À conversa com uma convidada especial
5 Perguntas de Rotina, 5 Respostas de Quarentena
Entrevista Publicada Originalmente na Página da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz
Hoje é dia de falarmos com Ana Roxo, poetisa natural de Esmoriz. Vamos tentar saber o que anda ela a fazer através de um questionário que lhe enviamos.
1 – Olá Ana. Que impacto sentiu quando foi decretado o Estado de Quarentena em Ovar? Acha que o seu prolongamento recente por mais quinze dias foi uma medida justa? 📌
R: Teria sido mais justo, digamos, assim, talvez se fosse um prolongamento da primeira. Claro que as empresas precisariam de escoar o produto, mas o governo começou a dar muitas excepções a empresas. E penso que isto não ajudou.
2 – Acha que o Governo, e até mesmo a autarquia de Ovar, têm cometido algum excesso de zelo ou será que a sua actuação teria sempre de assumir estes moldes? 📌
R: Isto é uma situação inédita para todos eles e para nós também. Não sei se é excesso de zelo. No fundo, quem sabe lidar com esta situação? Ninguém. Mal ou bem, só o tempo o dirá verdadeiramente. Foi articulado com as entidades ligadas à Saúde. Disso, não entendo. Mas algo foi e está a ser feito. É melhor tentar fazer algo, do que não fazer coisa alguma. Pelo menos, tentou-se. O que dizem lá fora é que estamos a agir bem em Portugal. Quanto a Ovar, propriamente, se calhar, foi feito o que se achou melhor. Volto a frisar que esta é uma situação com a qual ninguém sabe lidar verdadeiramente.
3 – Acredita que a nossa cidade irá ultrapassar esta fase adversa? Ou vêm aí tempos difíceis? 📌
R: Certamente irá ultrapassar estes tempos difíceis. Mas não podemos pensar que os tempos futuros serão fáceis. Depois da pandemia nada será como dantes. E, não, não vai ficar tudo bem para todos. Nem estamos todos no mesmo barco. Temos também que ser realistas. A vida continuará para muitos de nós. Não, não iremos voltar ao normal. Iremos ter que nos adaptar a novas situações, mas o ser humano é adaptável. A humanidade já sobreviveu a outras pandemias. O vírus está a revirar as nossas vidas. Contudo, também deveremos aprender algo com isto. O nosso planeta precisa de mudança. Nós, seres humanos, destruímos tudo. Não interessa agora se é verdade ou não que foi criado em laboratório, se foi a China, ou seja lá quem tenha sido e se foi alguém. O que interessa realmente é que o aparecimento deste vírus é culpa do ser humano. Não podemos nem devemos tratar assim a nossa casa comum: a Terra. Há muita coisa a ser repensada, nomeadamente, o modelo económico, a meu ver. Mas, a Economia demorará a recuperar. Será um processo muito lento.
4 – Tem aproveitado esta pausa para colocar a escrita em dia? 📌
R: Tenho escrito em cadernos até há pouco tempo, porque o meu portátil avariou e tive de comprar outro. Hoje prefiro escrever nele. Se escrever em papel, passo a vida a apagar e a tornar a escrever e só gasto papel e caneta. Parece que nunca está bem. Prefiro escrever no computador, mas só há pouco tempo tenho o novo.
5 – Quando é que, um dia destes, publica o seu próprio livro de poesia? 📌
R: Quando, não sei. Nem sei se irei começar pela poesia, ou, se pela prosa, nomeadamente, num romance. Já tenho textos meus em antologias, mas sim, quero publicar um livro; porém, não mais nesses moldes e preferia uma editora mais conhecida ou um pouco mais conhecida. Está lá o meu trabalho, mas não é só meu. E eu desejo algo só meu. Mas isso, exige também investimento próprio.
Agradecemos o tempo que nos concedeu.
Um abraço
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