quinta-feira, 4 de maio de 2017

Urge uma redefinição de uma estratégia no plano histórico e cultural

Apesar da autarquia ter procedido à inauguração de memoriais e de ter inclusive demonstrado um interesse especial na valorização do complexo onde se integra o Aron Hakodesh ou Ekhal em São Vicente de Pereira Jusã, a verdade é que muito há por fazer nos sectores da cultura e da história. Por exemplo, no concelho não faltam casos de azulejos degradados, fontes históricas olvidadas e até de edifícios históricos/culturais alheados do tempo. O caso do Cine-Teatro de Ovar que se arrasta há vários anos sem solução é um deles. 
No que diz respeito a Esmoriz, a Necrópole de Gondesende (datada de entre os séculos V-VIII) continua soterrada e, salvo a realização de um estudo recente, deveria ser mais valorizada através de uma maior visibilidade. O mesmo podemos deduzir em relação aos anfibolitos peculiares que, salvo uma classificação geológica recente, continuam perdidos por entre a densa vegetação. Por outro lado, poderemos inferir raciocínio similar em relação ao Esmoriztur, espaço cultural venerado outrora pelos esmorizenses, embora se acredite que o projecto de requalificação deva avançar ainda neste ano de 2017. Já o Museu da Tanoaria foi uma promessa eleitoralista que, apesar de ser uma ideia muito interessante, nunca saiu na verdade do papel.
Uma das principais lacunas das últimas gestões autárquicas prende-se com a ausência de um projecto que tenda a apresentar os principais pontos históricos do concelho, através de visitas guiadas a grupos de turistas estrangeiros ou nacionais. O estado pouco promissor do nosso património explica também, em parte, o impacto ainda reduzido do turismo no balanço económico concelhio.
Falta pois uma estratégia de divulgação dos ex-libris históricos do concelho de Ovar. 
E quando falamos de valorização patrimonial, também pode haver lugar à criatividade porque decerto existem diversas formas de estimular o legado vareiro.



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Imagem nº 1 - A Necrópole do Chão do Grilo remonta presumivelmente à Antiguidade Tardia e à Alta Idade Média, sendo um dos principais patrimónios ainda por valorizar no concelho.

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