quarta-feira, 22 de abril de 2015

Uma tragédia que não é "virgem"...

Foi preciso que morressem 800 imigrantes ilegais num naufrágio ao largo da Líbia (deveria dirigir-se à Itália; só houve 28 sobreviventes) para a União Europeia começar a abrir os olhos. Infelizmente, estas situações já acontecem há décadas apesar da inércia e desatenção dos Charlies que normalmente só estão atentos ao que se passa por cá e ignoram as tragédias que acontecem, por exemplo, no continente africano, seja em países como a Nigéria, o Quénia ou a Líbia. 
Quantas crianças não terão morrido naquele alto mar, sem que as suas mães e pais os pudessem acudir? E a dimensão da fome que grassa impiedosamente no Terceiro Mundo? Não deveria isto incomodar as nossas almas? 
Estas circunstâncias dramáticas ocorrem porque não há muita solidariedade a nível mundial. É natural que inúmeras pessoas, atraídas por (falsas) ilusões, procurem desesperadamente melhores condições de vida no território europeu. 
Pelo menos, a União Europeia já decidiu reforçar as operações de vigilância no Mediterrâneo, destruir os barcos usados pelos contrabandistas e recolher as impressões de todos os imigrantes. Já é alguma coisa, mas estas medidas já deveriam ser tomadas há bastante tempo.



Os corpos de 24 vítimas do naufrágio de domingo ao largo da Líbia são retirados do barco da Guarda Costeira, sob o olhar de 28 sobreviventes. A bordo da embarcação naufragada podiam ir 900 pessoas

Imagem nº 1 - Corpos de algumas vítimas do naufrágio a serem transportados.
 Foto - Reuters/Darrin Zammit Lupi
(Veja-se ainda Diário de Notícias)

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