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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Poema do Mês de Novembro de 2015 - Rubaiatas de Omar Khayyam

De seguida, publicaremos 5 rubaiatas (quadras) independentes e separadas da autoria do poeta medieval persa Omar Khayyam (1048-1131). A tradução dos seus versos para a língua portuguesa foi assegurada por Alfredo Braga.



Busca a felicidade agora, não sabes de amanhã.
Apanha um grande copo cheio de vinho,
senta-te ao luar, e pensa:
Talvez amanhã a lua me procure em vão.


Além da Terra, pelo Infinito,
procurei, em vão, o Céu e o Inferno.
Depois uma voz me disse:
Céu e Inferno estão em ti.


"Não vamos falar agora, dá-me vinho. Nesta noite
a tua boca é a mais linda rosa, e me basta.
Dá-me vinho, e que seja vermelho como os teus lábios;
o meu remorso será leve como os teus cabelos".


"Nesta noite caem pétalas das estrelas,
mas o meu jardim ainda não está coberto delas.
Assim como o céu derrama flores sobre a terra,
verto em minha taça o vinho da cor das rosas".


"Se em teu coração cultivaste a rosa do amor,
quer tenhas procurado ouvir a voz de Deus,
ou esgotado a taça do prazer,
a tua vida não foi em vão"





Imagem nº 1 - Omar Khayyam, poeta, astrónomo e matemático persa (1048-1131).
Retirada de: https://www.flickr.com/photos/cantwelljohn/5171046882

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