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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Abram alas ao Cusco III (com algum humor)

Na passada quinta-feira, comemoramos o nosso primeiro aniversário. Aquilo foi uma alegria enorme! Comemos à grande e à francesa, isto é, toda a equipa das Cusquices se deliciou com a gastronomia presente! Houve pregos no prato, esparguete à bolonhesa e até bacalhau à Brás. Por isso, havia um leque de escolhas interessantes. Confesso que não era fácil escolher, mas pronto, diverti-me à grande e à francesa. No fim, e já depois da sobremesa, quando ia tomar o meu café, ofereceram-me uns pacotes de açúcar do dia de São Valentim. Como estava distraído, não reparei que aquilo tinha uma abertura diferente dos tradicionais e, por isso, forcei a sua abertura, o problema é que mal rasguei a parte superior do pacote de açúcar, este voou. O açúcar parecia ser avermelhado e foi parar ao meu casaco, isto já para não dizer que o balcão ficou "açucarado". Passei um pouco de vergonha nesse momento, mas o dono do estabelecimento, bastante simpático, ao vislumbrar o meu azar, ofereceu-me um dos pacotes tradicionais e aí já não tive problema. É o que eu vos digo, o São Valentim e o Anjo do Cupido andam furiosos comigo e fazem-me 30 por uma linha!



Imagem nº 1 - Não gosto destes pacotes de São Valentim. São mais difíceis de abrir! E são uma afronta a quem não tem namorada! loooooooooooooll


Ainda em Esmoriz, voltei a assistir a um novo episódio com a figura típica da cidade, a mesma que, na Avenida dos Correios, se arriscou a ser atropelada na semana passada. Ou melhor, desta vez, ela não se meteu comigo, ou até, com ninguém. Tudo aconteceu ontem, no dia de Sábado pelas 16:30, quando iria ser celebrada eucaristia na Igreja Matriz. Mesmo antes do início oficial da cerimónia, vejo uma pessoa a caminhar depressa, com uns óculos de sol que não o faziam passar despercebido. Ele ficou diante do púlpito, onde o nosso padre Fernando Campos iria efectuar a sua homilia. Apesar de vez em quando estar a falar sozinho (em voz baixa), a verdade é que se comportou bem e aguentou toda a missa. Eu temi o pior, confesso, pois ele poderia desatar aos berros ou fazer um escândalo, mas não, comportou-se muito bem, até chegou ao ponto de mandar calar, em voz baixa, quem se ria dele, incluindo talvez uma ou outra catequista. Aliás, não nos devemos rir dos males dos outros. A Igreja é um lugar onde cabem todos. A figura típica deu, por isso, uma lição de humildade. Da semana passada, não esteve bem, mas desta vez, aplaudo o seu comportamento! 



Imagem nº 2 - Por vezes, compreendo que seja difícil evitar os risos e comentários desnecessários, mas todas as pessoas, por mais limitações que tenham, merecem sempre um desconto da nossa parte. Ontem, a Igreja de Esmoriz foi a prova de que todos podemos caber lá dentro e ouvir, em sintonia, o nosso estimado pároco!
Retirada de: http://vinckvitorio.blogspot.pt/, (24-02-2013).


Outra história conhecida, esta não teve um final feliz, ocorreu em Estarreja, onde um revisor teimoso (que rejeita que os outros passageiros saldassem o bilhete especial da cadela que acompanhava o seu jovem dono) e dois polícias matulões decidiram contribuir para um desfecho drástico. Por sorte, a cadela não foi alvo também das agressões. Mas a história foi totalmente deprimente e deveria sim, originar vergonha nos ditos "profissionais". 
Lembro-me agora duma situação, talvez ocorrida há 8 ou 9 anos, em que uma pobre senhora, na casa dos 70 anos, estava a chorar compulsivamente, pois faltavam-lhe 15 cêntimos para poder pagar o bilhete da sua deslocação até Porto São Bento. Já estava no comboio e o revisor poderia multá-la, mas este não o fez. Compadeceu-se e ele mesmo assegurou que pagaria essa verba (os tais 15 cêntimos). É nestes actos que a compreensão e a humanidade falam mais alto, pois este revisor (um bem haja para ele!) estava consciente das dificuldades financeiras da senhora. O que é que ele ia fazer? Chamar a polícia para a escorraçar, só por causa duma ninharia? Meus senhores, as vossas greves custam milhões... Não brinquem connosco! O Carnaval já acabou e não me obriguem a parafrasear o ex-Secretário de Estado da Cultura.
Perdoem-me este humor negro, mas agora já sei porque é que o Intercidades pára em Estarreja, é que se não parar, podem irritar seriamente os polícias de Estarreja e nós não queremos isso, certo?


Cartoon: POLIZONTE (medium) by PEPE GONZALEZ tagged dibujo,policia,uniformes,police

Imagem nº 3 - Um polícia tem que ser respeitado... e dar-se ao respeito!
Retirada de: http://www.toonpool.com/cartoons/POLIZONTE_16207, cartoon de Pepe Gonzalez


Outro fenómeno que anda a ser bastante divulgado é o Harlem Shake... Ao princípio, eu não sabia quem era o Harlem Shake? Seria um novo músico da moda? Seria o nome duma banda? Certo é que já parecia estar em todo o lado, aparecendo quase do nada...
Pois bem o Harlem Shake não é nada mais do que uma banalidade (desculpem mas é a minha opinião). Inicialmente, a prática consiste numa pessoa que começa a dançar sozinha no meio do público até que se juntam mais pessoas que se deixam contagiar e, num abrir e fechar de olhos, todos dançam...
Apesar de eu considerar um acto pouco especial, penso que poderiam adoptá-lo na Assembleia da República. A música já a têm (Grândola Vila Morena). Agora é só o Miguel Relvas começar a dançar solitariamente, até que, e para não parecer mal, se juntam Passos Coelho, Vítor Gaspar, Paulo Portas, Álvaro Pereira e restantes ministros que decidem imitar o seu colega. Depois é só esperar que tal prática consiga contagiar os deputados da oposição (José Seguro, Jerónimo Sousa, João Semedo...) e assim, acabam todos a dançar ao som do 25 de Abril. Pode ser que esta prática aproximasse os partidos do poder aos da oposição, garantindo assim um maior consenso, o que até poderia ser benéfico para o país... 



Vídeo nº 1 - Harlem Shake, a praga do momento.
Retirado do Youtube

Por fim, termino com uma história que recentemente surpreendeu meio mundo. Bratislav Stojanovic é um sérvio de 42 anos que mora... num túmulo há 15 anos, localizado no cemitério de Nis (fechado desde a década de 70). 
O referido indivíduo diz que utiliza colchões, cobertores e algumas velas, apreciando também o silêncio do espaço. Está já há muito tempo no desemprego, contudo é justo ressalvar que a autarquia chegou a oferecer-lhe uma residência, própria para os sem-abrigo, mas ele preferiu ficar a viver no túmulo. 
Se eu de noite passasse por lá e visse alguém a sair dum túmulo, eu "borrava-me" todo (desculpem-me a expressão). Oxalá que não pegue moda no meu país! 



Imagem nº 4- B. Stojanovic vive num túmulo já há 15 anos!

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