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domingo, 2 de fevereiro de 2014

A FLOR MAIS BELA, A MAIS BELA FLOR - texto da autoria de Ana Roxo

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Era uma vez num país pequeno país vizinho do mar, uma escritora e poetisa que muito queria amar. Nascida em 8 de Dezembro de 1884, em Vila Viçosa, era uma alentejana de gema: uma figura ímpar da literatura portuguesa, enorme, enormíssima e nunca pequena.

Alma perdida se sentia como naquela noite em que o rouxinol cantou: alma incompreendida, alma que a sua prosa e poesia imortalizou. http://www.citador.pt/poemas/alma-perdida-florbela-de-alma-conceicao-espanca

Poetisa, escritora, mulher… Mulher à frente do seu tempo…Mulher que soube o que quer. Mulher, simplesmente mulher!

Mulher da dor, mulher do sofrimento, mulher das duras penas, mulher do amor…

Poetisa que cantava o amor e seus permanentes desencontros. Cantava também a morte e a vida em contraponto. 


Cantava a angústia, o tempo, a tão portuguesa saudade. Cantava a angústia existencial com uma divina magninimidade!

Com a beleza subtil de uma bela e singela flor: o seu nome Flor Bela, é a descrição mais bela desta Flor tornada Mulher, na mulher que desfolha as pétalas Amor! http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=380

Nas suas poesias também enobrecia Portugal. Enobrecia também a sua terra natal. 




Florbela Espanca – mulher sofrida, mulher triste, neste mundo perdida. Quando perdeu o seu irmão Apeles, esse foi o maior golpe no seu coração. Amava de tal modo o irmão querido, que era como que se com ele tivesse partido. http://www.citador.pt/poemas/lagrimas-ocultas-florbela-de-alma-conceicao-espanca

Perdeu a mãe muito cedo, com 29 anos, na flor da idade. Foi registada como filha ilegítima, seu pai era já casado: era assim triste os acordes do seu Fado. Perdeu também os filhos, fruto do mais profundo dos amores…Perdeu tanta coisa, tanta gente, neste mundo de dissabores. Perdeu tanto e tanto amou, procurou por si mas nunca se encontrou.

Flor de precocidade – escreveu o seu primeiro poema apenas com sete anos de idade.

Em 1907, o seu primeiro conto: «Mamã», escreveu…Era uma escritora versátil, que muito à literatura deu!

Casou-se três vezes, sempre procurando o amor, sem nunca o encontrar. Apenas encontrou a dor na sua busca por amar.

Florbela percorreu um pouco todo o país, desde o seu Alentejo Natal, até a uma pequena terra chamada Esmoriz.

Morou também em Esmoriz na Casela e no Lugar da Estrada Nova, hoje cidade do concelho de Ovar, mas foi Matosinhos a sua casa, antes de nos deixar.

Poetisa da solidão, alma sofrida, alma revoltada, sobretudo depois que Apeles morreu num acidente de avião. O  seu desejo era ir com ele –  não se sentia deste mundo, para ela de dor e de solidão.

Antes da publicação da «Charneca em Flor» partiu para outro mundo, esta Bela Flor. Partiu no dia do seu aniversário de 36 anos em 8 de Dezembro de 1930, pensando por fim à sua dor.

Tentou por duas vezes por termo à sua vida. Para ela era a morte – a saída para a sua vida sofrida e alma perdida.

Partiu cedo esta mulher singular, tomando uma dose excessiva de barbitúricos e a morte acabou por a levar.

Porém, nunca morremos, apenas dizemos até breve, tal com esta poetisa, escritora, mulher… que o sofrimento, a vida, a morte, o amor e a dor tão bem descreve.

Deixou-nos o que de melhor soube fazer: a sua vasta obra, tão carregada de versatilidade: única, bela, original, intemporal e sem idade. (ver Bibliografia activa) - http://pt.wikipedia.org/wiki/Florbela_Espanca

Poetisa/escritora que cantores e a música também inspirou, pelos seus poemas de encantar, apaixonando não só Portugal, mas também o Brasil do outro lado do mar.  Deixe-se inspirar!



Bela Flor, Flor Bela, Flor Bela de Alma da Conceição Espanca – portuguesa, mulher, escritora, poetisa, mulher única e original –  a mais Bela Flor num país que é um encantado jardim de nome Portugal!



Artigo e Fotos enviados por Ana Roxo

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