terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Por uma Barrinha melhor...

Apesar dos ataques sujos de que é alvo, a Barrinha de Esmoriz mantém um potencial estético que a torna admirável aos olhos de muita boa gente.
As última reportagens fotográficas exibidas na Página Oficial do Movimento Cívico Pró-Barrinha no Facebook têm maravilhado muitos dos utilizadores daquela rede social. E foi precisamente desta página que extraímos as imagens que apresentamos em seguida. 
Lamentamos que a nossa estimada lagoa ainda não tenha encontrado a luz ao fundo do túnel. Haverá seguramente tantas razões para semelhante inércia, e por isso, lançamos uma sondagem (acompanhada de outras três de conteúdos distintos) aqui no lado direito para que seleccionem a principal causa que desgraçou aquele paraíso, agora votado à perdição e ao abandono. Espero pois que participem!
Renovo o meu apelo às entidades políticas e à POLIS para que cumpram o prometido e façam alguma coisa. O povo está cansado de esperar...
Esmoriz merece que o seu ex-libris seja recuperado.
Não nos desiludam novamente... porque aí terei que endurecer a minha posição!





Imagem nº 1 - O Pôr do Sol à beira-mar.
Foto MCPB



Imagem nº 2 - Um momento natural magnífico.
Foto MCPB



Imagem nº 3 - Uma tainha salta na lagoa.
Foto MCPB



Imagem nº 4 - A Barrinha vista do lado de Paramos.
Foto MCPB



Imagem nº 5 - Um pequeno afluente da Barrinha no lado de Paramos.
Foto MCPB



Imagem nº 6 - O anoitecer na lagoa.
Foto MCPB



Imagem nº 7 - O contraste das cores é fascinante.
Foto MCPB



Imagem nº 8 - Outro afluente num meio absolutamente pantanoso.
Foto MCPB

O olhar do Cusco no Jornal Voz de Esmoriz - "O melhor da Comissão de Melhoramentos"

O Olhar do Cusco
Rádio Voz de Esmoriz no bom caminho


Em primeiro lugar, tenho de agradecer ao José Marinheiro e ao Pedro Sá, pelo convite generoso que me endereçaram, tendo participado, embora que virtualmente (para não revelar a minha identidade – eh eh eh), no Programa da Companhia do Pedro e do Zé, onde se valoriza o talento de diversos artistas da nossa região que brilham nas mais diversas vertentes culturais: música, teatro, escrita jornalística…
Não poderia deixar de tecer igualmente alguns elogios sobre aquilo que tem sido feito na Rádio Voz de Esmoriz. É evidente que já foram cometidos erros que até originaram algumas polémicas, mas seria injusto da nossa parte não reconhecer que houve igualmente feitos importantes desenvolvidos pela actual Direcção da Comissão de Melhoramentos.
O Jornal, que estão a ler neste preciso momento, recuperou a sua periodicidade regular, algo que deve ser tido em conta. Ao nível da Rádio, esta continua a atrair vários ouvintes de todas as faixas etárias, mantendo a sua vivacidade, numa altura, em que muitas rádios estão a encerrar, devido à actual grave crise económica e financeira que o país atravessa. Continuam a ser transmitidos programas de cariz informativo, cultural, religioso, desportivo. 
Foi ainda criada uma Página da Comissão de Melhoramentos no Facebook, a qual alberga descrições e fotografias (algumas delas antigas) sobre a cidade e as suas tradições.
Esta instituição recordou ainda recentemente que está em equação a possibilidade de criar um skatepark em Esmoriz, o que seria bem acolhido pelos mais jovens, e ainda assegurar uma animação consistente no Verão, algo que até tem vindo a fazer nos últimos anos.
O caminho a seguir no futuro é difícil e árduo. A situação económica da Comissão de Melhoramentos não lhe permite aspirar a objectivos ainda mais ambiciosos, todavia só com estabilidade e entreajuda é que a entidade poderá crescer e ultrapassar os obstáculos desta conjuntura. É necessário corrigir os erros e evitar escusadas polémicas, e continuar a dar o seu melhor em prol da cidade. Até ver, o saldo deste último ano tem sido, a meu ver, consideravelmente positivo, mas como referi, há ainda um longo percurso a seguir.




Imagem nº 1 - O Cusco de Esmoriz aceitou o generoso convite do programa radiofónico "Na Companhia e do Pedro e do Zé"
Foto retirada da Página - "Na Companhia do Pedro e do Zé" no Facebook



Nota: Reconheço os esforços de Carlos Alves, Henrique Araújo e restantes membros no sentido de assegurar um futuro aceitável e digno a esta instituição, e por isso, deixamos a todos os dirigentes e funcionários uma palavra de apreço. Este texto serviu apenas para dar um voto de confiança a todos eles. Esperemos que se evitem as polémicas, e com uma maior união, se procure a estabilidade, essencial para resistir a estes tempos difíceis. 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Passadiço de Paramos sacrificado pelo temporal...

De acordo com a última edição do Jornal Defesa de Espinho, que inclui igualmente uma entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz - António Bebiano (a qual esperamos abordar mais tarde), o maior destaque tem em conta o drama do Passadiço de Paramos que foi parcialmente engolido pelo mar.
Bem, trata-se de mais um revés que irá prejudicar igualmente Esmoriz, já que a projectada ponte sobre a Barrinha pode afinal não avançar tão depressa como se julga, aliás, o mar poderá e deverá nos anos posteriores arruinar impiedosamente com esses passadiços, se nada for feito para atenuar esta situação dramática. O ideal de deslocação de pessoas entre Esmoriz e Paramos, através de passadiços e uma ponte metálica, sofre agora um grande retrocesso.
As associações cívicas, mormente o Movimento Cívico Pró-Barrinha e a APARDIL, bem tentam lutar pela reabilitação da lagoa, mas esta hipótese parece cada vez mais ser utópica. A lagoa é pois utilizada como um trunfo demagógico do sector político. Há décadas que é assim. Promessas que ficam por cumprir, mas que valem muitos votos. 
Chegará o dia em que a lagoa não será mais do que um charco pantanoso, e aí podem apontar o dedo aos políticos que nada fizeram para a salvar, isto para além dos industriais que não demonstram qualquer respeito pela Natureza. Só os senhores da arte política é que têm meios para poder reverter a situação. Mas se ninguém nada fizer para interromper esta saga terrível contra a integridade deste meio, Esmoriz e Paramos vão pagar cara a factura, pois nunca usufruirão novamente do seu melhor trunfo turístico.
Espero que alguém prove, nos próximos anos, que esteja redondamente equivocado e faça alguma coisa pela lagoa, e decerto que merecerá os meus extensos elogios. Até lá, não me censurem por manter o meu pessimismo... Talvez, seja ainda mais provável, nos próximo tempos, reencontrarem o Elvis Presley, inteiramente vivo e de boa saúde, em Marte.


Imagem nº 1 - A derradeira edição do jornal - A Defesa de Espinho.
Retirada do Facebook

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Dois anos de Cusquices...

Hoje, comemoramos dois anos de existência. Estamos cada vez mais perto das 150 mil visitas, um número que atesta o sucesso que temos vindo a registar desde a criação deste blog.
Desde então, asseguramos a informação de cariz político, social, cultural, desportivo... Um autêntico serviço público destinado aos esmorizenses e a todos os outros que, mesmo não sendo daqui naturais, adoram esta Cidade.
Agradecemos imenso a vossa preferência.
Espero que continuem a visitar-nos!




Imagem nº 1 - O caminho é seguir em frente, e continuar a animar esta maravilhosa Cidade, onde reina o bem-estar.
Foto da autoria de Adérito Ferreira

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

E o Rio Lambo continua com o seu elevado caudal...








Fotos da autoria do Casagrande

Efeitos do Mau tempo Recente II

O Casagrande andou por Esmoriz e conseguiu tirar fotografias inéditas que ilustram as consequências mais prejudiciais da última intempérie ocorrida em Esmoriz.
























Também Vasco Vitó colocou algumas fotos nas redes sociais (podem ser vistas no Grupo - Salvem a Barrinha de Esmoriz) que ilustram o actual estado da nossa lagoa, cujas barreiras defensivas cederam completamente.
















Não há muito mais a dizer, os prejuízos devem ser pois praticamente incalculáveis. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Efeitos do mau tempo recente

Há duas situações extremas, a nível ambiental, que se têm registado em Esmoriz, muito propiciadas pelas intempéries que se abateram na região. Não é só o mar que ameaça toda a zona costeira, sendo ele capaz de nos roubar, num futuro breve, o principal trunfo turístico que detemos ainda - a nossa praia de qualidade de ouro (assim designada pela Quercus) tão cobiçada na época balnear, mas também o Rio Lambo que chegou a transbordar em algumas zonas, causando inundações. Em nenhum dos casos, as barreiras (muralhas de pedras ou a vegetação envolvente), embora úteis para atenuar as consequências, foram suficientes para travar os caprichos da Natureza. Os estragos materiais devem ter sido consideráveis, e terão que ser agora suportados por particulares e pelas entidades públicas.
As imagens publicadas em baixo vêm reforçar tudo o que acabamos de relatar:




Imagem nº 1 - O Rio Lambo expandiu-se na zona perto do Buçaquinho.
Foto retirada da Página do Facebook da Cidade de Esmoriz - https://www.facebook.com/cidadedeesmoriz.esmoriz 



Imagem nº 2 - O Caudal do rio é muito elevado, e nem a vegetação em redor consegue conter as inundações exteriores.
Foto retirada da Página do Facebook da Cidade de Esmoriz - https://www.facebook.com/cidadedeesmoriz.esmoriz 



Imagem nº 3 - O Rio Lambo junto à zona do Pinhal D'Aberta.
Foto retirada da Página do Facebook da Cidade de Esmoriz - https://www.facebook.com/cidadedeesmoriz.esmoriz 




Imagem nº 4 - Na Praia, é o mar que, como tem sido hábito, causa imensas aflições.
Foto de Júlio Almeida no Facebook



Imagem nº 5 - O mar não poupa as estruturas junto à praia. Não sei em que estado se encontrarão as casas de banho públicas que aí se localizam. É quase certo que terá havido aí inundações, o que gerará despesas às entidades públicas.
Foto de Júlio Almeida no Facebook



Imagem nº 6 - O mar continua imparável, enquanto o Estado Português anda há décadas de costas viradas para este problema que é real e afecta a segurança e integridade do nosso território.
Foto de Júlio Almeida no Facebook


Embora se tratem de dois casos visivelmente distintos, é certo que defendemos um reforço da vegetação na zona envolvente ao Rio Lambo, através dum projecto que não seja demasiado avultado, e que poderia ajudar a conter o elevado caudal que, por vezes, este curso de água regista. Nesta questão, acho que a Junta de Freguesia de Esmoriz e a Câmara Municipal de Ovar podem e devem fazer mais, pois têm meios financeiros para actuar.
No que diz respeito ao avanço do mar na zona costeira, aí estas entidades apenas podem pressionar e alertar para esse problema, para além de promoverem algumas obras de remendo de forma a atenuar ligeiramente as consequências nefastas desta dura realidade. É pois o Estado Português que tem de abrir os olhos de uma vez por todas, e passar a aplicar todo o investimento previsto para esta problemática que coloca em causa a defesa e a segurança do nosso território. Sabemos que serão precisos vários milhões num investimento consistentemente projectado para enfrentar o mar, durante o maior período possível. Sinceramente, acreditamos que um dia (pode ser daqui a 50 ou 500 anos!) o ser humano e a ciência, que não param de evoluir e de apresentar inovações, consigam dar uma solução a este problema, lidando, com eficácia, neste dossier, e impedindo que o mar continue a conquistar terra. É certo que os holandeses já deram os primeiros passos nos séculos anteriores, com a construção de imponentes diques que ajudaram a recuperar uma boa parte do seu actual território. Porque não aplicar, um dia, sistema semelhante no nosso país? Reconheço que é um sistema caríssimo e que exige uma manutenção de alta qualidade, mas é uma ideia que deveria merecer uma reflexão, logo que o país conseguisse a tão desejada estabilidade económica.
Há muita coisa que está em causa. Imaginem um Portugal sem Lisboa, Porto, Aveiro... Ou melhor, imaginem as tão malogradas galerias da Assembleia da República a transformarem-se em dunas... Talvez aí, eles decidam fazer alguma coisa!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

As avós castiças do momento...


Não podia deixar de partilhar convosco este momento hilariante. Não, não estamos perante novas actuações de Liliane Marise's ou Bernardina's, ou de outra qualquer pseudo-estrela musical da TVI. 
Ao que parece estas senhoras, já de alguma idade, tentaram dançar recentemente o Kuduro, e pelos vistos, já estão a caminho das 100 mil visualizações. O vídeo foi publicado no dia 3 de Fevereiro (há 10 dias) e parece que conseguiram inclusive convencer muitos seguidores.
Quem as quiser desafiar, faça favor! É simples, têm de ser idosos e reunir os vossos amigos, e dancem o que quiserem, e depois metam no Youtube! 




As avós do Kuduro
Vídeo retirado do Youtube (Cristina Pedrosa)

Manuel Godinho absolvido de uma das principais acusações que recaíam sobre si

O empresário Manuel Godinho foi hoje absolvido pelo Tribunal de Ovar da acusação de ter corrompido um inspector do Ministério do Ambiente, um processo que resultou de uma certidão do caso Face Oculta.
Empresário de sucatas, Godinho era acusado de ter mandado dar 2.500 euros a um fiscal do Ministério do Ambiente, para que este não o multasse devido a extracção de areias numa propriedade sua, a Quinta dos Ananases, em Ovar, em 2009. O Tribunal considerou não ter sido feita prova de que o dinheiro tenha sido entregue ou que houvesse fiscalização. Ao fiscal competia apenas vigiar a ria de Aveiro e nunca inertes ou resíduos sólidos, segundo foi afirmado no julgamento, pelo seu responsável hierárquico.

Em face da falta de provas, o próprio procurador da República limitara-se a “pedir justiça”, aquando das alegações finais. O advogado de defesa, Artur Marques, foi mais contundente, quando solicitou a absolvição de Godinho: “Não se provou rigorosamente nada neste julgamento e a absolvição será a decisão mais correcta e justa (…). Isto só demonstra que as escutas são aquilo que são e por si mesmo não valem nada: elas são um meio de obtenção de prova e não uma prova em si mesma”.

Esta é a terceira absolvição em processos que resultaram de certidões do processo principal do caso Face Oculta. Manuel Godinho foi absolvido em ambos os julgamentos em Ovar, enquanto no terceiro julgamento também foi ilibado o arguido, Joel Costa, um funcionário dos estaleiros de Viseu da empresa Estradas de Portugal.


Texto e Foto retirados de: Jornal O Sol (autor do artigo: Joaquim Gomes)
Notícia Publicada em 20-12-2013


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mau tempo assola Esmoriz e causa prejuízos

Já não é só o problema do avanço do mar, também a intensa ventania e a imparável chuva não deixam de causar estragos na Cidade de Esmoriz (e não só!), até mesmo em lugares públicos, o que acarretará consideráveis despesas à Junta de Freguesia local e à Câmara Municipal de Ovar que, posteriormente, terão que proceder à limpeza e às reparações necessárias das zonas afectadas. Poderemos estar a falar numa quantia que engloba vários milhares de euros... Mais, a permanência da intempérie nos próximos dias preocupa seriamente os autarcas que temem mais estragos inevitáveis. Aconselhamos a todos os esmorizenses e demais portugueses a tomarem as devidas precauções, para que as perdas sejam meramente materiais e não humanas. Tudo tem reparo, menos a perda duma vida querida!
O Casagrande envia-nos duas fotos que registam os efeitos nefastos do temporal na Praia de Esmoriz.





Muita coisa já voou: areia, restos metálicos de guarda-chuvas, árvores entortadas...




Degraus derrubados do parque infantil junto á praia. A prova da força da Natureza.

Cidadãos queixam-se do péssimo estado das ruas em Esmoriz

Realidade de uma estrada que precisa urgentemente de uma intervenção, Avenida 29 Março estrada N.109 (Esmoriz) está mesmo num estado lastimável....só quem passa lá diariamente nota a dificuldade que é circular na estrada sem acertar num buraco...uma estrada com imenso movimento e cheia de crateras, é urgente, requalificar ou remendar uma vez mais a estrada, no sentido Norte/ Sul.




Texto e Foto enviados por João Santos


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Sem querer «ferir suscetibilidades», eis a «cratera» que tenho à porta de casa. Como pago, religiosamente, os meus impostos...e não são poucos...a quem posso pedir «ajuda»???!!! Será que tenho de a reclamar ao «Divino»???!!!





Texto e Foto enviados por Álvaro Abreu Faria

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cusco Esmorizense na Companhia do Pedro e do Zé


No passado sábado, o Na Companhia do Pedro e do Zé teve um programa bastante especial e muito diferente do habitual. Ao estilo dos nossos parceiros aqui da Day Light, foram primeiramente enviadas as questões, recebidas as respostas e então durante as duas horas o Pedro e o Zé leram para os seus ouvintes, seguindo-se sempre de um pequeno comentário às respostas do convidado.

Mas afinal, quem foi o convidado?! Foi o tão virtualmente conhecido: Cusco Esmorizense.

Em seguida, apresenta-se então a entrevista:


1 – Como surgiu esta «personagem»? 

Bem, a história é algo longa mas especial. Como sempre demonstrei curiosidade em conhecer a evolução e o passado da localidade em que vivia, e todos os seus demais monumentos, decidi realizar artigos para que todos ficassem a conhecer um pouco sobre o nosso património. Se repararem os nossos primeiros textos são maioritariamente culturais, e só depois é que entram em cena, e com força, os temas políticos, sociais e desportivos. É claro que já mandava alguns textos para o Jornal A Voz de Esmoriz, mas queria escrever muito sobre a terra, e por isso, criei uma personagem – o Cusco de Esmoriz, autor dum blog bairrista. É claro que, pelo meio, tenho de reconhecer que o meu amigo Rui Monteiro, com quem andava de bicicleta desde Esmoriz até Espinho, ajudou-me a encorajar a criar uma página na qual colocasse à disposição os meus conhecimentos. Quanto ao nome do blog, tinha de colocar algo simples mas que fosse apelativo. E claro que a maior parte das pessoas (não digo todas!) gosta de cusquices, pronto ficou assim decidido, e decerto que baralhou a cabeça de muita gente, que queriam encontrar o Cusco, mas muitas vezes, nas personagens mais improváveis. Essa foi a magia do nosso blog. O Cusco gerou uma curiosidade extrema nos habitantes que o queriam identificar, mas que muitas vezes, ficavam ainda mais baralhados. Houve mesmo quem pensasse que seria antes uma mulher. Mas esta personagem, embora que anónima, nunca foi criada para perseguir ou atacar pessoas em concreto. Procuramos sempre manter o equilíbrio e o mínimo de seriedade ou imparcialidade.


2 – Está em conversa com alguém que não conhece a Cidade de Esmoriz... Que palavras utiliza?

Barrinha de Esmoriz e Tanoaria.
A primeira porque constitui o maior sistema lagunar do Norte do País, informação que foi recentemente avançada num artigo noticioso do jornal «O Público». A sua biodiversidade, sobretudo a nível de aves e vegetação, é algo de notável. Já para não falar da sua história (teve um porto medieval, foi disputada por famílias nobres que negavam os interesses do povo na lagoa) e do seu potencial turístico que entretanto desapareceu com a poluição industrial e doméstica.
Por seu turno, a Tanoaria é uma indústria que conheceu vários artífices em Esmoriz, salvo o erro, já a partir dos séculos XVIII e XIX. No século XX, instalaram-se mesmo algumas indústrias em Esmoriz. É actualmente uma actividade em extinção devido à escassez de aprendizes, mas ainda recordada com boa memória pelos filhos desta terra. Foi pois uma actividade complementar para que se construíssem barris, vasilhames e pipas para albergar o famosíssimo vinho do Porto entre outros conceituados produtos.


3 – Quais as principais ferramentas que utiliza para se manter informado sobre a atualidade da nossa Cidade? 

Tenho pessoas que fazem parte duma «Irmandade» (não, não é uma seita como aquela da praia do Meco, por isso, podem estar descansados, aqui as finalidades são as melhores), ou falando mais a sério, duma equipa que procura promover a terra no exterior. Claro que não poderei divulgar o nome dessas pessoas, algumas delas notáveis pelo seu trabalho, embora nenhuma delas esteja ligada ao sector político. Elas continuam a telefonar-me e a enviar e-mails com regularidade e, por isso, consigo estar minimamente a par do que se passa. Evidentemente, também consulto as páginas electrónicas da Comissão de Melhoramentos no Facebook, os jornais digitais do OvarNews e do Diário de Aveiro, e claro que de três em três meses, costumo ir uma vez a Esmoriz para ver o que se passa. Mas confesso que não é nada fácil assegurar os serviços informativos, quando me encontro a uma elevada distância, pois isso impede-me de conseguir saber todas as incidências, contudo lá me vou remediando com o que puder obter.


4 – Começam a ser as pessoas a ir ao encontro do Cusco para que algo seja falado/debatido/divulgado?

Inicialmente, era difícil atrair a participação de pessoas no blog. Aliás, nos primeiros 3 meses, as visitas eram ainda tímidas e claro que a dimensão inicial não atraía muitos leitores. Claro que criei uma página de facebook, coloquei mesmo comentários em páginas de jornais electrónicos para que pudesse divulgar o meu novo site, e só assim, comecei a ganhar maior notoriedade. E a partir desse momento, um maior número de leitores enviou-me artigos de opinião sobre assuntos diversos, até alguns partidos políticos enviaram mesmo comunicados, e claro que outros visitantes sugeriram-me igualmente ideias em privado sobre questões que consideravam primordiais para a cidade. Mas o blog pretende ser isso mesmo, um centro de debate de novas propostas que visem melhorar a nossa terra.


5 – Enquanto programa de Rádio que somos e perante todos os nossos eventos, sentimos por parte da população de Esmoriz algum desinteresse nas atividades da Terra. Concorda que em Esmoriz se vive o ditado «Santos da Porta não fazem milagres»?

Pelo que me apercebi nos 20 anos que aí vivi ( e espero voltar a Esmoriz e ficar muito tempo), parece-me que nem todos sentem o amor à camisola, isto é, à terra na qual residem. É claro que me é impossível quantificar o número de pessoas que se encaixam nesse perfil, mas que parecem estar em número elevado, penso que restam poucas dúvidas. O melhor caso é mesmo o desinteresse em torno da Barrinha de Esmoriz. Acho que no passado, existiam mais defensores natos da sua causa, hoje a lagoa encontra-se praticamente no esquecimento geral, e sem uma mobilização popular de alto nível (o que não tem acontecido!), a sua reabilitação torna-se ainda muito mais complicada. É necessário que se sensibilizem as pessoas, nomeadamente os mais jovens, a gostarem verdadeiramente de Esmoriz e da Barrinha. Esse trabalho tem de ser feito pela Junta com novas actividades de lazer e cultura, de forma a que se contrarie esta nefasta tendência que não nos beneficia.


6 – Olhando ainda ao facto de ser uma pessoa que se interessa pela atualidade e pelos feitos da Terra, que sugestão pode dar aos nossos ouvintes para que se interessem por aquilo que é feito na nossa Cidade?

Uma cidade melhor deveria interessar a todos nós esmorizenses, tanto aos mais atentos ou cuscos, como àqueles menos curiosos. A nossa participação é fundamental, só assim podemos alertar e deixar recomendações para que se resolvam muitos dos problemas da terra. Evidentemente, que uma boa participação exige conhecimento pleno da actualidade informativa. Por isso, os esmorizenses têm de estar atentos e participar activamente na defesa dos interesses da sua terra. Só assim é que ela pode andar para a frente…


7 – Um trabalho completamente por amor a Esmoriz, alguma vez sentiu que estava a pesquisar para ninguém? 

Quantas e quantas vezes… Sobretudo ao início, questionava-me se valeria a pena apostar a sério neste projecto, dado que as visitas ainda não eram muitas. Pensei mesmo que poderia ser tudo em vão, mas hoje tenho plena noção de que tudo resultou através de muita insistência e esforço. Não basta ter potencial, é preciso pois trabalhar, e investir muito tempo para sermos bem sucedidos.


8 – Já foi considerado o «Esmorizense que mais brilhou» no ano de 2012... Sente-se uma pessoa famosa?

Fiquei muito grato pelo reconhecimento dos nossos leitores. Famoso talvez não seja ainda. Infelizmente, neste país, os famosos são as pseudo-estrelas da casa dos degredos e a nova cantora que agora desafina por aí numa freguesia vizinha. Em Portugal, a cultura não é valorizada tanto quanto devia. Apesar disso, sinto que o meu trabalho é reconhecido pelo povo esmorizense, e isso é para mim, um grande motivo de orgulho. Agradeço a eles toda a confiança que depositaram em mim, e espero continuar a honrar os compromissos para com eles.


9 – Até quando continuar com este projecto?

Procurarei continuar este projecto até quando as minhas forças acabarem ou as adversidades da vida me travarem. Mas sinceramente, espero continuar este projecto por muito tempo, mas só o futuro dirá se isso será ou não possível.


10 – Qual a personalidade, a seu ver, que mais marcou a Cidade de Esmoriz?

Houve várias personalidades, mas destacaria duas que me marcaram mais a nível pessoal. O Pároco Fernando Campos, pela entrega e dedicação que conferiu à nossa Paróquia durante várias décadas, e evidentemente, Arménio Moreira, Presidente do Movimento Cívico Pró-Barrinha, um homem que tem dado tudo de si para reabilitar a sua amada lagoa.
Mas se falaramos em termos gerais, gostava de elogiar igualmente o grande legado do Padre Aires de Amorim que nos deixou uma excelente monografia sobre Esmoriz. Infelizmente, não tive o prazer de o conhecer.


11 – Sobre o nosso projeto...? Se existisse um fim em vista, o que nos diria para impedir tal feito?

Eu defendo que os bons projectos devem ser sempre mantidos, e como tal, se o vosso projecto estivesse em vias de terminar, iria pedir-vos para ponderar melhor e encontrar uma solução rápida para contornar essa situação chata. O vosso programa é essencial para difundir o talento jovem nas áreas da música, teatro, informação… Aliás, esse manancial de conteúdos culturais tem de ser transmitido aos ouvintes da Rádio Voz de Esmoriz, e vocês fazem-no com exemplaridade. Logo, o fim do vosso projecto acarrateria consequências negativas para os interesses informativos e culturais da cidade que são tão necessários para combater a indiferença de muitos dos nossos habitantes.


12 – Por fim: Olhando para as necessidades da população de Esmoriz (Skate Park, Museu da Tanoaria, Dinamizar ainda mais o Verão...), o que sente que está mesmo em falta na nossa Cidade? 

Eu acho que todas essas ideias são pertinentes e devem ser concretizadas. Acrescento ainda que é imperioso reabilitar já o EsmorizTur, a nossa casa da cultura. Penso ainda que serão necessárias intervenções de fundo no planeamento urbanístico, pois existem ruas num estado inadmissível e que não correspondem ao estatuto citadino da localidade. Também a reconstituição duma ponte sobre a Barrinha atrairia mais pessoas à lagoa, podendo assim fazer caminhadas (eu adoro fazê-las) e mirar a paisagem que este curso de água ainda consegue apresentar. Por fim, acho que deveríamos homenagear devidamente um grande vulto da literatura portuguesa, que viveu aqui praticamente dois anos. Falo de Florbela Espanca, uma poetisa de excelência que merecia inclusive uma estátua em sua homenagem.

O Cusco concluiu dizendo: «Agradeço o convite que me endereçaram. Foi uma honra! Quem sabe se um dia, no futuro, não estarei aí fisicamente para responder a todas as vossas questões.
Um abraço a todos vós e continuação de excelente trabalho.»

O Na Companhia espera ter feito todas as questões que querias ver respondidas... Quanto à identidade dele?! A nosso ver, só assim tem piada existir o Cusco Esmorizense.
Parabéns pelo trabalho.

A entrevista foi publicada na revista interessante da Day Light que regularmente apresenta notícias sobre a nossa região. Podem consultá-la em: http://daylight.pt/

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Sintonizem para a Rádio Voz de Esmoriz a partir das 21 horas

Já está prestes a começar uma das entrevistas do ano em Esmoriz.
Acompanhem via rádio (93.1 fm) ou pelo site: www.rve-online.com.
Na Segunda-Feira, garantirei a publicação textual das respostas às perguntas que me foram colocadas.
Mas agora conto com a vossa audição no seguinte e conceituado programa!









quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O Cusco "vai estar presente" no próximo show do Programa "Na Companhia do Pedro e do Zé"



Fui honrosamente convidado para participar no programa "Na Companhia do Pedro e do Zé". Por motivos óbvios de distância, não poderei estar presente fisicamente (e até para manter a discrição! mas quem sabe se um dia...). Mas enviarei as respostas que serão lidas e comentadas pelos nossos estimados amigos José Marinheiro e Pedro Sá que lideram aquele programa de topo da nossa rádio. A "entrevista", neste seu formato original, irá para o ar no dia 8 de Fevereiro, Sábado próximo.
Autorizamos ainda que o vídeo (ou gravação) seja colocado no Youtube ou noutro endereço electrónico, de forma a que possamos citar o mesmo aqui, para que todos possam aceder posteriormente também ao conteúdo a partir deste blog. Se por algum motivo não colocarmos aqui as gravações (confesso que ainda sou um pouco tosco nestas cenas das tecnologias!), não existirá quaisquer problemas, pois exibiremos, pelo menos, as perguntas e as respostas escritas, isto obviamente depois da transmissão do programa no dia 8 de Fevereiro, a qual aconselho que ouçam atentamente na Rádio Voz de Esmoriz.
Por isso, não percam, isto prometerá ser bastante divertido.
Foi, de facto, uma honra ter recebido este convite. É sempre bom ver o nosso trabalho reconhecido. 
Fica a promessa, e caso um dia me decida revelar, que farei questão de ir pessoalmente a esse programa... Mas daqui até lá, creio que ainda não chegou esse momento.
Estejam atentos ao programa de rádio! 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A hegemonia marítima acentuou-se nos últimos 200 anos!

Em 1780, tínhamos todo este areal pronto a precaver o avanço marítimo. O mar parecia ser um inimigo adormecido.




Mapa Topográfico de 1780 - OvarMemórias, citado também pela Comissão de Melhoramentos de Esmoriz


Mais de 200 anos passaram e a realidade é agora esta, e sinceramente, não poderia ser mais assustadora:



Foto da autoria de Tiago Luís Marques em 2011

O advento do Casagrande...

Como o Cusco de Esmoriz, esse ser lendário, se encontra a léguas de Esmoriz, incumbi o segundo elemento mais bem cotado da nossa Irmandade com a missão de reportar todas as incidências que marcam a actualidade da nossa terra. E ele andou por aí a registar tudo.
O Casagrande começou por lamentar o péssimo estado em que se encontra a rua inferior à estação de Esmoriz e que garante a ligação entre as freguesias de Esmoriz e Paramos. Não sei se esta zona faz parte ainda de Esmoriz ou de Paramos, contudo as Câmaras Municipais de Ovar e de Espinho deveriam estar mais atentas, pois qualquer dia, as crateras ainda engolem um carro. Eu sei que estou a hiperbolizar um pouco, mas isto não tem mesmo jeito nenhum, e o problema é que há mais exemplos de vias neste estado na nossa cidade, e por isso, teremos que continuar o trabalho já iniciado por Manuel de Oliveira, pavimentando as ruas que estão ainda em falta. Recordo aos responsáveis pelo planeamento urbanístico que Esmoriz é uma cidade, não é pois uma aldeia com ruas de pavimento térreo e cujas crateras procuram rivalizar, em termos de dimensão, com as de Marte.




Imagem nº 1 - Cuidado com os pneus!



Imagem nº 2 - Que grande cratera! Cuidado amiguinhos!



Imagem nº 3 - É imperioso repavimentar esta rua ou remendar os buracos.


Mas o excelentíssimo Casagrande, para além de observar o alagamento das ruas derivado dos temporais que se têm vindo a fazer sentir, referiu que o Esmoriz Ginásio Clube demoliu o antigo muro circundante, talvez para ressalvar o carácter estético do jardim, mas ainda não sabemos ao certo as razões que justificaram o sucedido. Esperemos entretanto que alguém nos elucide. 



Imagem nº 4 - O Esmoriz Ginásio Clube derrubou o seu muro circundante.



Imagem nº 5 - Basta saber se será criada uma nova barreira de protecção, ou se esta foi efectivamente removida de forma definitiva.


O Casagrande ficou, ao menos, deveras satisfeito com a limpeza do estaleiro. Era pois uma iniciativa que já se esperava há algum tempo. Devemos zelar por uma cidade mais limpa e esteticamente apreciável. Esteve bem, neste dossier, a Junta de Freguesia de Esmoriz.



Imagem nº 6 - Tractor em acção!



Imagem nº 7 - O trabalho deve ter sido enorme, dada a quantidade de entulho que aí se encontrava.



Imagem nº 8 - O tractor exibe todo o seu estilo!


O Casagrande inteirou-se igualmente do estado do Rio Lambo, onde a corrente das águas parecia ser algo forte. Para além disso, houve mesmo sinalização que foi arrastada pelo vento para o rio.



Imagem nº 9 - A ponte de madeira convida os visitantes a mirarem o Rio Lambo, mas só em dias quentes.



Imagem nº 10 - Este é daqueles casos, embora não sinalizado no código de estrada, em que não devemos obedecer a um sinal obrigatório, sob pena de irmos dar um valente mergulho!




Imagem nº 11 - A corrente do rio impõe respeito.




Imagem nº 12 - Uma garrafa em cima do rio. Isto meus caros chama-se poluição ambiental e constitui crime.



Por fim, e como o Casagrande precisava de queimar calorias, pegou na sua inseparável bicicleta, e deslocou-se até a Ovar, onde fotografou duas capelas. É pois altura de rezar a São Pedro para que acalme o mar revolto, já que o Estado Português só irá definitivamente intervir quando as galerias da Assembleia da República se transformarem em dunas com toda aquela vegetação rara!
Agora falando mais a sério, estas capelas integram o percurso da procissão do Senhor dos Passos em Ovar, que costuma sair no 4º Domingo de Quaresma (caso queiram saber mais, consultem: http://arteculturareporter.blogspot.pt/p/pueri-cantores-s-cristovao-de-ovar.html). 



Imagem nº 13 - A Capela do Passo do Horto.




Imagem nº 14 - A Capela do Passo da Verónica.


Todas as fotos são da autoria do Casagrande mas aceitamos a partilha livre das mesmas.