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segunda-feira, 1 de julho de 2019

Projecto de desmaterialização do hospital de Ovar é um exemplo para o país

O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) tem sido pioneiro no processo de desmaterialização e o seu exemplo está a ser seguido por outras unidades do país, revelou o presidente dos Serviços Partilhados do Sistema de Saúde (SPMS), Henrique Martins.
“O HFZ-Ovar é um hospital pequeno, mas está a fazer uma coisa em grande que é o desafio de não ter papel nos diferentes serviços”, afirmou o responsável, no final de uma visita ao equipamento hospitalar.
“Uma coisa é tirar o papel por tirar; outra coisa é tirar o papel revisitando o processo, ter em conta a motivação das pessoas para o trabalho e, de alguma forma, criar novas soluções”, explicou Henrique Martins.
Considerando que “às vezes são os hospitais pequenos que fazem a diferença” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o presidente dos SPMS sustentou que numa primeira fase a unidade de Ovar não tinha recursos financeiros para desenvolver o projecto, mas não parou por causa disso. “Neste momento está a utilizar fundos comunitários para fazer uma reestruturação mais profunda, mais profissional, mais científica e enquadrada em normas internacionais”, considerou.
O “HOSP: Hospital de Ovar Sem Papel” é um projecto-piloto que foi lançado em 2017, numa sessão que contou com a presença - por videoconferência - do então ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, visando reduzir a utilização do papel na unidade, privilegiando os registos e processos electrónicos.
“Concretamente em relação às receitas sem papel totalmente desmaterializadas, o Hospital de Ovar é já - de entre todos os hospitais do SNS - o hospital com melhor desempenho, o que continua a motivar-nos para fazer ainda mais”, disse o presidente do Conselho Directivo do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira, agradecendo “a todos os profissionais o esforço dedicado” nesta transformação digital.
“Hoje, mais de 65 por cento dos nossos doentes saem do hospital com a sua receita sem papel, quando a média nacional ronda os 10 por cento. À nossa escala, com este projecto, hoje gastamos quase metade do papel que gastávamos no início do projecto”, concluiu Luís Miguel Ferreira.


Fernando Pinho (Hospital de Ovar)
Ovar, 27 de junho de 2019




Luís Miguel Ferreira (Director do Hospital de Ovar) e Henrique Martins ( Presidente do Conselho de Administração da SPMS - Serviços Partilhados do Sistema de Saúde )


Texto enviado para o e-mail do nosso blogue

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