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domingo, 22 de setembro de 2019

Rubrica Perspectivas Descomprometidas (Tema III - "A Boatomania")

A «Boatomania»

As redes sociais são profícuas em «boatomania»: as redes sociais e, subsequentes fontes jornalísticas, que, muitas, vezes, são tão rigorosas que elevadas ao infinito, continuariam a dar 0 ou próximo de 0. E o povo, segue, muitas vezes, a manada sem sequer se questionar, sem sequer tentar saber se o que leu é ou não verdade. 
Chovem chorrilhos de disparates! Uns atrás dos outros e, a reputação do ou dos visados, é logo colocada na lama! Nem interessa questionar a veracidade: afinal, estava escrito naquele jornal, afinal foi ouvido na televisão, na rádio, leu no Facebook, o Beltrano disse a Fulano. Então, não deve ser mentira, pensam!
Mas quantas mentiras há por aí disfarçadas tipo lobos em pele de cordeiro.
A proliferação de notícias falsas é de tal forma avassaladora, que já se torna bastante difícil destrinçar o que é verdadeiro daquilo que é falso. No entanto, a vida, a reputação de alguém, podem ser «destruídas» pelo poder dos boatos.
Logicamente, que, se não desse dinheiro a ganhar a alguém, não haveria tanta necessidade de as fazer circular.
Obviamente, que este fenómeno, não é novo, mas com a repercussão das novas tecnologias e das redes sociais, as notícias falsas parecem correr à velocidade da luz.
Estas notícias costumam ser sensacionalistas e apelam às emoções do leitor.
A difamação tem um poder destrutivo, mas as pessoas pensam que estão a fazer o certo? Mas e quem é visado? E se não for assim como pintam? Como se sentirá essa pessoa, ou pessoas, sabendo estão a ser arrastados para a lama?
Agora, sobretudo, com as legislativas à porta, a «boatomania» torna-se mais perigosa e lá corremos todos nós o risco de ir atrás do disse que disse, do que se escreveu aqui ou ali.
Nem todas as pessoas sabem respeitar os adversários e tudo serve para enxovalhar: respeito, deveria ser o principal, mas o ser humano é mesmo assim. O pior, são aqueles que abusam desse «privilégio» e levam os outros atrás.
Boatos, fofocas, perpetradas pelas Brízidas Vaz do século XXI. Só que podem ser bem mais perigosas do que se imagina.


Ana Roxo
22 de Setembro de 2019





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