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terça-feira, 31 de março de 2020

Junta de Freguesia de Esmoriz lança site de orientação útil para a comunidade

A Junta de Freguesia de Esmoriz disponibiliza agora um novo site de orientação para os esmorizenses, nestes tempos mais conturbados devido à propagação do Coronavírus. O novo site encontra-se alojado em: https://esmorizcovid19.wordpress.com/
Aqui os cibernautas da nossa terra poderão contemplar os serviços disponíveis, relatórios de dados disponíveis sobre a evolução do vírus na cidade e no concelho, legislação nacional em torno desta conjuntura, etc.
Encontram-se ainda listados os supermercados, padarias, farmácias, talhos ou veterinários que continuam abertos.
Por isso, o acesso a este domínio poderá ser muito útil para que os esmorizenses saibam organizar as suas vidas.





277 infectados, 11 mortos

O mais recente balanço no concelho de Ovar foi realizado ao início da tarde por Salvador Malheiro, presidente da autarquia. Serão 277 os infectados por COVID-19 no município, tendo sido já verificados 11 falecimentos. 
O edil comparou a realidade local com as estatísticas da conjuntura nacional, afirmando que se o concelho estivesse ao nível do país, teria neste momento 1700 infectados e um total de 100 óbitos. Por conseguinte, o autarca alega que a cerca sanitária e o regime de quarentena geográfica estão a salvar vidas no concelho de Ovar, limitando o contágio e evitando assim números mais dantescos.
O executivo municipal defende que as medidas sejam alargadas por um maior período de tempo, tentando alertar o governo para essa necessidade. No dia 2 de Abril, será tomada uma decisão se o actual regime se estende por mais quinze dias, ou se finda!
No panorama nacional, existem 7443 infectados e um total de 160 óbitos.





Como está o mundo a combater a COVID-19? E o que vem a seguir? As ...

Imagem meramente exemplificativa retirada do Site Observador

Não, não vamos ficar todos bem (Artigo de Opinião)

Não, não vamos ficar todos bem, e dizer ou escrever #vamosficartodosbem é de uma hipocrisia imensa. É esquecermo-nos daqueles que não estão bem, e daqueles que não irão ficar bem. Desculpem-me estas palavras duras, mas precisamos de falar a verdade em tempos difíceis, e encontrar ao mesmo tempo as palavras certas que saibam falar de esperança. Eu percebo a urgência da mensagem, eu percebo a importância que é ouvir dizer que vamos ficar todos bem, eu percebo sobre o impacto que essa mensagem tem na saúde mental de todos nós. Eu percebo. Acreditem que eu percebo. Mas a verdade é que a mensagem reduz para muito pouco o que se está a passar no mundo e em Portugal. É que não vai ficar tudo bem. Não para os que já morreram, não para os que irão morrer.

(e irão ainda morrer milhares pelo mundo inteiro, e iremos perder vidas inestimáveis, e reduzirmo-nos ao vamos ficar todos bem é esquecermo-nos destes também.)

Não para as famílias que já perderam quem amam, e aquelas que não se podem despedir dos que estão internados em fim de vida. Não para os profissionais de saúde que têm e terão nas mãos um número de vidas que se perderam e que se irão perder, num número que é superior àquele que deveria ser.

Não para os que também ficam em casa em isolamento, porque o impacto que esse acto, que é tão importante, e que é tão urgente que se mantenha hoje em dia, tem na saúde mental de cada um, pode ser enorme e catastrófico.

Não, não vai ficar tudo bem.

Há empresas a fechar, e muitas irão permanecer fechadas quando esta pandemia der tréguas, lançando para a pobreza, e quem sabe para a rua, muitas famílias que dependem desse rendimento. Mais fecharão no futuro, no tempo de recessão que se seguir a tudo isto.

Aqueles que trabalham em trabalhos precários, e aqueles sem contratos de trabalho, foram, são e serão despedidos sem apoios sociais, e esta crise está a dar mostras de que a exploração laboral não é assim tão excepção, e o desamparo que chega e chegará aos olhos destas pessoas é de torcer o coração que não sabes como desatar, o teu, nem o deles.

As vítimas de violência doméstica ou de abuso sexual, ficam em casa confinadas com o agressor, num isolamento social que as distancia de um pedido de ajuda. A casa não é um sítio seguro para todos nós, e o risco de violência e agressão escala nos dias como aqueles em que vivemos hoje.

Nos campos sobrelotados de refugiados, onde o espaço é exíguo para tantos milhares, em que o acesso a uma torneira de água é difícil, e a escassez de cuidados de saúde é grande, faz-me tremer por dentro, a mim, e a todos aqueles que têm os olhos posto no mundo, porque se existir um surto de SARS-CoV-2 (mais conhecido pela doença Covid-19) nestes lugares, ou quando existir, porque na realidade trata-se apenas de um quando, e não de um se, iremos perder um número ainda maior de vidas.

Não, não vamos ficar todos bem, mas vou escrever-vos sobre onde reside a esperança para muitos de nós ficarmos bem, para que depois todos estes possam estar ao lado dos que não.

O país mobilizou-se e dá mostras daquilo que somos capazes quando trabalhamos juntos e na mesma direcção. Temos competências em Portugal, e é esta mobilização nacional que caminha de mãos dadas que vai fazer a diferença. O trabalho de investigação tem sido incansável e a indústria nacional mostra a capacidade que tem para responder às faltas que existem na frente de combate. A ciência evidencia a importância de existir e os cientistas juntaram-se.

(e quão boa ciência somos nós capazes de fazer por cá!)

A indústria associou-se aos cientistas e a tecnologia portuguesa que se criou está aí à porta para poder ser utilizada.

O governo regulariza temporariamente os pedidos de autorização de residência que estejam pendentes no SEF dos imigrantes e requerentes de asilo, permitindo, assim, aos mais vulneráveis, nesta altura em que vivemos em plena pandemia, o direito à saúde e os acessos aos serviços públicos e apoios sociais. Numa altura em que é fundamental uma atenção ainda maior aos direitos humanos e às violações que se perpetuam, esta medida é de uma excelência para a defesa da saúde e segurança colectiva. Que outras medidas que eventualmente sejam tomadas, sejam no seguimento desta mesmo.

A sociedade mobilizou-se e os projectos de solidariedade multiplicam-se em movimentos espontâneos, tentando responder na maior proximidade possível aos que não conseguem ter apoio e estão sozinhos. Numa sociedade que caminhava em valores individualistas, conhecer sobre quem faz pelos outros, e ver toda esta esta preocupação, é de voltar a acreditar que afinal também somos pelos outros. Que prolonguemos este olhar atento, enquanto estendemos a mão e relembramo-nos que continuamos juntos.

O incentivo à economia portuguesa circula nas redes sociais, e o apelo ao consumo do que é português tenta também apoiar as empresas em dificuldade e que vêem o seu volume de negócios diminuído. Que reconheçamos que o que é português é bom, de qualidade e de valor, e que mantenhamos essa mesma consciência nos tempos vindouros.

Os profissionais de saúde continuam no terreno todos os dias, e as mostras daquilo que são capazes de fazer por todos, é de fazer chegar as lágrimas aos olhos. Desde a médica que não beija a filha há semanas para a proteger, ou o médico que saiu de casa para que a família fique segura para poder continuar a trabalhar, às vezes em ciclos de noites a ventilar doentes, ou a assegurar que todos os outros doentes não covid-19 têm os cuidados de saúde garantidos, à enfermeira que, apreensiva, vai na mesma em frente quando lhe é dito que os seus cuidados precisam de ser transitados para a unidade de cuidados intensivos, ou ao enfermeiro que mesmo sem ver a família há semanas, guarda uma palavra de ânimo para o próximo, à auxiliar que tem um tempo extra no seu dia para se demorar com o doente que está sozinho numa altura em que as visitas são nenhumas, à empregada da limpeza que guarda um bom dia, todos os dias, com um sorriso nos lábios, porque sabe o que um sorriso tem de bom em dias de enorme apreensão e stress, ao segurança que diz obrigada por tudo doutora, à senhora do refeitório que faz uma piada para nos alegrar o dia, aos colegas que estão ao lado, mesmo aqueles que estão disponíveis do outro lado da linha telefónica para responder a uma dúvida ou a esclarecer o que quer que seja preciso. Às costas que se seguram juntas, porque sozinhos não conseguimos seguir em frente.

A verdade é que as prioridades estão a ser redefinidas, e quando nos mobilizamos unidos, somos capazes daquilo que nem sabíamos ser possível. Somos todos super-heróis sem ser preciso uma capa que nos diga isso mesmo. Somos melhores. Somos uns pelos outros e não importa qual a cor da nossa pele. E é tudo isto, quando somado em conjunto, que faz-me ter esperança hoje, e quando olho para o futuro. É que estamos a dar mostras de que sabemos estar ao lado uns dos outros, e isso começa a ser mais a norma do que a excepção, qualquer que seja o canto do mundo em que vivemos. Não vamos ficar todos bem, mas juntos, isso sim, podemos estar ao lado e ajudar quem não está, nem irá ficar bem. Não vamos ficar todos bem, mas se nos mantivermos de mãos dadas numa união nunca vista, isso sim, permitirá que, talvez todos, ou pelo menos muitos de nós, nos curemos ao lado uns dos outros.


Texto da autoria de Patrícia Caeiro
Escrito a 30 de Março de 2020




DSCN4927 - Cópia

Hospital de Ovar cria bolsa de recrutamento de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais

O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) constituiu uma bolsa de recrutamento de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais para responder à fase de mitigação da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

“Nesta fase particularmente exigente de combate à pandemia COVID-19. em que tivemos de reorganizar a unidade. necessitamos a todo o momento de reforçar as nossas equipas, daí a necessidade de constituirmos esta bolsa de recrutamento”, explica o presidente do Conselho Diretivo do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira.

No caso dos clínicos, a preferência vai para aqueles com a especialidade de medicina interna, anestesiologia, pneumologia ou medicina geral e familiar.

Os interessados devem contactar o HFZ-Ovar, através do telefone 256 579 201, ou ainda do email recrutamento@hovar.min-saude.pt.



Ovar, 27 de março de 2020
Departamento Comunicação do Hospital de Ovar






Esmoriz é Vila (Artigo de Opinião)


Esmoriz é Vila

A notícia chegou, naquele já longínquo dia 29 de Março de 1955. 
E o povo, sentiu-se compensado do muito esforço despendido e ficou reconhecido a todos aqueles que contribuíram, para que, naqueles tempos difíceis, ditos de ditadura, o estatuto fosse atingido.
Passaram 65 anos e, esta data, é um marco no calendário do tempo, que merecia ser lembrada, festejada e divulgada, especialmente, à nova geração.
O acontecimento, é um dos registos históricos mais relevantes de um terra, hoje, Cidade.
Essa obrigação moral e sentimental, é da responsabilidade dos órgãos autárquicos da freguesia. Digo da freguesia, pois quando foi pedido, por Lisboa, a Ovar, o seu parecer, de Ovar para Lisboa, foi enviado: “não conhecemos no concelho nenhum lugar chamado de Esmoriz”
Que fizeram os responsáveis esmorizenses? Será que uma simples flor foi colocada na “nova morada” dos heróis, já que foguetório e “comericio”, não pode acontecer? 


Florindo Pinto
30 de Março de 2020



Reportagem Renascença: O meu quintal é o mar

Imagem antiga de Esmoriz

segunda-feira, 30 de março de 2020

266 infectados no concelho de Ovar

O número de infectados continua a aumentar vertiginosamente. São já 266 os infectados por COVID-19 no concelho de Ovar. Os principais focos continuam a centrar-se em Ovar e São João de Ovar, respectivamente com 102 e 65 casos. Seguem-se Válega com 33, Esmoriz com 18, Arada com 12,  Maceda com 11, Cortegaça com 7, S. Vicente Pereira com 6 e ainda alguns casos de proveniência desconhecida. 
Até agora contabilizaram-se 8 óbitos no concelho.
A autarquia tem apostado intensamente na realização de testes, de forma a aferir a realidade que se repercute neste momento no panorama local.
No dia 2 de Abril, será tomada a decisão de se prolongar ou terminar com a cerca sanitária que envolve o concelho. Neste momento, tudo indica que será prolongada. É uma decisão que se justifica pelo avolumar recente de ocorrências, e de forma a conter os focos e evitar assim a propagação para concelhos menos afectados como Espinho ou Murtosa (o mesmo não podemos dizer de Santa Maria da Feira que já conta com mais de uma centena de casos).
Como é lógico, a autarquia deverá solicitar o prolongamento, mas a decisão final dependerá sempre do consentimento do Governo e do Ministério da Saúde. 




Direitos da Foto - CM Ovar

domingo, 29 de março de 2020

Arena do Dolce Vita de Ovar vai acolher Hospital de Campanha

Após várias solicitações por parte da autarquia liderada por Salvador Malheiro, o Governo decidiu aceder e autorizar, por conseguinte, a instalação de um Hospital de Campanha na Arena do Dolce Vita de Ovar, sendo assim disponibilizadas equipas médicas para o efeito, além de um total de 100 camas para albergar os doentes infectados.
Por outro lado, sabemos ainda que foi mobilizada uma equipa de médicos e enfermeiros que estarão, a partir de amanhã, em regime de permanência no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Ovar, espaço que foi fustigado pela propagação do Coronavírus. 
Segundo o site "7 Sentidos, a Diocese do Porto decidiu igualmente ajudar, disponibilizando as suas instalações em Cortegaça (compreendem um total de 53 quartos) para fins hospitalares.
Neste momento, e segundo rumores ainda não oficiais, o concelho de Ovar conta com cerca de 200 infectados e 8 óbitos já oficializados.
É de saudar o papel da Câmara Municipal de Ovar, da Diocese do Porto e do Ministério da Saúde neste dossier em concreto porque a disponibilização de mais meios será sempre uma mais-valia de forma a enfrentar uma realidade cada vez mais adversa.




Imagem meramente exemplificativa retirada de:

5962 infectados, 119 vítimas mortais em Portugal

É o mais recente balanço da Direcção-Geral de Saúde para o nosso país: 5962 infectados por COVID-19, 119 vítimas mortais. Existem ainda 138 pessoas nos cuidados intensivos, registando-se igualmente 43 recuperados. 
A curva está a tornar-se mais implacável, mas isto seria sempre inevitável (basta reparar nas tendências dos outros países). 
Em Itália e na Espanha, os números já correspondem a um terrível flagelo. Portugal está a aguentar-se e ainda não entrou numa espiral catastrófica, mas é certo que as estatísticas devem agravar-se nos próximos 2 meses.



Postal do Algarve | Covid-19: Fase de mitigação entrou hoje em ...

Foto - D. R. 

sábado, 28 de março de 2020

O número de casos em Ovar chega aos 178...

178 casos confirmados no concelho de Ovar, é o mais recente balanço efectuado pelas autoridades locais. Tal representa um acréscimo de 30 casos em relação a ontem. 
Em Esmoriz, mantém-se o número de 13 infectados. O maior número de casos continua a registar-se em Ovar.
Estão contabilizados até esta data 5 óbitos bem como 5 recuperados.
Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, pediu ainda mais apoio do Ministério da Saúde e da Segurança Social de forma a fazer-se frente a esta conjuntura vivida no concelho.


Família 'fura' cerco sanitário em Ovar e dirige-se ao Hospital da ...

Direitos da Foto - CM TV






Não, não estamos pior que a Itália (Artigo de Opinião)

Hoje fomos confrontados com uma publicação nas redes sociais da autoria de Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, em que afirmava que Portugal estava pior que a Itália, e apresentou gráficos com as curvas evolutivas do concelho de Ovar, de Portugal e da Itália. O edil exigiu mesmo o shutdown do país.
Por um lado, tiramos o chapéu à forma prudente e exemplar como o autarca tem gerido a situação no concelho de Ovar (a qual é efectivamente preocupante) e ninguém pode negar que defendeu acerrimamente os direitos dos seus cidadãos, mérito que não pode ser colocado sob escrutínio.
Mas a verdade é que publicações, como a de hoje, poderão desgastar a estratégia comunicativa do município de Ovar, neste momento tão conturbado, e até gerar algum ambiente de mal-estar com outras estruturas e entidades superiores do país. Por conseguinte, a "união" ou "coesão" entre as instituições é, nestas alturas, essencial e, por isso, estes episódios são dispensáveis. 
As comparações apresentadas assentam em critérios muito discutíveis: não faz sentido equiparar a realidade de um concelho com a de dois países. As dinâmicas populacionais são distintas, o quadro legal é diferente, os hábitos dos povos são diferentes... É uma comparação que vale o que vale. Na nossa opinião, a mesma não tem grande utilidade, acabando por gerar desnecessariamente mais alarmismo. Aliás, pensamos que a sociedade portuguesa já está a levar bem a sério os perigos do contágio provocado pelo vírus do COVID-19.
Quanto ao shutdown proposto pelo edil para o restante país, caso fosse para a frente, teria consequências económicas ainda mais catastróficas e irrecuperáveis (poderemos estar ainda a pagar o preço desta paralisação em 2030!). Todas as medidas sensatas já foram tomadas pelo Governo que só pecou por não ter agido mais cedo. Até o Estado de Emergência Nacional (que até poderia ter sido apenas decretado em Abril) já foi promulgado. Não vale a pena exigir que o país pare por inteiro. Há regiões do país (nomeadamente o Alentejo, o Algarve ou os arquipélagos), onde o vírus conhece ainda uma dimensão bastante reduzida. Penso que o shutdown total implicaria um aumento frenético do desemprego e comprometeria a capacidade de resposta do país neste momento crítico. O país tem de ter noção dos seus limites.
No que concerne à comparação com a Itália, não tem por onde se lhe pegue. Nas últimas 24 horas, morreram mil pessoas em Itália, dez vezes mais do que em Portugal até agora (100 óbitos até esta data, 5170 infectados). 
Temos consciência de que a situação em Portugal irá agravar-se nos meses de Abril e Maio (e contra isso, não haverá muito mais a fazer), aproximando-se da realidade crítica que se vive em Espanha. Em algum momento, os médicos terão que começar a tomar decisões muito difíceis sobre quem devem salvar e aqueles que devem falecer. O número de mortes irá aumentar. É inevitável. Mas duvido que cheguemos, algum dia, ao estado em que se vive em Itália e nos Estados Unidos da América, onde a situação se descontrolou por inteiro. 
A Itália e os Estados Unidos da América são países com populações mais expressivas e com maior tráfego social do que o nosso país, e isso explica muita coisa. Como é lógico, eles terão mais casos e mortes a registar. É tudo uma questão de demografia.
Quanto a Portugal, já se faz o que se pode. Pedir mais poderá significar - hipotecar o país durante esta nova década. Se tiver que ser feito, estou certo que isso acontecerá logo que o drama atinja proporções terríveis. 
Voltando à opinião de Salvador Malheiro, não concordamos com ela, embora aceitemos que o autarca tenha sido um exemplo na forma como procurou proteger os cidadãos do seu concelho. Fez mais do que lhe era exigido. Os seus procedimentos são dignos de elogios por parte de todos.
Mas não pode cair no erro de pedir o impossível, adoptando gráficos que nem sequer sustentam solidamente a sua argumentação.
É necessária muita prudência, e claro está, alguma calma.
A nosso ver, os governantes devem saber manter a cabeça fria e agir conforme o contexto presenciado no momento.

Sopa Quente para os mais idosos

Nos momentos mais difíceis, surgem igualmente gestos de grande solidariedade que nos definem como seres humanos. Adérito Ferreira deu a cara por um projecto novo que visará a distribuição de sopa quente pelos mais idosos, de forma a que estes não tenham de sair dos seus domicílios e arriscar o seu estado de saúde. Sabemos ainda que cidadãos tais como Miguel Coelho, Lino Osvaldo e Alzira Santos (entre outros) também estão envolvidos nesta missão.
O grupo de voluntários já está a preparar algumas sopas que serão então entregues nas freguesias de Esmoriz e Cortegaça (localidades onde actuarão de forma exclusiva). 
A equipa está inclusivamente a criar uma linha de apoio.
Para já, os interessados podem entrar em contacto através do e-mail do site "7 Sentidos" (7sentidosblog@gmail.com). 



Vigilância reforçada ao máximo no concelho

O Jornal Público e a Revista Visão trouxeram-nos recentemente mais notícias sobre o concelho de Ovar.
A primeira informação a que tivemos acesso é a de que GNR irá recorrer a drones para encetar uma vigilância apertada sobre as populações isoladas pela cerca sanitária do concelho de Ovar. Esta metodologia será igualmente adoptada noutras povoações do país. Os drones servirão para observar e vigiar os comportamentos das comunidades bem como emitirão avisos sonoros em caso de transgressões. O pedido terá sido feito pela própria GNR que poderá assim utilizar as vantagens proporcionadas por aquele equipamento. 
Neste momento conturbado e claramente excepcional, esta parece-nos ser uma medida acertada que claramente se justifica. As autoridades terão que dispor de mais meios e apoios para fazer com que o isolamento social seja totalmente eficaz. 
Por outro lado, também tivemos conhecimento de que os jornalistas estão impedidos de entrar e sair do concelho de Ovar desde o dia 18 de Março. Apesar do Estado de Emergência Nacional não comprometer o exercício da liberdade de imprensa, a verdade é que, no estado de Quarentena Geográfica e Calamidade Pública decretado pelo Governo e DGS para o concelho de Ovar, os jornalistas não fazem parte das excepções e, por isso, a sua liberdade de movimento no município vareiro é restringida ao máximo. 
Claro que esta situação gera sempre dúvidas. Denotamos alguma falta de consenso entre os constitucionalistas sobre este assunto. Uns alegam que a liberdade de informação não deve ser limitada porque esse serviço é essencial para informar as comunidades e sensibilizá-las ainda mais para os perigos que se avizinham derivados da propagação do COVID-19, outros afirmam que os jornalistas também não estão imunes ao contágio tal como os demais cidadãos, pelo que a medida restritiva protege a sua integridade bem como das pessoas que os rodeiam.
Na nossa opinião, cremos que deveria ser permitida a entrada e saída de jornalistas, desde que estes fossem sujeitos a testes de despistagem sempre que entrassem ou saíssem do concelho. Não sei se isto é realisticamente alcançável e se existem testes suficientes para garantir este procedimento (poderá permitir-se uma entrada mínima de jornalistas por dia no concelho), contudo achamos que valeria a pena tentar encontrar uma solução justa porque o bom jornalismo não deve ser excluído em momentos críticos como este.




Direitos da Foto - Andreia Fernandes Silva

sexta-feira, 27 de março de 2020

Câmara Municipal de Ovar lança medidas de emergência social



REGULAMENTO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DE TAXAS DO MUNICÍPIO DE OVAR ...


Situação de Calamidade do Município de Ovar

CMOvar lança Medidas de Emergência Social 


Atendendo à actual situação de Calamidade do Município de Ovar e consequentes medidas, as quais têm sido de extrema importância para a saúde pública, mas que têm tido um impacto social na comunidade, a Câmara Municipal de Ovar, a pensar nas famílias mais vulneráveis, delineou e vai já implementar um conjunto de Medidas de Emergência Social, as quais se discriminam:



1.Rendas -Regime de Arrendamento Apoiado e em regime de subarrendamento

Suspensão, durante três meses, do pagamento das rendas em regime de arrendamento apoiado, que se traduz num apoio a 180 famílias. 



2. Apoio alimentar

Reforço do apoio, em espécie, às IPSS’s com cantina social, projeto “Mãos Solidárias”, Conferências Vicentinas e entrega de alimentos no domicílio, a famílias que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade económica. 



3. Fornecimento de refeições às pessoas que se encontram na condição de sem abrigo e em extrema vulnerabilidade, durante o fim de semana. 



4. Pagamento de medicamentos, mediante envio de receita médica para divisocial@cm-ovar.pt  e após devida validação.



5. Agilização do Fundo de Emergência Social, Água e Saneamento e Apoio ao Arrendamento Urbano para Fins Habitacionais

Continuidade do pagamento dos apoios já aprovados pelo executivo municipal e aprovação de outros pedidos, mediante despacho do Presidente da Câmara Municipal.



6. Balneário Público - Lamarão

Das 10h00 às 12 horas – todos os dias

Acesso a   banho e mudas de roupa para as pessoas que se encontram em situação de sem abrigo ou em alojamento precário.



7. Linhas de apoio psicossocial

2 linhas na área da Psicologia: 933875602 e 930410811

3 linhas na área do Serviço Social: Esmoriz, Cortegaça e Ovar – 969361775 | Maceda, Arada, S. João e S. Vicente de Pereira: 966710152 | Válega e Ovar: 966710153


Para mais informações e candidaturas ao FES (Fundo de Emergência Social), contactar divisocial@cm-ovar.pt.




Comunicado & Nota de Imprensa da Câmara Municipal de Ovar

Número de casos de Ovar sobe para 145; Portugal continua a registar mais óbitos

Este foi, pelo menos, o balanço feito durante esta manhã por parte da Direcção Geral de Saúde para o concelho de Ovar: 145 infectados. É possível que o número aumente da parte da tarde, quando Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, anunciar uma nova actualização do número de infectados por COVID-19.
Neste momento, Ovar é o sexto município com mais casos de infecção, apenas superado por Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Maia e Gondomar.
No país, existem actualmente 4268 infectados, lamentado-se até agora o falecimento de 76 pessoas (pelo menos, 2 óbitos foram registados no concelho de Ovar). Em contrapartida, há a registar a recuperação total de 43 pessoas.
Existem, neste momento, 71 pacientes nos cuidados intensivos. 
O Serviço Nacional de Saúde está, neste momento, a entrar numa fase de mitigação, perdendo assim capacidade de resposta para tantos casos de contágio por Coronavírus.
Por isso, renovamos as nossas solicitações de prudência a todos os cidadãos.



Coronavírus: confirmada primeira morte por covid-19 em Portugal ...

Imagem retirada do Jornal Público
Foto de Nuno Ferreira Santos

quinta-feira, 26 de março de 2020

Rubrica "Perspectivas Descomprometidas" (Tema VI - Reflexão em quarentena sobre o Covid-19)



Reflexão em quarentena sobre o Covid-19


Toda esta situação é complicada para toda a gente: antes e depois desta situação em que vivemos, sobretudo nós que moramos no concelho de Ovar. No entanto, é bem complicado para todos os portugueses; enfim, para todas as pessoas espalhadas por esse mundo fora.                        
Para mim, este período, começou atribulado. Trabalho numa escola, mas como assistente operacional. Ainda as escolas não haviam fechado e já me debatia com o facto de finalmente, entender, no meio disto, que o meu filho já tem 12 feitos este ano e, já não estaria incluída na situação dos pais a ter direito à "famosa" baixa da Segurança Social. Mas também é bom que se entenda, que a forma como se comunica é muito importante. Pois, quando se escreveu: "menores de 12", tem um significado. Até 12, tem outro. O primeiro, exclui os 12 anos; o segundo, inclui. É uma questão lógica e de Português.
Por isso, quem " manda", quem escreve, que pense primeiro. Fiquei com o problema de ter de ir trabalhar para uma escola fechada, com um filho que não tem 11, mas tem 12 e não deixa de ser novo para ficar tantas horas sozinho. Sim,  porque, ficar com os avós, nesta situação, nem pensar.  A conjuntura no concelho de Ovar começava a ficar preocupante e eu estava, igualmente, preocupada. Para não ir trabalhar, teria de recorrer a uma baixa. Não, não se pense que não quero trabalhar: só que o meu filho é mais importante do que tudo. Talvez até se desenrascasse. Talvez até me surpreendesse. Talvez sim, talvez não. Conquanto, não deixa de ser uma criança ainda, mesmo que já se note, o aparecimento da adolescência.  
Sim, preferiria estar com as minhas crianças, mesmo quando testam a minha paciência. Sim, preferiria, ouvir e ver os seus disparates infantis, os seus radiosos sorrisos. Preferiria estar com todas as minhas colegas e amigas, com todos os professores, com a gatinha Xaninha. O meu filho, preferia ir à escola. Mas, até podermos estar todos juntos, finalmente, terá de ser assim.  O correto é ficar em casa, o mais possível. Esta é a nossa parte. Sem nunca esquecer todos os outros profissionais, que muitas vezes, aos quais não demos o devido valor: médicos, enfermeiros, todo o pessoal auxiliar, pessoal da limpeza, aqueles que recolhem o lixo, professores, bombeiros, todos aqueles que nos trazem a correspondência,  todos aqueles que são trabalhadores dos bens essenciais, os camionistas e todos os que trabalham nas empresas consideradas essenciais. 
São tempos novos para os quais ninguém estava preparado, mas aprendamos que, mais do que nunca, a união faz a força. Quem tem de ficar em casa, que só saia para o essencial e com as devidas precauções. Temos todos de fazer o que as autoridades competentes nos aconselham. Temos que respeitar e entender que mais do que nunca deveremos pensar no outro e não só em nós. Porque todos nós poderemos ser vítimas deste vírus invisível. 
Em breve, escreverei, outra reflexão. Por agora, por aqui me fico e: #fiqueemcasa! 


Ana Roxo
Licenciada em Estudos Portugueses e Germânicos
Escritora natural de Esmoriz



Resultado de imagem para escolas vírus

Imagem meramente exemplificativa retirada de: 

Número de casos no concelho de Ovar são já 137... (em Esmoriz, o número sobe para 11)

A actualização foi feita há poucos minutos pelo presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro. O número passou dos 114 para os 137 no concelho. 
Em Esmoriz, o número de infectados mais que duplicou - antes eram 5, agora são 11. Apenas a União de Freguesias e Válega têm mais infectados, enquanto que Cortegaça (com 5 infectados) e Maceda (com 1 infectado) são as menos prejudicadas pela propagação do COVID-19.
Todas as freguesias do concelho já têm infectados.
Partilhamos os dados mais recentes disponibilizados pelo edil.





Florindo Pinto faz levantamento das pessoas que já faleceram e foram sepultadas no cemitério de Esmoriz


Florindo Pinto estabeleceu uma relação do número de pessoas que deixaram o nosso mundo e que deram entrada no cemitério de Esmoriz. O levantamento tem praticamente em conta as duas últimas décadas, embora sem incluir o ano de 2020.
Ao todo, há a lamentar, na nossa realidade local, a partida de 1604 pessoas, entre os anos de 2000 e 2019. Concluímos ainda que faleceram mais homens do que mulheres.
Relativamente aos nomes dos falecidos, nos homens imperam nomes como Manuel, António e José, enquanto que, nas mulheres, Maria e Ana foram mais frequentes.
Florindo Pinto tem vindo a estudar as relações estatísticas dos óbitos registados na cidade de Esmoriz bem como a importância crescente do nosso cemitério durante as últimas décadas.




Partiram para a outra morada 
Esmoriz
(Estudo de Florindo Pinto)




Ano-------------------------------------Total------------------------------Homens---------------------------Mulheres


2000------------------------77----------------------44--------------------------33
2001------------------------84----------------------43--------------------------41
2002------------------------84----------------------55--------------------------29
2003------------------------66----------------------30--------------------------36
2004------------------------83----------------------49--------------------------34
2005------------------------73----------------------32--------------------------41
2006------------------------62----------------------32--------------------------30
2007------------------------67----------------------24--------------------------43
2008------------------------74----------------------42--------------------------32
2009------------------------72----------------------43--------------------------29
2010------------------------75----------------------39--------------------------36
2011------------------------85----------------------41--------------------------44
2012------------------------73----------------------37--------------------------36
2013------------------------68----------------------39--------------------------29
2014-----------------------107---------------------59--------------------------48
2015-----------------------100---------------------43--------------------------57
2016------------------------73----------------------39--------------------------34
2017------------------------92----------------------58--------------------------34
2018-----------------------102---------------------57--------------------------45
2019------------------------87---------------------48---------------------------39

Soma Final------------1.604-------------------854………...…………...750



Nomes mais vulgares, ou significativos



Homens:

António………………………104
João---------------------------------19
Joaquim----------------------------33
José--------------------------------105
Manuel----------------------------153


Mulheres

Ana---------------------------------43
Aurora------------------------------5
Maria----------------------------193
Palmira---------------------------12






Correio dos Comunicados Políticos - Juventude Socialista de Ovar deixa 10 reptos à Autarquia


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Nota de Imprensa: JS lança repto à Câmara Municipal de Ovar


“Estamos a batalhar numa guerra”. Quem o diz é o Dr. Eurico Silva, médico do centro de saúde de Ovar, acerca do surto epidémico da Covid-19 a assolar a comunidade vareira.
Ao longo da tarde de hoje, assistiu-se a mais uma reportagem em direto protagonizada pelo fantástico trabalho da AVFM e do seu timoneiro Jaime Valente, juntamente com o Dr. Eurico Silva e o Dr. Pedro Almeida, Presidente Executivo da ACeS Baixo Vouga, ao longo da qual se enalteceu o facto de “alguns dos colegas profissionais de saúde permanecerem de quarentena, suspeitos de infeção”, o que, por conseguinte, reduz a quantidade de profissionais no decurso do combate à pandemia e se reforçou o comportamento positivo da população de Ovar, subjacente a “medidas musculadas”.

Salientam-se os 72 casos positivos, 2 mortes e 3 casos de recuperação até à corrente data num concelho constituído por 55 mil habitantes fustigado pelo contágio deste vírus, contabilizando assim 0,00043% dos infetados (cerca do triplo acima comparativamente à média de doentes infetados em Portugal).

Neste sentido, a JS Ovar mantém-se atenta e ativa ao atual momento da comunidade a fim de ajudar com eventuais sugestões e melhorias a zelar pela saúde e bem-estar de todos, entre as quais se destacam:

1. Centros de Vigilância Ativa – É consensual e evidente a necessidade de mais espaços no concelho dada a “avalanche” de casos confirmados e tantos mais suspeitos. À semelhança da cortesia e associação entre a CMO, a Movijovem e a Pousada de Juventude de Ovar na disponibilização do espaço, apelamos também ao recurso a outros espaços nomeadamente a Arena de Ovar graças às excelentes condições de acessos, centralidade, logística, conforto e outras valências materiais, assim como um local a designar em Esmoriz, tendo em conta o elevado aglomerado residente nesta freguesia. É importante frisar os exemplos de Santa Maria da Feira com o Europarque a realizar 400 rastreios diários, tal como o Queimódromo no Parque da Cidade do Porto (em modelo “drive thru”) e futuramente o Dragão Arena no Porto, o Pavilhão Salvador Machado em Oliveira de Azeméis e mais a sul em Lisboa e Cascais, beneficiando de espaços de maior dimensão como soluções temporárias tendo muito menos casos positivos do que o nosso concelho em pleno estado de calamidade pública.

2. Recursos humanos e materiais – Atualmente, verifica-se a escassez global no que diz respeito a equipamentos de proteção individual (EPIs), profissional médico e de saúde. Atravessando o concelho um estado ímpar de calamidade pública, lançamos o repto da chegada de mais recursos humanos e materiais.

3. Comunicação com a linha 24 em casos unicamente sintomáticos - De acordo com dados obtidos ao longo da reportagem da AVFM, os telefones mantêm-se ocupados, sendo o e-mail outra via de comunicação exequível. Lançamos o apelo à compreensão de todos.

4. Contenção geográfica - Ovar tem sido um dos bons exemplos daquilo que é o combate à Covid-19. Que continuemos assim, pois todas as ações tomadas até então são ações que nos permitem pensar que é possível reduzir a percentagem de infetados no nosso concelho. Não sabemos quanto tempo durará esta quarentena mas sabemos que se continuarmos o bom trabalho, Ovar poderá, dentro de momentos, começar a sorrir.

5. Apoio aos Idosos - Hoje em dia, o abandono de idosos é um problema muito presente da nossa sociedade. Propomos que seja elaborado no gabinete de crise, em conjunto com as Juntas de Freguesias, um estudo sobre os nossos idosos e se coloque em prática um plano de acompanhamento/rede de apoio daqueles sem capacidade para refletir sobre os seus sintomas nem como pedir auxílio, em caso de necessidade. Sugerimos, pois:

Linha de apoio psicológico – destinada a uma faixa etária mais elevada, de isolamento social, solidão e angústia;
Linha de apoio social – remete à população isolada e/ou de vulnerabilidade com morbilidades e co-morbilidades, necessidade de fornecimento de refeições e bens alimentares, entrega de medicamentos e outros bens e serviços básicos.

6. Indústria - Ovar é uma zona muito prezada no que toca à indústria. Desde pequenas a grandes empresas, todas elas terão um grande desafio pela frente durante e após o processo de combate ao novo Coronavirus. A eles, muita força e, acima de tudo, a esperança de que a tormenta passará.

7. IMI - Propomos que seja executado um estudo onde se consiga obter uma estimativa sobre a redução dos rendimentos no nosso concelho. Após este estudo, propomos que seja dado às famílias um desconto no IMI 2020, na mesma escala de valores.

Ainda ao longo desta semana, batemos todos palmas aos profissionais de saúde nas nossas varandas de casa. Decerto, no final da escalada de uma montanha irregular e que durará ainda alguns meses, em que só agora começamos a subir de forma responsável e consciente, iremos avistar novamente a marginal do Furadouro, repleta de vareiros, e sentir todos os encantos de Ovar como território de emoções.



Ovar, 21 de Março de 2020
Secretariado da Concelhia da JS Ovar






5 casos confirmados em Esmoriz

Serão já, pelo menos, 5 os casos confirmados de infecção por COVID-19 em Esmoriz. No entanto, os dados a que tivemos acesso, são referentes a dias anteriores, pelo que deverão ser actualizados nos próximos dias.
O COVID-19, embora mais centrado na sede do concelho de Ovar, continua também a ganhar contornos em Esmoriz.
Apelamos às pessoas para que adoptem uma postura responsável neste momento atribulado.
Refira-se ainda que foi criado por parte da Junta de Freguesia de Esmoriz o site https://esmorizcovid19.wordpress.com/, de forma a fornecer algumas ferramentas de orientação perante esta realidade adversa.
Ao todo, existem 119 infectados no concelho de Ovar com 2 óbitos já confirmados. Em Portugal, existem 3544 infectados com vírus, registando-se já 60 mortes.



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Imagem meramente exemplificativa retirada do Google 


quarta-feira, 25 de março de 2020

43 mortes, 2995 infectados

Ainda não chegamos sequer ao pico de Abril, mas os números já são oficialmente preocupantes. Apesar da prudência reforçada dos portugueses, a verdade é que a tendência começa a ganhar uma dimensão assustadora.
No concelho de Ovar, existem 101 infectados, tendo sido já registados 2 óbitos.
Reforçamos o apelo para que fiquem em casa.



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Créditos da Imagem: Hafidz Mubarak A/POOL/AFP

terça-feira, 24 de março de 2020

94 casos confirmados no concelho de Ovar

Há medida que os testes se vão realizando, mais casos surgem naturalmente. Ao todo, já estão confirmados 94 casos de infecção por COVID-19. O número deverá ultrapassar, nos próximos dias, a fasquia dos 100, o que é certamente preocupante para um concelho de dimensão média como Ovar.
Chega a ser intrigante esta estatística. Como é que foi possível atingir-se um foco destas dimensões? Logicamente, não estamos a culpabilizar ninguém. Aliás, consideraria doentio se algum partido político tirasse proveito desta situação.
Apesar de não sermos propriamente fãs do Carnaval, não acreditamos que tenha sido por causa deste evento mega-cultural que o vírus se tenha propagado (embora o mesmo já estivesse bem alojado na China e em vários pontos do Oriente). Também pensamos que a autarquia não poderia ter feito nada para impedir a entrada do COVID-19 no concelho. 
Mas a forma como isto se disseminou vertiginosamente merece ser averiguada com detalhe. Talvez seja sinal de que as restrições adoptadas pecaram por tardias e que determinadas empresas ou centros médicos deveriam ter deixado logo de laborar sempre que existissem suspeitas. 
Felizmente, a Câmara Municipal de Ovar soube impor-se no terreno e reivindicar a atenção governamental, mesmo ganhando a inimizade eterna de alguns empresários. Criou um Gabinete de Crise, liderado por profissionais e voluntários de alto brio - os quais são também heróis nesta história. Os autarcas locais foram corajosos, e esse mérito deve ser reconhecido. Muito sinceramente, marcaram pontos porque senão isto tinha alcançado proporções ainda mais dramáticas.
No entanto, a guerra está longe de ser ganha. 
Duas pessoas do concelho já partiram, e este número, infelizmente, não deverá ficar por aqui porque o Serviço Nacional de Saúde terá um desafio muito duro ao enfrentar, muito em breve, o pico de Abril.
Mas uma coisa é certa - em Ovar, está a fazer-se tudo o que é possível. 



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Direitos da Imagem: EPA/Estela Silva