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sábado, 12 de fevereiro de 2022

Abate de árvores integra Plano de Gestão Florestal (PFG) do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar

Considerando que têm surgido muitas dúvidas, questões e até indignação relativas ao abate de árvores no Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, a Câmara Municipal de Ovar informa que se trata de procedimento previsto no Plano de Gestão Florestal deste Perímetro, da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza e da Florestas.

Recorde-se que, o Perímetro Florestal das Dunas de Ovar é uma área submetida ao Regime Florestal Parcial desde 1920, por força dos Decretos de 24 de dezembro de 1901 e de 1903 (e demais legislação complementar), inclui terrenos (areais) pertencentes à Junta de Freguesia de Esmoriz, à Junta de Freguesia de Cortegaça, à Junta de Freguesia de Maceda e ao Município de Ovar, estando sob a gestão direta do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), diretamente sob a tutela do Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do Centro, à exceção da área ocupada pelo atualmente denominado Aeródromo de Manobra nº 1 (AM1).

Com a legislação do Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral (PROF CL) (Decreto Regulamentar n.º 11/2006, de 21 de julho), que determina a obrigatoriedade de elaboração de planos de gestão florestal para as matas nacionais e perímetros florestais, foi apresentada uma proposta de Plano de Gestão Florestal (PGF) do Perímetro Florestal das Dunas e Ovar (fevereiro de 2016).

Foi solicitado à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro a emissão de um parecer, conforme o previsto no artigo 21º do Decreto-lei nº16/2009, emitindo assim parecer favorável ao PGF do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar.

Procedeu-se também à emissão de uma declaração de concordância com o PGF do Perímetro das Dunas de Ovar a cada freguesia envolvida, Esmoriz, Cortegaça, Maceda e a Câmara Municipal de Ovar.

O Plano de Gestão Florestal e seus Anexos e Cartografia foram submetidos a discussão pública, conforme o estabelecido nos nºs 1 e 2 do artigo 20º do Decreto-lei nº 16/2009, de 14 de janeiro. A consulta pública decorreu entre o dia 1 de agosto a 12 de setembro de 2016, publicitada através de Edital, publicado no dia 28 de julho de 2016, não havendo qualquer proposta de alteração ao Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar.

O Plano de Gestão Florestal (PFG) do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar foi aprovado pelo ICNF e neste documento estão programadas ações de gestão para o Perímetro Florestal das Dunas de Ovar como: resinagem à morte, cortes culturais, cortes finais, controlo de invasoras, limpeza de povoamento e plantação.

As ações poderão ser consultadas nas Peças Escritas e nos Anexos e Cartografia do Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar,  publicadas no seguinte link: http://www2.icnf.pt/portal/florestas/gf/pgf/publicitacoes/encerradas/dcnf-centr/pgf-dunas-ovar-ate-12-set .

De acordo com o publicitado no site do ICNF, no dia 15 de setembro de 2021, pelas 10h00, foram alienados, em Hasta Pública nº 02/DRCNFC/2021 (http://www2.icnf.pt/portal/florestas/gf/hastas/encerr/2021/drcnf-centro/hp02-drcnfc-2021), 70 lotes de material lenhoso dos quais 5 lotes pertenciam ao Perímetro Florestal das Dunas de Ovar (Talhão 7, 14, 63, 74 e 88).

O corte final dos talhões nº 14 e 63 (designados em Hasta Pública como Lote nº 87/2021 e Lote 88/2021, respetivamente), estava previsto para o ano 2019, e o dos talhões nº 7 e 74 (designados em Hasta Pública como Lote nº 86/2021 e Lote nº89/2021, respetivamente) para o ano de 2020, conforme se pode observar na Carta 13, do Anexo e Cartografia do PGF do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar.


Comunicado da Câmara Municipal de Ovar




Correio dos Comunicados Políticos - Sobre o abate florestal e o repovoamento “natural” da área do perímetro Florestal de Ovar



Comissão Concelhia de Ovar


Para o PCP, a floresta representa um sector de importância estratégica primordial. O carácter multifuncional da floresta, com as suas funções económica, social e ambiental implica, no entanto, a aplicação de políticas adaptadas que, manifestamente, não têm existido nas últimas décadas. Este é, também, o exemplo negativo do nosso Município.

Longe de contribuir, como poderia e deveria, para o desenvolvimento do País, o que se assiste é ao recuo da área florestal e à degradação sistemática da mesma. Em vez de uma floresta estruturada e sustentável, que responda aos interesses do povo e do País, temos actualmente práticas por um lado de proliferação da plantação de eucalipto e por outro de disseminação descontrolada de espécies invasoras que tomam conta de áreas onde, outrora, existiram florestas devidamente ordenadas.

É neste enquadramento que uma delegação do PCP visitou a zonabde Cortegaça do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, constatando, in loco, o abate florestal de pinheiro que está a ser efectuado. O PCP sabe que existe um plano acordado entre o Município, as freguesias e o ICNF para este abate de pinheiros, com a técnica de “resinagem até à morte” desde 2016.

Pela parte do PCP, o desenvolvimento de uma política florestal ao serviço do País e do progresso social implica uma gestão florestal planeada e não um repovoamento florestal natural desordenado, como tem sido prática do ICNF, em anuência com o nosso Município e as nossas freguesias que sabemos, acabará, inevitavelmente, com a disseminação de acácias e outras espécies invasoras, que tomarão, irremediavelmente, o lugar de espécies enquadradas nos ecossistemas desta região. 

O PCP entende que falta, acima de tudo, vontade política e visão estratégica de sustentabilidade ambiental para inverter o actual estado de coisas e compromete-se a questionar as entidades responsáveis e o Governo sobre esta questão concreta do nosso Município.


A Comissão Concelhia de Ovar do PCP

Ovar, 4 de Fevereiro de 2022





Correio dos Comunicados Políticos - Bloco de Esquerda contra o abate maciço de pinhal





O recente início dos trabalhos de abate massivo de pinhal no nosso município – Perímetro Florestal das Dunas de Ovar (PFDO) – desencadeou uma avalanche de contestação social, o que evidencia o crescimento da consciência ambiental e cívica dos munícipes e um avivar do sentimento de pertença face ao atentado ambiental em curso e iminente agravamento pela proliferação territorial.

O Bloco de Esquerda de Ovar vem publicamente solidarizar-se com todas e todos os munícipes e demais cidadãos que tem vindo a mostrar a sua indignação e consternação com esta política extrativista, subscrita pela maioria do PSD pela aprovação do Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar (PGF-PFDO), o qual sustenta o estender destas medidas até 2026, e prevê a resinagem até à morte de milhares de árvores (com mais de 50 anos de idade) e o posterior abate “cego”. Ao

todo, no período de tempo entre 2016 e 2026, são abrangidos por este plano 247 hectares de pinhal do nosso concelho – o equivalente a quase 250 campos de futebol.

Em reação à contestação popular (e crescente “impopularidade mediática”), infeliz e já recorrentemente, assistimos à desresponsabilização e à “burocratização” por parte da Câmara Municipal de Ovar, quer através do seu Vice-presidente (em declarações para a SIC), quer pelo seu (cada vez mais ausente) Presidente, nas redes sociais.

O BE esteve e estará sempre ao lado de causas ambientalistas e na linha da frente da denuncia deste tipo de práticas que considera gravíssimas, tendo não apenas vindo a denunciar diversos “problemas” com este Plano, como tem denunciado a renuncia, por parte do executivo camarário, a encaminhar as verbas daqui decorrentes para a reflorestação criteriosa e gestão sustentável da nossa floresta. Convirá explicitar que a 100% do rendimento da resinagem e 60% do rendimento de abate de árvores revertem a favor dos cofres das autarquias de Ovar, e que tem sido sucessivamente vetada a criação de um fundo de gestão sustentável da floresta com estas verbas, por parte da maioria absoluta do PSD.

Em suma (para informações técnicas detalhadas, ver o Comunicado da Associação Amigos do Cáster), convirá esclarecer que o PFDO é propriedade das autarquias do concelho de Ovar e está submetido ao Regime Florestal Parcial pelo que se encontra sob gestão direta do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O Plano (PGF-PFDO) aprovado em 2016 com a chancela da CMO e do ICNF, tem como principal objetivo a produção de pinheiro-bravo, e preconiza com relevo e de forma pioneira neste território o abate de pinheiros (cortes culturais e finais) após a resinagem à morte, até 4 anos antes dos abates. Contudo, julgávamos estar previsto neste plano, que nas áreas a resinar e a abater, deverá ser deixado um mínimo de 10 pinheiros por hectare, para promoção da regeneração natural; bem como é proposta a diversificação do coberto arbóreo com espécies autóctones (como o sobreiro ou o pinheiro-manso) onde determinadas condições “técnicas” o permitam. Não obstante a perspetiva de gestão integrada, são referidas vária condicionantes que podem surgir ao longo do tempo, quer ao nível da mão de obra, quer da disponibilidade orçamental.

Infelizmente e pelo que se antevê, os objetivos secundários do Plano – (ii) o recreio, enquadramento e estética da paisagem e (iii) conservação de habitats, fauna e flora – e ações respetivas, nomeadamente de gestão de combustível, de prevenção de riscos de incêndio ou de controlo de plantas exóticas invasoras, se nada fizermos ao nível da fiscalização e exigência cívica perante as respetivas autoridades, serão fatalmente relegados no tempo.

Paralelamente aos critérios de “tabula rasa” deste Plano, criticados também por diversas associações ambientalistas, (ver comunicado da associação ambientalista Campo Aberto), salientamos ainda a “nebulosa” em torno quer da responsabilidade de ação, das fontes de financiamento, metodologia e calendarização concreta da reflorestação. Sabemos, contudo que o único plano de investimento público previsto para esta área, de 6.1 milhões de euros, destinados à “melhoria da resiliência e do valor ambiental das florestas e prevenção contra agentes bióticos e abióticos”, os quais, dada a natureza, grau de vulnerabilidade e localização do território, está fora de grande parte do investimento na floresta previsto no PRR.

Além das receitas enumeradas, a recente alienação de 20ha deste perímetro florestal, por parte da CMO (com a anuência do ICNF e da Assembleia Municipal de Ovar), gerarão um encaixe financeiro de 1.54 milhões de euros, sobre o qual o BE propôs que um mínimo de 60% fossem afetados diretamente para a Gestão e reflorestação da PFDO, mas infelizmente também esta proposta foi declinada pelo executivo.

Entre 2017 e 2021, foram lançadas pelo menos seis hastas públicas para lotes de resina e madeira provenientes PFDO. Mesmo descontando das hastas públicas colocadas a leilão repetidamente, foram ou estão neste momento a ser alienados lotes de resina no valor mínimo (base mínima de licitação) de 169 mil euros e de madeira no valor de 119 mil euros (já retirados os 40% que revertem para o ICNF).

Em resumo, num período de 5 anos, o perímetro florestal gerou uma receita para as autarquias do município, de pelo menos 1,8 milhões de euros. E poderia gerar muito mais, houvesse vontade política de implementar um serviço público de Gestão e Valorização da biomassa – de acácias, por exemplo.

Portanto, não será por falta de receita nem por falta de legitimidade (o ICNF não impede os proprietários de gerir, de acordo com o previsto no Plano) ou existência de demais entraves que uma Gestão Sustentável da Floresta possa ser planificada e aplicada.

Podemos aguardar por mais catástrofes que nos torne elegíveis para um PRR focado em territórios vulneráveis ou outro qualquer financiamento nacional ou europeu destinado a desastres naturais. Ou podemos ser pró-ativos e empreendedores e mobilizarmos uma parte das receitas geradas pela nossa floresta exclusivamente para a Gestão e reflorestação da nossa floresta, e não esperarmos passivamente pela eventual aplicação das medidas de conservação e gestão previstas no PGF, essenciais para a

manutenção deste importante escudo protetor contra a erosão costeira, prioritário pulmão verde e fixador de carbono, insubstituível abrigo e fomentador da biodiversidade do concelho.

Na medida em que o próprio PGF prevê a sua reavaliação ao final de cinco anos de implementação, será pertinente e prioritária a revisão e discussão pública deste plano de gestão florestal, com vista a tornar o processo mais participado e escrutinado, e permitindo rever nomeadamente boas práticas de gestão e conservação, esclarecer cabalmente as questões de governança e de responsabilidade pela gestão, e assegurar os mecanismos financeiros necessários para a gestão sustentável (ecológica, social, económica e financeira) do perímetro florestal.

Em termos políticos, o BE não pode deixar de saudar a lançamento da petição pública ‘Salvem o Perímetro Florestal das Dunas de Ovar’ – que regista mais de 17 mil assinaturas – pese embora tenhamos reservas quanto à veracidade de algumas das alegações, mas principalmente quanto à sua motivação, pelo facto de julgarmos que o seu líder político e recém candidato à presidência da Câmara de Ovar era conhecedor deste e outros dossiers desde a sua génese, por ter vestido as mesmas cores partidárias e ter sido adjunto da presidência de Câmara até final de 2018, e somente após a cisão pessoal e política e a consequente fundação do dito “movimento popular” é que tem optado por fomentar a contestação popular, essa sim, legitima, íntegra e desinteressadamente preocupada com esta calamidade ambiental.

Lamentamos igualmente que a conferência de imprensa (de 9 de Fevereiro) que fez representar a CMO e o ICNF, ao invés de criar confiança entre os munícipes, veio criar ainda mais inquietações quanto aos procedimentos em curso e futuros. Por exemplo:

a) houve uma tentativa de normalizar o corte massivo de parcelas de talhões enquanto “boas práticas”, pese embora as críticas de outros especialistas já se tenham feito ouvir, fundamentadas em diferentes posições científicas quanto a “boas práticas”;

b) houve a clarificação da interpretação particularmente da diretriz definida ponto 3.6, II do PGF-PFDO: “Manutenção de 10 a 50 árvores adultas por hectare”, afirmando que “não pode ser lido (este rácio) só na área objeto do corte”, e que “significa que na área envolvente se mantém este número de árvores”, “senão não era eficiente nem eficaz a intervenção, deixando um salpicado de arvoredo disperso”.

Ou seja, o que poderia ser entendido como uma salvaguarda à exploração de tabula rasa, afinal é mesmo a confirmação dessa política para o futuro.

c) ficou clara (a nossa interpretação) da intenção quanto à política de reflorestação e o conceito de “regeneração natural”: na prática significa entregar as clareiras recém dizimadas ao “deus-dará” e esperar que fique tudo bem.


Comunicado do Bloco de Esquerda de Ovar





Abate de pinheiros gera polémica

De acordo com uma edição recente do Jornal de Notícias, o plano de resinagem à morte de vários pinheiros situados no Perímetro Florestal das Dunas de Ovar está a provocar o abate dos mesmos. 

Cerca de 80 hectares já foram intervencionados com resinagem intensiva mas o ICNF acredita que a reflorestação ocorrerá de forma espontânea.

Neste momento, existe uma petição online para evitar mais abates de pinheiros-bravos e que já foi assinada por mais de 18 mil cidadãos.

Todavia, prevê-se o corte de cerca de 30 talhões, até 2026, em terrenos florestais desde Esmoriz até ao Torrão do Lameiro. Um vendaval de críticas tem sido visível nos últimos tempos, contudo desconhecem-se os capítulos futuros e que acções serão doravante tomadas. 





António Sá e o executivo da Junta de Freguesia de Esmoriz visitam a exposição de Margarida Barra – “Olhares de Margarida”

 Na tarde de sábado, 11 de dezembro de 2021, António Sá, presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, acompanhado pela tesoureira Carla Mesquita, a vogal Marlene Pinho, o secretário Hélder Ferreira e o arquiteto António Bebiano, vereador da Câmara Municipal de Ovar, visitaram a exposição “Olhares de Margarida” e o atelier da artista plástica de Esmoriz, Margarida Barra, situada na casa de família, da Av. 29 de Março nº 699 em Esmoriz.

A Margarida Barra contou a história antiga da casa, com 90 anos, dos seus avós António Barra e Arminda França, e dos pais, juiz conselheiro Salviano de Sousa e Lucília França, o primeiro antigo presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz e ambos fundadores da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, e onde atualmente se encontra o seu salão de exposição permanente e o atelier.

Com detalhe, Margarida Barra, fez uma visita orientada às suas obras de escultura em cerâmica e bronze, de pintura, utilizando as técnicas de óleo e acrílico sobre tela e às obras de Vitrofusão, que muito encanto e curiosidade a todos causaram, pelas cores e texturas peculiares e pelo efeito óptico cromático alcançado, que captura a dança da luz e da cor.

É um resultado fascinante que espoleta significações e mistérios, encantos, que desencadeia a transmissão de sentimentos.

Também aproveitaram para conhecer o encantador jardim com diversas flores, rosas, camélias, amores-perfeitos, a horta com os legumes da época, pencas, brócolos, nabiças, o pomar com árvores de fruto variadas, e todos os presentes, fizeram uma colheita divertida de laranjas. Até houve quem conversasse com os galos e as galinhas, e obtivesse respostas, cantadas.

Depois falamos da Florbela Espanca e da sua estada em Esmoriz em 1924, e na casa que habitou com o marido Mário Lage, no lugar da Casela, tendo sido mostrada a sua Fotobiografia (Rui Guedes, Publicações D. Quixote, 1999), e lendo duas cartas dirigidas ao seu pai, João Maria Espanca.

“Eu vivo sozinha aqui em Esmoriz com o meu marido, uma criada, um criado preto e um cão. Aqui isto é muito bonito e tem imensos cogumelos bons que nós comemos. Quantas vezes eu falava em ti e no teu gosto por eles! (…) Vem, tu e a Henriqueta, logo que possas. Eu gostava tanto!” (in Vol. V, carta nº 96)

“E depois, como o meu homem tem uma posição elevada em Matosinhos e aqui, onde é médico, subdelegado de saúde, secretário de turismo e mil trapalhadas, e como o pai faz parte da Câmara, é muito considerado em Matosinhos, e a mim tratam-me como uma princesa, principalmente aqui em Esmoriz, onde vivo. Ele vai todos os dias a Matosinhos no comboio do meio-dia, às vezes comigo, e volta no comboio das 6 horas e meia; tem clientes cá e lá, de forma que não pode deixar esta cangalhada toda e ir por aí abaixo, senão já tinha ido. 15 dias que fôssemos era mais de 3.000$00, com o dinheiro que gastávamos e com o que deixava de ganhar, não falando nos pobres doentes que, principalmente em Esmoriz, ficavam sem médico. Será quando pude ser.” (in Vol. V, Carta nº 97)

Foi comunicada a constituição da ArtOvar – Associação de Artistas de Ovar, entidade sem fins lucrativos, com sede na Av. 29 de Março nº 699, em Esmoriz, que tem por objeto, a promoção de atividades culturais no domínio de todas as artes, que se encontra reconhecida como Associação pela Câmara Municipal de Ovar e que também irá proceder à sua inscrição no registo do Associativismo de Esmoriz.

A ArtOvar – Associação de Artistas de Ovar, está a elaborar o seu Plano de Atividades para 2022, e foi transmitida à vereação a intenção e vontade de incluir as seguintes iniciativas, e que também contávamos com o apoio institucional da Junta de Freguesia:

• A Comemoração do Aniversário da Florbela Espanca em 8 de dezembro de 2022, em parceria com todas as associações culturais de Esmoriz, e outras entidades coletivas e pessoas individuais queiram associar-se à Comemoração.

• Promover o serviço educativo artístico também na casa da sede, através das visitas orientadas à exposição de Margarida Barra, “Olhares de Margarida”, e usufruto dos jardins, pomar e horta, destinado às famílias e crianças.

• Promover o serviço educativo ambiental, afetando uma parte significativa do terreno da casa, para a criação de hortas biológicas, em parceria com o Agrupamento de Escolas de Esmoriz, Ovar Norte.



Sandra Rocha publica 4 livros pela Chiado

Sandra M. Rocha, nascida em 1976, é uma esmorizense de gema. Desde cedo, se sentiu “comandada pelo sonho” de imortalizar os seus pensamentos através da escrita e pintura, e assim sendo, enveredou pelo mundo fantástico das letras e cores, com fértil imaginação.

Apaixonada pela “magia” da poesia, desde a Escola Primária, onde compunha quadras no seu caderno para a sua professora primária, Sandra M. Rocha iria, mais tarde, frequentar o Ensino Superior na área da Comunicação aplicada, mas por motivos profissionais não concluiu a formação, ficando em aberto para o futuro a oportunidade de o fazer.

Em 2014 cria o blogue “Pensamentos à solta… livres”. Entre 2019 e 2021 envolve-se em vários projectos de escrita, pintura e reciclagem com arte. Dinamizou ainda o grupo “Made By Esmorizense” nas redes sociais que logo se evidenciou como uma plataforma de divulgação dos trabalhos talentosos de escritores, músicos, artistas, grupos e colectividades da cidade de Esmoriz. Além dos seus escritos em prosa e poesia, Sandra M. Rocha realiza ainda trabalhos plásticos, tendo por exemplo, já aproveitado milhares de garrafas recicladas para as decorar e oferecer a inúmeras pessoas e instituições. Nesse contexto, chegou a apresentar essa sua iniciativa de juntar a decoração artística à necessidade de reciclagem ou de reaproveitamento de produtos teoricamente descartáveis, numa entrevista ao Porto Canal que decorreu no Parque Ambiental do Buçaquinho, onde esteve igualmente a apresentadora, actriz e escritora esmorizense Gabriela Relvas.

Sandra Rocha cumpriu o seu sonho de publicar os seus primeiros livros, e foram logo quatro de uma assentada. São publicações de autor, embora com ligação clara à Chiado Books. Os quatro livros designam-se “Páscoa & Natal” (romance, suspense, mistério), “Pétalas coloridas e perfumadas” (poesia), “Marte – Missão de Esperança” (ficção científica, futurismo) e “A Mãe do João” (conto destinado ao público infantil).

O primeiro livro “Páscoa & Natal” incide sobre uma série de mortes em Vila Flor Silvestre que desencadeiam uma intrigante e alucinante viagem ao passado em busca de respostas. Uma “corrida contra o tempo” de tirar o fôlego. Todos os pormenores são essenciais nesta “montanha-russa” de acontecimentos. Vinte e quatro anos depois do “encontro”, ano 2019, século XXI, o Mundo acorda com a notícia de um estranho vírus que aparece na China. Alexandra Páscoa e Jorge Natal, personagens da narrativa, estão na Nova Zelândia onde um acontecimento irá mudar para sempre a perspectiva do significado da Vida.

O segundo livro “Pétalas coloridas e perfumadas” é essencialmente poético, albergando reflexões em verso sobre os Açores, o amor e alguns temas existencialistas que preenchem a dimensão humana.

O terceiro livro “Marte – Missão de Esperança” é de ficção científica e narra uma história do ano de 2039, onde viajantes assinam um contrato (sem bilhete de volta) para viverem no Planeta Vermelho. Um emocionante conto sobre as maiores fragilidades do Ser Humano, o medo e a sede de poder. Haverá salvação?

O quarto livro – a “Mãe do João” – é um conto para os mais novos, em que uma mãe conseguia, sem ralhar ou perder a compostura, adoptar métodos eficazes para que as crianças tivessem uma postura tranquila, serena, disciplinada e exemplar. Poderá encomendar estes livros por via online a partir do site da Chiado Books.






quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Correio do Leitor - Florindo Pinto critica multidão que vai a Draveil, em vez de se delegar a missão em duas ou três pessoas

 (ACON©ELHO-----129) 


Cidades geminadas 

“Mais vale o exemplo, que a doutrina” 


- Esmoriz, ao alargar os seus horizontes, terá procurado e, em outro País, encontrou a 

- Cidade Francesa, de Draveil, para, com ela, estabelecer um protocolo de Geminação  

- Ponderadas algumas situações de circunstância, foram ouvidas pessoas, entendidas  

- na matéria, que opinaram e, entenderam ser de bom tom, se juntar a quem acolheu 

- alguns Esmorizenses, aquando da evidente “procura” de melhores condições de vida 

- Estabelecidos os contactos, formalizados os protocolos, logo se iniciou a útil troca de 

- experiências, de costumes, de culturas, de alguns saberes, a amostragem, de pessoas 

- Anualmente, aconteciam e, acontecem, encontros, com programas, para cumprir, cá  

-  e, lá. Incumbidos dessa “tarefa”, os franceses delegam em dois ou três, enquanto os 

- portugueses, aproveitando a oportunidade, “à borla”, chegam a França, em multidão 



Artigo da autoria de Florindo Pinto 

02/02/2022