“O Tanoeiro”
(Poema da autoria de
Ana Roxo, escritora esmorizense)
Tu, nobre tanoeiro do tempo passado,
Tu que és mestre desta arte ancestral,
Nos vasilhames, dorme o néctar por Deus dado, Ó ilustre tanoeiro, também artista de Portugal!
Tu que és mestre desta arte ancestral,
Nos vasilhames, dorme o néctar por Deus dado, Ó ilustre tanoeiro, também artista de Portugal!
Desde o tempo dos Fenícios, Romanos
E, claro, dos Cartagineses também,
Nesta arte que dura há muitos anos,
Um trabalho árduo - agora de quase ninguém!
E, claro, dos Cartagineses também,
Nesta arte que dura há muitos anos,
Um trabalho árduo - agora de quase ninguém!
Tu, tanoeiro deste tempo presente,
Onde a tua profissão é quase ausente…
E já perdeu de outros tempos, o fulgor,
Porém, ainda trabalhas com suor e amor!
Onde a tua profissão é quase ausente…
E já perdeu de outros tempos, o fulgor,
Porém, ainda trabalhas com suor e amor!
As pipas, os barris...são a tua vida
tão definida!
Tu, ilustre homem, que tens calos em cada mão,
Tu que és o artista de uma arte esculpida,
Pelo pesado malho e pelo teu coração...
Tu, ilustre homem, que tens calos em cada mão,
Tu que és o artista de uma arte esculpida,
Pelo pesado malho e pelo teu coração...
Ó tanoeiro dos tempos que ainda
virão,
Espero que a tua profissão não deixe de existir...
Mesmo que não sejas das pipas do vinho, artesão...
Que continues outros produtos modernos a produzir!
Espero que a tua profissão não deixe de existir...
Mesmo que não sejas das pipas do vinho, artesão...
Que continues outros produtos modernos a produzir!
A vós todos presto a minha homenagem
sentida,
Ó exímios tanoeiros, que estais por todo o país,
A homenagem, essa, deve fazer-se em vida,
Mas esta homenagem vai sobretudo para os de Esmoriz!
Ó exímios tanoeiros, que estais por todo o país,
A homenagem, essa, deve fazer-se em vida,
Mas esta homenagem vai sobretudo para os de Esmoriz!
Dos nobres tanoeiros - descendente
também sou
E nunca a minha origem, irei renegar,
Por esse motivo também, aqui a rimar, estou,
É a minha forma de igualmente vos eternizar!
E nunca a minha origem, irei renegar,
Por esse motivo também, aqui a rimar, estou,
É a minha forma de igualmente vos eternizar!
Foto da autoria de José Fangueiro