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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Poema de Ana Roxo sobre o Tanoeiro


“O Tanoeiro”
(Poema da autoria de Ana Roxo, escritora esmorizense)


Tu, nobre tanoeiro do tempo passado,
Tu que és mestre desta arte ancestral,
Nos vasilhames, dorme o néctar por Deus dado,
 
Ó ilustre tanoeiro, também artista de Portugal!


Desde o tempo dos Fenícios, Romanos
E, claro, dos Cartagineses também,
Nesta arte que dura há muitos anos,
Um trabalho árduo - agora de quase ninguém!


Tu, tanoeiro deste tempo presente,
Onde a tua profissão é quase ausente…
E já perdeu de outros tempos, o fulgor,
Porém, ainda trabalhas com suor e amor!


As pipas, os barris...são a tua vida tão definida!
Tu, ilustre homem, que tens calos em cada mão,
Tu que és o artista de uma arte esculpida,
Pelo pesado malho e pelo teu coração...


Ó tanoeiro dos tempos que ainda virão,
Espero que a tua profissão não deixe de existir...
Mesmo que não sejas das pipas do vinho, artesão...
Que continues outros produtos modernos a produzir!


A vós todos presto a minha homenagem sentida,
Ó exímios tanoeiros, que estais por todo o país,
A homenagem, essa, deve fazer-se em vida,
Mas esta homenagem vai sobretudo para os de Esmoriz!


Dos nobres tanoeiros - descendente também sou
E nunca a minha origem, irei renegar,
Por esse motivo também, aqui a rimar, estou,
É a minha forma de igualmente vos eternizar!




Foto da autoria de José Fangueiro

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