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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Potenciais Lampreias "atrasam" desassoreamento da Barrinha

O início do desassoreamento da Barrinha de Esmoriz esteve a aguardar a conclusão de um estudo para saber se os trabalhos teriam impacto na… lampreia.
O presidente da Câmara Municipal de Ovar já havia manifestado a sua surpresa perante esta exigência, mas ontem, Ribau Esteves, autarca de Aveiro que lidera a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), citado pela Rádio Terra Nova, assumiu que no caso da Barrinha de Esmoriz, “para a história, ficam imposições como o estudo sobre a lampreia que a Barrinha nunca teve”.
“É burocracia a mais, são exigências a mais”, vincou. “Nunca ninguém viu lampreias na Barrinha de Esmoriz mas, fomos obrigados a fazer um estudo sobre a presença da lampreia e o impacto da obra na lampreia. Custou-nos 5 mil euros. Ficámos a saber o que já sabíamos. Não há lá lampreias”.
Assim, Salvador Malheiro, adiantou, em entrevista à Rádio Voz de Esmoriz, que as obras de valorização ou reabilitação da Barrinha deverão ocorrer apenas no próximo ano de 2015.



Notícia retirada do Ovar News


Esperemos que tenha sido só mais uma pequena burocracia, e não o início duma vastidão delas que podem comprometer a realização das obras previstas para 2015, e que já poderiam ter arrancado neste trimestre final de 2014. Houve um investimento de 2 milhões de euros que tem de ser aplicado na requalificação da lagoa.
Quanto à questão da lampreia, apresento, em anexo, a este artigo um relatório do ICNB, Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, que deve remontar aos anos de 2000-2001. Neste documento é referida a existência da lampreia de riacho (lampetra planeri), pelo que é curioso concluir que há contradições entre os mais diversos testemunhos dos ambientalistas.
O que é certo é que a averiguação em torno da existência desta espécie piscícola mereceu um estudo específico de 5 mil euros que nega agora a eventualidade sugerida pelo ICNB há uns 15 anos. Pode também acontecer que, por volta das décadas de 90 e ano 2000, existisse uma pequena comunidade de lampreias que entretanto se teria extinguido talvez devido à poluição das águas ou a outro factor, e então aqui, poderia a contradição ser desfeita.
Mas voltando ao assunto inicial, nem me passa pela cabeça pensar que o projecto não será concretizado só por questões de curto impacto, depois do mesmo já se encontrar numa fase bastante avançada (há inclusive um plano mapeado com as acções previstas)...



Esmoriz: Desassoreamento aguardou saber se havia lampreia na Barrinha

Foto e Notícia retirados do OvarNews



Leia-se então este documento em anexo: http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/rn2000/resource/sic-cont/barrinha-de-esmoriz

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