domingo, 31 de julho de 2016

Foto do Mês de Julho de 2016





Imagem nº 1 - O ataque terrorista de Nice, ocorrido a 14 de Julho, foi provocado por um jihadista que conduzia ferozmente um camião a alta velocidade, episódio de terror que sentenciaria a morte de 84 pessoas. Algumas das vítimas mortais foram crianças que apenas cometeram o erro de estar no lugar errado à hora errada. Para onde caminha este mundo? Será o ódio o único mandamento?
Retirada de: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36802716
Foto da autoria de Eric Gaillard / Reuters
(Esta imagem correu as redes sociais, tendo suscitado comoção em todo o mundo; as crianças não devem ser visadas pelo ódio e pela crueldade dos adultos)

sexta-feira, 29 de julho de 2016

"O Regresso do Cão Vicente" (Conto de Ana Roxo)


Depois de um período ausente, regressa o Cão Vicente - o cão aldrabão, prepotente, sem encãotamento, incãogruente, incãosequente, incãopetente, incãosistente e todos os palavrões e sinónimos deprimentes que vos venham à mente!
O nosso incãonóbil ser de duas patas traseiras e duas dianteiras, que late bués e é incãopreendido, esteve de licença sabática - licença forjada- é assim mesmo- este morCão de vida errática!
Regressou no Verão - época quente e cãovidativa para ver as cãodelas em biquíni e uma ou outra despida!
Cãoprou uns calções - último modelo, estilo Zezé Cãomarinha - para ir a banhos à Praia da Barrinha!
Durante o seu tempo de ausência, formou uma banda cãonina, formada por 3 elementos mais a boazona da sua prima. Eram os Cão Vicente e os CãoDemónio, banda que até punha em pé os cabelos de todos os santos, sobretudo o Santo António! 
Eram tão maus, tão maus, mas tão maus, que até era cãostrangedor e ensurdecedor e ninguém queria ouvir esta banda cãonina mais o seu chalado cãotor!
A prima boazona, era perita da área fina: usava roupa apertada e reduzida e a sua graça era Cãodessa Micãolina!
Só eram cãovidados para festas locais, como cãotavam e tocavam tão tão mal; no fim, levavam com frutas e putrefactos vegetais. Até levava com as Couves de Bruxelas e as Bolas de Berlim, este cãodenado, enfim!
Mas, agora, como diz uma senhora da Tv que gosta de programas cãofrangedores e fatelas: isso, agora não interessa nada - o que cãota são as idas à praia para ver, à beira-mar - as cãodelas!
Chegou à praia, com os seus calções insinuantes - achava-se tão quente e sexy e pronto para a cãofraternização - achava-se a cereja no topo do bolo, este incãoformável cão!
Atirava-se ao mar, mesmo revolto e cão bandeira vermelha - sempre pronto a  cãoquistar - mas que grande azelha! Qualquer moça mais bonita, era alvo deste cãodoível ser cãonino - agora estava tão rubro, que mais parecia um cãodimento vermelho tipo cãolorau, que até tinha queimado o pirilau!
Numa das suas voyeristas cãoquistas, ou melhor, pseudocãoquistas, armou-se em nadador salvador para uma «bella ragazza», salvar, que só depois se lembrou que não sabia nadar - começou a engolir água: glub, glub e começou a se afogar!
Tanto foi o aparato e até deu na televisão, que, vergonha, para o pobre cão!
Mas, como sabem este é um cão de taras e de manias - começou também a cãoçar Pokãomons, juntamente com as suas velhas tias! Cãoçava ali, acolá, até debaixo dos biquínis das belas musas prendadas. Oh, coitado, levou tantas dentadas e pontapés no cu, que se ele fosse um Pokémon seria o Pikaku!
O seu intuito era também cãoçar alguma linda cãodela - virgem, pura e singela - coitado, ainda acreditava no Pai Natal, este ser de meia tigela!
Ele só fazia asneiras, não seguia cãoselhos, não havia cãodições... Nenhum cãocelho do país aguentava este cão com os seus calções - nem na Praia da Barrinha, nem em todo o território das Emoções!


Conto da autoria de Ana Roxo
Poetisa e Escritora de Contos Infantis




Imagem nº 1 - O Cão Vicente é uma das principais inovações da escritora esmorizense Ana Roxo que recorre ao jogo fantasioso de palavras de modo a cativar as plateias mais novas.

Sporting Clube de Esmoriz investe na melhoria da formação

O Sporting  Clube de Esmoriz já começa a preparar a próxima temporada, revelando (através das redes sociais) algumas das caras que irão fazer parte do futuro plantel sénior. Não obstante, a instituição desportiva tem vindo a encetar algumas melhorias infra-estruturais ao nível da formação. Em finais de Junho, iniciaram-se algumas intervenções nos campos de treinos, de forma a criar algumas condições de excelência. Este é um claro sinal que o futuro do clube passa igualmente pela aposta na "prata da casa". A Academia da Barrinha é um projecto que deverá frutificar nos próximos anos, através do surgimento de novas fornalhas de talentos.
Também é interessante verificar que o clube disponibiliza agora um gabinete de psicologia, de forma a conciliar a prestação desportiva com outras áreas da vida dos atletas. 




A passagem da "Volta a Portugal" por Esmoriz (Fotos de Carlos Alexandre)

Existem fotos que prometem ficar na retina e na memória dos esmorizenses por muitos anos. O fotógrafo Carlos Alexandre registou, com excelência, o momento em que os conceituados ciclistas avançaram pela Avenida da Praia, tendo passado pelo túnel intermédio.
Não poderíamos deixar de partilhar este registo marcante.







quinta-feira, 28 de julho de 2016

"Volta a Portugal" voltou a passar por Esmoriz

A primeira etapa da 78ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta (ano de 2016) compreendeu um longo percurso desde Ovar (Furadouro) até Braga. Daniel Mestre (Clube - Efapel) venceu esta etapa inaugural, após ter efectuado um sprint determinante. 
Naturalmente, a etapa previa a realização de um percurso de 7 km na cidade de Esmoriz, tendo sido contempladas as seguintes artérias urbanas - Avenida Infante D. Henrique, Avenida da Barrinha, Avenida Joaquim Oliveira e Silva, Avenida da Praia, EN 109, Rua da Estrada Nova, Rua da Ilha e Rua Alexandre Sá Pinto. Apesar dos ciclistas terem passado por volta do almoço, a verdade é que houve ainda assim uma afluência popular minimamente significativa. 
Recorde-se ainda que algumas equipas de ciclismo estiveram hospedadas no Hotel La Fontaine em Esmoriz, mesmo antes do início da prova.





Imagem nº 1 - A GNR assegurou a realização normal da prova.




Imagem nº 2 - A "Volta a Portugal" envolveu a participação de equipas portuguesas e estrangeiras. Neste caso, veja-se o carro do Astana do Cazaquistão.




Imagem nº 3 - A equipa W52/Futebol Clube do Porto é apontada como uma das favoritas à conquista da actual edição da "Volta a Portugal" em Bicicleta.




Imagem nº 4 - Os ciclistas apoderaram-se das duas faixas da Avenida Joaquim Oliveira e Silva, junto à Praia de Esmoriz.




Imagem nº 5 - Vários foram os ciclistas (cerca de 200?) que participaram nesta etapa inicial.




Imagem nº 6 - A Avenida encheu-se de cores e alegria.




Imagem nº 7 - O pelotão passou com enorme velocidade.




Imagem nº 8 - Muitos cidadãos tentaram incentivar os ciclistas através de aplausos.




Imagem nº 9 - Na retaguarda, seguia uma ambulância da Cruz Vermelha Portuguesa de modo a agir rapidamente em qualquer imprevisto. 

Os exóticos segredos da Praia Velha

O nosso blogue conta com inúmeros textos e fotografias sobre a Praia da Barrinha e a Praia do Cantinho, contudo o mesmo não podemos dizer da Praia Velha que, por lapso ou falta de atenção da nossa parte, nunca foi aqui similarmente valorizada. No entanto, hoje iremos corrigir finalmente essa lacuna da nossa linha editorial, compondo um artigo sobre esse areal recôndito que encerra em si alguns segredos capazes de aliciar qualquer visitante. 
A Praia Velha, também designada na gíria popular como a Praia dos Pescadores de Esmoriz, é aquela que se situa mais a sul da freguesia de Esmoriz, achando-se praticamente isolada em relação às outras duas (a Praia da Barrinha e a Praia do Cantinho). Essa mesma praia ainda reúne uma quantidade aceitável de areal, e do topo do seu paredão, é possível usufruir-se de um bom miradouro sobre o areal e o mar. 
Do ponto de vista da toponímia, a Praia da Barrinha remete-nos logicamente para a nossa querida lagoa que outrora penetrava no areal esmorizense, enquanto que a Praia do Cantinho, denominação popular presumivelmente recente, será condizente com a sua limitada porção de areal que ainda assim concentra um número digno de banhistas, sobretudo em alturas de maré baixa. Por seu turno, o nome da Praia Velha poderá suscitar mais discussão. Apesar de não termos efectuado uma investigação sobre a origem da sua designação nominal, a verdade é que o seu nome parece estar relacionado com a antiga utilidade desta praia tanto para banhos como para a própria pesca. Tal não seria de admirar - noutros tempos, a Praia Velha contaria com maiores dimensões, e por isso, terá sido uma referência da comunidade piscatória esmorizense. 
Mas a Praia Velha não reclama só o seu passado nostálgico, ela preserva também em si alguns segredos ou enigmas que merecem ser aflorados neste nosso artigo. Se a Praia da Barrinha pauta-se pela vastidão do seu areal e pelas suas multi-funcionalidades desportivas, e se a Praia do Cantinho capta banhistas pela mansidão das suas águas, então qual será o verdadeiro chamariz da Praia Velha? Meu caro leitor, a Praia Velha não é uma praia qualquer, ela esparge um perfume de maresia e concentra no seu redor autênticos "monumentos" da Arte Xávega. Junto à comunidade piscatória que a encima, podemos encontrar um ou dois barcos representativos desta tradição característica do nosso concelho (ver a fotografia nº 2 em baixo). Mas a Praia Velha não se restringe apenas ao prestígio da Arte Xávega e à inerente tradição piscatória, ela assume igualmente a típica configuração de uma praia algarvia, sobretudo em épocas de maré baixa. Sim, nos dias em que o mar recua, é possível encetar-se uma saudável caminhada até à Praia do Cantinho (embora esta esteja um pouco mais afastada), seguindo então pelas margens e calcorreando todo um areal carregado de conchas, pedrinhas e algas dispersas. É todo um areal pintado de variedades naturais! E que dizer dos rochedos alapados de toneladas de mexilhão que também jazem nesse caminho pela costa? Sim, ali muitos banhistas encontram o expoente máximo do equilíbrio natural. No entanto, não se julgue que a Praia Velha marca apenas pontos pela sua paisagem natural. Também ali se acham musas que, com o seu desfile triunfante, conferem um toque de classe e estética ao areal. 
A Praia Velha, tal como a sua "irmã" a Praia do Cantinho, apenas dispõe dos serviços de vigilância assegurados por dois nadadores-salvadores dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz. Nenhuma delas teve a sorte de ser contemplada com uma bandeira azul (ao contrário do que acontece com a Praia da Barrinha que, nesta época balnear, possui três bandeiras - a Bandeira Azul, a Bandeira de Praia Acessível e a Bandeira de Qualidade de Ouro da Quercus). 
No caso da Praia Velha, talvez seja melhor assim! A sua discrição e capacidade de surpreender os banhistas também são trunfos que fazem parte do seu leque de segredos. Quem almeja conhecer o seu paraíso, deve descobrir esta "beldade natural de estilo algarvio", não num mero mapa de bandeiras atribuídas, mas por si mesmo, através do acaso ou das incertezas naturais das recorrentes deambulações veranis. E aí sim a Praia Velha fará certamente rejuvenescer a alma de quem a visita sem nunca antes a ter conhecido.





Imagem nº 1 - Zona de entrada na Praia Velha, também conhecida popularmente como Praia dos Pescadores de Esmoriz.




Imagem nº 2 - A Praia Velha é encimada pela comunidade piscatória que presenteia os visitantes com este "monumento" característico da Arte Xávega.




Imagem nº 3 - O areal atrai alguns banhistas e viabiliza inclusive um ambiente mais calmo e recatado.




Imagem nº 4 - Quando a maré está baixa, é possível caminhar pelas margens do areal, mesmo junto ao paredão.




Imagem nº 5 - Vista de uma faixa de areal localizada entre a Praia Velha e a Praia do Cantinho.




Imagem nº 6 - Praia Velha vista através de uma perspectiva lateral. Destaque para a presença de alguns banhistas no mar.




Imagem nº 7 - O areal encontra-se repleto de pedras e conchas. Muitos cidadãos não hesitam em recolher aquelas que aparentam ser mais belas ou que apresentem uma composição peculiar, Também há quem procure o mexilhão nas rochas.

domingo, 24 de julho de 2016

Multidões afluem à Praia da Barrinha

Quando o sol aparece sorridente no horizonte, Esmoriz equipa-se igualmente com os seus trajes alegres e multi-coloridos que se repercutem por todo o seu areal. Milhares de pessoas têm frequentado a nossa praia desde o dia 1 de Junho e, de facto, não é caso para menos. A Praia da Barrinha ostenta actualmente três bandeiras - a Azul, a de Qualidade de Ouro da Quercus e a de Praia Acessível - todas elas atestam a sua imensa qualidade!
Muitos tomam banho nas suas águas (ou nas da vizinha Praia do Cantinho) e encetam igualmente caminhadas ao longo do seu vasto areal. Outros praticam surf, futebol, voleibol, raquetes... Existe também uma estrutura de divertimento reservada para as crianças, bem como chuveiros ao dispor de todos.
Em suma, a Praia da Barrinha é já uma instituição turística, ou melhor, um ex-líbris da Cidade de Esmoriz. Agora só falta reabilitar devidamente a lagoa que a baptizou e que outrora fez as maravilhas de diversas gerações!








Je suis Nice, Alepo e Munique

Depois do atentado de Nice e da sequência negra que ainda se vive na Turquia, acreditava que o mundo poderia finalmente acalmar um pouco nas próximas semanas ou meses, mas infelizmente enganei-me porque efectivamente as grandes instituições supra-nacionais (UE, NATO e ONU) conseguem desiludir-me cada vez mais. 
Na Turquia, chega a ser deplorável a forma como os prisioneiros são tratados, chegando-se a ver ex-militares semi-nus deitados humilhantemente perante o chão frio de um pavilhão prisional. Tratados sem qualquer dignidade, tratados pior do que os animais! Entretanto, as purgas na Justiça, na Educação e no Exército sucedem-se e já superam as treze mil. Quem é contra o regime de Erdogan e defende um maior secularismo, tem a sua carreira profissional em risco. Enquanto tudo isto acontece, ninguém aparece para dar um puxão de orelhas ao presidente turco Recep Erdogan. Nem a ONU, nem a NATO! Já a União Europeia limita-se a lançar pequenos avisos, mas sem efeitos práticos até ao momento.
Na Síria, a guerra atroz que já remonta ao ano de 2011 continua diariamente e parece ainda estar longe do fim. Dizem que o Estado Islâmico perdeu cerca de 12% do seu território nos últimos seis meses, mas o califado terrorista continua bem vivo, e apesar do seu declínio recente, já conseguiu introduzir células na Europa ou até ganhar admiradores fanáticos (os designados "lobos solitários"). Pelo que apuramos ainda, a França (contando com o apoio dos EUA) decidiu vingar o atentado de Nice com um bombardeamento massivo na província de Alepo que se traduziu num banho de sangue e cujos resultados foram absolutamente ridículos. Pelo menos, 140 civis terão perecido durante os ataques às localidades de Tukhan al-Kubra e Manbij.
Isto é o que dá atacar certos territórios sem o mínimo de critério. Foi uma retaliação que mais se assumiu como uma vingança violenta. Bem sei que estas intervenções ofensivas acarretam sempre a morte de civis, mas não podemos cair no exagero de fazer com que as mortes de pessoas inocentes sejam tão elevadas, ao ponto de ultrapassarem bastante o número de jihadistas eliminados. É tudo uma questão de credibilidade que deve ser ponderada ao máximo aquando destas acções! Para acabar com a guerra na Síria, não basta lançar apenas bombas sobre várias localidades cujo resultado final pode ser, muitas vezes, aleatório. É preciso uma intervenção terrestre devidamente planeada. E aí uma força internacional de paz (capacetes azuis da ONU? tropas da NATO?) poderia devolver a paz ao território, e acabar de vez com a maldita fome que destrói famílias e não poupa sequer as crianças daquele país. Por outro lado, é necessário denunciar as fábricas que andam a vender armamento ao Estado Islâmico, é imperioso punir quem mantém negócios obscuros (petróleo?) com este califado terrorista. É altura, meus caros, dos dirigentes mundiais ganharem "tomates" e dizerem basta! É pois essencial iniciar uma invasão terrestre e enfrentar na cara o inimigo, é preciso acabar com isto depressa e sem mais demoras. É necessário marchar em direcção a Raqqa, capital do Califado Jihadista. É imperioso recuperar Mossul, no Norte do Iraque. É indispensável acabar de vez com o Estado Islâmico, e cortar o mal pela raiz. Repudiem os conluios obscuros e façam o que tem de ser feito sob pena de morrerem mais inocentes nos próximos anos, tanto na Europa como no Médio Oriente. E isto é um apelo à NATO, à UE e à ONU. Se nem isso conseguem fazer, então façam-nos um favor - demitam-se para dar lugar a quem nos saiba defender deste sistema negro e podre. 
No passado dia 22 de Julho, um ataque em Munique vitimou fatalmente 9 pessoas. Inicialmente, pensava-se que teria sido mais um atentado terrorista com o dedo do Estado Islâmico, mas terá sido antes uma acção extremista provocada apenas por um jovem bastante desequilibrado de 18 anos que teria dupla nacionalidade (alemã e iraniana) e que, pelos vistos, adorava videojogos de tiroteio. Não se conhecem ainda as razões que o levaram a cometer a sua onda de disparos mortíferos no shopping Olympia (radicalismo religioso ou particular admiração pelas acções extremistas de Anders Breivik?), mas as autoridades concluíram rapidamente que ele terá agido sozinho, tendo acabado por suicidar-se. Não obstante, o terrorismo religioso e o extremismo político são dois males que andam de mãos juntas. Se repararmos com atenção, tudo se encontra inter-relacionado. Quando o terrorismo se intensifica na Europa, também o mesmo se sucede com as manifestações de extremismo, racismo e nacionalismo. E o próprio extremismo também se pode transformar em terrorismo quando as suas acções mais radicais se traduzem igualmente em banhos de sangue. O ódio une-os a todos, seja através de uma ideologia religiosa ou política que defende que a raça x é superior a todas as outras. 
A Europa de hoje tem de saber lidar com o terrorismo e o extremismo, mas também deve olhar para o mundo que a rodeia e tomar uma posição mais firme e definitiva na resolução do conflito da Síria. No meio disto tudo, volto a lamentar o estado dormente a que tem estado votada a própria ONU que já nem sequer se consegue impor num conflito, e o próprio Conselho de Segurança deveria mudar as regras do seu funcionamento, de forma a impedir que só um "veto" pudesse turvar ou impedir aquilo que realmente tem de ser feito. 
Haverá alguém com coragem necessária para tal?
Quantos mais inocentes terão de morrer na Europa e na Síria?





Imagem nº 1 - Alepo, a 2ª cidade mais importante da Síria, encontra-se hoje em ruínas. O seu último pediatra morreu há três meses na sequência de um bombardeamento, não havendo agora nenhum profissional especializado que cuide das crianças que ali se encontram entre os escombros. 
Retirada do Google Imagens


Nota-extra - Lamentamos a morte de todos os inocentes que morrem nestes actos de ódio e vingança. Hoje, nós somos Nice, Alepo e Munique. Amanhã, quereremos sempre acreditar num mundo melhor, onde todas as raças e religiões possam conviver amigavelmente. 

300 000 visitas depois...

Após cerca de quatro anos e meio de actividade, atingimos finalmente o patamar das 300 mil visitas, estatística que muito nos orgulha e que confirma a nossa crescente influência ao nível da informação local e regional. Este caminho, iniciado em Fevereiro de 2012, nem sempre foi fácil. Houve claramente momentos atribulados mas a verdade é que sempre conseguimos superar com perseverança todas as adversidades.   
Olhando para as 300 mil visitas já totalizadas, poderemos partilhar com o leitor os dados sobre a sua proveniência geográfica. Cerca de 70% são naturalmente oriundas de Portugal (210 552 visitas), visto que o blogue se destina a abordar, em traços gerais, a actualidade informativa da Cidade de Esmoriz. Seguem-se depois os Estados Unidos (26 037 consultas), a Alemanha (8 576), a França (7 213), a Rússia (6 378), o Brasil (5 407) e a China (5 076). Também temos algumas visitas provenientes da Espanha (3 300) e do Reino Unido (1 965).
No que diz respeito então aos leitores que nos consultam a partir do estrangeiro, ficamos surpreendidos com o volume elevado de visitas que são feitas a partir dos Estados Unidos (mais de 26 mil é um número bastante considerável para aquilo que inicialmente expectávamos), da Rússia e da China, sendo que nestas duas últimas regiões os emigrantes esmorizenses estarão certamente em número bastante reduzido. No entanto, o nosso blogue aborda igualmente temáticas nacionais e internacionais, e isso também poderá suscitar alguma pesquisa em torno dos nossos textos de conteúdo extra-local.
As "Cusquices de Esmoriz" não se restringem assim apenas ao seu país e à Europa, como atingem igualmente os continentes americano e asiático. Trata-se de um processo de valorização internacional da cidade através de uma ferramenta electrónica (neste caso, um blogue).
Independentemente das estatísticas, é com muito apreço e entusiasmo que agradecemos a confiança dos nossos leitores.
Prometemos ser fiéis ao rigor, à isenção e à frontalidade que, muitas vezes, escasseia nos Media Nacionais. Diremos sempre aquilo que pensamos, e não aquilo que muitos querem que digamos. Valorizaremos a Cidade de Esmoriz nos seus diversos sectores (cultural, ambiental, social, desportivo, etnográfico, histórico...) e continuaremos sempre atentos a tudo o que acontece no nosso mundo. Porque, meus amigos, cuscar não é um vício pecaminoso, mas sim uma qualidade - porque procurar saber mais só pode ser uma virtude, e aconselho-vos por isso a fazerem o mesmo. Temos que procurar estar sempre devidamente informados.
O objectivo passa agora por alcançar as 400 mil visitas, e para isso, continuamos a contar convosco! Sem vocês desse lado, este projecto teria sido sempre um fiasco. Temos consciência disso, e por isso, deixamos, por fim, o nosso muito obrigado a todos vós!





Brasão da Cidade de Esmoriz

Extra-Esmoriz XLIX - Barco Sra. da Graça reabilitado "anima" rotunda do Furadouro

A autarquia de Ovar decidiu proceder à restauração do antigo barco que encimava a rotunda da Praia do Furadouro. O resultado está à vista e confere certamente um estatuto bem mais digno e original a uma tradição característica do concelho - a Arte Xávega. 




Foto - CM de Ovar

Já chegou a Febre dos Pokémons a Esmoriz

A febre mundial dos Pokémons já se faz sentir em Esmoriz. Nos últimos dias, intensificaram-se as histórias de jovens que, na nossa cidade, procuram encontrar virtualmente os bonecos característicos daquela carismática série de animação que também chegara a ser um antigo jogo conceituado da Game Boy e da Nintendo DS.
Dentro deste contexto, já apurámos alguns relatos. Por exemplo, na passada quarta-feira, reparamos que um grupo de jovens, todos eles munidos com os seus respectivos telemóveis, ficaram extasiados quando aparentemente detectaram um pokémon que estaria situado na Avenida Joaquim Oliveira e Silva. Não sabemos se conseguiram concluir a missão com êxito, mas ninguém pode negar o seu afinco e empenho. 
No sábado de manhã, ouvimos mesmo um adolescente que, na Praia de Esmoriz, contava as suas experiências no âmbito do "Pokémon Go", tendo inclusive já saltado muros abandonados na nossa localidade de forma a encontrar o seu "tesouro" desejado. Esse mesmo rapaz desafiou ousadamente a junta de freguesia e a autarquia locais a colocar um grande quadro electrónico no centro da cidade para que servisse de estrutura de apoio digital aos caçadores de pokémons virtuais.
Na página do Juízo de Bancada no Facebook (Programa sensação da Rádio Voz de Esmoriz), pode inclusive ler-se: "Foi preciso o Pokémon Go para a juventude de Esmoriz se sentir atraída a ir à Igreja".
De acordo com a BBC, o "Pokémon Go" é uma aplicação bastante utilizada em telemóveis e smartphones que, através do recurso ao GPS, permite ao jogador andar pelo mundo real e caçar monstros virtuais como o Pikachu e Jigglypuff, em lugares perto da localização do seu meio de contacto. O jogo mistura a virtualidade com a realidade geográfica e pode ser baixado gratuitamente, embora possa ter aplicações opcionais que impliquem custos caso sejam accionadas. À medida que o utilizador vai capturando pokémons, alcança outros níveis do jogo.
Este fenómeno que se encontra agora na moda já motivou inúmeras críticas, visto que a maior parte das pessoas adverte para a ausência de benefícios culturais e financeiros desta actividade, alegando que tudo não passa de um passatempo fútil, sem qualquer realismo prático visto que os bonecos são apenas virtuais. Há quem defenda que este projecto poderá inclusive fazer com que os participantes nem sempre observem com rigor os direitos da propriedade privada e há quem saliente que estes até podem ter a sua integridade física colocada em causa, caso não estejam suficientemente atentos ao meio envolvente que os rodeia (visto que estão demasiados concentrados a seguir as indicações por telemóvel; tal poderá originar acidentes inesperados). Também existe o perigo de alguns assaltantes poderem usar a aplicação para atrair participantes para sítios mais obscuros de forma a praticarem furto. 
Não obstante, há quem defenda que o "Pokémon Go" estimula o convívio social entre "caçadores" de pokémons (criando quiçá novas amizades), fazendo com que os jovens deixem um pouco de parte a monotonia caseira e encetem assim caminhadas saudáveis na sua região envolvente.
É um peso com duas balanças! Mas uma coisa é certa - Esmoriz é já uma cidade visada pela Febre dos Pokémons. 





Imagem nº 1 - O "Pokémon Go" é uma aplicação de celular que já foi baixada por milhões de pessoas em todo o mundo.


segunda-feira, 18 de julho de 2016

Vista sobre o Parque de Lazer da Praia da Barrinha

A partir da seguinte foto, podemos constatar o Parque de Lazer da Praia da Barrinha que se destina a recordar três das principais tradições da Cidade de Esmoriz: a Tanoaria, a Arte Xávega e os Palheiros. Por isso, mesmo encontramos neste espaço um barco multicolor, palheirinhos (com cores às riscas - azuis, amarelas e vermelhas) e barris esculpidos. Este parque representa, sem dúvida, um cartão de visita da nossa cidade.





Foto da autoria de Santos Faria

Considerações sobre Nice e Turquia

Um atentado terrorista em Nice, ocorrido no dia 14 de Julho (feriado nacional em França devido às comemorações da Tomada da Bastilha), causou 84 mortos. Um jihadista tunisino, Mohamed Lahouaiej Bouhlel, pegou num camião frigorífico e atropelou um mar de gente à beira-mar, incluindo inúmeras crianças. O atentado cruel já foi reivindicado pelo Estado Islâmico. É curioso que a União Europeia e o Ocidente em geral ainda não aprenderam nada com os atentados de Paris e Bruxelas. O Estado Islâmico, apesar de se encontrar mais debilitado, continua a existir, e infelizmente, já dispõe de ramificações ou células no interior da Europa. Neste ponto, voltamos a perguntar - a quem é que interessa a existência do Estado Islâmico? Existirão mesmo interesses relacionados com o armamento e o petróleo que impedem a extinção imediata daquele califado terrorista? A quem interessa a manutenção do conflito atroz na Síria? O que é que a ONU e a UE andam a fazer no meio disto tudo? São perguntas que têm de ser feitas. Na nossa opinião, já há muito tempo que se justificava a entrada de uma força internacional de paz (os célebres "capacetes azuis") na região. No entanto, continua-se a seguir apenas a política dos bombardeamentos cirúrgicos que, apesar de enfraquecerem o inimigo, não o eliminam. 
Falta firmeza política aos líderes ocidentais que infelizmente se encontram demasiado empenhados nas matérias financeiras, ignorando o mundo que os rodeia.




Foto - REUTERS/Eric Gaillard



Na noite do dia seguinte ao atentado hediondo verificado em França, irromperia uma tentativa de golpe de estado na Turquia, essencialmente testemunhada nos pontos nevrálgicos das cidades de Ancara e Istambul. Os militares que alegadamente pretendiam instaurar um regime mais laico/secular e democrático foram travados pela resistência popular e pela polícia pró-Erdogan. Ao todo, já se contabilizam, neste preciso momento, mais de 300 mortos, nos conflitos travados entre soldados, polícias e civis. 
Por um lado, é verdade que, se o golpe de estado fosse bem sucedido, poderia ocasionar uma guerra civil semelhante à da vizinha Síria. Uma Turquia absolutamente instável tornar-se-ia num alvo bastante apetecível para os extremistas e terroristas. No entanto, o presidente turco Recep Erdogan, visto como grande vencedor deste braço-de-ferro, está longe de ser considerado um democrata, mesmo tendo sido eleito num sufrágio minimamente transparente. O líder turco já começou a fazer uma limpeza no Exército e na Justiça, mandando fazer detenções (já vão em 6 mil!) para todos os gostos. Recordamos que, nos últimos tempos, muitos órgãos de comunicação social tinham sido encerrados só porque estavam presumivelmente conotados com a oposição ao regime. Mais grave ainda, Erdogan está disposto a reintroduzir a pena de morte para castigar os responsáveis pelo golpe de estado, e para isso, conta agora com a colaboração de uma Justiça perfilada a seu gosto. Não será por isso difícil ignorar ou desmontar o facto deste golpe de estado ter ocorrido num enquadramento legal que não previa a pena de morte. Por outro lado, o acesso às redes sociais tem sido condicionado na Turquia. Como se não bastasse, existem suspeitas recorrentes de que este país da Anatólia esteja a comprar secretamente petróleo ao Estado Islâmico. A Turquia parece caminhar a passos largos para uma ditadura repressiva sem respeitar a transparência e a isenção necessárias. Mais uma vez, o Ocidente está de braços cruzados e pode até nem esgrimir qualquer gesto para acalmar diplomaticamente a situação.





Foto - Bulent Kilic/AFP/GETTY IMAGES

domingo, 17 de julho de 2016

Extra-Esmoriz XLVIII - Presépio Cavalinho não resistiu a incêndio

Considerado como o maior presépio da Europa, o Presépio da Cavalinho, situado na freguesia de S São Paio de Oleiros (concelho de Santa Maria da Feira) foi fustigado por um terrível incêndio que sacrificou um dos principais ex-libris da nossa região. Ao todo, terão desaparecido mais de 10 000 peças, tornando-se assim numa perda irreparável de todo um património singular que nos remetia para a fantasia da época natalícia.
Manuel Jacinto Azevedo, mentor do projecto nascido em 2004, recorda que no passado Natal de 2015 cerca de 750 000 visitantes terão visitado o espaço em regime de entrada gratuita.
O incêndio deverá ter sido causado pelas altas temperaturas que se registaram na tarde do dia 15 de Julho, situação dramática que ainda poderá ter sido, de certa forma, propiciada pela grande carga térmica existente dentro do pavilhão e pelo conteúdo altamente inflamável dos materiais utilizados nos diversos cenários do presépio. 
De acordo com o Correio da Manhã, o incêndio foi combatido por 83 bombeiros e 24 viaturas das corporações de Espinho, Esmoriz, Ovar, Feira, S. João da Madeira, Fajões e Lourosa.
Lamentamos o desaparecimento deste inolvidável presépio que era um incrível monumento natalício! No entanto, fazemos votos para que o mesmo seja reconstruído no futuro.




Foto - Paulo Jorge Duarte

Portugal - campeões europeus em diversas modalidades

Só neste mês de Julho, Portugal sagrou-se campeão europeu em futebol, hóquei em patins e no atletismo, escrevendo assim uma inédita página de ouro na História do Desporto Nacional. 
No futebol, Portugal sagrou-se pela primeira vez campeão europeu, ao derrotar na final a França (selecção anfitriã) por 1-0 após prolongamento. O tento vitorioso foi apontado por Éder, o que motivou o posterior festejo da parte de milhões de portugueses. O futebol praticado pela selecção de Fernando Santos não era vistoso, mas ainda assim suficiente para ultrapassar cada obstáculo que se lhe deparava.
No hóquei em patins, a selecção portuguesa teve um percurso irrepreensível, demonstrando uma enorme qualidade que se traduziu em sucessivas goleadas. A vitória por 6-2 diante da Itália quebrou o jejum de 18 anos. O seleccionador Luís Sénica festejou efusivamente o título conquistado.
Nos Europeus de Atletismo, foram vários os portugueses medalhados, entre atletas já consagrados e atletas promissores. Destaque para o ouro na meia-maratona e no triplo salto femininos. 
Marcelo Rebelo de Sousa não terá mãos a medir neste mês, visto que terá de condecorar os inúmeros heróis da nação.
Ao menos, que seja o desporto a encher de orgulho os portugueses!





Foto - AFP








Foto - Federação Portuguesa de Atletismo

Abaixo o lambe-botismo na política em geral

Se há algo que abomino é o lambe-botismo na política. O dizer "amén" a tudo só para que mais tarde ambicionem ser contemplados com um cargo, uma condecoração ou uma benesse é algo que me enoja e que muito nos diz sobre a ausência de personalidade de muitas pessoas que se encontram neste sector. Em vez de termos políticos "originais" com as suas próprias ideias e convicções, temos muitas vezes "cópias" made in China que nunca irão favorecer o salto qualitativo que se exige na nossa sociedade! Claro que não estou a particularizar nem individualizar, pois não pretendo aqui expor ninguém. Nem é esse o propósito deste pequeno artigo! Apenas acho que se cultiva pouco a personalidade em diversas estruturas partidárias (como é óbvio, existirão certamente felizes excepções por este país fora: oxalá que passem a reivindicar uma tendência maior no futuro!), valorizando-se demasiado a subserviência, muitas vezes cega e incondicional, dos seus integrantes.
É por isso que jamais ingressaria numa estrutura dessa natureza, porque provavelmente teria de deixar de ser quem eu sou. Passaria a ter o dever de não-discordar dos superiores partidários e de concordar sempre com a linha seguida pelos altos representantes, caso contrário, poderia ficar "queimado" ou visto como um "falso militante". 
Exposto isto, gosto de combate político, gosto de irreverência, gosto de debate, gosto de tolerância, gosto de originalidade, gosto de imprevisibilidade, gosto de improvisação, gosto de perspicácia, gosto de sentido crítico, gosto de frontalidade, gosto de pessoas que pensem pela sua própria cabeça!
Simplesmente, é isto que eu gosto de ver na política. Gente nova, sangue novo, ideias novas. Só assim se fará a mudança para melhor. Caso contrário, continuará tudo na mesma, e claro isso acarretará as consequências do costume para o nosso país.
Infelizmente, o que eu vejo no meu país - são discursos gastos e já fora do prazo de validade. A mentalidade pouco ou nada mudou na última década. E isso sim é preocupante!





Caricatura de Leal da Câmara

A crítica também faz parte do jogo...

Durante a Idade Média, imputava-se todas as desgraças aos judeus, um povo sem território definido e distribuído pelas minorias de diversos reinos. Eles eram culpados de tudo e mais alguma coisa. Se havia uma grande peste ou fome, tudo seria encarado como castigo de Deus que não tolerava a presença destes no seio das sociedades cristãs. Claro que estávamos numa época onde os mitos e as superstições prevaleciam, abrindo lugar ao ridículo.
No ano de 2016, e mais de quinhentos anos depois, começa agora a difundir-se a ideia de que os críticos desta região "têm prazer" nas desgraças que acontecem, de modo a usá-las como armas de arremesso contra os actuais executivos. Como é óbvio, este tipo de afirmações "medievais" são ridículas e não têm qualquer fundamento. Nem sequer constituem argumento em debate político porque carecem de realismo. São antes meras provocações da parte daqueles que têm ainda de amadurecer mais a sua consciência democrática e de saberem lidar com a crítica, seja ela positiva ou negativa. Como é lógico, ninguém deseja o mal da comunidade só para poder atingir quem nos representa. Aliás, isso não faz qualquer sentido. É absolutamente surreal!
A propósito de tudo isto, veio à baila a história da interdição da Praia da Barrinha em Esmoriz para banhos entre os dias 14 e 15 de Julho, um cenário que nos motiva, desde já, a efectuar duas críticas.
Em primeiro lugar, o timing da abertura da Barrinha (poluída) ao mar, através de dois tubos de drenagem, foi muito mal escolhido, porque tudo poderia ter sido feito na semana anterior, numa altura em que as temperaturas eram menos convidativas para banhos. Felizmente, a interdição foi temporária porque a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) logo concluiu, através das suas análises, que as águas marítimas estariam em condições aceitáveis, contudo se os resultados fossem negativos, a interdição poderia ter-se arrastado até ao fim de semana. Foi assim um risco desnecessário, e não totalmente calculado, que felizmente não originou grandes incómodos.
Em segundo lugar, não nos revemos no comunicado municipal que assevera que, no próximo ano, estas situações deixarão de acontecer. Na nossa opinião, tudo não passa de um mero exercício de demagogia (e de propaganda!) até porque o projecto de requalificação e valorização da Barrinha de Esmoriz não contempla a neutralização das fontes poluentes que continuarão infelizmente activas. A ribeira de Rio Maior continuará a ser o principal cancro contaminador da Barrinha porque as acções simplesmente não irão incidir sobre este curso de água. Logo, a lagoa continuará a ser imprópria para banhos, mesmo que se registem melhorias na qualidade das águas com as intervenções. No entanto, a poluição voltará a entranhar-se gradualmente na lagoa durante os próximos anos, visto que não se cortou o mal pela raiz. E isto não é uma reflexão pessimista, mas sim realista!
É importante que as pessoas saibam ter espírito crítico nestas situações e não aceitem logo tudo que lhes seja transmitido como verdades absolutas e irrefutáveis. Aliás, a democracia prevê a pluralidade de opiniões e o debate de ideias é um pilar fundamental. Só assim é que as comunidades se desenvolvem.




Foto de Marco Maurício (Jornal Público)

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Esmoriz festejou o primeiro campeonato europeu de Portugal

Contra todas as expectativas iniciais, Portugal sagrou-se campeão europeu de futebol em França, depois de um percurso de um mês que contou com alguns jogos atribulados. No entanto, a selecção das quinas soube superar as dificuldades e chegou à final em Paris, onde bateu a França (selecção anfitriã) no prolongamento por 1-0, com o tento decisivo a ser apontado por Éder, o herói improvável da partida.
Após o apito final, a festa estendeu-se pelo país inteiro. Em Esmoriz, registamos igualmente o momento das celebrações na Avenida Joaquim Oliveira e Silva.













domingo, 10 de julho de 2016

Milhares aderiram ao Arraial da Barrinha

Após 11 dias de intensas festividades (30 de Junho - 10 de Julho), o Arraial da Barrinha termina finalmente neste Domingo. Pelo que pudemos apurar, a iniciativa voltou a ser um sucesso. Terão estado mais pessoas nesta edição do que nas anteriores. Muitos usufruíram assim do convívio social e da oferta gastronómica dos "palheirinhos" (tasquinhas) geridos pelas colectividades da nossa terra (estas puderam assim amealhar algumas receitas que servirão para financiar futuras actividades ao serviço da comunidade). Durante o Arraial, houve ainda concertos diários para todos os gostos (com a presença de grupos consagrados a actuarem no palco localizado nas proximidades da Capela da Praia e do Palheiro Amarelo) e algumas exibições artísticas. À entrada do Arraial, existiam ainda barraquinhas destinadas a vender artigos de decoração, bijuteria, peças artesanais, tecidos, quadros, doçaria caseira...
Estas festividades inseriam-se assim nas comemorações dos 23 anos da elevação de Esmoriz a cidade e ainda dos 26 anos de geminação consubstanciada com a cidade francesa de Draveil. 
Em seguida, apresentamos fotos tiradas na noite do dia 9 de Julho, quando a conceituada banda portuguesa Amor Electro levou ao delírio um mar de gente.


























Esta última foto é da autoria de Normando Ramos e exibe em destaque a Banda "Amor Electro"

sábado, 9 de julho de 2016

Vídeo entusiasmante sobre o surf em Esmoriz

Como já mencionamos num dos artigos anteriores, o surf é uma modalidade desportiva que ajuda a dinamizar a cidade de Esmoriz durante os sucessivos Verões. Em baixo, apresentamos um vídeo que atesta esta tradição numa terra que dispõe de um excelente areal e de um mar convidativo. Assim se explica porque é que muitos estrangeiros escolhem passar aqui os seus melhores momentos do ano. Como cidadão esmorizense, fico orgulhoso por ver a minha terra no mapa do mundo. Obrigado a todos que contribuem para que tal seja uma realidade.





Vídeo nº 1 - O surf praticado em Esmoriz.
Vídeo retirado do Youtube
Publicado por Andrea Colella
(GoPro Hero 3+ Silver e GoPro Studio)
Duração: 4 minutos

Estado degradante do Cine-Teatro de Ovar motivou reacção de Florindo Pinto

Contexto: No decurso desta semana, tivemos a notícia da queda do telhado do Cine-teatro de Ovar, um pólo cultural que se encontra ao abandono e que merecia um tratamento mais digno. Também em Esmoriz, o mesmo se sucede com o Esmoriztur, com a agravante de que este último edifício pertence mesmo à autarquia que, desde há alguns anos para cá, nada tem feito para reabilitar esta casa que outrora marcou a vida de várias gerações esmorizenses.
Em seguida apresentamos o artigo recente de Florindo Pinto no "OvarNews", o qual corroboramos em todos os pontos.


Afinal, há explicação!


Já tivemos a oportunidade de comentar e questionar o porquê, junto de figuras ligadas ao poder autárquico, sobre a razão que lhes assiste para a realização das muitas festas e festinhas, que vão acontecendo por aí. É a alegria do povo, foi-nos dito.
Em verdade, o povo tem nessas manifestações a possibilidade de, temporariamente, esquecer ou minimizar as agruras da vida e de esquecer o pagamento dos impostos que abastecem os cofres da Câmara de Ovar.
E, com este “tipo de coisas” e com os dinheiros do povo, a Câmara alimenta a cultura, ao ar livre, “mostra-se” e uma “quantidade” do povo vai dizendo; “isso sim, é trabalho”.
Sou povo e tenho a minha interpretação do “tal trabalho”. E com o decorrer dos tempos e do ouvir aqui e ali, estou a encontrar a explicação para o não cumprimento de algumas promessas eleitoralistas.
Por cá, queixamo-nos do estado de adiantada degradação do Cine Teatro Esmoriztur e, agora, ouve-se, em S. Cristóvão de Ovar, o “grito de alerta” pelo que está a “sofrer” o edifício do Cine Teatro de Ovar.
É. É mesmo assim. As obras de recuperação são de custo elevado e, no imediato, não é considerado de “trabalho”. Logo, entre o esbanjar dinheiro por aí, nas festas e festinhas, no “mostrar eleitoralista”, – tudo termina com o último foguete ou o desmontar da banca – mas as novas eleições estão já ali e o bom senso de investir em bens duradoiros, há que aproveitar a “onda”, num concelho de emoções, alimentando, com o que a todos pertence, a hipótese de se conseguir uma “nova energia”.
Afinal, para tudo existe uma explicação e o conceito de esbanjar ou investir, sempre pode ser explicado. 


Florindo Pinto
7 de Julho de 2016
Texto publicado no OvarNews



Afinal, há explicação – Florindo Pinto

Foto retirada do Site Noticioso OvarNews

segunda-feira, 4 de julho de 2016

A "Mini-Barrinha" necessita de sinalização de prevenção

Não é a primeira vez que alertamos para esta situação. Aliás, já nas épocas balneares dos anos anteriores, fizemos referência a esta situação, mas pelos vistos ninguém quis saber. A "Mini-Barrinha" que se acha defronte da Barrinha de Esmoriz encontra-se logicamente poluída. Já mostramos imagens no passado que confirmam a sujidade das águas, e hoje voltamos a fazer o mesmo, até que alguém se digne finalmente a sinalizar o espaço com a referida interdição para banhos. Meus senhores, não custa nada - sejamos todos responsáveis!
Nesta segunda-feira, dia 4 de Julho, observámos muitas crianças e adolescentes, sem supervisão de adultos, a brincar nas águas dessa pequena lagoa. Fazem-no certamente de uma forma ingénua, sem terem conhecimento ou noção de que podem ficar com uma doença de pele ou com um problema infeccioso. 
Não se compreende como é que as entidades responsáveis e os organismos públicos locais não tiveram ainda a iniciativa de agir. Já lá vão três anos que isto se sucede!
O facto de não termos conhecimento de queixas públicas, não quer dizer que já não tenham acontecido pequenas infecções de pele naqueles que ousaram aventurar-se naquela pequena lagoa que mescla as águas poluídas da Barrinha e do vizinho mar.





Foto da nossa autoria