Em Esmoriz, temos agora um novo salão cultural que se situa no centro da cidade, mais concretamente na Avenida 29 de Março. A casa que conta já com uma história antiga, visto que foi construída e pertenceu a António Gomes da Silva Barra, antigo presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz e um dos fundadores da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, e posteriormente ao juiz Salviano Francisco de Sousa, também fundador da dita Comissão e colaborador regular do Jornal A Voz de Esmoriz.
Hoje, esta casa incorpora uma galeria artística ou salão de exposições, com obras da autoria da artista plástica Margarida Barra, neta e filha respetivamente de António Barra e Salviano de Sousa, que apresenta assim a exposição “Olhares de Margarida”.
O nosso jornal decidiu visitar o espaço, agradecendo, desde já, a cortesia com que fomos recebidos.
Nascida em 1954 e natural de Esmoriz, Margarida Barra desde cedo se interessou pelas Artes, licenciando-se em escultura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Na escultura dedica-se à produção de obras em cerâmica e bronze e na pintura trabalha principalmente as técnicas de óleo e acrílico sobre tela. Com a técnica de vitrofusão produz intensamente há cerca de doze anos.
Vítor Teixeira, curador da exposição “Olhares de Margarida”, da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa do Porto, destaca “há um significado interno, um conteúdo intrínseco em cada obra, tela ou vitrofusão, cerâmica, em cada criação de Margarida Barra, no seu aristotélico labor de não ficar refém da aparência externa das coisas, mas procurando que elas revelem vias de significação” e que estamos perante “uma artista que espoleta significações e mistérios, encantos, que desencadeia a transmissão de sentimentos.”
A sua exposição permanente denominada “Olhares de Margarida” foi inaugurada em Esmoriz na tarde do dia 19 de junho, sendo que estiveram presentes cerca de 50 pessoas. Também houve animação musical, proporcionando um ambiente harmonioso.
Ficamos a saber que Margarida Barra tem participado em inúmeras exposições colectivas e individuais, nomeadamente: Museu Municipal de Espinho; Centro de Arte de Ovar; Mercado de Bom Sucesso, Porto; Hospital CUF Porto; Galeria Olga Santos, Porto; Buvette Termas da Curia; Galeria REM, Porto; VERA World Fine Art Festival, Lisboa, etc. Neste momento, conta com duas exposições itinerantes na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e no Espaço Galeria do CMEP - Clínica Médica do Exercício do Porto.
Também, a partir de 11 de Outubro, às 2ªs. feiras, às 10 horas, terá um Atelier de Técnicas de Vitrofusão (curso prático), no Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes, no Porto (www.icafg.pt), com inscrições abertas a partir de Setembro.
Ao nosso jornal, Margarida Barra confessa, que com a técnica de vitrofusão, desenvolveu uma forma inovadora de combinar a pintura sobre o vidro com o recorte, sobreposição e justaposição de peças de vidro de diferentes cores, tamanhos e texturas. Através da inclusão de metais no vidro obtém obras com cores e texturas peculiares. O efeito óptico cromático alcançado, captura a dança da luz e da cor. Diz ser um resultado fascinante, de um processo que depende da habilidade da perspetiva do olhar e da mente do observador.
O salão de exposição permanente e o atelier de Margarida Barra estão abertos todos os sábados, a partir das 17 horas, com entrada gratuita, sujeita a marcação prévia. (Contactos - morada: Avenida 29 de Março, nº 699, 3885-517 Esmoriz, Portugal; telefone: +351 919 871 108; E-mail: margaridabarra@gmail.com).
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