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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Especial Autárquicas XIV - A vitória do PS e o descalabro do PSD nas autárquicas de 2013

Câmaras Municipais e Percentagens de Voto asseguradas pelos Partidos

PS - 150 (36 %)
PSD - 106 (24%)
CDU - 34 (11 %)
CDS-PP - 5 (3 %)
BE - 0 (2 %)
Independentes - 13 (7 %)






Mapa nº 1 - O Novo Mapa Autárquico 2013


Não há que negar as evidências. O PSD de Passos Coelho sofreu uma estrondosa derrota. No Norte do País, perdeu as Câmaras Municipais do Porto e Vila Nova de Gaia para o candidato independente Rui Moreira e para o socialista Eduardo Rodrigues respectivamente. As divisões internas no seio do partido também ditaram a derrota em algumas das principais autarquias. O Partido Socialista soube aproveitar a conjuntura nacional, nomeadamente o mandato pouco conseguido do primeiro-ministro Passos Coelho, e arrancou uma vitória expressiva. 
Na zona centro, os Sociais Democratas ainda resistem, com algum êxito, nos Distritos de Aveiro, Viseu e Santarém.
Mas a partir de Lisboa, são os socialistas que rompem com o equilíbrio. António Costa (PS) impõe uma estrondosa derrota a Fernando Seara (PSD) e conquista uma maioria absoluta na Capital. Também Sintra cai para os socialistas. O Sul de Portugal é quase partilhado por socialistas e comunistas (estes últimos recuperaram Évora e Beja). 
Nas ilhas, o arquipélago dos Açores manteve a sua tradição socialista, como já era expectável.
Mas na Madeira, Alberto João Jardim sofre a primeira grande derrota da sua carreira. Duma assentada, o PSD perde vários concelhos, e só mantém domínio em quatro (dos 11 presentes nesse arquipélago). Como se não bastasse, Funchal, "capital" da Ilha, passou a ser dominada por uma coligação de esquerda (PS/BE). Também o CDS-PP marcou pontos na Madeira. Está a chegar ao fim o reinado de Alberto João Jardim... O povo da Madeira fartou-se da sua fina ironia e olhou com atenção para o endividamento colossal do arquipélago! A zona Norte da Ilha já não é sequer dominada pelos sociais-democratas e a sua principal câmara na zona sul também não... 
Refira-se ainda que a abstenção foi a maior de sempre, cifrando-se nos 47, 4%! Sinal de que, no futuro, as coisas não serão nada promissoras para a Nação. Este alheamento trará consequências muito sérias, se se tornar cada vez mais evidente.
O cartão amarelo já foi exibido, agora o Governo de Passos Coelho terá que tentar outras soluções, senão a derrota nas futuras legislativas, só não será inevitável como extremamente humilhante para o partido.

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