020 pela mencionada Associação que ainda foi mais longe e organizou uma limpeza do areal, acompanhada de uma acção de sensibilização ambiental, que juntou cerca de 120 voluntários e algumas individualidades da região. 
Além disso, foram afixados junto a caixotes do lixo mensagens que apelam às pessoas para que sejam responsáveis e não descartem produtos e objectos para o chão, os quais podem mesmo ser levados pelo mar. Por outro lado, seriam igualmente difundidas mensagens de encorajamento e de motivação social. 
A Associação de Amigos da Praia Velha está a preparar novas ideias e surpresas para o futuro que serão reveladas a seu tempo. Até ver, o seu impacto já se faz sentir na cidade e até os organismos públicos (leia-se Junta de Freguesia de Esmoriz, Câmara Municipal de Ovar e Capitanias) já reconhecem o valor dos seus esforços.
A Praia dos Pescadores ou Praia Velha está assim a adquirir uma novo fulgor, tornando-se numa área de interesse, conjugando, além do areal, a beleza dos palheiros e a majestosidade dos barcos coloridos da Arte Xávega.




Direitos da Foto - Associação de Amigos da Praia Velha (Ano de 2019)

Casos activos de COVID-19 sobem para 20 no concelho

Esmoriz, União de Freguesias de Ovar e Válega são, neste momento, as freguesias do concelho vareiro com infectados activos por COVID-19, enquanto Cortegaça e Maceda não apresentam qualquer caso recente. Dentro da União de Freguesias de Ovar, Arada e São Vicente Pereira também têm escapado a novos contágios.
As infecções terão acontecido no âmbito da época balnear, o que explica em parte o facto de Esmoriz ser, neste momento, a freguesia com mais casos activos. Ainda assim, o número é bastante baixo. Anteriormente, seriam 10 os infectados, mas não sabemos se algum dos três recentes infectados é de Esmoriz, o que representaria um aumento ligeiro do número divulgado há poucos dias.
Neste momento, e desde o início da pandemia, 754 pessoas do concelho de Ovar seria contagiadas pelo vírus, registando-se 694 recuperados e 40 óbitos.
Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, promete um "acompanhamento rigoroso" e apela aos cidadãos para "evitarem ajuntamentos e usarem máscara".



20 dúvidas frequentes sobre a Covid-19 e o novo coronavírus ...

terça-feira, 14 de julho de 2020

A Rua dos Castanheiros noutros tempos

A Rua dos Castanheiros é uma das vias mais simbólicas da cidade de Esmoriz. Também ela teve a sua própria história. Esta fotografia que estava depositada nos arquivos da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz mostra-nos a presença de vários pássaros sobre as linhas de electricidade. A rua era preenchida por uma calçada, ali situava-se igualmente a casa de Alexandre Castro Soares (fundador do jornal A Voz de Esmoriz) e, ao longe, já se poderia ver o mítico edifício do Patronato ou Palacete dos Castanheiros. 





Direitos da Foto: Comissão de Melhoramentos de Esmoriz
(Possivelmente datada das décadas de 60/70)