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domingo, 10 de setembro de 2017

Versos Cá da Terra XVIII


Esmoriz
(Poema da autoria de Ana Roxo)


Em tempos passados, já imemoriais,
Mesmo antes da fundação do país,
Pelejava por montes, água e vales,
O rei Ermorico, que deu nome a Esmoriz

Rei forte, bravo, guerreiro, valente,
Rei suevo, bárbaro, homem viril...
Lá do alto do monte via o Castro de Ovil!

A Barrinha de Esmoriz, uma lagoa, já era,
Ermorico, dela aproximou-se e se enamorou;
Paixão impossível, profunda quimera!

Entretanto, a pequena Esmoriz, hoje cidade,
De pinhais, praias, mar e a bela Barrinha,
Abre os seus braços e, como criança se aninha!

Tem o Parque Sustentável do Buçaquinho,
Em plena comunhão com a Natureza,
Agora, os passadiços para completar em beleza!

Avifauna deslumbrante, podermos encontrar,
Sol, chuva, terra como bruto diamante...
Que ainda hoje se continua a lapidar!

Esmoriz, cidade do grande rei nobre,
De gente laboriosa, rica, gente pobre...

Terra de pescadores, poetas, escritores,
Terra, onde viveu algum tempo, Florbela,
Poetisa triste, mas com sorriso de mulher bela!

Esmoriz, com origem em tempos ancestrais,
Continua a sorrir; apesar do eco dos teus ais:
Canta, dança, chora; sabes, nunca é demais!

Há sempre alguém que por ti ti se enamora 
Possuis beleza que renasce com a aurora.
Pode não ser aquela, a chamada de boreal!
Mas, tu, podes ser a namorada de Portugal!




Foto - MCPB


Nota adicional - Fizemos uma pequena pausa nas rubricas de forma a que pudéssemos também desfrutar de algum descanso. Contudo, retomaremos as mesmas a partir deste mês de Setembro.

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