A Depressão
(Poema da autoria da escritora esmorizense Ana Roxo)
Esconde-se na negritude da alma, a depressão.
Muitas vezes está bem escondida, envergonhada
Escondida num sorriso, mas queima como carvão!
Doença da alma, transtorno de humor. Desilusão!
Angústia, tormenta, infelicidade, cansaço, solidão.
Vontade de chorar, lágrimas da mente esgotada.
Desejo de não mais viver, ter na morte, a solução!
Derrotismo puro, tendência familiar, ou, talvez, não.
As forças que antes existiam, agora aonde estão?
Nos tentáculos desta hidra da alma já desgastada.
Suga também as energias do corpo e do coração.
Sozinho ninguém pode vencer, precisa de uma mão!
De uma mão amiga, de um especialista, de um irmão,
Muitas vezes, não consegue forças, não consegue nada!
É uma sombra do que foi. Tem tristeza no coração.
Não precisa de julgamentos. Precisa de compreensão!
Se brincas e gozas e não sabes o que é a depressão,
Tem cuidado, ela pode aparecer sem dizer sim ou não.
É uma doença rápida, sem cura, mas que pode ser tratada!
Evita se souberes, que alguém ande na vida em contramão!
Há quem não consiga e à sua própria vida, diga, não!
Ó que tristeza profunda, ó que vida tão desanimada!
Sorris a chorar, tens punhais na alma, meu irmão.
Tens punhais na alma, minha irmã, ó que desilusão!
Mas, ouçam, não fiquem sozinhos a chorar, não e não!
Deixem que essa negritude da alma, seja tratada,
Para que possais voltar a sorrir de alma e de coração.
Que soem as trombetas da alma, como uma alvorada!
Imagem meramente exemplificativa retirada de InfoEscola