quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A ONU tem medo...

"O Conselho de Segurança da ONU foi incapaz de chegar a acordo para pedir formalmente uma investigação após a denúncia de um ataque químico nos arredores de Damasco, em que terão morrido pelo menos 1.300 pessoas, segundo a oposição síria (...) Segundo informações de fontes diplomáticas à Efe, a reunião evidenciou novamente a divisão no Conselho de Segurança sobre o conflito sírio, depois de a Rússia e China se terem recusado a apoiar uma ação mais enérgica pelo maior órgão de decisão da ONU" (Excerto retirado de: http://www.tvi24.iol.pt/internacional/siria-onu-ataque-quimico-tvi24/1482153-4073.html).


Bashar al-Assad, Presidente da Síria, é um criminoso de guerra, um monstro e um autêntico porco (desculpem-me a expressão, mas ele é digno de todos os insultos do mundo). Trata-se de um ditador agarrado à cadeira que massacra o seu povo, não poupando sequer idosos, mulheres e crianças. Este monstro é protegido por dois países que estão no Conselho de Segurança, também eles não muito respeitadores dos direitos humanos. O papel da ONU neste conflito tem sido de passividade total. Anteriormente as forças ocidentais intervieram na Líbia e no Iraque, provocando a deposição dos dois ditadores desses países. E na Síria, que realmente utiliza armas químicas, temem o quê? Estão a ser cúmplices destes massacres, pois é certo que as armas químicas serão utilizadas novamente pelo regime, caso o conflito continue, e isso constitui uma clara violação dos direitos internacionais e humanos. 




Imagem nº 1 - Crianças mortas pelos recentes ataque químicos promovidos pelo regime de Bashar al-Assad. Mas o caso não será investigado devido às divisões existentes no Conselho de Segurança da ONU.


Para além do maquiavélico Bashar al-Assad, existe outro homem que continua a ostentar a cadeira do poder, reduzindo o seu povo à miséria e destruição. Refiro-me a Robert Mugabe, governador do Zimbabwe, outro demónio em pessoa que se diz católico, mas que, com recurso a milícias, autoriza o massacre de comunidades e até violações às mulheres que apoiem os movimentos opositores. Leiam este relato que é elucidativo:

"A maioria dos testemunhos recolhidos pela Aids-Free World são de mulheres que foram violadas muitas vezes por um grupo de homens, às vezes forçadas em cima dos corpos dos seus maridos. Em comum, são também os insultos: "traidoras, cadelas da MDC (sigla do partido opositor ao regime), putas de Tsvangirai (o líder do MDC - partido da oposição)", e têm ainda que presenciar a violação das suas filhas ou a tortura e assassinato de membros das suas famílias - "Quando o décimo homem acabou de me violar, eu não podia sequer levantar-me. Violaram a minha filha, de cinco anos, sem que eu pudesse fazer nada, ela chorava" - disse um dos testemunhos recolhidos num relatório intitulado - "Eleições para violar". Nenhum dos casos denunciados foram investigados pela polícia. (...) Muitas mulheres asseguram ter contraído HIV durante as violações. 
(Excerto noticioso presente num artigo electrónico do jornal El País-  http://internacional.elpais.com/internacional/2009/12/10/actualidad/1260399615_850215.html)


Ditadores que perseguem opositores, envolvem-se em fraudes eleitorais, colocam mortos a votar neles... Mugabe ainda tem a lata de dizer que ressuscitou muitas vezes - "Já morri muitas vezes, por isso, já venci Cristo. Cristo morreu uma vez e ressuscitou apenas uma. Estou afinado como um violino”.
Não se compreende como é que alguns países no Conselho de Segurança continuam a proteger ditadores sanguinários e sem escrúpulos.
Como bom católico que sou, eu só sei que a hora deles há-de chegar. Infelizmente, tenho pena que a ONU continue a fechar os olhos, sabendo de tudo isto e muito mais (que foi abafado!). 



Imagem nº 2 - O ditador da imagem direita já foi ao ar... e teve uma morte muito cruel. O da esquerda, Mugabe, teme o mesmo destino que Kadaffi ou Saddam.


PS: Peço desculpa pelo grau de sensibilidade que as imagens e os testemunhos recolhidos poderão causar. Contudo, a verdade, mesmo que ela seja muito dura, tem de vir ao de cima, mesmo que tal possa ferir susceptibilidades. 

Um comentário:

  1. Olá
    Poder é sinónimo de dinheiro...capital.

    Infelizmente, cada vez mais, é isto que move a Política e os políticos....dinheiro!

    Cumprs
    Augusto

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