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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A opção realista ou a mais fácil?

Não obstante os claros esforços envidados por autarcas aveirenses no sentido de conseguirem materializar uma resolução mais favorável para a costa, a verdade é que a solução holandesa (diques?), citada há umas semanas pelo Jornal de Notícias, parece ter sido apenas fogo de vista. Efectivamente, e como acaba de avançar o Diário de Notícias, o Grupo de Estudo do Litoral prefere jogar à defesa, privilegiando a retirada futura de pessoas e bens dos pontos mais críticos do litoral. De acordo com o previsto, essa também deverá ser a linha de orientação governamental apresentada em breve. 
Nuno Lacasca, Presidente da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), sublinha a necessidade dum maior debate em torno da problemática, relembrando que o nível do mar está a subir, algo que se deve em muito à redução brutal dos sedimentos na costa portuguesa durante as últimas quatro décadas. O recuo planeado da ocupação costeira é pois a tónica a adoptar nos próximos tempos.
Só havia uma forma de travar o avanço marítimo - o recurso a diques, seguramente caros mas eficazes como acontece na Holanda. 
Enquanto Bruxelas não compreender que está em causa a integridade territorial dum estado membro e até dos limites da sua própria supra-organização, o problema vai invariavelmente arrastar-se nos próximos tempos.
Esmoriz, Cortegaça, Maceda e Furadouro vivem anualmente dramas devido ao avanço marítimo, e parece que a situação não tende a melhorar...


Retirar edifícios e pessoas é opção para resolver problemas do litoral

Imagem nº 1 - A Praia Velha em Esmoriz, um dos alvos preferenciais do mar revolto.
Foto de Pedro Correia in Global Imagens, retirada de: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4277807&page=1

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