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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Mais algumas reflexões sobre o Esmoriztur

Anunciada a reabilitação do Esmoriztur, chegou a hora de tecer mais algumas considerações sobre determinadas condicionantes que poderão pesar na futura projecção deste espaço cultural. 
Como ponto prévio, deixaremos bem claro que, se as obras decorrerem devidamente, Esmoriz irá usufruir de um dos melhores pólos culturais do Distrito de Aveiro. E uma sala de luxo não pode ser gerida de uma forma banal ou pouco ambiciosa sob pena de não estarmos a potenciar o espaço. A divisão de cultura da Câmara Municipal de Ovar deverá ter a consciência desse facto!
Em primeiro lugar, é essencial a elaboração de um programa mensal de espectáculos, o qual deve ser divulgado através de cartazes, newsletter's (enviadas gratuitamente por e-mail) ou até de um site próprio (ou até uma página de Facebook). 
Em segundo lugar, esse mesmo programa cultural deve ser diversificado, envolvendo actuações teatrais e musicais, exposições temáticas, produção de filmes, etc. É pois necessário evitar a monotonia.
Em terceiro lugar, é imperioso que seja disponibilizado um parque de estacionamento, visto que tal não existe nas imediações do pólo cultural. E os estacionamentos junto à Loja do Cidadão, além de serem insuficientes, chegam a ser quase de terra batida. É necessário repensar este detalhe.
Em quarto lugar, seria interessante, como já disséramos aqui, criar quotas anuais (de valor acessível e justo) para sócios, sendo que estes teriam direito a descontos especiais na entrada para os espectáculos que ali se realizarão. Seria uma receita que ajudaria certamente a minimizar as despesas deste projecto.
Em quinto lugar, o Esmoriztur deverá ser a casa das colectividades de Esmoriz e dos artistas locais. Não obstante, será demasiado curto preencher este projecto com a aposta exclusiva na cultura local. Uma casa conceituada como o Esmoriztur terá igualmente de atrair grandes nomes da cultura nacional, de forma a alcançar o prestígio que lhe é devido. Sei que, nas décadas de 80 e 90, chegaram a actuar ali notáveis vultos do fado e do teatro português. É importante mesclar o contributo cultural local com a presença de nomes sonantes de reputação nacional. Aliás, defendemos inclusive que, quando o espaço fosse inaugurado, deveria ser proposta a actuação de todas as colectividades durante um fim de semana (com os horários rigorosamente distribuídos para as suas participações), além de ser consubstanciada a presença de um ou dois grandes nomes da cultura nacional. Da nossa parte, gostaríamos de ver um Carlos do Carmo (fadista) ou um Ricardo Araújo Pereira (humorista) a apadrinhar aquela estreia que deverá então decorrer em grande pompa e circunstância. É claro que não sabemos os valores de um potencial "cachet", mas também apenas fizemos duas sugestões. O que não faltam por aí são certamente creditadas personalidades! Também gostaríamos que estivesse presente na altura o Ministro da Cultura porque a importância da cerimónia assim o exige!
Em suma, o Esmoriztur deve ser, no nosso entender, uma montra para as colectividades locais demonstrarem o seu talento, mas por outro lado, terá de ser igualmente um espaço consagrado a receber os melhores artistas nacionais.
Aliás, nem poderia ser de outra forma!



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Imagem nº 1 - O Esmoriztur terá de acolher um programa ambicioso que deverá dignificar a sua qualidade enquanto sala de espectáculos.

Um comentário:

  1. Absolutamente de acordo! O mote para este espaço cultural do concelho de Ovar deverá assentar nos seguintes pilares: Diversidade artística, dinâmica, regularidade, qualidade e excelência.

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