sexta-feira, 10 de maio de 2019

Ranking elenca potenciais riscos

A Ordem dos Economistas elaborou um ranking nacional que alberga a análise de diversos campos de actuação tais como a Governação, a Eficácia de Serviço ao Cidadão, o Desenvolvimento Económico e Social e a Sustentabilidade Financeira. O estudo tem apenas em conta o ano de 2018.
De acordo com o site Ovar Novos Rumos, o concelho de Ovar conhece as seguintes classificações a nível nacional (num total de 308 municípios) tendo em conta cada item:

- Na Governação, que contém a Transparência, está na 185.ª posição;
- Na Eficiência ao Serviço ao Cidadão está na 204.ª posição;
- No Desenvolvimento Económico e Social está na 73.ª posição;
- Na Sustentabilidade Financeira está na 198.ª posição.

Em jeito de análise, e porque me pediram a opinião sobre este assunto, o concelho de Ovar parece estar apenas bem classificado na parte do desenvolvimento económico e social. Contudo, não impressiona, de todo, ao nível da governação, da sustentabilidade financeira e na eficiência ao serviço ao cidadão. É precisamente neste último ponto, onde poderão residir as maiores debilidades. Será que os serviços municipais/autárquicos estão sempre disponíveis para auxiliar os cidadãos? Ou será que efectivamente faltam recursos nesse sentido, ou até mesmo se verificará a ausência de um plano reestruturante? Este assunto já tem barbas, ou melhor, décadas. 
Quanto à sustentabilidade financeira, é certo que gostaríamos de saber mais sobre os argumentos que a Ordem dos Economistas utilizou para traçar este cenário mais modesto. Que factores de risco existirão? Naquilo que sempre foi comunicado ao público, a Câmara Municipal de Ovar alega ter apresentado contas muito estáveis. Mas será que os especialistas consideram que os orçamentos, apesar de concretizáveis, reivindicam valores demasiado elevados? Ou será que deveriam ser melhor potenciados/canalizados? Deveria a autarquia arrecadar mais receita? Não estamos verdadeiramente a par dos critérios que definiram esta análise mais receosa.
Na generalidade, e aglutinando todos os campos de actuação já citados, Ovar encontra-se na 169ª posição do ranking nacional (isto é, a meio da tabela), mas a nível distrital, é dos que menos impressiona (sendo 15º classificado num total de 19 concelhos).
Estes rankings estatísticos valem o que valem, mas devem ser levados a sério, não tanto pelo cidadão comum, mas sobretudo pelos executivos locais que devem apurar mais elementos e inteirar-se dos relatórios destas organizações independentes. E aqui terá de haver humildade para reconhecer potenciais falhas e assim corrigi-las no futuro.
No que concerne ao atendimento público em Ovar, penso que alguns desses serviços apresentam actualmente determinadas lacunas e isso parece ter ficado bem reflectido neste ranking. Por outro lado, é necessário que sejam evitadas novas polémicas políticas porque isso pode condicionar ou prejudicar a visão proveniente do exterior.
Este ranking não dita directamente se o indivíduo A ou B tem exercido uma boa, razoável ou má governação, mas por vezes, os critérios que estão por detrás destes rankings são críticas construtivas que qualquer bom autarca deve ter interesse em aceder às mesmas, e se não for para melhorar, que seja apenas para as rebater. Agora ignorar não deve ser o caminho.
Espero que o núcleo da presidência, vereadores e deputados da Assembleia retirem ilações e sugiram eventuais melhorias futuras. O mesmo se aplica a todos os outros municípios que não alcançaram os melhores resultados neste ranking.



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