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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Correio dos Comunicados Políticos - CDU alerta para a importância dos serviços de saúde no concelho




Comissão Coordenadora de Ovar 



Conforme anunciado, a CDU promoveu na passada sexta um debate subordinado às questões da saúde, no auditório da Junta de Freguesia de Ovar. A sessão contou com a participação de Dinis Silveira, primeiro candidato à Câmara Municipal, Miguel Jeri, primeiro candidato à Assembleia Municipal, Pedro Pinto, médico no Centro Hospitalar do Baixo Vouga e Paulo Anacleto, dirigente nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Como moderador esteve Pedro Sá Pinto, enfermeiro e membro da Comissão Coordenadora de Ovar da CDU.

Dinis Silveira abriu a sessão, introduzindo o tema e destacando a importância que têm os serviços saúde para a população, bem como das posições e atitude da CDU neste âmbito, uma força coerente sempre em defesa do Serviço Nacional de Saúde público, universal, geral e gratuito. Seguiu-se Pedro Pinto, com uma intervenção de fundo sobre o estado actual da saúde em Portugal, num momento em que o SNS sofre um processo de destruição acelerada pelo actual governo PSD/CDS. Desde sempre a saúde foi vista pelo grande capital como uma grande oportunidade de negócio; mas nunca como hoje essa mercantilização foi tão evidente, tal como confessou recentemente Isabel Vaz, presidente do grupo BES/Saúde: "melhor só o negócio das armas!" E é no sentido de tornar a saúde um negócio que se tem pautado a política do actual Ministério da Saúde, ou não fosse o actual ministro ex-administrador da Medis, uma importante seguradora de saúde. A intervenção focou ainda a importância dos cuidados de saúde primários, a luta dos profissionais de saúde e os gastos públicos com a saúde, desmontando a tese tão cara à direita de que Portugal seria um país gastador neste aspecto: na realidade apresenta um gasto de inferior ao da média da UE, de apenas 6,5% do PIB.

Paulo Anacleto, destacado dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses expôs a situação da privatização dos serviços de saúde que tem ocorrido um pouco por todo o país. Uma privatização que se dá, primeiro, pelo esvaziamento/desinvestimento nos serviços de saúde e, depois, pela ocupação do vazio entretanto deixado pelo sector privado, que tem florescido um pouco por todo o país. Um ataque ao SNS que se dá à custa e à revelia dos interesses dos utentes e dos profissionais de saúde. Um ataque que tem sido levado a cabo, sequencial e alternadamente, por PS/PSD/CDS, independentemente das caras que vão mudando no Ministério. Um ataque que apenas pode ser travado pela luta firme, constante, consciente e esclarecida quer dos utentes e respectivas comissões, quer dos profissionais de saúde e organizações representativas.

A intervenção de Miguel Jeri focou os cuidados de saúde no concelho, fazendo um ponto da situação quer dos cuidados de saúde primários, quer do Hospital de Ovar. Após uma introdução sobre as origens e história do Hospital de Ovar, destacou as importantes lutas que se travaram aquando do encerramento da maternidade, da pediatria e das urgências, bem como do papel activo da CDU no esclarecimento e mobilização da população. De facto a CDU foi a força política que mais pugnou pelo não encerramento destas importantes valências, demonstrando e defendendo a sua viabilidade, e demarcando-se então da atitude subserviente da Câmara Municipal que acabou por aceitar o encerramento das urgências a troco de algumas contrapartidas. No que toca ao momento actual, e tendo em conta os acontecimentos recentes sobre a ameaça de alienação do hospital para as misericórdias, é importante que a população mantenha uma atitude de permanente vigilância: as intenções do governo não mudaram, nem vão mudar.

Seguiu-se o período da intervenção do público, onde se deu ênfase à grande evolução que o hospital teve após o 25 de Abril e dos serviços que passou a prestar à população. Naturalmente e tendo em conta o momento actual, o tema do hospital foi central na discussão. Reconheceu-se o trabalho incansável da CDU no que à luta contra o desmantelamento do hospital de Ovar diz respeito e salientou-se, igualmente, a importância da mobilização e empenho dos utentes, essencial para travar cada nova machadada nos serviços de saúde. As dificuldades com o transporte para os hospitais vizinhos também são evidentes, num momento em que o governo cortou brutalmente nos apoios ao transporte de doentes não urgentes, e em que qualquer viagem implica custos importantes com portagens e combustível. Neste sentido, o nosso hospital continua a prestar um serviço insubstituível de proximidade. A população deixou bem claro que não irá ficar de braços cruzados ante qualquer tentativa de diminuição dos serviços do seu hospital, o Hospital de Ovar.

Os candidatos da CDU, coerentes com a sua intervenção, as suas convicções e o programa político que representam, tudo farão para, dentro das suas competências e possibilidades, promover e principalmente defender os serviços de saúde no concelho, quer a nível de cuidados primários, quer a nível de cuidados hospitalares. Estarão onde sempre estiveram: com o povo, representado-o nas instituições, acompanhando-o nas manifestações de massas.

Ovar, 30 de Julho
A Comissão Coordenadora de Ovar da CDU


Pedro Sá Pinto, Miguel Jeri, Dinis Silveira, Pedro Pinto e Paulo Anacleto

Imagem nº 1 - A CDU Ovar defende que o acesso das populações à saúde é essencial.
Foto enviada pelo PCP Ovar


A saber ainda: A CDU formalizará a sua candidatura aos órgãos autárquicos, entregando as listas no Tribunal de Ovar, na próxima sexta 2 de Agosto pelas 15h00.

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