Interpelação à ministra do Trabalho e Segurança Social
Deputada Carla Madureira reclama empenho do governo
no pagamento aos trabalhadores afetados pelo cerco sanitário
A deputada do PSD Carla Madureira denunciou esta terça-feira no Parlamento que os trabalhadores do concelho e Ovar ainda não receberam as remunerações anunciadas pelo governo para compensar o cerco sanitário a que estiveram sujeitos. Numa interpelação à ministra do Trabalho e Segurança Social, a parlamentar social democrata sublinhou que “pagar tarde e a más horas” está no ADN do PS.
“Os trabalhadores do concelho de Ovar estiveram um mês em cerco sanitário, tendo o governo prometido pagar o equivalente a 100 por cento da sua remuneração. Estamos em meados de junho, e muitos destes homens e mulheres ainda não viram a cor do dinheiro” – vincou Carla Madureira na sua intervenção, ao comentar o Programa de Estabilização Económica e Social acomodado no orçamento suplementar, que disse ser “um aglomerado desgarrado de medidas paliativas sem um rumo ou objetivo estratégico”.
Carla Madureira confrontou a ministra com o “impacto que tem para uma família em que o pai e a mãe auferem o salário mínimo e se encontram numa destas situações” de atraso nos pagamentos das remunerações correspondentes ao período do cerco sanitário.
Para a deputada aveirense, “o executivo do PS já nos habituou nestes pouco mais de quatro anos a navegar à vista, a pensar unicamente no momento e nas sondagens”, manifestando a convicção de que “está no seu ADN apregoar medidas e mais medidas” e anunciar “milhões no imediato para as empresas, mas, na prática, chegam tarde e a más horas, ou nunca chegam a quem deveriam chegar”.
Referindo-se ao caso dos trabalhadores ovarenses afetados pelo cerco sanitário, Carla Madureira lamentou que tivessem sido proclamados “apoios em março, que, depois, emperram na máquina burocrática do Estado e se adiam uma semana, 15 dias, um mês, mais do que isso”. A deputada recordou, também, os que “receberam apenas o correspondente a um dos períodos desse cerco e, mesmo nesses casos, não considerando um ou dois dias, apesar dos despachos clarificadores e das orientações emanadas do seu próprio Ministério para os serviços distritais da Segurança Social.
“Impõe-se que, sem mais delongas, [a ministra] se empenhe pessoalmente na resolução destes casos que se arrastam há tempo demais e que deixam muitas famílias deste concelho numa situação de desespero absoluto” – concluiu, a propósito, Carla Madureira.
Aveiro, 17 de junho de 2020
A assessoria de comunicação do GP-PSD/Aveiro
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