“O seu direito acaba onde começa o dos outros"
Este ditado bem se pode aplicar perante aquilo que observamos nesta quarta-feira. A praça que delimita a poente a Avenida Fernando Raimundo Rodrigues encontrava-se hoje com dezenas de carros estacionados (entre 20 a 30), situação que nos causou um total espanto.
A praceta já tem alguns azulejos térreos descolados e outros partidos, e não é apropriada sequer para estacionamento. Todavia, hoje ultrapassaram-se os limites do bom senso. Já não se tratava apenas de 3 ou 4 carros, mas de muitos mais, condicionando a mobilidade pedonal.
Claro que muitos dirão, em defesa dos condutores que ali estacionaram, que tudo isto resulta das condicionantes em arranjar estacionamento. Mas esse argumento é apenas uma meia-verdade.
Se é verdade, por um lado, que a Câmara Municipal de Ovar e a Junta de Freguesia de Esmoriz poderiam dinamizar um pouco mais o estacionamento junto à Praia de Esmoriz a pensar no Verão (e já agora também nas imediações da estação ferroviária) e que também a instalação dos primeiros divertimentos (para as Festas do Mar que começam amanhã, as estruturas instaladas retiram também lugares possíveis de estacionamento), por outro lado, também constatamos hoje que as ruas Gonçalo Zarco, Gil Eanes e Pedro Álvares Cabral se encontravam com vários lugares livres e opcionais para estacionamento. Claro que os cidadãos teriam de caminhar um pouco mais, contudo estariam ainda assim relativamente perto da Praia de Esmoriz. Por isso, custa-nos a entender estas opções.
Os parques de estacionamento e as ruas amplas servem para albergar carros, agora as praças são reservadas para os peões (excepto em casos de emergência). E isto não pode ser invertido, em nome do bom espírito de cidadania.
Este recado não serve para criticar ou condenar ninguém, mas apenas para alertar e passar a mensagem.
Foto propositadamente desfocada sobre uma das partes da praceta junto à Praia de Esmoriz
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