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sábado, 13 de outubro de 2012

1ª Reunião do Movimento Cívico Pró-Barrinha

Por volta das 21 horas desta sexta-feira (isto é, ontem - dia 12 de Outubro!), decorreu a primeira reunião do Movimento Cívico Pró-Barrinha no espaço da exposição localizada junto ao Café Anos 60 (proximidades da Praia de Esmoriz).
De facto, foi uma sessão bastante construtiva, na qual todos puderam, de certo modo, contribuir. Apesar de não querer individualizar (pois o grupo parece estar muito bem constituído), devo reconhecer que os Drs. Rubim Silva (biólogo), Salvador Malheiro (especialista na área da energia e combustão) e José Marinho (geólogo) estiveram bastante interventivos, debatendo inúmeras ideias. Mas insisto na ideia de que o grupo tem elementos muito competentes e capazes. Por isso, admito que tenho esperanças nesta equipa.
Muitos temas foram discutidos e por isso, é impossível fornecer o retrato exacto de tudo o que se passou. Mesmo assim, alguns dos principais destaques foram os seguintes:

  1. Tomada de posse dos novos corpos sociais da Barrinha. Apresentação de quase todos os elementos (apenas um elemento faltou por indisponibilidade) que puderam assim conhecer-se e trocar argumentos.
  2. Proposta de criação dum Site e dum Jornal a cargo do Movimento poderá avançar em breve. O Movimento Cívico Pró-Barrinha deseja ganhar uma maior projecção no exterior e por isso, estes trunfos poderão assegurar uma maior visibilidade do Grupo. Também o geólogo José Marinho (Vice-presidente), sugeriu a elaboração dum livro infantil e ilustrativo, de forma a cativar os mais jovens para a defesa da nossa lagoa. Esta sugestão surge na sequência de Rui Alexandre, membro do Conselho Fiscal, ter alertado para o facto dos mais jovens ignorarem a Barrinha, visto que nunca a conheceram nos seus tempos áureos. 
  3. O Movimento disponibiliza-se a retirar imediatamente a areia do passadiço. Devido à inércia política nesta questão (problema que já deveria ter sido resolvido antes do Verão de 2012), os elementos do Movimento Cívico Pró-Barrinha estão dispostos a ir para o terreno, com as devidas pás, de forma a resolver, de uma vez por todas, uma das principais queixas dos cidadãos esmorizenses. Tudo será feito sem colocar em causa a integridade das dunas.
  4. Remodelação interna da Exposição. A opinião consensual favorece a reconfiguração da exposição do Movimento, com o surgimento de novos quadros e mudança de visual do espaço. As entradas continuarão a ser gratuitas e o referido espaço encontra-se aberto aos Domingos, desde as 15 às 17 horas (junto ao Café Anos 60, Praia de Esmoriz).
  5. As águas da Barrinha estão menos poluídas face aos anos anteriores. Tais avanços se devem à construção da ETAR de Paramos, Cortegaça e aos postos de saneamento instalados na Vila da Feira. De acordo com Rubim Silva, Secretário da Direcção, este feito terá atraído mais espécies à Barrinha, garantindo assim um aumento da sua biodiversidade.
  6. O Movimento deseja angariar os seus próprios associados que deverão pagar uma quota anual bastante acessível (falou-se em apenas 2 ou 3 euros por ano - é um valor que ainda está em estudo mas acreditem que valerá a pena!). Agora o grupo estuda atentamente as vantagens que poderá oferecer aos seus futuros sócios.
  7. O Estado da Barrinha e a sua real situação na Rede Natura. Entretanto, falou-se na reabilitação da antiga ponte de madeira sobre a Lagoa (parece que esse projecto está ainda numa fase embrionária e dificilmente avançará, de forma imediata, devido à conjuntura económica actual), em futuras visitas de campo, e acima de tudo, abordou-se a questão da Rede Natura - será que a Barrinha se encontra mesmo protegida ou se é apenas classificada como uma área de interesse? 

Muitos foram os assuntos e argumentos exibidos, mas os que indicamos parecem ser os mais pertinentes. Daqui a 2 semanas, o Grupo volta a reunir-se, procurando criar um plano de actividades, de forma a agir rapidamente.
De facto, o Movimento Cívico Pró-Barrinha procurará mobilizar todos os seus esforços, colocando as ideias na prática e zelando assim pelos interesses da nossa Lagoa. O grupo deseja ainda garantir projecção das suas futuras acções.
Em suma, encontramos uma equipa, dotada de muito potencial (com pessoas formadas em diversas áreas científicas), que parece ter argumentos suficientes para adquirir expressão na Cidade de Esmoriz. 



Imagem nº 1 - A Exposição do MCPB acolheu ontem a primeira sessão oficial dos corpos gerentes.
Fotografia da autoria do Cusco de Esmoriz



Imagem nº 2 - A Barrinha tem as águas menos poluídas, mas ainda há muito trabalho para fazer, tendo em vista a sua reabilitação.
Fotografia da autoria do Cusco de Esmoriz

3 comentários:

  1. Já agora votem na sondagem ao lado - Estavam dispostos a ser sócios do MCPB?

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  2. Olá
    Parabén e votos de bom trabalho !

    Creio que se apresentarem um «programa de iniciativas» será mais fácil angariarem sócios.

    Gostei da ideia do livro....fundamental investir nos mais novos....só assim darão valor ao que têm e outros já tiveram.

    Gostei da ideia do site...exige trabalho e dedicação, mas acho que há «massa crítica» para levar o projecto avante.

    Areia do passadiço....pois se um dos obstáculos a essa retirada partiu de dentro do próprio Movimento, nada melhor do que, dar o exemplo, e retirarem a areia dos passadiços; creio que não faltarão ajudas.

    E do parque da Cidade, não se falou?

    Já agora, que tal Helder Reis dar alguam visibilidade a este trabalho?

    Cumprs
    Auguso

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    1. Olá Augusto! O Movimento agradece todos os seus elogios. Quanto ao parque da Cidade, falou-se nos atrasos relativos à inauguração que afinal poderão ser "políticos". Aliás, o Parque já deveria ter sido inaugurado no Verão passado. O Movimento deu apoio ao projecto, embora não tenha conseguido criar um parceria com a Câmara Municipal de Ovar.
      Em relação ao Hélder Reis, era uma boa ideia, mas não sei se ele estaria disponível para participar em tal iniciativa!
      Cumprimentos!

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