sábado, 23 de março de 2019

A Ribeira de Rio Maior sofre, e a Barrinha leva por tabela...

Como é sabido, a ribeira de Rio Maior é o afluente norte da Barrinha de Esmoriz. Neste sábado, a ribeira acordou com as águas completamente negras. Isto não acontece uma ou duas vezes por ano, os relatos são às dezenas nas redes sociais, e pelos vistos, ninguém investiga, ninguém quer saber. E isto revolta-me. É mais fácil para o Estado investir milhões para resgatar bancos privados do que apostar na resolução de problemas crónicos ambientais que comprometem o equilíbrio natural e o bem-estar das comunidades. Não se admite que ao fim de tantas décadas de inoperância, a Barrinha de Esmoriz que, é só o maior sistema lagunar da zona norte e que contém uma grande biodiversidade, continue a sofrer desta forma.
Para que serve o Ministério do Ambiente? E as autoridades ambientais? Não está na altura de se fazer alguma coisa e punir quem faz descargas poluentes e clandestinas?
Se isto continuar assim, Portugal arrisca-se a perder, daqui a umas décadas, um dos seus ex-libris naturais que integra a Rede Natura 2000, estatuto que deveria garantir teoricamente protecção à Barrinha, mas que na prática não se sucede.
Andamos a desassorear e a dragar a lagoa para quê? 
Para que isto daqui a dois ou três anos volte tudo ao mesmo?
Até quando, meus senhores?!!!




Imagem nº 1 - As águas da Ribeira de Rio Maior, no dia de hoje - 23 de Março de 2019.
Foto enviada pelo leitor Rui Dias

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