segunda-feira, 16 de abril de 2012

A Defesa da Costa em Ovar, segundo Paulo Cavaleiro

O deputado do PSD, Paulo Cavaleiro, eleito pelo círculo de Aveiro, alertou recentemente para o sério problema do avanço marítimo, demonstrando preocupação pelos casos de Esmoriz, Maceda e Cortegaça. Como sabemos, já antes tivemos três deputados do PS (Pedro Nuno Santos, Filipe Brandão e Rosa Albernaz) que defenderam a necessidade duma política de investimento que enfrentasse esta adversidade. 



Imagem nº1 - Fotografia que espelha Paulo Cavaleiro, deputado do PSD por Aveiro.



Imagem nº 2 - Manuel Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Ovar, recebeu, em finais de Março, a visita de três deputados do PS que inspeccionariam a problemática do avanço marítimo na região.


Mais uma vez constatamos a preocupação dos políticos em torno desta causa grave, mas o problema é que falta colocar a obra em prática. Já todos sabemos que o poder ameaçador do mar coloca em risco a segurança dos habitantes (e dos seus bens) que vivem nas zonas costeiras de Esmoriz e das localidades vizinhas de Cortegaça e Maceda, mas agora é preciso dar um passo fulcral em frente. Voltamos a relembrar que apenas 20% do investimento previsto para enfrentar este problema em todo o território português foi devidamente aplicado (a crise travou então a canalização dos restantes 80%). No caso específico de Ovar, apenas se realizaram intervenções pontuais, sobretudo na praia do Furadouro. Relativamente a Esmoriz e Cortegaça, muito pouco ou até nada foi feito recentemente para enfrentar este problema crónico. Por isso, cremos que ainda há muito trabalho pela frente, e para que algum sucesso seja garantido, é necessário uma política coerente de investimento!
Aproveitamos também para recordar os resultados recentes da nossa primeira sondagem, onde os participantes encararam esta questão como uma prioridade séria.
Em jeito de conclusão, se os políticos e os cidadãos estão então de acordo quanto à necessidade de empreender uma iniciativa que permita adiar, por muito tempo, o avanço marítimo, então quando é que começam a colocar mãos à obra? Estarão à espera duma tragédia ou desgraça? Não merecerão os humildes habitantes (muitos são pescadores com escassos recursos financeiros) o direito à sua segurança?
Sinceramente, desconheço se os nossos governantes têm noção da gravidade da situação, visto que, num futuro mais distanciado, Esmoriz poderá perder muito do seu território para o mar e a sua existência, enquanto cidade, poderá ter os seus dias contados. É claro que estaremos a falar dum processo de séculos e todos sabemos que o mar acabará por triunfar, mas também não é menos verdade que podemos adiar por muito tempo esse trágico desfecho. Basta para isso que as "palavras" dos políticos se transformem em acções específicas.



Imagem nº 3- O avanço do Mar na Praia Velha que, em Fevereiro, estava subjugada pelo poder marítimo. Nesta praia, chegou a existir uma Capela e até uma Casa Fiscal que foram engolidas pelo Mar. A História demonstra que não se pode subestimar este tipo de problemas, muito menos no nosso espaço.
Foto da autoria do Cusco de Esmoriz


Fontes Consultadas:

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