segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Correio do Leitor - Florindo Pinto critica duramente Rosário Relva


Opinião: Esmoriz - eleições intercalares de 2013


A chamada dos Esmorizenses, para que no dia 13 de Janeiro, cumpram o seu dever cívico de votar, é a decisão certa para colmatar uma triste consequência de um tempo passado pelos autarcas, em “guerras e guerrinhas”, que não souberam contornar e muito menos ultrapassar.

Os gabinetes do 515, da Avenida 29 de Março, são “testemunhas” de coisas más, muito más, para Esmoriz e para as suas gentes, vividas desde Outubro do ano de 2009.

Cedo, muito cedo, se percebeu que a autarca presidente não era possuidora de capacidade organizativa, democrata e muito menos de vontade produtiva. Ressaltava para o conhecimento público a sua inquestionável apetência pelos euros, o seu estilo de “quem manda sou eu”, revelada em atitudes várias e, também, pela sua decisão de manter em seu poder a chave do gabinete, quando ausente e de baixa médica, impossibilitando os seus colegas de executivo de tomar conhecimento de situações do dia a dia, que chegaram a levar ao “corte” das linhas telefónicas, por falta de pagamento.

Em cerca de três anos de mandato, esteve ausente meses, muitos meses, para se restabelecer de situações de saúde. Para “bom entendedor meia palavra basta”, é da sabedoria popular.

E enquanto da sua saúde andava a tratar, sem perda de ordenado, a maioria do executivo, assumia a gestão, reunia com os credores, elaborava um plano de pagamentos das dívidas, que se diz, agora, serem, algumas delas, ilegais.

Mas as “falhas presidenciais”, não se ficavam pelas frequentes ausências. A senhora queria mais, muito mais dinheiro. Se a sua vontade e os seus insistentes pedidos, para exercer o cargo, remunerado, a tempo inteiro, fossem aceites, dos cofres da autarquia teriam saído cerca de 25.000€ /ano, que durante três anos teriam somado a simpática verba de 75.000€.

A confusão e o mal estar instalou-se, com a não aceitação do seu pedido, da sua vontade e do seu desejo.

Naquela casa, como em muitas outras, o dinheiro não abunda. Logo, dos tais 150.000,00€, que a autarquia terá pago a credores, na visão da presidente, hoje a dívida estaria em 75.000,00€, por que a outra metade teria tomado um outro rumo, teria rumado para os cofres da autarca.

E como o que lhe foi pago, legalmente, por Lisboa, não terá sido suficiente, por cá se diz que terá de repor um valor na ordem dos 5.000€, que a si atribuiu de forma fixa, durante uns meses, a coberto de uma rubrica dita de Despesas de Representação.

Estes factos são um partícula no mundo da má gestão, dos desencontros de ideias e da ganância, a que esteve sujeita a freguesia e as gentes de Esmoriz, enquanto na Praça da República, de Ovar, os semblantes dos seus “moradores” se mostravam sorridentes e satisfeitos.

Limpar, ou varrer, são acções que revelam dignidade. Alguns Esmorizenses sabem o que querem e aquilo que a sua cidade merece.


Texto de Florindo Pinto
29/12/2013
(Também publicado em - http://ovar_novosrumos.blogs.sapo.pt/)

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