Confesso que estou bastante apreensivo perante a difusão de um vídeo que está a dar que falar nas redes sociais (ver link em baixo) e que já foi partilhado por algumas pessoas. De acordo com o conteúdo do mesmo, tudo terá acontecido na passada sexta-feira (dia 14 de Outubro), onde supostamente terá acontecido uma descarga descontrolada junto ao Rio Lambo/Parque Ambiental do Buçaquinho.
Não sabemos qual terá sido a dimensão de tal impacto negativo, mas é certo que este tipo de episódios nos preocupa, porque é uma prova inequívoca de que o problema das fontes poluentes é efectivamente real e não se encontra verdadeiramente resolvido, nem de perto nem de longe! Podemos sempre afirmar que a poluição já não é tão grande como era há dez anos atrás, mas isso não quer dizer que esta seja hoje diminuta. Não, a poluição continua a ser uma realidade, tal como a impunidade dos infractores. Aliás, e não vejo uma mudança de mentalidade a acontecer a breve prazo.
Por seu turno, a classe política local tem demonstrado, nos últimos tempos, um inabalável optimismo quanto à requalificação da Barrinha de Esmoriz, prometendo que haverá barcos a navegar pela lagoa como ainda se verificarão muitos banhistas a nadarem naquelas águas. Uma visão cor-de-rosa (mas também de "tacticismo político") que não partilhamos porque nos parece ser precipitada, pelo menos, para já...
Temos recebido denúncias de leitores ou de utilizadores das redes sociais sobre o estado dos afluentes da Barrinha que, por vezes ou ocasionalmente, continuam a ser alvo de alegados despejos prejudiciais à sua integridade natural.
De facto, se ninguém fizer nada para conter as fontes poluentes, então a reabilitação da Barrinha será sol de pouca dura porque será certamente uma questão de poucos anos (ou até nem isso!) até que a água se revele imprópria para banhos e para as próprias actividades piscatórias. Sobrará assim a parte estrutural derivada das intervenções que, apesar da sua utilidade, não resolverá os problemas fundamentais daquele meio ambiental.
Esta é também a opinião do professor universitário e botânico creditado Rubim Almeida que demonstra a sua renitência quanto ao projecto de requalificação da Barrinha de Esmoriz, duvidando da neutralização das fontes poluidoras e questionando inclusive se o investimento, cifrado em quase 3 milhões de euros, valerá mesmo a pena.
Da nossa parte, repudiamos a ocorrência de qualquer descarga e fazemos votos para que a Barrinha volte a ser o que era. Mas para isso, é necessário que as autoridades ambientais cumpram a sua parte e salvaguardem a integridade deste sítio ambiental. Caso contrário, há um risco considerável de isto não acabar bem.
Não concebo uma Barrinha de sonho a comungar de perto com a poluição.
Nem faria qualquer sentido tal raciocínio.
Foto meramente exemplificativa tirada em 2012.
O vídeo da alegada descarga que está a ser difundido nas redes sociais poderá ser visto em: https://www.facebook.com/Taxonomist/videos/10211017499862090/
Sobre este vídeo, não quisemos pronunciar-mo-nos em concreto, embora estejamos preocupados.
Sobre este vídeo, não quisemos pronunciar-mo-nos em concreto, embora estejamos preocupados.
O vídeo em questão foi divulgado nas redes sociais por Rubim Almeida.
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