sexta-feira, 8 de março de 2013

Esmoriz e o ideal de Cruzada

Ao longo da sua história, Esmoriz esteve ligado ao fenómeno da cruzada. Ermerico e Gundesindo, dois cavaleiros da Reconquista Cristã, que deram os nomes a Esmoriz e Gondesende respectivamente, terão obtido alguma preponderância na região. Pouco ou nada sabemos sobre as suas vidas, mas é provável que tivessem participado em alguns conflitos bélicos contra os muçulmanos que tinham invadido a Península Ibérica em 711 d.C.
No ano de 1240, temos notícia de Pedro João, um nobre de avultados bens. Não sabemos se ele era oriundo de Esmoriz, contudo tinha bens em Gondesende, Esmoriz, Jesufrei e Paredes. Pelo que Aires de Amorim refere, na sua monografia sobre Esmoriz, sabemos que este cavaleiro está de partida rumo ao Algarve. Provavelmente, no âmbito do final da Reconquista Portuguesa. Entre 1240-1250, serão conquistadas as últimas praças algarvias, tendo assim terminado praticamente a formação do reino de Portugal, isto durante o reinado de D. Afonso III.
No ano de 1320, a Igreja de Esmoriz contribui com 70 libras na cruzada contra os mouros. É verdade que a Reconquista Portuguesa já tinha terminado, contudo os nossos reis eram espertos, pois utilizavam muito esta táctica para obterem alguns fundos da Igreja, sendo então autorizados pelo Papa.
Por volta do ano de 1716, alguns abades e clérigos de Esmoriz ofereceram dinheiro aos Estados Pontifícios que temiam uma invasão turca na Península Itálica. O abade de Esmoriz António Nunes de Aguiar ofereceu 3 moedas de ouro de 4$800 cada uma, enquanto que o padre José Barbosa ofereceu 720 réis.
Em 1738, os esmorizenses combatem mesmo 17 ou 18 piratas argelinos que tinham desembarcado ilegitimamente na nossa praia. O povo acorreu à areia e resolveu a questão, defendendo assim a sua pátria.



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Imagem nº 1 - Esmoriz não foi alheio ao fenómeno das Cruzadas Medievais e Modernas.


Fonte Consultada:

  • AMORIM, Aires de - Esmoriz e a sua História. Esmoriz: Comissão de Melhoramentos, 1986, p.  15-43, 448-450.


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