Páginas

terça-feira, 26 de maio de 2015

Requalificação da Barrinha conhece passo determinante

Nesta segunda-feira, foi aprovado por unanimidade no Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro o lançamento do concurso público da empreitada de Requalificação da Barrinha de Esmoriz. A informação foi avançada em primeira mão pelo Presidente da Câmara Municipal de Ovar - Salvador Malheiro nas redes sociais. O edil acredita que a obra deverá iniciar-se logo após o final da próxima época balnear. A empreitada deverá ter uma duração de 9 meses.
Depois de 5 anos de burocracias para a obtenção do licenciamento ambiental, finalmente as máquinas irão agora actuar no terreno.
De acordo com o projecto em causa, a interface exterior da Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos sairá valorizada com a construção de passadiços, a reabilitação da antiga ponte e cais, a construção de torres de observação da avifauna, entre outras intervenções.
Prevê-se ainda o desassoreamento e despoluição da Lagoa, contudo neste capítulo, o consenso já não é total. Alguns especialistas tendem a inferir que o desassoreamento previsto terá um impacto ligeiro, e que os focos de poluição não serão totalmente neutralizados, não resolvendo assim os problemas de fundo daquele sistema lagunar.
Todavia, na nossa opinião, o facto das obras arrancarem já se deverá traduzir em alguns resultados positivos, criando assim melhores condições de modo a atrair mais pessoas às imediações da lagoa, onde podem usufruir do miradouro ou desfrutar do seu equilíbrio natural.
É de saudar então a boa vontade e o esforço da classe política local nesta defesa da integridade ambiental.




Imagem nº 1 - A Barrinha será intervencionada ainda neste ano de 2015.
Foto; Magda Moreira (Movimento Cívico Pró-Barrinha)

segunda-feira, 25 de maio de 2015

As Novas Aventuras do Cão Vicente - O De(cão)cordo (H)ortográfico (Conto de Ana Roxo)


E, cá temos de novo e sem excepção, ou exceção, ou melhor sem excepcão/excecão -as novas Aventuras do Cão Vicente: o cão, que  cãorrectamente/cãorretamente ou incãorretamente (vai-se lá saber) adpotou/adotou o desãocordo da (h)ortofrafia -trasformando a Língua Portuguesa num nabal pior do que o da sua tia!


E, era, assim nessa horta desa(cão)rdista de nabos, nabiças, animais daqueles ranhosos que transportam a residência às costas e põe os corninhos ao sol, que se encãotrava a (h)ortografia do Cão Vicente: o cão a(cão)rdista; todavia, incãosequente!
Lá ia ele viela abaixo, ciente que o facto cãotinuaria facto e, que fato era a indumentária que usava. Ia todo aperaltado, como o Chico Fininho; mas, com aquela coisa castanha e fedida que é excremento na sua algibeira; ia aprender a escrever Português com o A90, numa escola, perto da padeira! 
Todos sabemos que este cão aldrabão não é cãotra o A090; porém, ele já escrevia mal com o A045; cãoquanto, cão este novo, não se aguenta!
O Cão Vicente havia voltado para o bancos da escola, mal sabia ler e escrever e batia mal da tola! Na escola tinha mesmo de usar o de(cão)cordo (h)ortográfico e, ele era um 0 à esquerda a escrever: reinava a cãofusão, cãofusão a valer!
Dali não saía de maneira nenhuma, o Português: saía, sim, o famoso «mixordês»! A professora: a Cadela (In)Cãoveniente, escrevia-lhe muitas vezes: «alta e para o baile!» A páginas tantas, ele já não sabia se tinha de parar ou ir para o baile dançar!
Era tamanha a cãofusão: se, dantes pouco entendia: agora, menos sabia -tira acento, tira cãosoante, tira isto, tira aquilo - esta situacão, também  era extremamente cãofusa, até para o seu amigo - o Cão Crodilo!
O pior, foi quando a professora (In)Cãoveniente o mandou fazer uma cão(posicão): erro, atrás de erro, que até cão(gelou) das ideias o desgraçado do cão! E, até pensou mesmo em rever a sua posição, desculpem posicão -a sua posição de oposicionista  cão! O A090 era uma aberracão! Ele até se  cãovencia disso, mas, como sabem era sempre da oposicão!
A sua escrita a(cão)rdista revolucionária era uma autêntica cãostipa(cão): engripava as gentes; punha a Língua em estado febril e a delirar, mas mesmo assim, insistia, o malfadado de(cão)cordo, apoiar! Este cão desa(cão)rdista não tomava direccão/direcão; sei lá, escrevia mal e com erros a Deus dará!
Era neste actual/atual sentido cãotraditório e de óptima/ótima seleccão/selecão, que reinava a cãofusão enredada como peixe na rede e na mais cãovicta (no «mixordês» do cão, cãovita - por estar cãofuso) linguística cãotaminacão! E, ele, como tanta gente, já escrevia também na variante: mixordizacão!
Até nos meses e dias da semana, a letra passou a ser pequenina, que até se lembrou da dita área fina! Era neste des(cãocerto)  latente de uma Língua a precisar de cãoserto e que deveria ser posta em bom estado de cãoservacão, que se decide o que, algo tão importante, sem saber se o comum do falante/escrevente da língua o aceita ou não!
Na visita de estudo ao Porto, que fizeram pela escola, até a Torre dos Clérigos,lá, em cima toda altaneira, ao ver que agora a sua torre (torre dos Clérigos) se escrevia também pequenina: era o descãosolo daquela cidade bonita!
O Cão Vicente, cãofundia-se, igualmente na hifenizacão  - que na empresa onde o cão aldrabão queria trabalhar, acãoselharam-no a falar com o codirector/codiretor. Tira hífen, mete hífen - não ajudou à simplificacão: cãofusão permanente na prefixacão e sufixacão, que já não se sabe o que se há-de fazer, agora,  é ha de, pois então, querem tirar o pobre do tracinho sem lhe pedir autorizacão!
Até a gramática ficou mais cãofusa -  cãofusão para alunos, professores e para os falantes em geral, de todos os cantinhos onde fala o Português, sobretudo em Portugal! Os cinco sentidos parece que perderam essência, sem tacto e com tato; sem olfacto e com olfato: só faltava o cágado perder mesmo a acento e o facto andar de fato! 
Uma coisa que o Cão Vicente não entendia é que se agora Egipto, é Egito; mas os habitantes não mudaram de nome, mas que descãosolação e descãocerto tão grande -nem sequer acho um nome!
Mas, este ser de quatro patas sabe que o povo sabe parodiar e, agora as arquitectas, são arquitetas, têm, tetas superlativas, portanto - então, perdeu-se a beleza das formas arquitectónicas, neste incãostante e desencãotado acordo desinteressante!
E, cãotinuava ele a teimar no de(cão)cordo,  mesmo  que com ele soubesse que não podia cãocordar, mas ele era da oposicão e gostava de a Língua assassinar!
Até mesmo o nobre Camões, o multifacetado Pessoa, a sofrida e única Florbela, entre outros tantos escritores/poetas únicos e fenomenais, mesmo não sendo deste tempo, na tumba se devem estar a revirar e a soltar «ais»! 
E, esta história termina em tom de descãosolacão; porém, também em tom sarcástisco e de brincadeira  através desta personagem em forma de cão. E, já que ele orgulhoso e aldrabão, não quer dar a pata a torcer: eu,arrisco-me a escrever, que  a Língua Portuguesa com o A090, fica sem cãodimento - eu prefiro dar-lhe o sal, pelo menos, assim tento!


Conto da autoria de Ana Roxo
Escritora Esmorizense





Texto e Imagem retirados de: http://anjosdaminhainspiracao.blogspot.pt/, (Site de Ana Roxo)

Um ensaio sobre a barbárie do Estado Islâmico

Mais de 400 mulheres e crianças acabam de ser executadas, sem direito a julgamento, na cidade síria de Palmira, cujas ruínas romanas milenares (Património Mundial da UNESCO) estão também em risco de desaparecer. Esta é a prática recorrente do Estado Islâmico que comete massacres atrás de massacres, sem qualquer respeito pela dignidade humana. Destroem os mais belos edifícios da nossa História e queimam inclusive seres humanos, em nome duma convicção doentia que nada tem a haver com os ensinamentos de Deus (seja ele dos cristãos, muçulmanos, judeus...). 
Todavia, confesso que já não são as atrocidades do Estado Islâmico que me surpreendem (os instintos maquiavélicos daquela seita numerosa deixaram de ser novidade aos olhos do mundo!), mas sim a inércia ou a passividade do Ocidente ou dos "Charlie's" que pouco ou nada fazem para inverter o rumo dos acontecimentos na Síria e no Iraque. 
Não tenho dúvidas de que uma força internacional (composta por soldados de várias nações - sejam eles oriundos da América, Europa, África, Ásia ou Oceânia) rapidamente arrasaria com este califado do Demónio. É certo que alguns soldados perderiam as vidas, mas o Inferno seria aniquilado ao fim de poucos meses de duros combates. Se tal acontecesse, não duvido que milhares de vidas inocentes seriam poupadas nos tempos vindouros. 
O Estado Islâmico é apenas fruto da anarquia que se vive em países como o Iraque ou a Síria. Anarquia essa que, no Iraque, teve o seu início aquando da invasão norte-americana promovida por George W. Bush (ex-presidente dos EUA) em 2003. Afirmava ele que era preciso combater o terrorismo e as armas de destruição maciça que o Iraque possuía. Apesar da investigação da ONU não ter encontrado provas das ligações do regime tirânico de Saddam Hussein à al-Qaeda nem sequer qualquer arma de destruição maciça, os norte-americanos avançaram para uma invasão ilegítima que se traduziu na morte em vão de vários civis e soldados. O resultado está hoje à vista de todos. O Iraque até se pode ter livrado duma ditadura terrível, mas mesmo assim bateu ainda mais no fundo, pois mergulhou na pior das anarquias. O seu exército, destroçado pela invasão americana, não tem meios para travar os jihadistas, sendo que estes últimos, através dum intenso jogo psicológico, incutem medo e punições cruéis àqueles que os ousarem enfrentar no terreno. Agora sim, o cenário terrorista instalou-se no Iraque. Até Barack Obama, actual Presidente dos EUA, já não hesita em apontar o dedo a George W. Bush pelo aparecimento do Estado Islâmico, mesmo sendo consequência não-intencional da referida invasão. O que é certo é que actualmente não podemos negar que o Iraque tornou-se num país ainda mais sangrento, inseguro e refém do terror. Aquela célebre cimeira das Lajes jamais deixará boas recordações para a Humanidade, e em nada, repito - em nada, contribuiu para a paz mundial!!!
Na Síria, os efeitos da Primavera Árabe rebentaram praticamente depois da deposição do regime líbio de Muammar al-Gaddafi. O ditador sírio Bashar al-Assad teve a sorte de uma boa parte do seu exército se ter mantido fiel ao regime (apesar dum número considerável de deserções) senão a esta hora já tinha conhecido o mesmo destino que o congénere líbio. Inicialmente, o Ocidente apoiou os movimentos de oposição ao regime, através de armas e financiamento, mas ignorou ou subestimou os grupos extremistas que integravam as fileiras de resistência ao regime opressor de Damasco. E a verdade é que o Estado Islâmico surgiu em força na Síria e também mantém hoje células na Líbia, onde recentemente foram, por exemplo, decapitados 21 cristãos coptas do Egipto. A Primavera Árabe também ocasionou a instabilidade que o Estado Islâmico desejava para assim ganhar posições nesses países seriamente debilitados.
O presidente norte-americano Barack Obama, talvez condicionado por um Prémio Nobel da Paz que lhe foi entregue precipitadamente, rejeita qualquer intervenção de grande escala, preferindo apenas o recurso a drones e raides aéreos que possam fragilizar algumas células e estruturas do Estado Islâmico. Mas é um método insuficiente porque afinal o Estado Islâmico continua a avançar no terreno - apoderou-se de Palmira (Síria) e de Ramadi (Iraque).
Além dos EUA, os restantes países do Ocidente, embora continuem a censurar as práticas do califado, cingem-se apenas às palavras e não aos actos. É muito pouco! 
No meio disto tudo, tenho algumas perguntas a fazer - A quem é que interessa de facto a existência do Estado Islâmico? E porquê? Serão as indústrias de armamento que "aplaudem" estas guerras? Haverá interesse na debilitação do Mundo Árabe, mesmo quando o EI já ameaçou entrar um dia em Israel? Quais as razões desta inércia colossal? Será falta de vontade ou antes confluência de poderosos interesses ocultos?
Entretanto, enquanto discutimos isto, mais pessoas morrem inocentemente, e na Europa surgem novos recrutas que entregam, de forma absurda e impensável, a sua alma ao Estado Islâmico, pensando que estão a caminho dum Paraíso que afinal só existe na cabeça deles.





Imagem nº 1 - O Estado Islâmico segue impune, e muito o deve à passividade evidenciada pelo Ocidente que não faz o suficiente para terminar com esta saga infernal.

"Injecção" de Areal nas praias do município?

Praias do concelho na linha da frente para receber areia em SetembroA promessa foi deixada pelo Ministro do Ambiente - Jorge Moreira da Silva. O reforço em termos de areal das Praias de Esmoriz, Cortegaça e Furadouro deverá já ocorrer no próximo mês de Setembro, de modo a assegurar precaução para a etapa outonal e invernal que se avizinhará depois como exigente. 
O referido membro do governo ressalvou inclusive que “é preciso proceder à alimentação artificial das praias, pois existe um défice de sedimentos na nossa costa, o que obriga a este tipo de intervenções”.
Jorge Moreira da Silva aproveitou, neste sábado, para visitar as obras de defesa da costa no concelho de Ovar, e reconheceu alguns resultados positivos nos últimos meses, sobretudo no caso do Furadouro.
Todavia, e segundo o nosso prisma de observação, estas últimas intervenções que visam a defesa do litoral apenas têm servido para atenuar os efeitos do avanço marítimo. No último Inverno, a agitação marítima não foi tão implacável como nos anos anteriores, o que facilitou a manutenção quase imaculada da linha de costa, não obstante a utilidade dos geotubos e do reforço das barreiras defensivas que merecem também um apontamento positivo da nossa parte.
O mar é incrivelmente poderoso, e só houve um país que conseguiu travar o seu avanço e até recuperar terra ao mar. A Holanda sabe melhor que ninguém que a tecnologia dos diques pode ser bastante cara, mas até hoje foi a única que funcionou com perfeição. Defendo ainda que a União Europeia deveria ser mais interventiva nesta questão, pois é a integridade territorial de um dos seus estados-membros que está em causa. 



Foto: OvarNews

Patrocínios Fictícios ao Esmoriz Ginásio Clube determinaram 17 condenações

O Tribunal de Aveiro aplicou penas de multa ou de cadeia suspensa a 17 dos 18 arguidos que estavam acusados de envolvimento numa rede de patrocínios fictícios concedidos ao Esmoriz Ginásio Clube. Apesar de terem sido absolvidos numa primeira instância em 2011, a verdade é que agora as sentenças foram mais duras para os réus. 
Quase todos os arguidos estavam acusados pela prática em co-autoria de um crime de fraude fiscal. 
A sanção mais gravosa, de dois anos e meio de prisão suspensa, foi instaurada a seis antigos dirigentes do clube. Já os representantes das empresas que terão beneficiado deste esquema não escaparam a penas que variam entre um ano e três meses e dois anos de cadeia suspensa.
Os factos polémicos remontam ao período compreendido entre 1996 e 2004.



Caso de patrocínios fictícios no Esmoriz já tem sentenças

Notícia e Foto retiradas da Página do OvarNews

Renascer e Arautos promoveram bom teatro em Esmoriz

Neste passado sábado à noite, os cidadãos esmorizenses tiveram duas oportunidades de ouro para assistir a peças de elevada qualidade que foram asseguradas através do convite endereçado por parte de duas colectividades teatrais que têm dado cartas na nossa terra.
No âmbito do Projecto "Vi(r)ver Teatro", o Grupo de Teatro Renascer convidou a talentosa equipa dos Plebeus Avintenses que encantou o público com a peça "Homens e Ratos", sendo que no fim foi reconhecido o papel deste grupo que já tinha brilhado no Festival de Teatro de Esmoriz quando interpretou com perfeição a peça "A Noite" da autoria do Prémio Nobel da Paz - José Saramago. 
Inserido no V Encontro de Teatro promovido pelos Arautos, tivemos igualmente a peça "O Saco das Nozes" levada a palco pela Juventude de Sanguedo. A encenação pertenceu a Pedro Silva. Os Arautos aproveitaram ainda para comemorar 20 anos de existência naquele dia 23 de Maio. O seu programa multi-cultural encerra-se no dia 30 de Maio (pelas 21:30) com a apresentação da "Escolinha dos Arautos" no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz.
Em ambos os espectáculos, que até decorreram em simultâneo (às 21:30 deste passado sábado: um no auditório da JFE, o outro no antigo auditório do Antigo Quartel dos BVE), registou-se uma afluência considerável de pessoas, o que enriqueceu ainda mais a aposta cultural que tem vindo a ser feita na cidade.




Imagem nº 1- Os Plebeus Avintenses encantaram a plateia a convite do Grupo de Teatro Renascer.
Foto - Isaura Fátima Lopes



Imagem nº 2 - A Juventude de Sanguedo coloriu com qualidade o V Encontro de Teatro promovido pelos Arautos.
Foto - Grupo d'Arte e Cultura dos Arautos

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Comissão do Monumento ao Bombeiro em Esmoriz apela à contribuição dos cidadãos


A Comissão do Monumento ao Bombeiro em Esmoriz deseja erguer uma estrutura que reconheça ou gratifique os méritos e actos heróicos dos nossos soldados da paz. Se desejar contribuir e se tiver essa possibilidade para tal, deve fazê-lo para o NIB que segue no anúncio em baixo.
Neste blog, poderá encontrar mais informações sobre esta iniciativa.




Centro Comunitário de Esmoriz promoveu Corrida e Caminhada Solidária

No passado Domingo de manhã (dia 17 de Maio), o Centro Comunitário de Esmoriz organizou três eventos desportivos em simultâneo: Corrida "Coração Solidário", Caminhada e Aula de Zumba. Enaltecemos a presença dum número considerável de participantes. Recordamos que cada pessoa inscrita teria de ceder bens alimentares ou produtos de higiene para assim integrar o evento.
A boa disposição acompanhou o evento desportivo, e o clima agradável também contribuiu para que o sucesso fosse uma realidade. O feedback em torno da organização foi claramente positivo. 
As fotos que se seguem são da autoria de Normando Ramos (Comissão de Melhoramentos de Esmoriz).












Extra-Esmoriz XVIII - Praia do Areinho na "rua da amargura"

Lá se vão os tempos em que a Praia do Areinho era o espaço de lazer sensação do concelho de Ovar, onde caranguejos regiam as margens, pessoas que praticavam canoagem, outras traziam uma mesinha e colocavam-se a jogar cartas, e havia ainda lugar a merendas entre familiares e amigos. Eu cheguei a testemunhar esses momentos na década de 90, quando era criança, e a praia não estava assim tão "doente" naquela altura. A minha família de Esmoriz juntamente com outra amiga de Rio Tinto íamos lá no Verão (de vez em quando), e a Praia enchia quase sempre de gente e animação. 
Mas hoje a situação não poderia ser mais negra, inadmissível inclusive. A Quercus decidiu classificar seis praias do país como más para a prática balnear, e... a Praia do Areinho não escapou a este epíteto desonroso. Estive lá há poucos meses atrás e, de facto, logo reparei na sujidade do areal e poluição das águas, e na "maré" baixa da ria (o assoreamento no local é assustador). Vi a Praia do Areinho "triste" e abandonada, tal como a sua "irmã" Barrinha de Esmoriz. Foram décadas e décadas sem olhar de frente para o problema. Só a inércia e o desleixo levaram a este ponto. O actual executivo da Câmara Municipal de Ovar já veio a público referir que esta será a oportunidade ideal para intervir finalmente na Praia do Areinho e tem insistido na ideia de que a Barrinha também será (parcialmente) reabilitada. Esperemos todos que sim, aliás urge intervir nestes dois pontos que outrora eram cartões-de-visita do município e que hoje estão apodrecidos. O meu apelo é que passem da teoria para a acção, porque (e não me levem a mal) já chega de falatório. 
O Areinho e a Barrinha assim o merecem!




Imagem nº 1 - A Praia do Areinho nos seus tempos áureos.
Ed. da Junta de Turismo do Furadouro
Col. D. Dias

Correio dos Comunicados Políticos - Intervenção de Miguel Jeri (PCP) na Sessão da Assembleia Municipal de Ovar de 1 de Abril de 2015


PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA




Cine –Teatro de Ovar

O Cine-Teatro de Ovar nasceu na década de 40 e passados mais de 70 anos vai morrendo lentamente à vista de todos os habitantes e visitantes de Ovar, desta vez, envolto em desconforto e descontentamento. Presentemente, a sua fachada transmite à cidade de Ovar um ar de abandono, decadência e infelizmente também aparenta problemas de segurança e até de salubridade.
Para além dos alçados contíguos à Avenida do Bom Reitor e à Rua Ferreira de Castro, com a criação do Parque Urbano de Ovar é visível o processo de degradação em todo o edifício inclusivamente da sua cobertura.
A sua cobertura é uma das principais fontes de preocupação, dado que, desde o temporal de Janeiro de 2013, esta se tem vindo a degradar intensamente, tornando-se num local de abrigo e refúgio para centenas de pombos, deixando a descoberto o edifício com consequências nocivas na conservação dos seus elementos e estrutura. Não menos preocupante é o facto de a sua cobertura ser aparentemente constituída por telhas de fibrocimento. Sabemos que o amianto está proibido na União Europeia desde 2005 mas, devido à grande popularidade de que beneficiou durante as décadas de 50 a 80, ainda está presente em coberturas de telhados, portas corta-fogo, tubos para escoamento de água, cisternas e depósitos de água de muitos edifícios. Tudo indica que o Cine-Teatro de Ovar é um destes edifícios. Em Portugal, entre 2007 e 2012, morreram 218 pessoas vítimas de mesotelioma, um cancro provocado, não apenas, mas sobretudo pela exposição ao amianto. O amianto tornou-se uma ameaça à saúde pública e não se pode descurar esta preocupação. 
Por um lado deve ser preocupação da Câmara o assegurar condições de segurança e salubridade dos imóveis, bem como evitar situações de risco para a via pública ou para imóveis vizinhos. Por outro, o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, posteriormente alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março), no seu artigo 89º, impõe o dever de conservação aos proprietários dos edifícios, devendo estes realizar todas as obras necessárias à manutenção da sua segurança, salubridade e arranjo estético.
Porém, os deveres não se restringem aos proprietários, pois quando estes não cumprem esta obrigação, cabe à Câmara Municipal a todo o tempo, oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, determinar a execução de obras de conservação necessárias à correcção de más condições de segurança ou de salubridade ou à melhoria do arranjo estético.
Neste caso pontual o interesse público não está a ser salvaguardado, e relembramos o executivo camarário, que este foi eleito para o defender. Deste modo a CDU exorta a Câmara Municipal a assumir as suas responsabilidades na resolução deste problema. O PCP considera que, se a Câmara Municipal ainda não executou, deve proceder a uma avaliação da situação do edifício do Cine-Teatro de Ovar e com base na mesma deve ordenar aos proprietários a execução de trabalhos de conservação que garantam, pelo menos, os aspectos de segurança, salubridade e estéticos.
Aproveitando esta oportunidade, o PCP relembra que os vereadores do PSD em Abril de 2008 recomendaram à Câmara Municipal “que o diálogo e as negociações com os proprietários do Cine-Teatro de Ovar avancem e dêem passos concretos no sentido deste equipamento ser recuperado, reabilitado e colocado à disposição da comunidade”.


Preço da água

Em tempos de crise económica, o preço da água tem preocupada cada vez mais os munícipes. Tenhamos em conta que estes, em 2011, para um consumo de 10000 litros de água, pagavam 10,23€ água, 10,70€ saneamento e 3,00€ de resíduos, num total de cerca de 24€. O município encontrava-se então na 36ª posição a nível nacional.
Em apenas dois anos subiu para a 27ª posição (nove posições) pagando agora 12,65€ de água, 12,29€ de saneamento e 3,00€ de resíduos num total de cerca de 28€. Ou seja, sendo verdade que a média nacional subiu, o certo é que para os munícipes de Ovar mais ainda.
Estas subidas de tarifária tinham o suposto objectivo - pelo menos era o que argumentava a ERSAR e todos os defensores do desvio tarifário - de uniformizar o preço do acesso à água. Mas o lugar que Ovar ocupa no ranking do preço de água (36º em 2011, 27º em 2013) não se compadece com o 72º lugar que ocupava no ranking de poder de compra per capita em 2011 - e não há razões para que actualmente se encontre muito longe dessa posição.
Estamos portanto na presença de desvio que nada tem a ver com critérios de justiça, mas antes com uniformização em alta à custa do bolso dos consumidores. E foi para isto que o PCP alertou a seu devido tempo, reivindicando que, junto da ADRA, se desenvolvam as diligências para a sua redução.


Congresso da ANMP

Decorreu no passado sábado a Congresso Nacional de Municípios Portugueses. Gostaria de destacar aqui dois temas que foram abordados e aprovados neste congresso e que têm expressão na nossa autarquia.
O primeiro prende-se com a autonomia do Poder Local, e liga-se ao último debate que tivemos nesta Assembleia, onde, debatendo a questão da municipalização da educação, nomeadamente com o Grupo Municipal do PSD, alertámos para o facto deste processo desrespeitar cabalmente a autonomia do Poder Local. E no documento aprovado pela ANMP esta assume esta posição expressa:
“A descentralização administrativa não deve nem pode ser feita de qualquer forma. Acima de tudo, é de rejeitar a desconcentração de competências que, no essencial e sob a capa da subsidiaridade, as alarga na mesma proporção em que diminui a autonomia para lhes dar execução.
Muitas vezes e por processos diversos, os Municípios são chamados a assumir as mais variadas funções e competências, assegurando um leque cada vez mais alargado de serviços que são da responsabilidade do Estado, por se tratar de matérias do interesse nacional que ao Poder Central deve caber suprir, como funções sociais do Estado.
Com efeito, com a justificação da proximidade com as populações, aos Municípios tem sido atribuído o desempenho de um conjunto de funções que se encontram desenquadradas das atribuições e competências municipais, uma vez que o legislador não as regulamentou e, consequentemente, não cumpriu as regras relativas à descentralização de poderes.
Face à incapacidade frequentemente demonstrada pela Administração Central, a tendência para que os Municípios assumam responsabilidades que não são municipais, em substituição daquela e em prejuízo da cabal exercício das competências dos mesmos, tem criado situações de cruzamento de competências propiciadoras da intervenção concreta e casuística de membros do Governo, muitas vezes em claro atropelo à autonomia local. Este tipo de situações tem-se revelado de particular gravidade em matérias de Educação, de Proteção Civil, de Saúde, de Habitação Social, de Justiça e de Rede Viária, áreas em que alguns Municípios têm vindo a exercer competências que não são suas.”
O segundo documento aprovado neste congresso prende-se com a diminuição de fundos transferidos para as autarquias locais e que se vem desencadeando ao longo de décadas e independentemente de serem governos de maioria PS ou PSD.
Para termos uma ideia do grau de subfinanciamento que estão sujeitas, tenhamos em conta que a primeira Lei de Finanças Locais previa uma participação dos municípios não inferior a 18% da receita arrecadada pelo estado. Desta formulação, que valorizava o Poder Local enquanto gestor e decisor, foi-se involuindo, ao longo de sucessivos quadros legais (destaco os da Lei 2/2007 e os da Lei 73/2013) para uma situação em que apenas 6%, das receitas fiscais do Estado são transferidas para os municípios.
Apenas a título de exemplo, de um aumento global da receita arrecadada em sede de IRS, IRS e IVA na ordem dos 17%, a aplicação aos Municípios acabou por se traduzir em apenas mais 4,9%.
Estes factos, que são atentados à saúde financeira das autarquias e para os quais já alertámos aqui após a aprovação da última Lei do Orçamento de Estado, está bem reflectido no capítulo das receitas dos sucessivos orçamentos camarários, e apenas estranhamos não haver, por parte deste Executivo Municipal, uma atitude mais crítica e reivindicativa, atitude que contrasta com as posições de outros municípios.



3.1 – INFORMAÇÃO MUNICIPAL Nº 2/2015

Bolsas de Estudo

Ficamos a saber, pelo documento disponibilizado, que duplicou a atribuição de bolsas a alunos ovarenses do Ensino Superior. É com desagrado que o PCP toma conhecimento deste facto, não pelo usufruto das bolsas, como é evidente, mas pelos motivos que levam cada vez mais jovens a ter de recorrer a este tipo de apoios para um acto tão elementar como estudar. Este é um sinal evidente da crise que se tem prolongado no sistema educativo português e que radica em sucessivas políticas de direita que, com a instituição de mecanismos que dificultam o acesso aos níveis mais elevados de ensino, designadamente com a imposição de propinas, há muito afrontam a Constituição da República Portuguesa que consagra a educação como um direito universal dos cidadãos.
É que esta é uma crise estrutural, e não conjuntural, de um sistema de ensino voltado para as classes dominantes. E que requer soluções de fundo, nomeadamente o fim das propinas. Sem negar que os apoios mencionados poderão fazer a diferença para os seus poucos beneficiários, o PCP considera insuficiente qualquer solução limitada a um assistencialismo que apenas colmata contadas situações, deixando muitos outros jovens com o drama por resolver: a universidade negada por insuficiência económica. Coerentemente, o PCP defende que a Câmara Municipal deveria complementar estas acções com uma política de reivindicação e defesa deste direito dos cidadãos e dos jovens nos termos da Constituição: a gratuitidade progressiva do ensino.
Aproveito este ponto para colocar mais duas questões. 


Jardins da Habitovar

A responsabilidade pelos jardins da Habitovar passou, há alguns anos, para a alçada da Câmara Municipal, que herdou destes um bem montado e funcionante sistema de rega que apenas exigiria adequada manutenção. Os jardins sempre estiveram bem cuidados e são imagem de marca desta cooperativa, contribuindo para o bem-estar daqueles que lá vivem. Neste ponto, minha questão prende-se com a intervenção efectuada na Praça 1º de Maio, onde foram retiradas as árvores e os arbustos que sempre lhe deram vida e cor, bem como o seu relvado. Em substituição foi colocada uma cobertura de casca de pinheiro, com escassos arbustos, criando uma paisagem árida, sem vida e nada agradável para quem lá vive e tantos anos se habituou a uma paisagem verde. As motivações da Câmara parecem-me claras: poupar dinheiro com a manutenção. E ainda assim questiono: era mesmo necessária esta solução, que não teve em conta o bem-estar e o direito dos munícipes do jardim a que sempre tiveram direito, por uma mera questão de poupança de um município que nem sequer tem grandes problemas financeiros? Chegamos a este ponto?

Bebedouros do Parque Urbano

Relativamente ao parque urbano: já desde Abril do ano passado que coloco várias questões sobre este parque que em muito poderia ser melhorado, mas o não funcionamento dos bebedouros tem sido uma questão recorrente, mesmo após as várias declarações do Sr. Presidente da Câmara de que iria resolver o problema. Tantas vezes que já me questiono se a melhor forma de se conseguir resolver o problema não será mesmo deixar de falar nele… O certo é que, aquando da minha última intervenção sobre o tema, a razão invocada pelo Sr. Presidente foi a existência de vandalismo sobre estas estruturas, o que desde logo nos motivou surpresa, visto ser provavelmente o único município do país onde estes equipamentos tão comuns são alvos de um vandalismo tão direcionado e específico… Ficou então a Câmara de encontrar uma solução para o problema. questiono-a se já a terá, finalmente, encontrado.

Toponímia - Álvaro Cunhal

Por último: foi aprovada por unanimidade nesta Assembleia, no ano de 2013, e por ocasião do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, uma moção no sentido de nomear um arruamento desta cidade com o seu nome. Gostaria de saber se há algum avanço a registar na toponímia de uma rua ou praça que dignifique o nome deste referente da resistência e luta do povo português e figura maior da política portuguesa do século XX.



3.2 – RELATÓRIO DE GESTÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS  DE 2014

Relativamente ao documento entregue, ressaltamos que se trata de um documento bastante completo e claro, sobre o qual farei uma breve análise partindo do geral para o particular.
Numa nota introdutória, assinada pelo Senhor Presidente da Câmara, deparamo-nos com um enquadramento macro-económico cuja existência tem a sua pertinência. O que já não tem a mesma pertinência, e é totalmente desnecessária e desenquadrada, é a defesa acérrima que faz das políticas macroeconómicas levadas a cabo no país e que conduziram ao estado de miserabilização das condições de vida dos portugueses e, em particular, dos ovarenses.
Partindo do dado, correcto, da existência de desequilíbrios macro-económicos pré-existentes, afirma que “estes têm vindo a ser corrigidos”, quando é mais do que evidente que hoje o país é um local não apenas mais pobre, mas sobretudo mais desigual. Afirma que as “medidas adoptadas para a correcção dos desequilíbrios” (vulgarmente: saque ao povo português) visam um crescimento económico sustentado, a criação de emprego e chega a afirmar que os progressos são assinaláveis, quando os dados do desemprego, da emigração e da estagnação económica gritam o contrário. Aliás, os próprios dados desmentem estas afirmações, quando notamos uma desaceleração da exportação de bens e serviços e uma aceleração das importações de bens e também de serviços. Por fim, quanto ao desemprego afirma este documento que se assiste a uma “recuperação de 2 pontos percentuais” para 13,6%, quando os dados mais recentes do INE, corrigidos para a sazonalidade, apontam para 14,1%, (mais 0,3 pontos percentuais do que no mês anterior). Não estamos, portanto, perante nenhuma descida sustentada do desemprego.
Destacamos, no entanto, a sinceridade, na certeza de que estas afirmações terão uma leitura política.
Passando à análise da execução orçamental. No plano das receitas, observa-se uma boa taxa de execução no que às receitas correntes diz respeito, sendo que estas correspondem a 2/3 do orçado. Analisando mais detalhadamente, verificamos que houve uma diminuição de receita cobrada a nível global, na ordem dos 8% relativamente ao ano anterior. Uma diminuição que é particularmente evidente nos rendimentos de propriedade. Em sentido contrário, a CMO aumentou a execução comparativamente ao ano anterior apenas nas rubricas de impostos directos e impostos indirectos.
Já nas receitas de capital o caso muda de figura: apenas 41% do previsto foi realizado, sendo esta facto constante em todas as rubricas: transferências de capital (47%), outras receitas de capital (39%) e reposição não abatidas de pagamentos (43%). No entanto apenas a rubrica de transferências de capital tem peso significativo, de 7% do orçamento final.
Passando agora ao plano das despesas.
Quanto às despesas correntes há uma taxa de execução aceitável, na ordem dos 81% relativamente ao orçamentado, embora com um crescimento de 9% relativamente ao ano anterior. Mas quanto às despesas de capital o caso muda de figura, com uma taxa de execução de apenas 43%, isto é, menos 30% relativamente ao ano anterior. De destacar a pobre execução a nível do Plano Plurianual de Investimentos, com uma execução de 4,8 milhões de euros para mais de 13 milhões orçamentados. Qual a razão?
Passando agora às Grandes Opções do Plano.
A taxa de execução financeira é de apenas 54%. Isto significa que de cada euro orçamentado, apenas 54 cêntimos foram efectivamente investidos!
Na educação, com uma taxa de execução que não chega aos 50%, preocupa-nos sobretudo a falta de investimento na educação pré-escolar e do 1º ciclo, bem como o atraso relativo à revisão da Carta Educativa.
Na cultura e desporto, com uma taxa de execução de 66%, ficaram por fazer vários projectos, entre os quais investimentos na rede concelhia de bibliotecas, no centro cívico de Arada, a beneficiação do polidesportivo da Habitovar, do skatepark de Esmoriz e do gimnodesportivo de Arada, entre outros.
Na saúde contata-se uma taxa de execução baixa, de 47%, e que apenas não é mais baixa pelas as transferências a instituições sem fins lucrativos (78%), já que a nível das unidades de saúde a taxa de execução não passou dos 26%.
A nível a habitação e urbanização. O Bairro do SAAL continua à espera, com um nível de execução global de nada mais nada menos de 0%, sendo o único projecto desta rubrica a ter este valor.
Quanto às águas pluviais: lembramos que existem insuficiências, tornadas evidentes com inundações no Furadouro no segundo semestre do ano passado, pelo que não se compreende nem um dos 110 000€ destinados à rede de águas pluviais tenha sido empregue.
Destacamos ainda a pobre realização no que à melhoria da rede viária diz respeito, sendo que esta é uma das reivindicações mais prementes por parte da população. Nesta rubrica sucedem-se zeros e zeros, traduzindo uma taxa de execução de apenas 27%. Chamamos ainda a atenção para a necessidade de cumprir com a toponímia, já que urge uma melhoria nas identificações de muitos arruamentos. Ainda mais numa cidade que se quer turística.
Globalmente: o quadro de transição dos quadros comunitários e as intempéries de 2014 poderão explicar parte mas não justificam na totalidade a baixíssima taxa de execução da Câmara Municipal de Ovar neste período.



3.4 – 2ª REVISÃO DO ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2015

Trata-se do expectável reforço do orçamento com a inclusão do saldo de gerência do ano anterior. Reconhecendo o investimento em áreas de intervenção prioritária – alguns dos quais já vêm de anos anteriores – salientamos que faltam investimentos em locais que há muito deveriam ter sido contemplados: Bairro do Casal, do SAAL, rede viária, etc. Parece-nos insuficiente o orçamentado na rubrica RASMO – apoios às famílias para melhorias habitacionais, uma vez que este tipo de obras são algo onerosas e 7,500 euros afiguram-se como insuficientes. Quanto aos transportes escolares: no ano passado foram orçamentados 85000€ e facturados 65000€. Este ano deparamo-nos com um orçamento de 150 000€, portanto mais do dobro do facturado no ano passado. A que se deve este aumento? Ao analisar as transferências da Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares verifico que esta se mantém nos 122 960€. Não deveria, no entendimento do Senhor Presidente da Câmara, esta receita ser reforçada tendo em conta a duplicação da despesa prevista?
Verificamos um investimento com os “hotpsots wi-fi”. Louvamos a iniciativa. Da nossa parte esperamos que, ao menos agora, e num momento em que grande parte dos documentos de trabalho são enviados ou disponibilizados em formato digital, os deputados tenham acesso à rede sem fios das instalações da Assembleia ou da Câmara, o que ainda não lhes foi facultado apesar de ter sido repetidamente solicitado.
Verificamos também gastos da ordem dos 100 000€ com software informático. Neste sentido, e sem escamotear o facto de que muitos softwares altamente específicos apenas têm soluções pagas, questionamos se tem a CMO equacionado a utilização de software livre ao nível da administração autárquica. Nomeadamente a nível de sistemas operativos – Linux como alternativa ao Windows, Open Office como alternativa ao MS Office, etc. Segundo as informações que temos, mesmo a nível de aplicações mais específicas, como para os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) existem soluções de software livre a custo zero, segundo um estudo publicado recentemente pela UC, o qual salienta igualmente que, entre 2008 e 2013, mais de 113 milhões foram gastos pelo Estado (a nível nacional) em software para administração pública, 24 dos quais para os SIG.
Ainda neste âmbito salientamos que em 2004, portanto há mais de 10 anos, foi aprovada uma proposta de recomendação do PCP na Assembleia da República com objectivo de promover o uso de software livre em geral, reduzir custos, reduzir dependência das multinacionais de software, abrir o código dos formatos de dados estatais e integrar o uso de software livre no ensino. Deixamos esta sugestão à consideração da CMO.
É esta a perspectiva do PCP: construtiva, realçando o que há de realçar, criticando o que há por criticar, nomeadamente as situações em que as câmaras municipais cedem à tentação de assumir os custos de responsabilidades que são da matéria do governo, e que, precisamente por isso, muito jeito dão ao governo.



3.7 – MOÇÃO APRESENTADA PELO GRUPO MUNICIPAL DO PCP - “BAIRRO DO SAAL EM CORTEGAÇA”

Minhas senhoras e meus senhores:

Como sabem, e como já disse aqui na Assembleia Municipal de 27 de Fevereiro, o Bairro do SAAL foi a concretização em Cortegaça do projecto SAAL que, após a Revolução de Abril, teve lugar nos mais diversos pontos do país. O objectivo era tão simples como urgente: dar rapidamente condições da habitabilidade a dezenas de milhar de portugueses que viviam nas mais precárias condições durante a ditadura fascista.
Este foi um projecto financiado pelo então Fundo de Fomento à Habitação (FFH), tendo-se desde então mantido uma dívida que apenas foi saldada em 2004. Ao longo dos anos as intempéries foram acumulando danos estruturais no edificado, sendo que muitas das casas não cumprem com critérios essenciais de habitabilidade.
Em 2004, e ao abrigo de um protocolo entre a Câmara Municipal de Ovar, a Junta de Freguesia e a Associação de Moradores, foi saldada a dívida com o FFH (à data, Instituto Nacional de Habitação). Nesse mesmo protocolo a CMO comprometia-se a avançar com o projecto do Conjunto habitacional da Praia de Cortegaça – segunda fase. Projecto que nunca avançou.
Hoje, a degradação física e social impõe que se encontre uma solução. Estivemos de visita ao bairro onde pudemos comprovar a grande deterioração dos tectos, nos pisos, nas paredes. Há casas onde chove no Inverno. Há um caso de uma moradora que vive em condições que não vou descrever, mas cuja situação é de tal forma grave que, independentemente do resultado deste debate, exorto a Câmara a que proceda a uma avaliação de urgência já amanhã.
Tem de ser encontrada rapidamente uma solução em diálogo com os moradores. Uma solução que poderá ser diversa daquela encontrada em 2004, mas que, em tal caso, seja uma decisão tomada em concordância com estes. Poderemos até não ter certezas quanto a ela, mas há duas certezas que temos: a de que a situação de degradação actual não pode mesmo continuar assim; e a de que qualquer solução encontrada terá de ser em constante diálogo entre as partes, e não de forma imposta ou ao arrepio das justas aspirações dos moradores.
Temos plena consciência da complexidade do problema, e o que propomos não é uma solução fechada. É sim uma recomendação à Câmara para que coloque na ordem do dia as diligências necessárias para a sua solução a curto e longo prazo, pelo que apelo aos senhores deputados a votação favorável deste texto.

Disse.




Correio dos Comunicados Políticos - PSD visitou as instituições de Válega






No âmbito do périplo de visitas que a Comissão Politica de Seção do PSD Ovar (CPS) tem feito pelas diversas freguesias do município de Ovar, deslocaram-se ao Centro Cultural e Recreativo de Válega (CCRV) e à Associação Cultural e Recreativa de Valdágua (ACRV).
O CCRV tem desenvolvido diversas actividades no âmbito desportivo. Sendo a mais conhecida a patinagem esta não ensombra os exitos alcançados em actividades como o Futebol, Ténis de Mesa entre muitas outras.
Tendo sido os grandes vencedores do Orçamento Participativo 2014/15 a nossa visita teria de passar pela análise desse processo que pretende aprofundar a recolha de contributos das instituições e dos cidadãos na discussão e elaboração do orçamento público municipal.
Foi com muito agrado que percepcionamos o estado avançado na concretização do projecto vencedor com a apresentação do projecto para a Pista de Patinagem no Complexo Desportivo de Sargaçal.
Estamos perante mais uma das forças vivas da sociedade valeguense que se distingue das demais pela sua intensa actividade na procura de melhores condições para a pratica desportiva e que tem granjeado sucesso para alem das fronteiras municipais.
A ACRV, fundada na década de oitenta do seculo passado, tem sido palco, ao longo de décadas, de inúmeras manifestações de preservação e divulgação da musica de raiz popular – com os “Os Cavaquinhos de Valdágua” – a Escola de Música – os torneios de Jogos Tradicionais - como a Malha, Sueca, Damas e Dominó – o Ballet, a Desfolhada à Moda Antiga, o Cantar dos Reis, o Grupo de Dança Contemporânea, os torneios de Futebol de Salão, o Atletismo entre muitas outras actividades. 
Este é um exemplo de uma Associação que, com sucesso, trabalha em prol dos mais jovens, ocupando os seus tempos livres, dando-lhes formação (musical e profissional) e proporcionando diversão para todos.
Em ambos os casos, enquanto estrutura partidária, ficamos motivados em tentar ajudar, em tudo o que estiver ao nosso alcance, estas grandes instituições da freguesia de Válega tendo terminado as nossas visitas dando os parabéns a toda a direcção e associados pedindo que transmitam a sua experiencia a associações congéneres de forma a que se possa replicar o modelo de sucesso.

A Comissão Politica do PSD Ovar

GNR do Comando Territorial de Aveiro e Destacamento Territorial de Ovar avisam para a circulação de notas falsas de 20 euros


Notas de 20 euros falsas

SERVIÇO PÚBLICO



Notas de 20 euros falsas

ESTAS NOTAS COMEÇARAM A SER "PASSADAS" EM ESPANHA.

NÃO TARDARÃO A ESTAR AQUI EM PORTUGAL. 

Notas de 20€ falsas - atenção à numeração final 854

Não custa nada avisar Notas de 20 Euros:

-  Atenção que podem muito provavelmente aparecer por cá.

- TER CUIDADO QUE ESTÃO POR TODA A PARTE Cuidado com as notas de 20€.

- Reparem na numeração. Termina em 854 e são falsas.





sábado, 16 de maio de 2015

Extra-Esmoriz XVII - A 31ª Meia Maratona de Cortegaça foi um sucesso

A tradicional Meia Maratona de Cortegaça que efectua a ligação entre as praias de Cortegaça e do Furadouro realizou-se no passado Domingo, dia 10 de Maio. Como já é natural, não faltaram numerosos concorrentes nem uma multidão de espectadores que batia palmas e procurava incentivar os participantes.
Nas senhoras,  Anália Rosa (Sporting Clube de Portugal), foi a mais rápida, com um tempo de 01:15:10. Na vertente masculina, Youssef El Kalai, do Sport Lisboa e Benfica, foi o vencedor, com 01:05:24. 
Esta prova trouxe mais brilho e encanto à vila que viu ainda as suas artérias urbanas repletas de gente e movimento, procurando assim a sua clara afirmação no mapa do atletismo.



Youssef El Kalai e Anália Rosa vencem Meia de Cortegaça

Foto: OvarNews

Extra-Esmoriz XVI - ADRA investe 3 milhões no saneamento de Maceda

A ADRA - Águas da Região de Aveiro vai lançar a concurso público a empreitada inerente à rede de saneamento da freguesia de Maceda, cujo investimento total deverá cifrar-se nos 3,1 milhões de euros contando ainda com um prazo de execução de um ano. 
As intervenções terão como meta principal a construção de uma nova rede de saneamento com uma extensão total de 24 quilómetros, 1 400 ramais de ligação e 4 estações elevatórias de águas residuais, abarcando quase a totalidade da vila de Maceda.
Fernando Vasconcelos, administrador da ADRA, afirma que esta empreitada é “um investimento relevante e necessário para o concelho de Ovar, uma vez que está em causa o serviço de saneamento que serve uma freguesia com mais de 3 mil habitantes”, e ressalva ainda que tal “é um investimento na saúde pública e na salubridade ambiental”.
Fernando Vasconcelos lembrou ainda que “no concelho de Ovar, fruto da estreita relação de proximidade e do diálogo com a autarquia, a AdRA já concretizou investimentos em todas as freguesias de Ovar”, relembrando que “já foram objecto de contrato inúmeras empreitadas, cujo montante ascende aos 10 milhões de euros”.
Por seu turno, Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, congratulou-se com a decisão, e garantiu que continuará a “defender os interesses do Município junto da AdRA, a fim de obter a cobertura integral do saneamento básico no concelho e a reabilitação das redes antigas já existentes”, concluindo também que “o saneamento e o abastecimento de água potável são serviços essenciais para a qualidade de vida dos munícipes, para a preservação do bom ambiente urbano e para o desenvolvimento económico e social do território”.




Imagem nº 1 - A Vila de Maceda será contemplada com uma forte intervenção ao nível do saneamento.

Universidade Sénior de Esmoriz comemorou 2 anos de existência

No dia 13 de Maio, a Universidade de Sénior de Esmoriz comemorou dois anos de existência. Recorde-se que a sua fundação ocorreu no ano de 2013 com o intuito de combater o isolamento social das pessoas de idade mais avançada. Além disso, o objectivo da sua criação radicou igualmente em assegurar um papel mais activo e útil dos séniores para com a comunidade em que estão inseridos. 
As cerimónias solenes de comemoração desta simbólica data decorreram no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz que já foi tantas vezes pisado pelos alunos da Universidade Sénior que nunca deixaram de surpreender as inúmeras plateias que tiveram pela frente. A sua energia e dedicação continuam a fazer a diferença na nossa cidade, pelo que endereçamos, desde já, as felicitações pelo seu honroso trabalho.
Neste evento, destacamos o grupo musical que, acompanhado com as turmas de cavaquinhos e guitarras, abriram as celebrações. Enaltecemos ainda a presença de algumas personalidades da região tais como a vereadora Ana Cunha (responsável pelo pelouro da Acção Social na CM de Ovar), o presidente da JFE - António Bebiano, o pároco de Esmoriz - Fernando Campos e a coordenadora da Universidade Sénior de Esmoriz - Sara Oliveira. No fim, disponibilizaram-se bebidas e um bolo saboroso, além do saudável convívio seguramente recheado de boa disposição. Ao fim de 24 meses, foi assim premiado com inteira justiça o trajecto enriquecedor desta academia que nasceu para (re)valorizar pessoas que afinal ainda têm muito para oferecer.








Fotos: Universidade Sénior de Esmoriz (Facebook)

Notificações da Junta de Freguesia de Esmoriz sobre a aprovação de contas de 2014, e as acções de pesquisa na Necrópole de Gondesende

No passado dia 29 de Abril, pelas 21h30, realizou-se mais uma Assembleia de Freguesia de Esmoriz, no Auditório da Junta de Freguesia. 
É de salientar a presença dos vários esmorizenses que, num verdadeiro exemplo de civismo e cultura democrática, se dirigiram à Assembleia para expressar as suas opiniões sobre a situação de Esmoriz, para dar sugestões ao Executivo e para, entre outros, elogiar o esforço que se verifica na limpeza da cidade. 
Após as intervenções do público seguiram-se, como habitualmente, os pontos da ordem de trabalhos. Estiveram em cima da mesa assuntos relacionados com a toponímia e a sinalética da cidade, sendo de destacar, por exemplo, a criação da Rua da Xávega, da Travessa André Brun e do Jardim Padre Campos. 
A Assembleia não terminou sem antes ser apresentada, votada e aprovada a Conta de Gerência do ano 2014. 
A Junta de Freguesia de Esmoriz felicita a Assembleia de Freguesia de Esmoriz por ter desempenhado o seu papel de forma exemplar, sempre em benefício da cidade e dos esmorizenses.






_____________________________________________________"___________________________



Na segunda-feira, 11 de Maio, deram-se início às primeiras acções de pesquisa científica na Necrópole do Chão do Grilo, um dos mais conhecidos sítios arqueológicos no concelho de Ovar.
Esta iniciativa, promovida pela Camara Municipal de Ovar, surge na sequência da realização de trabalhos de desmatação indevida, na área abrangida pela necrópole, os quais possibilitaram a identificação de vestígios de uma sepultura, em um corte instável do terreno.
As escavações, sob a coordenação do arqueólogo Gabriel Pereira, envolvem uma pequena equipa técnica de 4 pessoas, entre arqueólogos e outros colaboradores, e contam com a colaboração da Junta de Freguesia de Esmoriz.
Pretende-se efectuar uma primeira avaliação do local no que respeita ao estado de conservação dos vestígios, procurando-se ainda aferir a dimensão da necrópole e a sua cronologia, bem como sugerir eventuais hipóteses quanto à localização do povoado.
Nos anos 30, do século XX, durante os trabalhos de exploração de uma saibreira foi encontrada uma necrópole de inumação no pinhal do Chão do Grilo em Esmoriz. As escavações realizadas, em 1931, pelo Reverendo António André de Lima, Abade de Esmoriz, foram acompanhadas pelo Eng.º Rui de Serpa Pinto, figura emblemática da arqueologia portuense. Foram encontradas um total de vinte e quatro sepulturas de formato trapezoidal e raramente rectangular, de orientação W-E.
Estas sepulturas não proporcionaram qualquer material ceramológico, a não ser as tegulae, os lateres e os imbrici que as compunham e alguns fragmentos osteológicos, nomeadamente um fragmento de crânio e duas tíbias, que permitem localizar (provavelmente) os vestígios no período compreendido algures entre finais do período Romano, meados do séc. IV DC e o início da alta idade média, séc. VII DC.
Não deixa de ser relevante, não só por aquilo que já se encontrou, bem como pelas prespectivas que se abrem no sentido de identificar e compreender a ocupação humana do local.
Constituem os mais antigos vestígios daquilo que pode ser a origem de Esmoriz.






Poderá acompanhar as notificações da Cidade de Esmoriz a partir da seguinte página social: https://www.facebook.com/esmoriz.pt

Cadeira Anfíbia na Praia de Esmoriz

Esmoriz vai ter direito a uma cadeira anfíbia já nesta época balnear. Tudo acontece no âmbito duma candidatura ao programa da Vodafone. Esta cadeira será, sem dúvida, uma mais-valia para as pessoas que revelem deficiências ou limitações físicas, e que assim poderão usufruir de condições para também tirarem proveito dos óptimos dias de praia.
Recorde-se que também a Praia do Furadouro já tinha sido contemplada com uma que se estreará igualmente neste Verão de 2015.





Imagem nº 1 - A Cadeira Anfíbia estará presente nas praias de Esmoriz e do Furadouro.
Foto retirada do Perfil de Salvador Malheiro no Facebook

domingo, 10 de maio de 2015

Evento "Charneca em Melodias" recordou Florbela Espanca

No dia 7 de Maio (passada quinta-feira), realizou-se o evento "Charneca em Melodias" no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz, iniciativa que contou com a presença especial de Marcos Assumpção (músico brasileiro que canta poemas de Florbela Espanca) e Ângela Mota (responsável pela divulgação de artistas de expressão portuguesa). Destacamos a presença duma boa casa.
Durante a sua palestra inicial, Marcos Assumpção apresentou o trabalho até então desenvolvido sobre aquela poetisa natural de Vila Viçosa. O cantor conta já com um disco lançado e ainda um pequeno livro destinado a recordar Florbela Espanca. Ressalvou ainda que foi uma enorme honra estar em Esmoriz, terra onde Florbela terá residido por dois anos (nos lugares da Casela e da Estrada Nova), e demonstrou igualmente a disponibilidade de voltar a actuar em breve na nossa cidade que o acolheu carinhosamente.
Seguiu-se a recitação de alguns poemas de Florbela Espanca, através duma leitura suave e ritmo pausado, por parte de sete alunos da Universidade Sénior de Esmoriz. 
Marcos Assumpção voltou ao palco, desta feita, para realizar o seu concerto. Neste ponto, temos de reconhecer a emotividade e a qualidade da sua voz, o que decerto deliciou o público presente. Efectivamente, é muito raro encontrar um cantor que se dedique quase especificamente a musicar poemas duma personalidade magistral que marcou a nossa literatura. Foi prestigiante "escutar" Florbela através da voz dum talentoso cantor brasileiro.
Tivemos ainda a actuação exemplar do dueto musical do Grupo de Teatro Renascer - Daniela Nunes e Emanuel Pinto - que cantou o poema "Amar" (também da autoria de Florbela), parte integrante da peça de teatro - "Flor Alma Espanca" de Leandro Vale, encenador respeitado que deixou o nosso mundo no início do passado mês de Abril.
Por fim, houve a habitual troca de ramos de flores e de elogios entre todos os intervenientes. É necessário saudar a organização inovadora da autoria da poetisa esmorizense Ana Roxo (o seu trabalho foi devidamente reconhecido por todos; leu ainda de forma emocionada uma biografia extensa sobre Florbela Espanca) e o apoio de algumas pessoas e entidades: Junta de Freguesia de Esmoriz, Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, Grupo de Teatro Renascer, Universidade Sénior de Esmoriz,  Foto GrafiReflexo, Paulo dos Santos, a Florista Rosa, entre outros.
Citando as declarações emitidas no encerramento por parte de João Gomes, Presidente do Grupo de Teatro Renascer, "esteja onde estiver Florbela, seguramente que estará orgulhosa por aquilo que hoje [quinta-feira] foi produzido aqui". E de facto, o evento superou inequivocamente as expectativas de todos os que estiveram presentes.
A excelente reportagem fotográfica que se segue é da autoria de Normando Ramos, e cujos direitos da mesma pertence à Comissão de Melhoramentos de Esmoriz que apoiou incondicionalmente todo este evento. 




Imagem º 1 - O músico brasileiro Marcos Assumpção encantou a plateia ao cantar poemas de Florbela.




Imagem nº 2 - Ângela Mota, brasileira radicada em Genebra, ajudou a trazer Marcos Assumpção até Esmoriz.




Imagem nº 3 - Ana Roxo, escritora natural de Esmoriz, organizou este evento multi-cultural.




Imagem nº 4 - Alguns alunos da Universidade Sénior de Esmoriz recitaram poemas de Florbela Espanca.




Imagem nº 5 - O dueto musical do Grupo de Teatro Renascer (Daniela Nunes e Emanuel Pinto) também cantou um poema marcante de Florbela, o qual também integrou uma peça de Leandro Vale que fora então encenada sobre aquela poetisa.




Imagem nº 6 - Representantes das entidades que apoiaram este evento original.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Marcos Assumpção vem cantar Florbela Espanca a Esmoriz

Nesta quinta-feira pelas 21:30, irá realizar-se no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz o evento cultural "Charneca em Melodias", uma iniciativa que visa recordar Florbela Espanca que terá vivido por dois anos nos lugares da Casela e da Estrada Nova em Esmoriz.
O destaque especial vai para a presença do cantor brasileiro Marcos Assumpção. Também está prevista a participação da Universidade Sénior de Esmoriz e do Grupo de Teatro Renascer.
As entradas serão inteiramente livres.
Uma oportunidade a não perder.




Foto do mês de Maio de 2015




Imagem nº 1 - Uma mulher do Nepal reza num templo budista destruído pelo terramoto que abalou a região de Bhaktapur. De acordo com as últimas estimativas, há mais de 7 mil mortos confirmados (o número pode ainda chegar aos 10 mil, segundo algumas estimativas) e 14 mil feridos. No terreno tem-se intensificado a ajuda internacional.

Extra-Esmoriz XV - Estragos registados em Ovar devido ao mau tempo

Nesta Segunda-Feira, o mau tempo revelou-se implacável com um impetuoso vento que deixou estragos na zona norte do país e no próprio distrito de Aveiro. Em Esmoriz, houve relatos de telhas que voaram ou até potenciais ameaças de quedas de árvores, contudo os casos mais dramáticos no concelho aconteceram mesmo na sede - em Ovar.
Segundo o site OvarNews, uma árvore de grande porte situada no Jardim do Cáster não resistiu ao vendaval e destruiu parcialmente duas viaturas que se encontravam estacionadas no parque do Shopping Center Rainha. A árvore seria posteriormente removida pelas autoridades - Bombeiros Voluntários de Ovar, PSP e Protecção Civil.
Também o Porto de Recreio do Carregal, banhado pela ria de Aveiro, assistiu ao subir das águas. Várias embarcações e estruturas flutuantes foram danificadas, os armazéns acabaram por ser inundados. A escola de vela ficou submersa. Os prejuízos foram elevados, e espera-se que a reparação possa decorrer nos próximos tempos.



Duas viaturas danificadas por derrube de árvore no jardim do Cáster


Temporal provoca danos na Marina do Carregal

Fotografias retiradas do Site OvarNews.

João Duarte apresentou as características do futuro monumento ao Bombeiro

O escultor e docente da Universidade de Lisboa, o Dr. João Duarte, apresentou no dia 26 de Abril (data do aniversário celebrado pela corporação esmorizense) os detalhes da futura estrutura que será erigida no espaço verde frontal ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz.
O monumento representará um bombeiro em posição de combate a um incêndio (fogo), figurando assim a nobreza do carácter, o aprumo de comportamento e vigor do bombeiro que continua leal à sua nobre missão de salvar várias vidas humanas.
A escultura será implantada numa base de plataforma de betão quadrada de 180 x 180 cm, com uma profundidade de 150 cm. O monumento será constituído por duas rodas de 120 cm de diâmetro, e espessura de 10 cm, com o respectivo eixo de 10 cm de diâmetro, em aço inox.. Quanto às colunas, a maior de aço inox (lado direito do monumento) terá 600 cm de altura. Nessa mesma coluna principal, será incrustada a figura de um bombeiro (também em aço inox) com o devido fardamento e com uma altura de 170 cm. Haverá ainda uma coluna central (em aço inox) com 500 cm de altura, onde será incrustada a figura de uma escada de degraus com 350 cm de altura, sendo que a distância entre cada degrau é de 40 cm. Entre o cimo da coluna e o cimo da escada será gravado o emblema dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz. Por fim, a coluna do lado esquerdo será a mais baixa com 400 cm de altura e aí serão incrustadas as chamas em aço inox. 
Recorde-se que o projecto do actual monumento ao Bombeiro prevê um investimento de 35 mil euros (verba ainda acrescida das taxas em vigor). A Comissão do Monumento ao Bombeiro em Esmoriz pretende demonstrar a gratidão para com os nossos soldados da paz, e deseja que todos os cidadãos possam colaborar, caso seja possível, para a concretização desta causa.
Também o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz será alvo dum projecto de remodelação, conforme foi indicado na comemoração solene dos 84 anos da corporação.





Imagem nº 1 -  O escultor João Duarte apresentou os detalhes do futuro monumento ao Bombeiro em Esmoriz, no âmbito do aniversário da corporação esmorizense ocorrido no passado dia 26 de Abril.
Direitos da Foto - Bombeiros Voluntários de Esmoriz