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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Correio do Leitor - Florindo Pinto interveio na Assembleia de Freguesia, deixando críticas duras

A democracia dos eleitos, nesta casa, não se faz sentir, tal é a sua passividade, dominada pelos representantes do PSD. Se a senhora (membro da Assembleia de Freguesia) considera isto de democracia, a democracia por cá é pobre, muito pobre. E se assim é, se o vosso comportamento democrático, resulta nas tomadas de posição de descarado compadrio, penitenciem-se e tenham, simplesmente, uns pingos de vergonha (...)
Sabe-se que muitos e bem-intencionados Esmorizenses, estão a ser embalados com uns remedeios em estradas, com funcionalidade duvidosa e por outras pequenas coisas de cosmética. Mas, ainda bem que nesta terra colonizada, com a anuência e servilismo de alguns dos aqui eleitos, Esmoriz tem entre muros gente que pensa e diz o que sente, como acontece com este Esmorizense que me pediu a divulgação do seu pensar.
O alargar da Rua Relva de Cima, tem sido tema de conversa, convosco, autarcas. Em vosso poder está a morada do proprietário do muro situado a Poente. Quando fiz essa entrega sugeri que o assunto devia ter trato personalizado. O assunto já foi abordado por outros autarcas, que referem a existência de um acordo formalizado, por escrito. E a pergunta fica;

- Que medidas foram tomadas? 
- O tal documento foi localizado?
Em Maio do ano de 2011, a movimentação das pessoas aconteceu, por que a passagem de nível na zona da Rua Matosinhos de Baixo e da Iria, fora encerrada. As promessas de solução, ou de remedeio, foram mais que muitas, e uma das possíveis passou pela abertura de uma estrada, a Nascente da linha, entre a Avenida da Praia e a rua de Matosinhos.
- Como está o assunto?
- E que solução esperam encontrar, numa abordagem deste assunto, para a mesma situação existente na da Rua Aquilino Ribeiro / Tanoeiros? 
- Já se aperceberam das dificuldades de deslocação dos utentes com deficiências motoras ou visuais?

Na anterior campanha eleitoral, a feitura de uma rotunda e a implantação do “tanoeiro”, em local mais visível, era motivo de conversa com elementos ligados ao PSD. Não garanto que tenha sido mais uma promessa local. Sei, isso sim, que a “conversa” partiu de alguém de Esmoriz que está, nos dias de hoje, “enfarinhado e colaborante” nos assuntos da Câmara colonizadora. Mas, e como agora sabem que o espaço Rossio é propriedade da autarquia, por que não elaborar um estudo e avançar para a obra?
O manter fechado o portão Sul do cemitério, na maioria dos dias da semana, foi uma medida correcta. 
Aquele espaço, não é espaço para:
- Uma passagem corriqueira, só por que o acesso ao local do destino era encurtado uns metros;
- O transportar de compras, de outros bens e de alimentos;
- A prática de desportos radicais, pelos mais novos;
- A movimentação de bicicleta, motorizada e…;
- Ajudar, na vida dos ladrões, que tinham naquela saída, a fuga facilitada, mais tranquila e cómoda;
- Aquele espaço é sagrado. É local para meditar, orar e “conversar” com aqueles que partiram, mas que estão lá a repousar;
- Com a vossa decisão, se não eliminam todos os males, pelos menos, em muito, os minimizam;.
- E, para quando o avançar com o estudo e a disponibilidade de espaço para que, na terra, possam ser colocadas as cinzas daqueles que optam por esse “tratamento” final?
A Casa Mortuária, existente na Praça dos Combatentes, por aquilo que representa, merece que nesta casa o assunto seja tratado com a seriedade que a situação impõe e implica.
- É vergonhoso que este executivo desconheça que é o proprietário e não tenha em seu poder uma chave de acesso à sua propriedade;
- A casa mortuária é, na morte, uma componente do Cemitério;
- Não se percebe que a casa esteja entregue à exploração de terceiros, que em momentos de dor, cobram o aluguer de uma coisa que não lhes pertence;
- Muito menos se percebe que um requerimento que apresentei a 17 de Agosto deste ano, não tenha tido resposta.
Esta falta de cumprimento, talvez passe ao lado de quem desconhece as regras legais e o que é observado na Lei em vigor e pelo Regimento, desta casa.
Um dos bens existentes nesta cidade, que a autarquia vareira delapidou, foi a biblioteca, que funcionava neste edifício. E porquê? Será sempre uma pergunta que um qualquer esmorizense poderá fazer. Sabe-se que a estratégia vareira, para contrariar o movimento de libertação de Esmoriz do seu jugo, incluía, o atrofiar Esmoriz e aplicar um rude golpe na vertente da cultura desta cidade a Norte.
Urgia ocupar o Palacete, que fora preparado para receber o Ensino Superior.
Os ditos de esmorizenses, presidente da Junta de Freguesia e presidente da Câmara, de então, ficaram espasmados com o desenrolar do processo e dessa possibilidade, e tudo fizeram para a inviabilizar, já que a queriam que esse tipo de ensino fosse implantado em Ovar, na sede do concelho. 
Impedida a vinda do Ensino Superior, convinha ocupar as instalações daquilo que, em projecto pago por esta casa e que estará por aí perdido em uma qualquer gaveta, seria uma casa de cultura. O Palacete foi “assaltado e ocupado” com aquilo a que deram o nome de Pólo da Biblioteca de Ovar. Não nos calamos, e depois de alguns escritos, mudaram o nome para Biblioteca, isto para “inglês ver”, pois internamente tudo é tratado como que de uma “arrecadação” de Ovar se trate.
E tudo isto para agora perguntar:

- Será que os autarcas presentes, conhecem o deplorável estado de degradação, a que tem sido votado aquele edifício?
- Por que foram mandadas para o ferro velho grades de ferro, ornamentais, que não mais “viram” uma pinga de tinta?
- Que mais é preciso fazer para que os “governadores” desta cidade atentem no que é necessário fazer para que o edifício não continue a se desfazer?

(...) De há muito que temos pedido informações que se prendam com o contributo, em Impostos e outros encargos, de Esmoriz, que Ovar tem gerido como bem entende e lhe apraz.
Chegou a nosso poder uma relação, que nos mostra valores de todo o concelho, correspondente ao ano 2015 e que se eleva a 13 960 141,22 €. Não constam desta relação, todos os valores que todos suportamos. 
Sobre o valor colectável, em IRS, o município de Ovar, arrecada 3%, verba que não foi considerada na informação recebida. Em verdade há quem “saque” 5%, mas muitos outros concelhos abdicam desse valor. Olhando esta receita, 8 422 522,24 €, são de IMI. Grosso modo, podemos afirmar que um quarto destas receitas, são idas de Esmoriz.

- Estaremos longe da verdade, se afirmarmos que neste mandato, cerca de 15 milhões são de Esmoriz?
- Que fez Ovar nesta cidade colonizada?
- Que fará Ovar nesta cidade explorada?
- Que farão os autarcas locais que, perante estas realidades, se mostram servis e gritam vivas a Ovar?

Uma senhora, com 76 anos de idade, nascida em Esmoriz, continua a competir oficialmente, e, recentemente, em provas de atletismo, nas categorias de Cross, 10 000 e 5000 metros, conquistou, na Austrália, duas medalhas de ouro e uma de prata.
Sabemos que contactou a Junta de Freguesia, solicitando apoio, pois todas as despesas teriam de ser por si suportadas. Mas, tristemente temos de referir aqui que:
- Da autarquia não recebeu uma qualquer resposta. 
- E que a razão foi “a senhora não soube escrever, nem disse que era de Esmoriz”.
Portanto, daqui se pode concluir que talvez seja necessário juntar a um qualquer pedido o certificado de habilitações e que no mínimo seja de licenciado/doutor.


Intervenção do Cidadão Florindo Pinto
Assembleia de Freguesia de Esmoriz - 20/12/2016



Florindo Pinto - 2016.jpg

Imagem nº 1 - Florindo Pinto, sempre fiel ao seu estilo frontal e directo, não poupa críticas à gestão local.

2 comentários:

  1. Muito bem, sr. Florindo Pinto. A dizer as verdades que muitos não querem ouvir. Assim dá para perceber que Esmoriz é o abono de Ovar. Respeitem a nossa terra!

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  2. Gostei das palavras,que a verdade seja dita

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