domingo, 5 de abril de 2020

Em Diálogos com Armando Folha, Alberto Tavares e Francisco Oliveira

Nos últimos dias, a Comissão de Melhoramentos de Esmoriz tem dado continuidade à sua rubrica que, a partir das redes sociais, pretende entrevistar (por via digital) algumas pessoas da nossa cidade para saber como estas têm enfrentado o actual contexto nefasto provocado pela propagação do vírus COVID-19. Depois de Adérito Ferreira, seguiram-se Armando Folha, Alberto Tavares e Francisco Oliveira, pessoas que nutrem igualmente um especial orgulho por pertencerem a Esmoriz.
Passaremos então a citar os resultados dos questionários elaborados.


Hoje é dia de falarmos com Armando Folha, Vogal da Direcção da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz. Vamos tentar saber o que anda ele a fazer através de um questionário que lhe enviamos.

1 – Olá Armando Folha. Que impacto sentiu na sua actividade quando foi decretado o Estado de Quarentena em Ovar? Acha que foi uma medida justa?

R: O impacto foi de consciencialização entre todos: empresa e empregados. Sentimos que a actividade teria que ser suspensa, devido ao contágio no Município de OVAR. Acho uma medida justa, e deveria manter-se até depois da Páscoa, e só depois abrir o cerco. Eu sei que isto é devastador para as empresas, comércio, restauração e outros, mas é a, meu ver, a melhor maneira de evitar mais contágio, pelo que abrir agora iria provocar um caos enorme: viriam emigrantes passar a Páscoa, teríamos convívio social entre pessoas, etc. Mas também efectuar só o cerco na parte sul, seria uma hipótese, dado que aí existe mais de 80%dos casos infectados. Veremos, sem saúde, não se trabalha, sem empregados e saudáveis as empresas, não se produz riqueza. Todavia, os nossos antepassados já passaram por muito pior……



2 – Tem estado muito atento à realidade local. Quem acha que se tem comportado melhor neste tema do COVID-19. O Governo ou a Autarquia de Ovar? Ou considera que ambos têm cumprido, dentro dos possíveis, a sua missão?

R: O governo está a fazer os possíveis, dentro das suas condições e possibilidades, omitindo resultados e, na minha opinião, bem, para não causar mais alarmismo social, mas julgo que o pior está para vir e serão tomadas medidas e decisões para a qual as pessoas não estão preparadas. A autarquia está a fazer os possíveis e impossíveis para, proteger a saúde pública do seu povo Vareiro… Assim sendo, é de louvar todas as medidas aplicadas em prol do município de Ovar que, num fundo, espero que vamos dar um exemplo de cidadania a todo o país… Mas aceito o cerco até dia 17 de Abril, depois que se siga isolamento social, trabalho-casa e casa-trabalho até ao verão, mas isto são opiniões otimistas da minha parte, esperemos….



3 – Sei que desafia muitos dos seus amigos com diversos exercícios de adivinhação matemática? Sempre se deixou fascinar por esta área?

R: A minha disciplina favorita sempre foi matemática, gosto de cálculos, equações, jogos, desafios, exercícios matemáticos… faz bem à mente, entretém as pessoas e nesta fase de quarenta ajuda e constitui um desafio saudável e divertido para todos participarem. Sim sempre fui fascinado por tudo que tenha matemática, aliás um hobby ou passatempo preferido como o famoso Sudoku e outros.



4 – É ainda um adepto ferrenho do Sporting Clube de Esmoriz, sendo mesmo um dos nossos correspondentes nesses jogos e enviando sempre a sua crónica. Como vê a actual temporada do Sporting Clube de Esmoriz?

R: O temporada do meu Sporting Clube de Esmoriz, está a correr, ou estava a correr bem, e para mim estava a ser surpreendente constatar tanta juventude, tanto empenho de todos os protagonistas, uns dignos GUERREIROS DA BARRINHA.



5- Acha que o Sporting Clube de Esmoriz tem motivos para continuar na senda da tranquilidade?

R: Penso e acredito que sim… teremos mais jogos em casa, a equipa é unida, disciplinada e com vontade de vencer, vai continuar a provar a todos os adeptos, simpatizantes o orgulho guerreiro, e honrar a camisola barrinhota até ao final da época…. Mas não sei se haverá mais jogos, a não ser à porta fechada, veremos.


Agradecemos o tempo que nos concedeu.
Um abraço





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Hoje é dia de falarmos com Alberto Tavares, Vogal da Direcção da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz. Vamos tentar saber o que anda ele a fazer através de um questionário que lhe enviamos.

1 – Olá Alberto. Que impacto sentiu na sua actividade quando foi decretado o Estado de Quarentena em Ovar e o Estado de Emergência em Portugal? Acha que foi uma medida justa?

R: Em termos profissionais, senti muito, como estou inactivo devido à quarentena não sei como vou fazer para honrar os meus compromissos. É muito complicado, mas a informação que tenho de clientes e fornecedores não é possível no nosso ramo trabalhar devido ao estado de Emergência Nacional e Internacional, está tudo fechado. Eu sou uma pessoa que sempre gostei de trabalhar para a comunidade, estar activo: tenho a Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, Convívios Fraternos da Diocese do Porto, Sul, Nacional e Internacional, Grupo Convivas CAMPE (Cortegaça, Arada, Maceda, Paramos, Esmoriz) 2 Grupos Corais, Casais Convivas, Conselho Pastoral e Grupo Teatro Renascer. Da falta de tempo passei a ter todo o tempo do mundo, não estava habituado é esquisito. Quanto ao estado de quarentena decretado para o Concelho de Ovar, concordo, até porque primeiro está a saúde, sem saúde ficamos confinados toda a vida à nossa condição física.



2 – Tem ocupado os seus tempos livres, difundindo alguns vídeos em que revela a sua veia musical. É uma experiência que o satisfaz?

R: Sim, satisfaz-me bastante, pois há 35 anos atrás eu era conhecido a nível internacional nos Convívios Fraternos pelo “Berto da Viola”. Nunca tive formação musical mas vivia intensamente aquilo que tocava e cantava, e todos que assistiam da plateia se reviam nesse sentimento. Hoje tento lembrar e guardar aquilo que fazia pois o tempo assim o permite, até já tenho quem peça a publicação de algumas canções entretanto já esquecidas.



3 - Sei que o seu filho, Rui Tavares, o ajuda nessa missão. Já agora – como se sentiu quando o viu a vencer o prémio de melhor interpretação masculina no Concurso Nacional de Teatro?

R: O meu filho Rui Tavares é a continuação daquilo que eu queria ser, por isso hoje estamos juntos a cantar as minhas memórias. Quanto ao prémio de melhor interpretação masculina no Concurso Nacional de teatro, não consigo descrever o sentimento de alegria. Tudo o que ele tem conseguido alcançar tanto no teatro como musicalmente, outrora no futebol, é fruto do trabalho e dedicação. Ele faz aquilo que gosta sem qualquer tipo de ajuda. É um talento nato! Sou um pai orgulhoso.



4 – Considera que o Grupo de Teatro Renascer poderá continuar na senda dos êxitos ou será cada vez mais difícil manter este pedestal?

R: O Grupo de Teatro Renascer pode e vai com certeza voar mais alto. É um grupo com muitos bons actores, encenadores e colaboradores. Naturalmente, tem dificuldades muito grandes em termos financeiros, mas a garra e a vontade de todos em serem felizes a fazer o que gostam irá certamente ajudar a colectividade a superar os mais diversos obstáculos.



5- Por fim, uma derradeira pergunta - Como homem conhecedor da realidade da paróquia de Santa Maria de Esmoriz, como tem visto o advento do pároco Manuel Mendes? Considera que é um excelente sacerdote para Esmoriz?

R: Esmoriz é uma terra de lutadores e sempre ligados à fé. O Padre Campos quando chegou a Esmoriz encontrou uma paróquia dividida e não foi fácil, à sua maneira uniu os paroquianos e cumpriu a sua missão, mesmo já com a idade avançada e a falta de forças.
Agora com a chegada do Padre Manuel Mendes temos sangue novo. Estão a acontecer mudanças e a emergir novas ideias e como é normal, as mudanças são sempre vistas com alguma apreensão , mas na minha opinião tudo vai ficar bem. O Padre Mendes é muito comunicativo e dinâmico, com certeza que vai dar o seu melhor para o engrandecimento da fé nesta paróquia de SANTA MARIA DE ESMORIZ.

Agradecemos o tempo que nos concedeu.
Um abraço





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Hoje é dia de falarmos com Francisco Oliveira, Relator do Conselho Fiscal da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz e um dos talhantes mais proeminentes da nossa região. Vamos tentar saber o que anda ele a fazer através de um questionário que lhe enviamos.

1 – Olá Chico! Que impacto sentiu quando foi decretado o Estado de Quarentena em Ovar? Como tem vivido este momento?

R: Senti muito receio de tudo isto. Acho que ninguém esperava há um mês que viéssemos a sofrer com este impacto. Foi, sem dúvida, inesperado.



2 – Acha que esta medida era mesmo necessária? Ou na sua opinião, bastava só o Estado de Emergência Nacional?

R: Penso que foi o melhor para o concelho. Acho que qualquer decisão política tem de ser fundamentada com opiniões de especialistas médicos, neste contexto em concreto.



3 – Por aquilo que tem visto, considera que as pessoas de Esmoriz estão a cumprir as restrições que lhes são exigidas neste contexto conturbado?

R: Segundo o que me parece, 90% das pessoas de Esmoriz acho que cumprem os procedimentos que lhes são exigidos. E quando alguns abusam, a patrulha da polícia já está ali bem perto para os chamar à atenção e aconselhá-los a regressar às moradias ou a realizar os serviços essenciais de que necessitam (alimentação e necessidades de saúde).



4 – Quem trabalha nos principais hipermercados (sobretudo, no caso do Intermarché de Esmoriz que muito tem feito pelo crescimento da nossa cidade) tem evidenciado um grande espírito de nobreza porque continuam a trabalhar para que nada falta à comunidade. Têm sentido o carinho e respeito por parte da população?

R: Da minha experiência, tenho visto mais gratidão e carinho dos clientes, neste momento difícil. Penso que todos nos tornamos melhores pessoas ou cidadãos.



5- E a nossa cidade de Esmoriz?! Será ela capaz de resistir ao impacto económico e social que será provocado por este terrível vírus?

R: Boa pergunta mas ninguém consegue adivinhar o futuro. Aliás, eu sinto algum medo do que vem aí. Consequências vão sempre existir, se serão moderadas ou radicais, não faço ideia!


Agradecemos o tempo que nos concedeu.
Um abraço





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