segunda-feira, 22 de maio de 2017

Salvador Malheiro parte como favorito

Já são oficialmente conhecidos os candidatos dos principais partidos à Câmara Municipal de Ovar. 
Salvador Malheiro, actual presidente da autarquia, parte claramente na "pole position". Em termos estruturais, realizou um bom trabalho, mantendo a dinâmica que já se vislumbra desde os mandatos de Manuel Oliveira. Recorrendo a fundos comunitários e nacionais, soube proceder à realização de obras necessárias, e teve o mérito de não comprometer as finanças locais. Apesar dos seus intentos selfinistas, a verdade é que, durante os quatro anos, andou quase sempre em modo de propaganda, aproximando-se do povo e ganhando cada vez mais adeptos dos variados quadrantes políticos. Espera-se que consiga mais um triunfo esmagador nas freguesias a norte do concelho de Ovar, e no centro-sul até pode aspirar a vencer na sede de concelho e na freguesia até então socialista de Válega, cenário que não aconteceu em 2013, visto que seriam Esmoriz, Cortegaça e Maceda a dar-lhe a vantagem necessária para obter o triunfo.
Vítor Amaral é o candidato do Partido Socialista. É um homem que também conta com um currículo interessante, estando já envolvido nas causas públicas e na área inerente aos condomínios. No entanto, os socialistas avançaram tarde para a campanha e parecem ter entrado já em resignação, quando deveriam encetar uma forte aposta para tentar inverter o resultado de 2013. Ganhar estas eleições parece ser um cenário cada vez mais remoto para um partido que deveria intervir muito mais.
Mais à esquerda, sabe-se que Ismael Varanda e Jorge Silva são os candidatos do Bloco de Esquerda e PCP respectivamente. Os seus objectivos passarão por introduzir elementos na vereação ou na Assembleia Municipal, isto é, melhorar a representatividade de ambos os partidos. Contudo, e apesar de alguns comunicado pertinentes e aceitáveis, a verdade é que esperávamos uma oposição mais activa e eficaz por parte destes partidos de esquerda durante os últimos quatro anos a nível local. Espera-se que o rumo comece a ser outro a partir de agora. Pede-se mais intervenção, propostas alternativas e sentido crítico.
Por fim, a grande surpresa, para já, do defeso das autárquicas de 2017. O CDS-PP, liderado por Filipe Marques Gonçalves (advogado e directamente envolvido no espírito associativo) e Fernando Almeida, mesmo não gozando dos mesmos apoios financeiros que as principais candidaturas, tem demonstrado um papel muito activo. Apesar de não se encontrarem representados no executivo e na assembleia municipais, os centristas têm sugerido propostas e denunciado muitos dos aspectos menos positivos no concelho. Por exemplo, a defesa do património é uma das causas que aquela equipa autárquica defende veementemente. Mas o CDS-PP não tem vinda fácil até porque luta contra a maré em Ovar. Nos últimos 20 anos, tem sido um partido com pouca expressão e escassos militantes no concelho, e isso poderá travar as aspirações daquele que tem sido, para já, o partido da oposição mais criativo e activo no panorama local.
Além destes, podem aparecer até mais candidatos de partidos mais pequenos, cujos comunicados não hesitaremos em partilhar caso sejam enviados para o e-mail do nosso blogue (cuscodeesmoriz@hotmail.com), contudo é improvável que consigam fazer a diferença, até porque nem todos poderão lutar com as mesmas armas. 
Gorada parece estar para já o surgimento de uma lista independente, contrariando assim os rumores que chegaram a ser veiculados há uns meses atrás.



Resultado de imagem para votos

Imagem nº 1 - Em Ovar, não deverão ocorrer grandes surpresas, excepção feita à possibilidade do CDS-PP conseguir obter alguma representação no panorama municipal. 

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