O grupo de trabalho do Bloco de Esquerda de Ovar, liderado pela candidata à presidência da União de Freguesias de Ovar, S. João, Arada e S. Vicente de Pereira Jusã, Conceição Soares, deslocou-se à localidade de S. Vicente Pereira Jusã, com o intuito de observar in loco o território e as suas necessidades. Verificamos várias situações que consideramos estarem a ser mal geridas pelo atual executivo da União das Freguesias de Ovar e para as quais vimos alertar e cujas fotografias falam por si.
Em S. Vicente Pereira Jusã, a exploração do caulino, existe desde 1834, em regime de exclusividade pela conhecida fábrica de porcelana “Vista Alegre”, para uso da indústria cerâmica, consubstanciando nesta localidade um crime para o ambiente, um impacto ambiental fortemente negativo, provocado pela criação de duas crateras com uma profundidade enorme, onde existem duas “piscinas”, sem qualquer proteção para pessoas e animais, morros de caulino criando “montanhas” e lesivo para a população local em termos de saúde pela inalação das poeiras, poeiras que deixam as folhas das arvores brancas e não verdes. Esta exploração não tem qualquer retorno para os são vicentinos.
As explorações de caulinos prejudicam severamente o ambiente local, originando:
· Produção e Emissão de poeiras, gases e resíduos industriais, afetando as populações locais;
· Alteração topográfica irreversível;
· Decréscimo do valor cultural paisagístico da localidade e perda de qualidade visual;
· Perda de qualidade das águas superficiais, com destruição e esgotamento de nascentes e rebaixamento drástico da superfície freática;
· Afetação da rede hidrográfica;
· Alteração dos cursos de água;
· Impacto social, económico e ambiental;
· Aumento de insegurança das populações com risco de invasão e queda de crianças nas crateras;
· Danos irreversíveis na saúde da população.
O Bloco de Esquerda apresenta no imediato algumas propostas para atenuar os danos e consequências causadas pela exploração do caulino em S. Vicente Pereira e Jusã, nomeadamente:
· Exigimos a diminuição da poluição ambiental de partículas e poeiras, para que as mesmas não sejam inaladas pela população;
· Proteção do espaço com barreiras anti poeiras e árvores;
· Maior proteção de saúde com avaliação dos riscos e rastreiros de saúde;
· Maior e adequadas medidas de vigilância do espaço em questão.
Não podemos nem iremos aceitar a perpetuação deste crime ambiental e risco de saúde para a população.
Da parte do Bloco de Esquerda iremos exigir que hajam medidas para diminuir o impacto ambiental, impacto na saúde da população e que haja retorno desta exploração para um território que há quase dois séculos é prejudicado quer ambientalmente, quer paisagisticamente que é descaracterizado e esventrado por uma exploração de uma matéria-prima que poucos municípios permitiram ou deixaram perpetuar no seu território, ao contrário do nosso município que tem permitido a continuação desta extração.
Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Ovar
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