quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Resultados das Autárquicas de 2021 em Ovar - um remake de 2017? (Opinião)

As eleições autárquicas no concelho de Ovar ditaram uma vitória claríssima do PSD. Podemos escrever muitas coisas, mas a verdade é que o plebiscito culminou com uma vantagem inequívoca dos sociais-democratas, semelhante à de 2017. Como é evidente, as previsões iniciais apontavam para uma perda de votos dos sociais-democratas, e isso efectivamente aconteceu neste sufrágio, mas a diferença foi praticamente reduzida, ao ponto de suscitar poucas modificações. 

Na Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro não teve 65% dos votos como aconteceu em 2017, mas teve 58%. Mas o PS também perdeu votos, passou dos 18,6% para os 17,5%. No entanto, ambos mantiveram o mesmo número de vereadores que antes detinham: 7 para o PSD, 2 para o PS. Todos os outros partidos não conseguiram eleger qualquer vereador. Até para o Movimento 2030, esse dado foi um sinal de uma noite eleitoral para esquecer. Na Assembleia Municipal de Ovar, o PSD também teve alguma quebra, e aí sim perdeu 2 deputados municipais que foram praticamente atribuídos ao Movimento 2030 que surgiu como terceira força política mais votada. Por sua vez, PS (7), CDS-PP (1), BE (1) e PCP (1) mantiveram o mesmo número de vogais em relação a 2017. Os sociais-democratas ainda mantêm a maioria absoluta (15 contra 12 da oposição), embora o equilíbrio tenha aumentado ligeiramente, algo que consideramos ser saudável para a democracia, seja em que contexto for.

Nas freguesias em Esmoriz, Cortegaça e Maceda, os sociais-democratas venceram os sufrágios com maioria absoluta. É certo que o PS conseguiu colocar mais dois deputados em Esmoriz e mais um em Cortegaça, contudo António Sá (com 48,9 % dos votos), Sérgio Vicente Prata (com 58% dos votos) e Miguel Silva (com quase 60% dos votos) venceram claramente com maioria absoluta. E daí podemos rematar que os projectos de continuidade mereceram o voto de confiança das suas comunidades. 

Em Válega e na União de Freguesias de Ovar, os socialistas mantiveram a liderança devido aos méritos de Raul Teixeira (42,5%) e de Bruno Oliveira (36,8%; embora este último tivesse uma corrida muito renhida com Fátima Rosas do PSD).

O PSD não fez propriamente uma grande campanha e, na nossa opinião, até se lançou algo tarde, e mesmo assim, foi suficiente para ganhar expressivamente. Por sua vez, o Movimento 2030 fez um claro "all in" desde o início, e acreditavam muitos que poderia fazer mossa aos sociais-democratas, contudo tal não aconteceu. O resultado traduziu-se apenas na eleição de 2 deputados municipais e 1 deputado para as respectivas Assembleias de Freguesia de Esmoriz, Válega e União de Freguesias de Ovar. O PS também ressurgiu com mais vigor, nomeadamente em Esmoriz, e daí terem melhorado o resultado na cidade (aqui há-que reconhecer o empenho de Carlos Jorge Ferreira), contudo insuficiente ainda para desafiar António Sá, sucessor de António Bebiano, que conseguiu convencer a população com o seu projecto e equipa. 

Relativamente a Esmoriz, consideramos salutar a presença de três partidos na Assembleia de Freguesia porque pensamos que isso proporcionará um ambiente enriquecedor de troca de ideias e perspectivas. Serão 8 do PSD (48,9%), 4 do PS (26,6%) e 1 do Movimento 2030 (11,8%; representado por Sílvio Graça). Contudo, temos a esperança que todos agora representem o "partido da terra" e remem todos para o mesmo lado em prol do progresso da cidade porque é isso que importa nos próximos quatro anos. 

Quanto aos outros partidos vareiros, todos eles mantiveram praticamente os mesmos resultados que em 2017. O CDS-PP pode queixar-se de uma espécie de "empate com sabor a derrota" porque previa-se um acréscimo da sua votação sobretudo na Assembleia Municipal de Ovar (mantêm ainda um elemento), o que até aconteceu mas que não deu para eleger mais representantes (em Maceda, perderam por poucos votos a possibilidade de eleger uma vogal). O Bloco de Esquerda manteve um membro representante na Assembleia Municipal de Ovar e conquista um na União de Freguesias de Ovar, mas não apostou em listas para as restantes freguesias, o que no nosso entender, foi um erro visto que poderia ter potenciado a sua votação geral. Por sua vez, a CDU continuará a ter um deputado na Assembleia Municipal de Ovar, mas perde o elemento que tinha na União de Freguesias de Ovar, e o partido já reconheceu que os resultados ficaram aquém das expectativas.

O Chega ainda tentou intrometer-se na luta, mas a formação recente da sua delegação em Ovar e a entrada tardia em campanha (e os debates não tão bem conseguidos pelo seu cabeça-de-lista) não permitiram causar qualquer surpresa, mas mesmo assim, com 2% de votos para a Assembleia Municipal, fica o aviso de que podem vir a ganhar representatividade neste organismo nas próximas eleições autárquicas.

Em jeito de rescaldo, o PSD, independentemente dos elogios e críticas (não estamos aqui a analisar os mandatos, mas apenas os resultados), venceu as eleições no concelho de Ovar. Na lista de derrotados, não podemos excluir o PS, o Movimento 2030 e o Chega. O primeiro por não ter conseguido quebrar a hegemonia dos sociais-democratas (nem condicionar sequer as suas maiorias absolutas), o segundo porque elegeu poucos representantes e o terceiro por ainda não ter qualquer voz nos organismos públicos locais. Quanto a CDS-PP, BE e CDU é certo que esperavam um resultado melhor, mas mantêm a sua voz na esfera municipal - não é o que ambicionavam, mas também não é um retrocesso. 

Por fim, uma palavra sobre a abstenção. No concelho de Ovar, esteve perto dos 47% (Portugal teve cerca de 46,3%) e isso deveria motivar uma séria reflexão. É preciso estreitar as políticas de proximidade e envolver mais as pessoas no processo de decisão e cidadania. 




Créditos da Imagem: O Jogo

Correio do Leitor - Florindo Pinto dá conselhos aos autarcas eleitos

Aos autarcas, agora eleitos, aconselho que:


- Sejam diligentes, dedicados, verdadeiros, justos.

- Não se deixem influenciar pelo poder e pelas mordomias da política.

- Se inteirem dos valores imobiliários, que são pertença da freguesia.

- Sejam constantes defensores dos valores morais, culturais, de Esmoriz.

- Saibam exigir, aquilo a que temos direito, junto da Câmara de Ovar.

- Se documentem, estudem e conheçam os limites territoriais de Esmoriz.

- Nos mostrem a chave da porta da Casa Mortuária, do Mercado.

- Retirem a sinalização, que demonstra a ignorância de quem “manda”.

- Terminem com o “vou ver” e, tragam o “fui ver e resolvi”.

- Se lembrem que se propuseram servir a terra e não se servir, do cargo.


27/09/2021

(Florindo Pinto)






domingo, 26 de setembro de 2021

Urnas em Esmoriz já estão abertas

Desde as 8 horas, que já se pode votar nestas eleições autárquicas. Em Esmoriz, as urnas do Pavilhão do Patronato (Castanheiros) e das Escolas Básicas de Gondesende e da Praia encontram-se em funcionamento.

Pela manhã, no caso da Escola Primária da Praia, registámos algum movimento, contudo é de salientar a boa organização com a presença de colaboradores e responsáveis pelo processo. Dentro deste contexto, é de enaltecer o papel dos membros da mesa de voto, bem como ainda o empenho dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz que têm estado no local, de forma a garantir as condições sanitárias e as distâncias de segurança, evitando-se assim grandes aglomerados.

Se ainda não foi votar, então não deixe de exercer este dever cívico. Poderá votar até às 20 horas.




Direitos do Texto e Imagem: Site A Voz de Esmoriz

sábado, 25 de setembro de 2021

E a campanha... acabou!

Terminou a campanha para as eleições autárquicas de 2021, e neste sábado, temos então o dia de reflexão. Muitas ideias e projectos foram difundidos. Na minha opinião, todos tiveram visibilidade e a oportunidade de demonstrar as suas visões nos jornais e rádios locais. Surgiram alguns projectos interessantes, elogios e críticas pertinentes, e claro, equipas com características diferenciadas.

Estranhamente, não vimos qualquer mulher candidata (isto é, cabeça de lista) à Câmara Municipal de Ovar ou à Junta de Freguesia de Esmoriz, algo que merece o nosso reparo. Apesar de elas estarem presentes nas listas, a verdade é que fez falta uma visão feminina. Talvez é algo a reflectir no futuro.

Por outro lado, ficou também claro que um político ou candidato deve ter um bom poder de oratória e conhecimento de causa, caso contrário, arrisca-se a ser ultrapassado pela concorrência nos debates.

Naturalmente, a campanha é fundamental. A ideia de criar uma dinâmica positiva em termos de propaganda (arruadas, outdoors e comícios), mesmo que exista algum "fogo de vista" ao início, pode ser uma vantagem para que esse partido comece a conquistar a confiança e a atenção de mais eleitores. A quantos mais eleitores, a mensagem chegar, mais votos poderão ser alcançados. Há quem se tenha lançado mais cedo do que outros nessa contenda. Será que vão retirar dividendos disso? E os que apareceram mais tarde vão ressentir-se? Não sabemos, mas faremos aqui a análise na próxima semana.

Outra interrogação é saber como vai ficar o quadro político em Esmoriz e Ovar no pós-eleições. Quem vencerá? Terá maioria absoluta? Ou será obrigado a um entendimento com a oposição?

As perguntas são muitas, mas as respostas só as teremos na noite deste Domingo. 

Só nos resta apelarmos aos cidadãos de Esmoriz para que hoje reflictam e amanhã exerçam o seu direito de voto. Seria muito bom que a abstenção na nossa terra fosse inferior a 40%. 

Por isso, invista neste próximo domingo cinco ou dez minutos para ir votar. 




quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Carlos Jorge Ferreira – “Sou um lutador por natureza que não se contenta com os mínimos” (Entrevista)

 

RUBRICA “À PROVA DOS NOVE”


Nove questões, nove respostas. Vamos saber a opinião de cada um dos candidatos à Junta de Freguesia de Esmoriz.

O convidado de hoje da nossa rubrica é Carlos Jorge Ferreira, professor de Educação Física e treinador de voleibol, que foi oficializado como candidato do Partido Socialista à Junta de Freguesia de Esmoriz.


1- Bom dia, Carlos Jorge Ferreira. É candidato pelo PS. Poderia descrever um pouco do seu percurso profissional e associativo, de forma a apresentar-se aos eleitores.


R: Bom dia. Sou Licenciado em Educação Física e Pós-Graduado em Educação Especial. Desenvolvo a minha atividade profissional há 19 anos e estou colocado no Agrupamento de Escolas de Esmoriz -Ovar Norte, como Professor da Educação Especial. Desde que me lembro, sempre fui adepto do desporto e da atividade física e sempre pratiquei voleibol, no EGC. Aos 20 anos, mais ou menos, iniciei a minha atividade como treinador e é como treinador que sinto estar a contribuir para o desenvolvimento da nossa cidade, elevando-a a patamares muito interessantes a nível desportivo, como toda a gente se recorda, com certeza.

No ano de 2013, tive uma experiência profissional no estrangeiro, mais precisamente na Noruega, como treinador profissional da equipa sénior feminina STOD VOLLEY; orgulho-me de ter ganho a Liga Nórdica, o Campeonato Nacional da Noruega e a Taça da Noruega. Foi uma experiência deveras enriquecedora.



2- Quais as principais razões que o motivaram a avançar com a candidatura?


R: O que me move é o amor pela minha terra, é fazer o bem por todos. É ser útil à comunidade.

Esmoriz é a minha cidade. Nasci e fui criado em Esmoriz; sou um filho da terra, como se diz vulgarmente. O meu avô foi tanoeiro e caixeiro-viajante (de certeza que os mais antigos se recordam dele).

Quem me conhece sabe que sou um lutador por natureza que não se contenta com os mínimos! E preocupo-me com os problemas que afligem os meus vizinhos, os meus alunos, os meus atletas, os meus amigos.



3- Na sua opinião, qual deve ser o papel do Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz junto da comunidade? E que características deve possuir para prestar um bom serviço à população?


R: Convém referir, em primeiro lugar, que o papel de um Presidente de Junta está bem definido na lei e as suas competências não são ilimitadas.

No entanto, um bom presidente estará sempre atento e estará sempre próximo da população, tentando conhecer as suas necessidades e preocupações. Um bom presidente pretenderá elevar a sua freguesia, dotando-a de infraestruturas capazes de tornar o dia a dia dos seus fregueses mais fácil. Um bom presidente tem uma visão de futuro a longo prazo, independentemente da cor partidária.

Um bom presidente tenta projetar e planear para o futuro; melhorar a qualidade de vida dos fregueses; procurar soluções para resolver problemas.; reconhecer o mérito e encorajar a fazer melhor. Um bom presidente está presente para dar uma palavra amiga quando ela é necessária. Esta é a minha vontade e a minha proposta. E é isto que faremos.



4- No seu entender, Esmoriz tem potencial para evoluir ainda mais?

R: Esmoriz tem um potencial tremendo. Os seus pontos fortes são bem superiores às suas fraquezas.

Em primeiro lugar, destaco as pessoas. Elas são a maior riqueza desta terra e é com elas e para elas que Esmoriz tem de se desenvolver. É inegável o facto de que a população de Esmoriz aumentou, de acordo com os últimos Censos. Aumentaram os agregados familiares, aumentaram os alojamentos. Isto, de per si, já mostra que a cidade tem capacidades de atrair pessoas.

Para além disso, temos bons acessos, que permitem uma ligação rápida aos grandes centros urbanos, como Porto e Aveiro.

Temos um associativismo forte e diversificado, que contribui para uma forte identidade cultural, desportiva, humanitária, cujo mérito é reconhecido a nível nacional. A nível social, não podemos esquecer o bom trabalho efetuado pelo Centro Comunitário de Esmoriz, pelo CASE, pela Mutualidade de Stª Mª (só para referir alguns exemplos) junto dos mais desfavorecidos. A população sente-se protegida quando as dificuldades da vida apertam.

Temos ensino público de qualidade, abrangendo o pré-escolar e toda a escolaridade obrigatória; a taxa de abandono é residual. Até temos uma Universidade Sénior!

Temos uma boa rede de saúde, a funcionar em horário alargado, e com profissionais preocupados. Temos áreas de interesse ambiental elevado (Buçaquinho, Passadiços, Mar, Barrinha, …). Temos indústrias bem implementadas, que geram muito trabalho e riqueza; temos um crescente turismo de qualidade. Por tudo isto, Esmoriz merece Mais e Melhor!


5- No seguimento da pergunta anterior, quais são então as principais carências da cidade de Esmoriz que devem ser resolvidas no futuro?

R: Apesar dos atrativos, Esmoriz tem ainda várias carências. A população mais jovem tem tendência a fixar-se na zona poente da cidade, onde a construção é mais recente, mais moderna. E também mais cara e mais inacessível aos que estão a começar a sua vida, seja a nível de arrendamento ou de aquisição de habitação própria.

Em termos de mobilidade interna, é de relevar que quem não tiver transporte próprio enfrenta sérios problemas de circulação. A forma como os esmorizenses se deslocam no espaço urbano tem de ser repensada. Faltam estacionamentos; faltam passeios; faltam transportes públicos de acesso aos principais serviços (USF, Escolas, Loja do Cidadão, Mercados, bancos,…); falta iluminação; falta manutenção dos jardins e dos canteiros; faltam medidas redutoras de velocidade junto às escolas/ centro de saúde, …; falta dignificar as entradas/saídas da nossa cidade.

As nossas associações também merecem um reconhecimento mais visível. Merecem um apoio incondicional e mais consistente, para deixarem de ser um “subsídio” e passarem a ser um investimento. Assim o exige a identidade cultural de Esmoriz. A título de exemplo, Esmoriz deixou “escapar” a Etapa de 1 estrela do Circuito Mundial de Voleibol de Praia (FIVB Beach Volleyball World Tour), que se realizou nos dias 12 a 15 de Agosto de 2021. Sem qualquer desmérito para a freguesia vareira que acolheu esta iniciativa, será que Esmoriz- Cidade do Voleibol- não teria condições mais atrativas para receber uma atividade desta envergadura? Faltam equipamentos, como fomos todos esclarecidos numa recente entrevista na rádio A Voz de Esmoriz? O EGC não mereceria esta distinção?

Em relação ao ensino e ao empreendedorismo, é verdade que Esmoriz tem boas escolas e bons empreendedores. Mas será que estão em sintonia? Será que os cursos das vias profissionalizantes vão ao encontro da procura dos nossos empresários? Não nos parece. Há falta de diálogo, de articulação entre a comunidade e a escola. Há falta de trabalhadores especializados e qualificados.



6- Caso seja eleito, quais os principais projetos que pretende concretizar no mandato entre 2021 e 2025?

R: Relativamente a compromissos, eu e a minha equipa não ficaremos pelas promessas; mas, sim, vimos propor um conjunto de medidas exequíveis e passíveis de melhorar o dia a dia de todos.

Portal da Transparência – É fundamental integridade e seriedade; é importante e urgente uma gestão rigorosa e transparente do dinheiro de todos, ao serviço de todos. Há que criar uma relação de proximidade e de confiança entre a Junta de Freguesia e a comunidade.

Voz do Munícipe – Eu caminho muito pelas ruas da cidade e, mais recentemente, tenho visto e conhecido os problemas que existem e que dificultam o dia a dia das pessoas. A Voz do Munícipe pretende fomentar a participação mais ativa de todos na construção de um bem comum. É fundamental que todos tenham uma voz.

Inclusão Social – A minha vida profissional levou-me a conhecer bem a realidade de Esmoriz, e o nosso objetivo é que estejamos todos no pelotão da frente. Há que criar uma relação de proximidade entre a Junta de Freguesia e a comunidade e prestar auxílio a quem mais precisa, nomeadamente a idosos, a reformados, a portadores de deficiência, a jovens em risco, a desempregados, a emigrantes. Aceitar e respeitar as diferenças é um dos princípios do nosso projeto.

Projeto Educação para a Saúde – Uma população feliz é uma população saudável! O nosso objetivo passa por promover um estilo de vida salutar e este projeto visa a monitorização a da condição física e psicológica dos nossos fregueses. É igualmente fundamental definir políticas em matéria de comportamentos aditivos e dependências.

Mobilidade Interna- A nossa cidade é simpática e acolhedora. Urge dotar a cidade de um transporte público, acessível e autossustentável. Investir na mobilidade é investir no emprego, no comércio, na indústria, na construção. Investir o dinheiro dos impostos de Esmoriz em Esmoriz é urgente.

A cidade tem de se tornar mais atrativa à população jovem, para que esta se fixe e construa futuro. Será importante rentabilizar o edificado, apoiando a reconstrução/ remodelação dos prédios devolutos ou degradados. Vamos defender o projeto“ Cara lavada”.

Finalmente, e tal como afirmei anteriormente, o associativismo é uma das grandes forças- motrizes de Esmoriz. Muitas mulheres e homens, Esmorizenses dedicados e em total regime de voluntariado, merecem que o seu trabalho seja mais visível, mais reconhecido e mais acessível. Que nenhuma criança ou jovem deixe de frequentar uma atividade – física, musical, cénica, humanitária , social ou outra- por falta de dinheiro.

Vamos garantir os Sábados Culturais, para mostrar o que de excelente as nossas associações fazem, e as Manhãs Ativas, para implementar a prática saudável do desporto.

Nos próximos anos, teremos de acelerar o nosso ritmo de trabalho. A pandemia Covid 19 e os dois cercos sanitários em Ovar foram muito prejudiciais à economia local; os comerciantes sentiram bem os efeitos. É imprescindível apoiar o comércio local, a restauração, as atividades turísticas, para que cresçam em qualidade e diversidade. Daí ser essencial melhorar/ requalificar os espaços públicos, jardins, pracetas, … e dotá-los de estruturas intergeracionais que possam ser utilizadas por todos e onde as famílias sintam verdadeiramente que vale a pena sair de casa, fomentando-se uma cidadania mais ativa e mais urbana.

Os nossos empresários, grandes e pequenos, precisam de condições favoráveis para investir. Ninguém investe sem atrativos. Isto passa por infraestruturas, é certo, mas também por formação, informação, conhecimento dos Fundos Europeus, apoio jurídico às candidaturas do PT 2030, do Plano de Recuperação e Resiliência, do REACT EU, entre outros. . E isto pode ser suportado pela J. de Freguesia. Tal como os jovens, que precisam de ajuda na procura de um primeiro emprego ou de novas oportunidades empresariais. O Gabinete de Inserção Profissional de Esmoriz tem de ser mais ativo, mais visível; tem de sair mais do gabinete, tem de chegar a todos.



7- Como descreveria a sua equipa que o acompanha?

R: A minha equipa é forte e dinâmica . É constituída por mulheres e homens que “vestem a camisola” por Esmoriz. Pessoas de diversas áreas de formação e de emprego, de diferentes gerações, de diferentes credos. Gente honesta e competente! Esmorizenses por nascimento e por convicção!

Todos unidos em volta de um objetivo comum, que é promover o desenvolvimento da nossa cidade e das nossas gentes.


8- Se tivessem de escolher um lema para a vossa candidatura, qual seria? E já agora, porquê?

R: “Não importa o tamanho os desafios; o importante é vencê-los!” Este é o nosso lema.

Esmoriz tem enormes potencialidades e a cidade tem de crescer de forma coesa, ordenada e sustentável. Não podemos continuar a ser o “parente pobre de Ovar”.

Connosco, os esmorizenses podem estar confiantes – não descansaremos enquanto houver um freguês que não encontre resposta às suas dificuldades. Trabalharemos para uma cidade maior e melhor, em total transparência e com a garra que nos define.



9- Por fim, e na qualidade de candidato, que mensagem gostaria de deixar à comunidade esmorizense?


R:Vamos resolver problemas!

Vamos construir uma cidade melhor e mais feliz!

Em Esmoriz!

Vota Cajó Ferreira.

Vota PS!



Agradecemos, desde já, o tempo que nos concedeu.





Nota: Entrevista concedida anteriormente ao Site A Voz de Esmoriz, partilhada posteriormente pelo nosso blogue. Pretendemos partilhar as entrevistas posteriores de todos os candidatos.

António Sá – “Nunca antes houve tanta obra realizada em Esmoriz, seja material ou imaterial” (Entrevista)



 RUBRICA “À PROVA DOS NOVE”

      

Nove questões, nove respostas. Vamos saber a opinião de cada um dos candidatos à Junta de Freguesia de Esmoriz. O convidado de hoje da nossa rubrica é António Sá, actual tesoureiro da Junta de Freguesia de Esmoriz, contabilista e dirigente associativo, tendo sido oficializado como candidato do PSD à Junta de Freguesia de Esmoriz.


1- Bom dia, António Sá. É candidato pelo PSD. Poderia descrever um pouco do seu percurso profissional e associativo, de forma a apresentar-se aos eleitores.


R: Antes de mais, obrigado por esta oportunidade.  Em criança, descobri a paixão pelos números e pelas contas certas. Por isso, tirei um Bacharelato em Contabilidade e Administração e sou contabilista certificado com trinta e cinco anos de serviço em várias empresas, carreira da qual muito me orgulho.

Quanto ao Associativismo, sempre me foi uma área na qual estive inserido e, por isso, tenho uma forte ligação às nossas instituições.

Fui atleta e diretor do Esmoriz Ginásio Clube e diretor da Federação Portuguesa de Voleibol durante 12 anos.

Para além da paixão do desporto, movido pelo gosto em ajudar, estive também ligado ao Centro Comunitário de Esmoriz durante os últimos 18 anos, tendo contribuído para o desenvolvimento de inúmeros projetos na área social. 

Estas experiências profissionais e associativas deram-me conhecimentos e competências que são fundamentais a qualquer pessoa que pretenda ser Presidente de Junta.



2- Quais as principais razões que o motivaram a avançar com a candidatura?


R: Em primeiro lugar, porque sou um filho da nossa terra e sinto uma enorme vontade de servir a nossa comunidade. Nasci em Esmoriz, sempre morei cá e foi aqui que casei e fui pai. Esmoriz é a minha terra e desde sempre senti vontade de contribuir para tornar a nossa cidade cada vez melhor.

Depois, porque a par do meu percurso profissional e associativo, nos últimos 8 anos tenho estado ao serviço da população como Tesoureiro da Junta de Freguesia de Esmoriz. Para além da honra que tem sido servir a nossa comunidade, orgulho-me do trabalho que temos feito e do quanto a cidade evoluiu neste período.

Sou candidato à Junta de Freguesia de Esmoriz porque a minha experiência pessoal, profissional e política me levou a conhecer ainda melhor a nossa cidade, as nossas pessoas, os desafios que temos pela frente e o que podemos fazer para os ultrapassar.

Sei que muito foi feito e que muito temos para fazer. Sou candidato porque tenho a experiência e o conhecimento necessários e conto com uma equipa de excelência, de pessoas com provas dadas em várias áreas, que querem dar tudo de si para continuar a fazer de Esmoriz uma cidade da qual nos podemos orgulhar cada vez mais.



3- Na sua opinião, qual deve ser o papel do Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz junto da comunidade? E que características deve possuir para prestar um bom serviço à população?


R: O Presidente de Junta tem de ser um verdadeiro líder da comunidade, ou seja, alguém que defina o rumo a ser traçado para melhorar a nossa comunidade, mas que, ao mesmo tempo, saiba escutar os Esmorizenses, perceber os seus problemas e implementar as soluções para as necessidades identificadas. Tem de sentir, perceber e interpretar a vontade comum da nossa comunidade e trabalhar, com esforço e dedicação, para melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. Para isso, é fundamental ter experiência, conhecer a Junta de Freguesia por dentro, as respetivas competências e capacidades da Junta, para se poder dar cumprimento a esta nobre missão que é ser autarca.



4- No seu entender, quais foram as principais obras que o executivo, do qual faz parte, realizou nos últimos anos em Esmoriz?


R: As obras executadas por este Executivo foram tantas que nomear todas é um exercício demorado. Mas, a título de exemplo, podemos referir a reabilitação da zona dos balneários da praia, a reabilitação do Auditório, Átrio e cobertura do edifício da Junta de Freguesia de Esmoriz, a reabilitação do Pavilhão dos Castanheiros (atual pavilhão das colectividades), a construção das namoradeiras ao longo da costa, a renovação das paragens dos autocarros, as intervenções de beneficiação do cemitério, a requalificação de dezenas de arruamentos da nossa cidade, a construção e reparação de passeios, a reconversão do Estaleiro da Praia em parque de estacionamento, a requalificação dos Jardins Padre Campos e da Rua João Santarém, o reordenamento da Praia Velha, a reabilitação de tanques e lavadouros por toda a cidade, entre outras obras que também aqui podiam ser referidas.  Isto, em termos de obra física. Mas não podemos esquecer o enorme impulso que demos aos projetos imateriais, que não se veem. Antes de nós, a Junta de Freguesia pouco mais fazia do que emitir atestados. Nós aumentámos a oferta de serviços à população, criando a Universidade Sénior, a Comissão Social de Freguesia, o Gabinete de Apoio Psicossocial e o Gabinete de Inserção Profissional, que prestam serviços de proximidade e que são fundamentais na vida da nossa comunidade.

Nunca antes houve tanta obra realizada em Esmoriz, seja material ou imaterial.



5- Por outro lado, quais são então as principais carências da cidade de Esmoriz que devem ser resolvidas no futuro?

R: Em primeiro lugar, temos que recordar que os problemas de Esmoriz não nasceram hoje e muitos deles são problemas de fundo, ou seja, que não se resolvem num dia ou apenas pela intervenção da Junta de Freguesia.

De forma resumida, identifico 3 áreas, sendo que não se esgotam aqui os desafios que temos pela frente.

Desde logo, um dos maiores desafios que a cidade tem pela frente resulta da falta de planeamento urbano que Esmoriz não recebeu ao longo de décadas e que só nos últimos anos, com o PSD, começou a acontecer. Esta falta de planeamento urbano comprometeu o desenvolvimento da cidade, prejudicou a nossa rede viária, o espaço envolvente e a definição de zonas na cidade para as diversas funções que são necessárias, como as Zonas Industriais ou Comerciais. Felizmente, já começamos a ver melhorias nesse planeamento.

Outro dos desafios é a Reabilitação da Frente Mar, que neste momento já se encontra em decurso graças a nós.

Além destes, existe também a necessidade de se criar uma rede de transportes públicos adaptada às aspirações da comunidade, sendo que já demos um passo ao renovar as paragens de autocarros.

Felizmente, seja para os desafios que referi ou para os que ficaram por referir, temos as soluções certas e as pessoas com a experiência necessária para os resolver, sendo certo que, como disse, são situações que demoram o seu tempo a serem resolvidas.



6- Caso seja eleito, quais os principais projectos que pretende concretizar no mandato entre 2021 e 2025?

R: O nosso programa é vasto e contou com contributos de vários Esmorizenses, fossem do PSD ou independentes. Entre os principais projetos para o próximo mandato temos a cobertura do mercado semanal na Praça dos Combatentes, a criação do Mercado de Natal, a criação do Centro Cultural de Esmoriz com a reabilitação total do Palacete dos Castanheiros, a reabilitação da Frente Mar, as intervenções de regeneração urbana por toda a cidade, sendo que a título de exemplo podemos referir as intervenções na Rua dos Castanheiros, na Rua Alexandre Sá Pinto e na Rua da Mariana. Além disto, pretendemos ainda criar um espaço de lazer no Campo da Árvore assim como o Interface Ambiental da Barrinha. Podem conhecer o nosso programa na íntegra, explicado de forma simples e direta, na página do Facebook da nossa candidatura “Seguimos Juntos por Esmoriz”.



7- Como descreveria a sua equipa que o acompanha?

R: Construímos uma equipa jovem, mas com grande experiência autárquica, com pessoas de várias áreas profissionais, e que nos garante a perfeita harmonia entre idades, diversidade de locais de origem na cidade e o respeito pela igualdade de género.

É uma equipa que, para além das provas dadas na política e na comunidade, é composta por pessoas sérias e competentes, representativa dos valores que caracterizam o Esmorizismo que nos define, e uma equipa que representa toda a cidade, desde Gondesende até à Praia.



8- Se tivessem de escolher um lema para a vossa candidatura, qual seria? E já agora, porquê?

R: Por um lado, o slogan de todas as candidaturas do PSD é “Seguimos Juntos”, demonstrando o espírito de união entre todos os candidatos do PSD, mas também de união às nossas populações, numa verdadeira política de proximidade, que sempre caracterizou os autarcas do PSD desde a liderança assumida pelo nosso Salvador Malheiro. Por outro lado, em Esmoriz, personificamos o lema “Certeza no Futuro”, que expressa a experiência adquirida nestes 8 anos no executivo, onde demonstrámos trabalho, percebemos os desafios da cidade, e projetamos, com verdade, o futuro da cidade com uma visão realista, concretizada por uma equipa que provou estar capacitada. Portanto, num verdadeiro espírito de união, se tivéssemos de optar, diríamos “Seguimos Juntos com a certeza no futuro”.



9- Por fim, e na qualidade de candidato, que mensagem gostaria de deixar à comunidade esmorizense?

R: Os Esmorizenses conhecem-me bem, não só pelo nome que é uma referência já de família, mas também pelo meu percurso de vida, como homem, como atleta e dirigente associativo. Mas gostaria de destacar os meus últimos 8 anos como autarca do PSD, onde adquiri experiência que se assume decisiva na gestão pública. Deste modo, sinto que tenho as competências e os conhecimentos necessários para continuar a fazer de Esmoriz uma cidade da qual nos podemos orgulhar cada vez mais.

Tenho comigo uma equipa jovem e competente, preparada para defender os interesses de Esmoriz e dos Esmorizenses e responder aos desafios que teremos pela frente durante os próximos anos.

Connosco os Esmorizenses podem ter certeza no futuro. Por isso, apelo a que no próximo dia 26 de setembro os Esmorizenses confiem em nós e votem PSD.



Agradecemos, desde já, o tempo que nos concedeu.






Nota: Entrevista concedida anteriormente ao Site A Voz de Esmoriz, partilhada posteriormente pelo nosso blogue. Pretendemos partilhar as entrevistas posteriores de todos os candidatos. 

sábado, 18 de setembro de 2021

Sílvio Graça – “Não há maior motivação do que servir os Esmorizenses e a nossa cidade, proporcionando uma maior e melhor qualidade de vida” (Entrevista)


 RUBRICA “À PROVA DOS NOVE”


Nove questões, nove respostas. Vamos saber a opinião de cada um dos candidatos à Junta de Freguesia de Esmoriz.

O convidado de hoje da nossa rubrica é Sílvio Graça, engenheiro mecânico, escuteiro e que é também Presidente da Associação de Pais da Escola Secundária de Esmoriz. Sílvio avança agora como candidato do Movimento 2030 à Junta de Freguesia de Esmoriz, no âmbito das eleições autárquicas de 2021.


1- Bom dia, Sílvio Graça. É candidato pelo Movimento 2030. Poderia descrever um pouco do seu percurso profissional e associativo, de forma a apresentar-se aos eleitores.


R: Bom dia!

Profissionalmente, quis o destino que aos 16 anos fosse estudante/trabalhador ao iniciar a vida laboral pela empresa João Costa e Filhos, Lda. (Tionga Velho). Foram anos a aprender e a não ter medo ou vergonha de sujar as mãos. Fiz uma pausa no trabalho quando fui estudar em Coimbra (Eng. Mecânico), para voltar a trabalhar em Esmoriz, mais especificamente na empresa Jacinto Marques de Oliveira, Sucrs Lda. Foram 16 grandiosos anos de experiência técnica e essencialmente humana.


Atualmente:


● Especialista em desenvolvimento humano no Instituto Eneacoaching;

● Elaboro projetos de homologação de veículos no IMT;

● Consultor na área da gestão da produção e estratégia organizacional em PMEs;

● Auditor externo de Higiene e Segurança no Trabalho


Na área do associativismo, são testemunhas do meu empenho e espírito de serviço ao ensino da cidade todos os pais/encarregados de educação, auxiliares e professores da Escola da Torre, da Escola Florbela Espanca e da Escola Secundária, dotando-me de uma sensibilidade que poucos terão em prol de um melhor ensino para os nossos filhos.

30 anos de serviço no escutismo, com diversas responsabilidades a nível local, regional e nacional, tornam-me ainda mais convicto em ser diferente, em fazer a diferença na nossa cidade. Irei dar-me sem medida para deixar a cidade muito melhor do que se encontra.

21 anos com presença ativa num centro social e paroquial faz-me ter a noção, o conhecimento e a consciência na área social como poucos.


2- Quais as principais razões que o motivaram a avançar com a candidatura?


R: Espírito de missão.

Fazer a diferença.

Ao longo dos meus últimos 30 anos, através de coletividades, associações e do centro social foram estes os meus propósitos.

Neste sentido, estou energicamente motivado para este desafio.

Fazer renascer Esmoriz é o meu propósito, é a minha missão, trilhando um caminho diferente com o propósito de melhor servir a cidade. Para isso, disponibilizo-me de corpo e alma à cidade e aos seus residentes. Liderando uma equipa que vai fazer de Esmoriz uma cidade diferente!

Não há maior motivação do que servir os Esmorizenses e a nossa cidade, proporcionando uma maior e melhor qualidade de vida a quem escolheu Esmoriz por berço ou por qualquer outra razão para passar os seus dias.

Este é o maior legado que podemos deixar aos nossos filhos.



3- Na sua opinião, qual deve ser o papel do Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz junto da comunidade? E que características deve possuir para prestar um bom serviço à população?


R: Na minha opinião o papel do Presidente da Junta da Freguesia de Esmoriz é simples e simultaneamente altivo. Um Presidente da Junta, em primeiro lugar, deve ser uma pessoa presente na terra e na vida dos esmorizenses. Eu não serei ausente, em todos estarei presente.

Um Presidente da Junta deve fazer parte da solução e da resolução dos problemas da nossa terra e não alhear-se deles, tornando a nossa terra numa cidade inclusiva.

Deve intensa e “ferozmente” lutar pelos interesses de Esmoriz em todas e quaisquer instâncias.

Deve permanentemente estar ao lado das coletividades e associações da nossa terra, apoiando-as e ser o primeiro a defendê-las.

Deve ouvir todos os Esmorizenses e saber dizer que não, quando o “não” for o melhor para Esmoriz, pois vale mais um “não” com convicção do que um “sim” por conveniência.


4- No seu entender, Esmoriz tem potencial para evoluir ainda mais?


R: Claramente que sim.

Lembro que somos a primeira barreira a norte do nosso município e temos que ser inteligentes para ombrear com Espinho e Santa Maria da Feira.



5- No seguimento da pergunta anterior, quais são então as principais carências da cidade de Esmoriz que devem ser resolvidas no futuro?


R: As principais carências a meu ver são:


● A ausência da Junta de Freguesia nos Esmorizenses que leva à falta de conhecimento dos problemas e consequente resolução. A falta de proximidade;

● Estagnação, ou pior, o retrocesso no crescimento e no desenvolvimento da cidade;

● A estonteante falta de oportunidades a proporcionar aos jovens;

● O desrespeito ao idoso em se esquecer dele, não o apoiando em necessidades básicas;

● A gritante falta de promoção do turismo;

● A insignificante representatividade da cidade nas e com as associações/coletividades;

● A incapacidade de fazer da nossa cidade uma cidade inclusiva;

● Solução para a mobilidade integrada da freguesia e do concelho.



6- Caso seja eleito, quais os principais projetos que pretende concretizar no mandato entre 2021 e 2025?


R: Elaboramos um plano de ação que pretendemos que nos auxilie na assertividade, no foco na presença junto dos Esmorizenses e, desta forma, conseguir, ao longo deste período, elevar a nossa cidade ao nível de desenvolvimento social e económico que a mesma merece e que se tem perdido ao longo destes anos.

Queremos Esmoriz mais à frente indo de encontro às necessidades dos já habitantes e atraindo novos. Para tal apresento pontos de ação que acredito serem fundamentais para atingirmos os objetivos:


1- Fazer de Esmoriz uma cidade inclusiva;

2- Criar uma cultura de proximidade e presença nos Esmorizenses junto das entidades, tornando mais claro quais as necessidades mais urgentes e emergentes da nossa cidade. Pois acreditamos que é ouvindo os Esmorizenses que conseguimos dar passos em frente;

3- Criar uma residência sénior, já que somos a única cidade dos arredores que não tem qualquer valência nesta área, criando assim uma mais valia na cidade. As atitudes até ao momento passam a imagem de que os idosos desta terra não merecem consideração e respeito;

4- Fomentar junto dos jovens, porque é mais do que hora de lhes dar voz, o gosto de serem ativos na sociedade, dando-lhes a oportunidade de agir, a oportunidade de fazer e de experimentar com a implementação do projeto ”Ser presidente da Junta por uma semana” e seguindo a mesma linha, criar também uma assembleia de freguesia da juventude, a fim de dar a palavra e de ouvir as gerações mais novas;

5- Efetuar o levantamento exaustivo de todos os edifícios degradados, estabelecendo parcerias responsáveis, transparentes e tendo por base o compromisso com os proprietários na sua reconstrução, de forma a disponibilizar no mercado, a preços atrativos, oferta habitacional para quem quer viver em Esmoriz e, de momento, não tem onde, contribuindo assim para o desenvolvimento da cidade.

6- Considerando a extensão da freguesia de Esmoriz, propomos criar uma rede de transportes dentro da cidade, nomeadamente entre Gondesende, a estação CP, a praia, o posto médico, etc. Desta forma, minimizaremos uma lacuna que provoca o distanciamento dos habitantes dentro da própria cidade. Para um habitante mais velho, da zona da praia, por exemplo, a simples intenção de se deslocar ao centro de saúde já é um problema. Com esta medida pretendemos minimizar este tipo de transtornos e dificuldades;

7- Como muitos se devem lembrar, Esmoriz já foi um ponto de referência em matéria de lazer, re-dinamizar a diversão e o lazer na praia de Esmoriz são também pontos fundamentais do nosso programa de ação. Para isso, e sem loucuras nem esbanjamentos dos nossos impostos, mas sempre com a estratégia prioritária de envolver TODAS as coletividades da terra, elas – as coletividades – serão o pilar da nova animação na praia de Esmoriz, trazendo de volta a animação e o dinamismo de lazer que Esmoriz teve em tempos;

8- Com as nossas visitas aos mais diversos locais, verificamos que se torna pertinente e urgente a colocação de pontos de luz e de água na praça/mercado para que os comerciantes possam ter condições dignas de trabalho, sem terem de recorrer à imaginação para trabalhar condignamente;

9- Debater arduamente a colocação de iluminação viária em led por toda a cidade e não só em parte dela;

10- Criar o espaço do empreendedor de forma a dar REAL e constante apoio a todos os empreendedores que queiram crescer e fazer crescer Esmoriz através dos seus negócios e projetos;

11- Acompanhar e “negociar” com o Ministério da Saúde questões referentes ao funcionamento do centro de saúde, visto que o mesmo se encontra quase inacessível à maioria da população.

12- Captar eventos nacionais que promovam a cidade nas áreas do desporto e da cultura;

13- Acompanhar e supervisionar persistentemente a limpeza da cidade;

14- Criar hortas comunitárias;

15- Criar um banco comunitário de bens essenciais e balneários para os mais carenciados;

16- Criar efetivamente um espaço de apoio ao cidadão, na junta de freguesia, para questões administrativas básicas (emissão de certificados, impressão de vouchers, marcação de atendimentos, etc.)


Este é um conjunto de ações basilares para a construção de um caminho que pretendemos que seja o único para todos nós.

O nosso futuro e o nosso compromisso é Esmoriz.


7- Como descreveria a equipa que o acompanha?


R: Tenho a equipa mais equilibrada, empenhada, competente, dedicada e honrada.

Todos nós somos Esmorizenses, com significativas e imponentes provas dadas aos Esmorizenses da nossa dedicação à cidade.

É um facto que todos nós nos dedicamos a Esmoriz de forma apaixonada e com o único foco: servir a cidade e não servirmo-nos da cidade.

Todos nós primamos pela simplicidade, não procuramos protagonismo.

Os nossos principais pilares são a verticalidade, a seriedade, uma só cara e o serviço ao próximo.

Por tudo isto aceitamos abraçar esta causa sacrificando a nossa profissão e a nossa família, porque acreditamos piamente que os nossos filhos terão uma vida melhor em Esmoriz.



8- Se tivessem de escolher um lema para a vossa candidatura, qual seria? E já agora, porquê?

R: Simplesmente diferente.

Por tudo aquilo que lhe respondi na pergunta anterior, nós já estamos a demonstrar a diferença.



9- Por fim, e na qualidade de candidato, que mensagem gostaria de deixar à comunidade Esmorizense?

R: Em primeiro lugar, apelo a todos os Esmorizenses que exerçam o seu direito de voto, no dia 26 de setembro. Não deixem que outros decidam por nós. A decisão de viver numa cidade melhor passa por todos.

Aqueles que ao longo dos anos (9 anos) provaram repetidamente que não são capazes, tiveram quase uma década de oportunidades e com tudo favorável. Uma CM Ovar e uma JF Esmoriz da mesma cor política e da mesma terra, não foram capazes de alterar o paradigma da cidade.

Mesmo agora não foram capazes apresentar uma nova equipa, mais do mesmo.

Acreditem em nós. Acreditem que se de forma voluntária já tanto fizemos pela cidade, muito mais agora faremos de forma comprometedora aos sermos eleitos por vós.

Acreditem em nós. Chegou a hora de mudar de rumo, chegou a hora de dar oportunidade a uma equipa livre e sem vícios, não temos amarras políticas.

Acreditem em nós. Pois estamos energicamente motivados neste projeto. Estamos incrivelmente focados em Esmoriz.

Uma forte palavra de esperança em nós, esperança num Esmoriz melhor, mas essencialmente deixar-vos uma palavra de coragem:

Coragem em ser diferente.

Coragem em pensar por nós.

Coragem em dar o passo.

Coragem em fazer a diferença.

No dia 26 de setembro, faça também a diferença, vote Movimento 2030.

Conto com todos vós e contem cada um de vós, que por Esmoriz terão tudo de mim.


Agradecemos, desde já, o tempo que nos concedeu.








Nota: Entrevista concedida anteriormente ao Site A Voz de Esmoriz, partilhada posteriormente pelo nosso blogue. Pretendemos partilhar as entrevistas posteriores de todos os candidatos. 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Salão de Exposição Permanente de Margarida Barra é novidade cultural

Em Esmoriz, temos agora um novo salão cultural que se situa no centro da cidade, mais concretamente na Avenida 29 de Março. A casa que conta já com uma história antiga, visto que foi construída e pertenceu a António Gomes da Silva Barra, antigo presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz e um dos fundadores da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, e posteriormente ao juiz Salviano Francisco de Sousa, também fundador da dita Comissão e colaborador regular do Jornal A Voz de Esmoriz.

Hoje, esta casa incorpora uma galeria artística ou salão de exposições, com obras da autoria da artista plástica Margarida Barra, neta e filha respetivamente de António Barra e Salviano de Sousa, que apresenta assim a exposição “Olhares de Margarida”.

O nosso jornal decidiu visitar o espaço, agradecendo, desde já, a cortesia com que fomos recebidos. 

Nascida em 1954 e natural de Esmoriz, Margarida Barra desde cedo se interessou pelas Artes, licenciando-se em escultura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto. 

Na escultura dedica-se à produção de obras em cerâmica e bronze e na pintura trabalha principalmente as técnicas de óleo e acrílico sobre tela. Com a técnica de vitrofusão produz intensamente há cerca de doze anos.

Vítor Teixeira, curador da exposição “Olhares de Margarida”, da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa do Porto, destaca “há um significado interno, um conteúdo intrínseco em cada obra, tela ou vitrofusão, cerâmica, em cada criação de Margarida Barra, no seu aristotélico labor de não ficar refém da aparência externa das coisas, mas procurando que elas revelem vias de significação” e que estamos perante “uma artista que espoleta significações e mistérios, encantos, que desencadeia a transmissão de sentimentos.”    

A sua exposição permanente denominada “Olhares de Margarida” foi inaugurada em Esmoriz na tarde do dia 19 de junho, sendo que estiveram presentes cerca de 50 pessoas. Também houve animação musical, proporcionando um ambiente harmonioso.

Ficamos a saber que Margarida Barra tem participado em inúmeras exposições colectivas e individuais, nomeadamente: Museu Municipal de Espinho; Centro de Arte de Ovar; Mercado de Bom Sucesso, Porto; Hospital CUF Porto; Galeria Olga Santos, Porto; Buvette Termas da Curia; Galeria REM, Porto; VERA World Fine Art Festival, Lisboa, etc. Neste momento, conta com duas exposições itinerantes na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e no Espaço Galeria do CMEP - Clínica Médica do Exercício do Porto.

Também, a partir de 11 de Outubro, às 2ªs. feiras, às 10 horas, terá um Atelier de Técnicas de Vitrofusão (curso prático), no Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes, no Porto (www.icafg.pt), com inscrições abertas a partir de Setembro.

Ao nosso jornal, Margarida Barra confessa, que com a técnica de vitrofusão, desenvolveu uma forma inovadora de combinar a pintura sobre o vidro com o recorte, sobreposição e justaposição de peças de vidro de diferentes cores, tamanhos e texturas. Através da inclusão de metais no vidro obtém obras com cores e texturas peculiares. O efeito óptico cromático alcançado, captura a dança da luz e da cor. Diz ser um resultado fascinante, de um processo que depende da habilidade da perspetiva do olhar e da mente do observador.

O salão de exposição permanente e o atelier de Margarida Barra estão abertos todos os sábados, a partir das 17 horas, com entrada gratuita, sujeita a marcação prévia. (Contactos - morada: Avenida 29 de Março, nº 699, 3885-517 Esmoriz, Portugal; telefone: +351 919 871 108; E-mail: margaridabarra@gmail.com).






Créditos da Notícia: Jornal A Voz de Esmoriz (Edição de Agosto de 2021)

terça-feira, 14 de setembro de 2021

José Carlos Reis (CDU) – “Não fazemos promessas, mas cá estaremos para a realizar o nosso trabalho com competência e honestidade” (Entrevista)

 

RUBRICA “À PROVA DOS NOVE”


Nove questões, nove respostas. Vamos saber a opinião de cada um dos candidatos à Junta de Freguesia de Esmoriz. O convidado de hoje da nossa rubrica é José Carlos Reis, operário metalúrgico e um homem que já conta com uma história longa na Rádio Voz de Esmoriz, onde tem sido locutor por vários anos. José Carlos Reis é agora o candidato da CDU para a Junta de Freguesia de Esmoriz.


1- Bom dia, José Carlos Reis. É candidato pela CDU. Poderia descrever um pouco do seu percurso profissional e associativo, de forma a apresentar-se aos eleitores.


R: Sou José Carlos Reis. Operário Metalúrgico, Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das lndústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Centro Norte, responsável pela Zona Sindical de S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra, membro da Direcção Distrital da União de Sindicatos de Aveiro e Concelhia do PCP de Ovar. Sou ainda Locutor da Rádio Voz de Esmoriz e participei, durante alguns anos, no Grupo de Teatro Renascer.



2- Quais as principais razões que o motivaram a avançar com a candidatura?

R: Sinceramente não estava sequer no meu pensamento ser candidato à Junta de Freguesia de Esmoriz, no entanto o meu Partido avançou com o meu nome e como sou um homem de luta e defensor de causas resolvi abraçar este projeto, até porque considero que Esmoriz parou no tempo, há necessidade de alteração nos destinos da Junta de Freguesia a bem dos seus residentes e da cidade.



3-Na sua opinião, qual deve ser o papel do Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz junto da comunidade? E que características deve possuir para prestar um bom serviço à população?

R: O papel de um Presidente da Junta de Freguesia é estar junto da comunidade, ajudar a resolver os problemas que afligem as pessoas, trabalhar em benefício da cidade, reivindicar junto da Câmara Municipal e governar na resolução dos problemas mais prementes para que Esmoriz seja uma cidade onde se possa viver com qualidade.



4- No seu entender, Esmoriz tem potencial para evoluir ainda mais?

R: Sim, Esmoriz tem potencial para evoluir muito mais em vários aspetos.



5- No seguimento da pergunta anterior, quais são então as principais carências da cidade de Esmoriz que devem ser resolvidas no futuro?

R: Exemplos:

Na mobilidade onde a falta de transportes é evidente, manutenção e limpeza da cidade, casas devolutas que podem e devem ser recuperadas para benefício dos moradores da cidade criando uma forma de arrendamento que vá ao encontro das necessidades dos esmorizenses.

Lembro ainda a necessidade de realizar trabalho em Gondesende que como sempre esquecido pelos vários executivos que passaram pela junta de freguesia incluindo a atual.

É lamentável em pleno século vinte e um, Gondesende não ter saneamento na sua totalidade. Defendo ainda a criação de espaços verdes, parques infantis, acabar com os barracões que servem de apoio aos pescadores, realizando as respetivas obras para que tenham condições dignas para realizar o seu trabalho.

Estas são algumas das situações que nos preocupam mas muito mais existe para resolver na cidade.


6- Caso seja eleito, quais os principais projectos que pretende concretizar no mandato entre 2021 e 2025?

R: Como sabe, nós na CDU não fazemos promessas, no entanto, se formos eleitos, cá estaremos para realizar o nosso trabalho com honestidade e competência.


7- Como descreveria a sua equipa que o acompanha?

R: Uma equipa responsável conhecedora dos problemas que afetam Esmoriz e disposta a resolver todos os problemas que preocupam os esmorizenses.


8- Se tivessem de escolher um lema para a vossa candidatura, qual seria? E já agora, porquê?

R: Honestidade e Competência, porque só com esta postura podemos construir um futuro melhor para Esmoriz.


9- Por fim, e na qualidade de candidato, que mensagem gostaria de deixar à comunidade esmorizense?


R: A mensagem que deixo ao povo de Esmoriz é que ponham os olhos naquilo que foi feito por este executivo, pouco ou nada foi feito, Esmoriz regrediu no tempo. É preciso trazer gente nova, não podemos continuar a acreditar naqueles que continuam com promessas e uma vez na junta nada fazem. Na CDU vai encontrar todo o empenho, não estamos cá para nos promover, mas com vontade de trazer a esta cidade a dignidade e o orgulho que sempre fizeram de Esmoriz um lugar acolhedor.

Está na hora da mudança vota CDU, só assim terás garantido um futuro para a tua cidade.



Agradecemos, desde já, o tempo que nos concedeu.




Nota: Entrevista concedida anteriormente ao Site A Voz de Esmoriz, partilhado posteriormente pelo nosso blogue. Pretendemos partilhar as entrevistas posteriores de todos os candidatos. 

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Aurélio Silva Gomes – “Quero honrar, com o meu empenho, muita gente que lutou por Esmoriz sem regatear esforços ou horários” (Entrevista)


 RÚBRICA “À PROVA DOS NOVE”


Nove questões, nove respostas. Vamos saber a opinião de cada um dos candidatos à Junta de Freguesia de Esmoriz.

O convidado de hoje da nossa rubrica é Aurélio Silva Gomes, nascido em 1952, empresário em Esmoriz, e que aceitou o desafio de ser líder do Núcleo do CDS-PP Esmoriz e avança agora como candidato do partido à Junta de Freguesia de Esmoriz, no âmbito das eleições autárquicas de 2021.


1- Bom dia, Sr. Aurélio Gomes. É candidato pelo CDS-PP. Poderia descrever um pouco do seu percurso profissional e associativo, de forma a apresentar-se aos eleitores.


R: Em termos profissionais:

Estudei normalmente até aos 16, concluindo um curso de Eletricidade na Escola industrial de Luanda (aproveitamento consecutivo ano após ano, o que, passe a falta de modéstia, não era conseguido por mais de 10% dos alunos na altura).

Após esse curso ingressei no mercado de trabalho e continuei a estudar à noite. Com o fim da vida militar à vista, no ano letivo 1974/1975 matriculei-me no ensino superior, mas não o cheguei a frequentar porque devido ao 25 de Abril em Angola tudo se desmoronou.

Vim para Portugal em 75, casado, e comecei a trabalhar na área de eletricidade e eletrónica por minha conta, e em 86 criei uma empresa que ainda perdura e mais 2 outras com menos atividade que também funcionam nos dias de hoje.

Relativamente ao meu percurso associativo:

Tive uma curta passagem como diretor do Sporting Clube de Esmoriz no início dos anos 80, apenas uma época.

Em 87 ingressei num movimento católico, ligado á diocese do Porto, Movimento dos Cursilhos de Cristandade, no qual fui dirigente/coordenador várias vezes, em diversas ações deste MCC. Ainda continuo neste movimento, agora com menos atividade devido à pandemia. A par desse estar no MCC, a partir do fim dos anos 80 estive sempre ligado à paróquia de Esmoriz, onde colaborei e colaboro em diversas atividades da vida da Igreja Paroquial.


2- Quais as principais razões que o motivaram a avançar com a candidatura?


R: Várias razões. Arrisco a descrevê-las, por ordem, quanto à sua importância:

Em contraste com o que vinha acontecendo, pouco tempo depois de Esmoriz ser elevada a Cidade, anos 90, o poder autárquico começou a definhar, dando lugar a vaidades e muita passividade. Começou a faltar a mística autárquica que havia. A cidade ia crescendo, mas manca autarquicamente até aos dias de hoje.

Isso preocupou-me e começou a nascer vontade de fazer algo POR ESMORIZ.

Entretanto no MCC onde estava integrado fui sendo influenciado, para que estivéssemos nos ambientes de decisão, nomeadamente na política, dizendo-se muitas vezes, se não estiverem pessoas disponíveis a servir com seriedade estarão outras.

Por outro lado tornei-me militante do CDS, pela sua matriz democrata Cristã, e as estruturas da Concelhia lançaram-me o desafio que acabei por aceitar.


3- Na sua opinião, qual deve ser o papel do Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz junto da comunidade? E que características deve possuir para prestar um bom serviço à população?


R: Ter como pano de fundo o bem comum. O melhorar a qualidade de vida dos Esmorizenses.

O presidente deve ter um papel fiscalizador de tudo o que se faz na cidade. Pensar que tudo o que acontece em Esmoriz em termos de bem comum, a Junta de Freguesia de Esmoriz (JFE) deve ter um papel interventivo, e não passivo. Não pode delegar tudo na Câmara Municipal de Ovar (CMO). A Junta de Freguesia de Esmoriz deve ser sempre parte interessada e fazer-se ouvir.

Reivindicar o que pertence a Esmoriz junto da CMO, estar atento, perceber como se utiliza o dinheiro, nomeadamente nas obras, se bem ou mal, para que o tempo de vida das obras, não seja tão curto como o que temos assistido.

Deve saber negociar as competências da JFE e procurar ir mais além do que a CMO se propuser a fazer.

Deve ter espírito de serviço, deve ter um mínimo conhecimento sobre infraestruturas, porque não sendo a única área importante para uma cidade, com estas a funcionarem deficitariamente, acaba por afetar todas as restantes.

Estar atento à cidade e às suas coletividades, apoiá-las sempre que possível e interceder junto de quem tenha responsabilidade.

Ter um cuidado especial pelas áreas de lazer, nomeadamente, parque do Buçaquinho, passadiços, praias e zonas ajardinadas.



4- No seu entender, Esmoriz tem potencial para evoluir ainda mais?


R: Sim.

É gritante no que toca a infraestruturas rodoviárias, estou a referir-me principalmente: a pavimentos, a passeios, acessos à Av. 29 de Março e a outras vias principais da cidade.

Melhorar/reabilitar a arborização da cidade.

Na área da cultura/equipamentos é também preocupante que o pouco que temos esteja tão mal maltratado. Devendo ser dada especial atenção ao Palacete dos Castanheiros e ao Esmoriztur.

Todo o espaço do Palacete deve ser reabilitado, e na minha opinião, ser criado nesse espaço um Museu de Esmoriz, uma Biblioteca construída de raiz, com outras valências e, juntando outras coletividades, tornar aquele espaço num centro de cultura de Esmoriz.

Criação de parques com jardins infantis em conjunto com espaço de manutenção física para adultos.

Na área do desporto para além da atenção ao Esmoriz Ginásio Clube e ao Sporting Clube de Esmoriz, que têm sido bandeiras de Esmoriz, penso que devemos sonhar com um pavilhão municipal a construir próximo das instituições referidas e formar uma zona desportiva, mais completa.

Para mim todo o edificado da Igreja e zona envolvente, deve merecer uma atenção muito especial da JFE. Trata-se da parte central de Esmoriz e é uma Instituição com um papel muito importante na formação moral/cívica das pessoas em todas faixas etárias, com maior impacto nas crianças e jovens, e faz parte da história e identidade de Esmoriz.



5- No seguimento da pergunta anterior, quais são então as principais carências da cidade de Esmoriz que devem ser resolvidas no futuro?


R: Na resposta anterior já foquei algumas das carências da cidade, não as vou repetir para não ser exaustivo, sendo que, na minha opinião, são naturalmente as principais.




6- Caso seja eleito, quais os principais projetos que pretende concretizar no mandato entre 2021 e 2025?


R: Os principais estão descritos na resposta 4. Concretiza-los num mandato? Não o posso prometer. Somos dependentes da CMO. No entanto, eu e minha equipa, de certeza que vamos começar a trabalhar neles, após a eleição. Alguns serão de longa duração, mas o caminho faz-se caminhando.

Comprometemo-nos a não ficar de braços cruzados, e sempre com o foco em todas as carências descritas, e outras que naturalmente serão identificadas. Mas é nossa intenção começar a trabalhar no imediato na: melhoria das infraestruturas, melhoria / ampliação da arborização da cidade e reabilitação do Palacete dos Castanheiros e da sua envolvente.



7- Como descreveria a sua equipa que o acompanha?

R: Uma equipa séria, habituada a trabalhar e a servir gratuitamente, disponível para lutar por Esmoriz. Não são dependentes da política nem têm pretensão de se tornarem profissionais políticos.

Têm a sua atividade profissional estabilizada, e vão vestir a camisola POR ESMORIZ, unicamente com espírito de serviço à comunidade, e naturalmente à cidade, no fundo viver a essência do ser político.

Eu, por exemplo, só pretendo fazer um mandato, mas com este mandato, mudar o paradigma do estar na política e na JFE, esperando que perdure por muitos anos.



8- Se tivessem de escolher um lema para a vossa candidatura, qual seria? E já agora, porquê?


R: O lema está escolhido, POR ESMORIZ.

Porque o nosso estar é Por Esmoriz.

Gostamos da terra em que nascemos ou fomos acolhidos, e por isso queremos ajudar a melhorar a qualidade de vida de quem cá vive, ou passe algum tempo entre nós, e delegar aos nossos vindouros uma melhor terra para viver.

No meu caso pessoal, acrescento, que quero honrar, com o meu empenho, muita gente que lutou por Esmoriz sem regatear esforços ou horários, com o seu trabalho gratuito para hoje usufruirmos desta terra de que muito gostamos, apesar das suas muitas debilidades.



9- Por fim, e na qualidade de candidato, que mensagem gostaria de deixar à comunidade esmorizense?

R: Caso seja eleito, preciso de contar com os Esmorizenses para melhorar a qualidade de vida na Cidade, nomeadamente os que tiverem melhores condições para o efeito.

Só com o empenho de muitos vai ser possível alterar este estado de “nece-Cidade” que vivemos atualmente.

Só com o empenho de muitos, será possível devolver o orgulho Esmorizense vivido durante muitos anos, mas que se foi perdendo a partir dos anos 90.

Prometo desde já uma gestão aberta, que possa ser acompanhada e participada por todos os interessados.

Podem contar com todo o meu empenho para servir Esmoriz e somente POR ESMORIZ!


Agradecemos, desde já, o tempo que nos concedeu.






Nota: Entrevista concedida anteriormente ao Site A Voz de Esmoriz, partilhado posteriormente pelo nosso blogue. Pretendemos partilhar as entrevistas posteriores de todos os candidatos. 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

“We Care by Medicare” beneficia famílias de Ovar


 Projecto solidário chegou a Ovar em Julho e contribuiu com 176 cabazes


Resultando do projecto de responsabilidade social da Medicare – We Care by Medicare, em articulação com a Câmara Municipal de Ovar, o município foi beneficiário de cabazes alimentares para distribuição pelas famílias mais vulneráveis. Os 176 cabazes foram entregues a IPSS concelhias (Centro de Promoção Social do Furadouro, Centro Comunitário de Esmoriz, Delegação de Ovar da Cruz Vermelha Portuguesa, Grupo de Acção Social de S. Vicente de Pereira e Santa Casa da Misericórdia de Ovar), que acompanham e sinalizam as famílias.

Este projecto da Medicare tem por objectivo contribuir para o bem-estar da população em geral, assumindo a sua responsabilidade social. Com apoio das câmaras municipais, juntas de freguesia, bombeiros e associações de solidariedade, a iniciativa pretende chegar às casas mais carenciadas. Todos os meses a missão solidária abrange uma região do país e ajuda as famílias mais vulneráveis e em estado de urgência social.

Ana Cunha, vereadora com o pelouro do Desenvolvimento Social e Saúde salienta “o valor da responsabilidade social ao serviço do bem comum, agradece a disponibilidade e o apoio, materializado em cabazes alimentares, para com as famílias com vulnerabilidade residentes no território”.

Este projecto de cariz solidário, concretiza-se com o envolvimento e colaboração das câmaras municipais, juntas de freguesia, bombeiros e associações de solidariedade. O Cabaz Solidário é uma iniciativa Wecare que visa contribuir para a saúde alimentar e alegrar quem mais precisa com alimentos de elevado valor nutritivo.






Correio dos Comunicados Políticos - CDU alerta para o estado de Gondesende




 Comissão Coordenadora de Ovar


Nota de Imprensa: É imperativo repensar Gondezende na óptica dos seus habitantes


Uma delegação da CDU, que incluiu Carlos Ramos e Miguel Jeri, candidatos à Câmara e Assembleia Municipal, e ainda José Carlos Reis, candidato à presidência de Junta de Freguesia de Esmoriz, estiveram mais uma vez em Gondezende em contacto com a população, ouvindo novamente os seus problemas.

Esta localidade continua a ser, infelizmente, um parente pobre da freguesia de Esmoriz, não se vislumbrando qualquer intenção da Junta ou da Câmara para mudar esta realidade.


Mobilidade

Os problemas começam, desde logo, ao nível da mobilidade: não existe ligação regular ao centro ou praia de Esmoriz, apenas ao vizinho município de Espinho. Mas não basta a mobilidade ser de oferta muito reduzida, os passageiros são ainda presenteados com paragens cuja manutenção e limpeza é simplesmente inexistente, com ferrugem, sujidade e teias de aranha. Não parece existir plano de manutenção dos equipamentos, mas parece também não existir sequer bom senso na hora de pensar nos seus utilizadores: como por exemplo pensar se terá sido boa ideia colocar um contentor do lixo a escassos metros de uma paragem de autocarro.


Segurança rodoviária

A população é unânime em apontar a segurança da rua central como um dos principais problemas que urge corrigir, apesar de sucessivos alertas dados à Câmara. De facto, nesta estrada circulam frequentemente carros a velocidades excessivas, com perigos constantes especialmente para as crianças e idosos. Segundo a população, o semáforo limitador de velocidade não passará de um "espantalho" que em nada dissuade os condutores de acelerar, sendo mandatórias lombas de redução de velocidade e maior fiscalização por parte das autoridades policiais. Como se isto não fosse suficiente, os passeios em vários pontos da rua são mínimos (em alguns pontos mal cabe um pé), obrigando os transeuntes a circular pela estrada, o que aumenta ainda mais o risco para as pessoas, com vários relatos de atropelamentos iminentes.


Manutenção dos passeios

É urgente repensar a circulação pedonal nesta localidade. No caso da Rua da Escola, por exemplo, observa-se a inexistência total de passeios, apesar de se tratar de uma rua de sentido único e com espaço para a criação destas estruturas, salvaguardando a segurança e conforto dos habitantes. Sendo compreensível que nem sempre a dimensão e o edificado existente permitem as soluções ideais, o certo é que existem vários exemplos onde é possível dotar os arruamentos de mais segurança para os transeuntes, faltando apenas vontade política de o fazer.

Além disso, parece evidente que a Junta não escala trabalhadores suficientes para a limpeza dos passeios, onde se vão acumulando, semana após semana, ervas daninhas a ponto de alguns animais da comunidade tomarem a iniciativa da sua remoção. 


Saneamento

Em pleno século XXI e num momento em que a falta de saneamento é já a excepção e não a regra na maior parte dos municípios do país, os habitantes de vários pontos da localidade (Rua do Tanque, Travessa Mestra Florentina) ainda não dispõem deste serviço básico. É imperativo garantir a cobertura integral do saneamento a toda a população, sem excepções.


Tanque Comunitário praticamente abandonado

Este tanque, localizado na Rua que lhe bebe o nome, é uma estrutura com utilização regular pela comunidade. A Junta deveria zelar pela sua conservação, pelo seu arranjo e manutenção, mas não o faz: é a própria população a proceder à limpeza regular desta estrutura. Além disso, esta encontra-se degradada, em cimento, por pintar, sem condutos de drenagem (a água é drenada para o chão, empoçando-o), necessitando rapidamente de obras para reparação e dotação de um mínimo de estética.


Envolvente da Igreja

Este é mais um exemplo da política do "construir e esquecer", apanágio dos executivos PSD na Junta e na Câmara. Todo o percurso é desolador: primeiro, a calçada envolvente à Igreja apresenta troços onde está totalmente levantada, constituindo um perigo de queda para os frequentadores do edifício. Mais adiante, um pequeno banco de areia separa o percurso entre a rua e o campo, que não dispõe de qualquer caminho de acesso para as crianças. Chegadas ao campo, estas deparam-se com um piso onde a limpeza foi totalmente esquecida e onde parece haver mais areia do que na Praia do Furadouro. As redes estão quase totalmente destruídas, revelando o arame interior, que se apresenta à altura dos olhos. A CDU apela à correcção muito urgente destas anomalias.


A CDU propõe uma gestão alternativa, uma gestão onde as soluções urbanísticas sejam encontradas em diálogo com as populações, ouvindo as suas necessidades, as suas dinâmicas diárias, os seus problemas. Para a CDU, não basta construir estruturas, são precisos planos de manutenção e uma força política capaz de cumpri-los diligentemente. Com mais CDU, na freguesia e na Câmara Municipal, estaremos ainda em condições de exigir a conclusão total do saneamento para todos. 


Ovar, 31 de Agosto de 2021

A Comissão Coordenadora de Ovar da CDU





Correio dos Comunicados Políticos - BE Ovar alerta para Exploração de Caulino em São Vicente de Pereira

 




O grupo de trabalho do Bloco de Esquerda de Ovar, liderado pela candidata à presidência da União de Freguesias de Ovar, S. João, Arada e S. Vicente de Pereira Jusã, Conceição Soares, deslocou-se à localidade de S. Vicente Pereira Jusã, com o intuito de observar in loco o território e as suas necessidades. Verificamos várias situações que consideramos estarem a ser mal geridas pelo atual executivo da União das Freguesias de Ovar e para as quais vimos alertar e cujas fotografias falam por si.

Em S. Vicente Pereira Jusã, a exploração do caulino, existe desde 1834, em regime de exclusividade pela conhecida fábrica de porcelana “Vista Alegre”, para uso da indústria cerâmica, consubstanciando nesta localidade um crime para o ambiente, um impacto ambiental fortemente negativo, provocado pela criação de duas crateras com uma profundidade enorme, onde existem duas “piscinas”, sem qualquer proteção para pessoas e animais, morros de caulino criando “montanhas” e lesivo para a população local em termos de saúde pela inalação das poeiras, poeiras que deixam as folhas das arvores brancas e não verdes. Esta exploração não tem qualquer retorno para os são vicentinos.

As explorações de caulinos prejudicam severamente o ambiente local, originando:

· Produção e Emissão de poeiras, gases e resíduos industriais, afetando as populações locais;

· Alteração topográfica irreversível;

· Decréscimo do valor cultural paisagístico da localidade e perda de qualidade visual;

· Perda de qualidade das águas superficiais, com destruição e esgotamento de nascentes e rebaixamento drástico da superfície freática;

· Afetação da rede hidrográfica;

· Alteração dos cursos de água;

· Impacto social, económico e ambiental;

· Aumento de insegurança das populações com risco de invasão e queda de crianças nas crateras;

· Danos irreversíveis na saúde da população.



O Bloco de Esquerda apresenta no imediato algumas propostas para atenuar os danos e consequências causadas pela exploração do caulino em S. Vicente Pereira e Jusã, nomeadamente:

· Exigimos a diminuição da poluição ambiental de partículas e poeiras, para que as mesmas não sejam inaladas pela população;

· Proteção do espaço com barreiras anti poeiras e árvores;

· Maior proteção de saúde com avaliação dos riscos e rastreiros de saúde;

· Maior e adequadas medidas de vigilância do espaço em questão.

Não podemos nem iremos aceitar a perpetuação deste crime ambiental e risco de saúde para a população.

Da parte do Bloco de Esquerda iremos exigir que hajam medidas para diminuir o impacto ambiental, impacto na saúde da população e que haja retorno desta exploração para um território que há quase dois séculos é prejudicado quer ambientalmente, quer paisagisticamente que é descaracterizado e esventrado por uma exploração de uma matéria-prima que poucos municípios permitiram ou deixaram perpetuar no seu território, ao contrário do nosso município que tem permitido a continuação desta extração.


Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Ovar