quinta-feira, 30 de abril de 2020

Termina a época no voleibol

A Direcção da Federação Portuguesa de Voleibol decidiu "dar por terminadas todas as competições de seniores da época 2019/2020" e "não atribuir qualquer tipo de título de Campeão Nacional na época 2019/2020 nas competições de seniores", escalões onde não haverá descidas de divisão.


Nota emitida pela Federação Portuguesa de Voleibol



O Esmoriz Ginásio Clube encontrava-se na 6ª posição do Campeonato Honda, contudo sabe agora que já não irá disputar mais qualquer jogo. A época acaba sem campeões e sem descidas de divisão. 
Recorde-se que esta decisão vai na linha de opinião daquilo que os dirigentes esmorizenses defendiam de forma a não comprometer o arranque da próxima temporada que poderia ser prejudicada no caso de um reagendamento da actual.







PS: Recorde-se que, no futebol, os campeonatos distritais foram também anulados sem haver lugar a campeões, subidas ou descidas. O Sporting Clube de Esmoriz encontrava-se na oitava posição da Divisão de Elite de Aveiro e sabe que só voltará aos relvados na próxima temporada.

Estado de Calamidade é oficializado; António Costa pede disciplina para que não se comprometam os esforços conseguidos até agora

O confinamento social passa a ser um dever cívico e não uma obrigação legal. Por outro lado, vários serviços irão abrir gradualmente nas três fases estipuladas respectivamente para os dias 4 de Maio, 18 de Maio e 1 de Junho. 
Assim sendo, teremos, a partir do dia 4 de Maio, as seguintes reaberturas (com cortesia da SIC Notícias):


  • Espaços até 200 m2 ;
  • Pequeno comércio, preferencialmente com porta virada para a rua;
  • Cabeleireiros, barbeiros, stands de automóveis, conservatórias, serviços de atendimento ao público não concentrados;
  • Livrarias, bibliotecas e arquivos;
  • Autocarros com cabine no motorista de forma a isolá-los
  • Reforço de autocarros na linha de Sintra;
  • Actividades desportivas individuais por exemplo o ténis e o golfe.

A partir do dia 18 de Maio, segue-se a reabertura de: 


  • Espaços até 400 m2 ;
  • Restaurantes, museus, cafés, esplanadas e similares;
  • Palácios;
  • Creches (numa primeira fase, de forma parcial);
  • Escolas (aulas presenciais para 11.º e 12.º anos);


No dia 1 de Junho, se tudo correr como previsto, será a vez de:


  • Espaços com mais de 400 m2 ;
  • Creches (de forma já integral), pré-escola e ATL;
  • Lojas;
  • Lojas do Cidadão;
  • Centros comerciais;
  • Cinemas e teatros com lotação restringida;
  • Reinício das provas desportivas em recinto aberto mas sem público;
  • Desportos colectivos.

No entanto, claro que vai haver restrições. Por exemplo, os restaurantes e os cafés quando abrirem só poderão permitir a ocupação de 50% do espaço, de forma a não comprometerem o distanciamento social exigido. Durante o mês de Maio, serão ainda proibidos ajuntamentos com mais de 10 pessoas presentes.
Passará a ser ainda obrigatório o uso de máscaras em transportes públicos, escolas, creches, comércio e espaços fechados com grande movimento. 
Por outro lado, deixará de haver limitações nos funerais, podendo novamente os familiares participarem nas exéquias. A partir de 4 de Maio, passará a ser possível a realização de desportos individuais (isto é, corridas ou caminhadas; também será permitido o ténis e o golfe), embora seja a única excepção permitida.
O acesso às praias vai ser, para já condicionado, permitindo-se a concretização de desportos náuticos. 
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou, em directo, que a urgência sanitária ainda não terminou e que todos os cidadãos devem continuar a ser responsáveis, usando máscaras no decurso do convívio social e fazendo constantemente a higiene das mãos. 
O líder do Governo recorda que há sempre dois sentidos possíveis durante as três fases: ou se segue em frente, e vai-se procedendo à reabertura gradual conforme foi estipulada dos serviços, ou se correr mal com uma nova recaída ao nível dos números de contágio, será necessário dar um passo atrás, comprometendo a recuperação gradual da economia portuguesa.




Covid-19: Cobertura de máscaras para adultos e crianças está ...

Em diálogo com Filipe Cayolla


À conversa com um convidado especial
5 Perguntas de Rotina, 5 Respostas de Quarentena
Entrevista Publicada Originalmente na Página da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz


Hoje é dia de falarmos com Filipe Cayolla, gestor e empresário (numa empresa que executa interiores de hotéis) e porta-voz do PAN Aveiro, sendo natural de Esmoriz. Vamos tentar saber como ele tem encarado este contexto adverso provocado pelo contágio do COVID-19.


1 – Olá Filipe. Que impacto sentiu quando foi decretado o Estado de Quarentena em Ovar? Acha que o levantamento da Cerca Sanitária aconteceu no momento certo? 📌

R: Olá, antes de mais queria agradecer o convite. O estado de calamidade municipal foi decretado um dia antes do estado de emergência nacional. Havendo um foco do vírus no concelho era imperativo controlá-lo e por isso pareceu-me sensato e oportuno decretarem o estado de quarentena. (Porque já estava consciente e preocupado com a situação, encerramos a nossa empresa na quarta-feira anterior ao levantamento da cerca.)
Contudo existiram algumas situações que não foram consideradas:
Casos de familiares estarem proibidos de entrar para dar apoio a idosos que se encontravam sozinhos e vice-versa.
Assim como casos de pessoas de fora do concelho que não se podiam deslocar a Ovar para assegurar a alimentação de animais domésticos (o Grupo Parlamentar do PAN teve oportunidade de solicitar ao Governo algumas alterações, que nunca obteve resposta).
Não sendo especialista, considero que a renovação do estado de calamidade municipal foi excessivo, pois as diferenças entre a situação de Ovar e os concelhos circundantes pouco mais foi do que a limitação da circulação de e para o concelho, não acreditando que tenha trazido mais valias significativas.



2 – Acha que o Governo, e até mesmo a autarquia de Ovar, têm cometido algum excesso de zelo ou será que a sua actuação teria sempre de assumir estes moldes? 📌

R: Sendo o Governo e a autarquia constituídos por seres humanos, é natural que acertem numas coisas e errem noutras.
Mas parece-me que tanto o Governo como a autarquia deveriam ter agido mais cedo.
O primeiro atrasou-se na implantação de medidas preventivas e o segundo manteve a festa de Carnaval e, até aparecerem os primeiros casos, muito pouco fez no município.
Acho que os parâmetros definidos para a cerca sanitária deveriam ter sido melhor pensados e implementados. Mas, à data da implantação da cerca, com o aumento descontrolado de casos no Concelho e a total incapacidade de detetar todas as cadeias de transmissão de contágio, parece-nos que foi uma decisão importante para a contenção que se exigia.
Na realidade todos estes cenários são novos e a comunidade cientifica ainda não dispõe dos dados necessários para as decisões que se impõem.
Dada a situação de Ovar, era necessário atuar, pelo que as medidas inicialmente tomadas demonstraram a consciência politica da situação e a definição dos modelos de atuação que foram entendidos como adequados à realidade vigente.
As medidas de proteção, higiene e distanciamento social serão uma constante até que a população esteja imunizada ou até que surja uma vacina, por isso, o retorno terá que ser faseado, gradual e acima de tudo bem monitorizado para que possamos começar a retomar a atividade económica sem cair numa crise pior mais à frente, por pressa desse retorno.



3 – Conhecendo bem a área da hotelaria, como antevê aí o impacto da crise que entretanto se avizinha? 📌

R: A Hotelaria, como todas as outras atividades económicas, está a ser profundamente afectada pela crise que já chegou.
Contudo, para mim, a Vida está antes da economia e acredito que se tivéssemos deixado a pandemia proliferar à vontade, para além da perda de muitas mais vidas (que não têm preço), as consequências económicas ainda seriam mais graves (veja-se o que aconteceu e está a acontecer em Espanha, no Reino Unido ou nos EUA).
Sabemos que a sociedade nunca mais será como antes e que este é um desafio na forma como também a hotelaria terá que se posicionar (acredito que no futuro, pelo nosso clima, pela proximidade dos mercados europeus e por termos conseguido controlar melhor do que alguns países esta crise, podemos vir a ser beneficiados como destino turístico).



4 – Existe o risco de o Verão trazer menos receitas, caso o turismo seja consideravelmente condicionado por esta situação? 📌

R: Naturalmente que sim. Os sectores vão ter que se adaptar e reinventar porque nada será igual. Este pode ser um momento para repensar todo o modelo social e económico. Há muitos projetos inovadores que têm sido desenvolvidos e que demonstram o elevado potencial dos portugueses na definição de novas soluções (a OCDE considerou Portugal como um dos países que mais projetos de inovação desenvolveu neste período). A aposta terá que ser por aqui.
Ovar ressente-se dos graves reflexos que a cerca provocou na economia local. Por isso, será necessário dar-lhe uma especial atenção e perceber que medidas podem ser promovidas no sentido de incentivar a sua recuperação económica e laboral.
No dia 28 de Abril, irá decorrer uma reunião com a equipa de investigadores que acompanha o Governo na informação científica necessária para a tomada de decisões e que nesse âmbito irão ser esclarecidas muitas das duvidas que o PAN (e outros partidos) tem relativamente às medidas futuras.



5 – Por fim, qual é a posição geral do PAN em torno deste contexto em concreto? Que medidas o partido sugere para combater a propagação do COVID-19 bem como para enfrentar a crise económica que está aí à porta? 📌

R: Desde o inicio desta crise que o PAN tem apresentado propostas nas mais diversas áreas; relações internacionais, saúde, educação, justiça, economia, ambiente e agricultura.
No parlamento europeu questionamos a Comissão Europeia sobre as relações bilaterais com a China (pelo atraso superior a um mês na comunicação da Pandemia à OMS, o comércio de animais exóticos e o acordo comercial e de investimentos entre a UE e a China previsto para finalizar em 2020).
Na Assembleia da República, em relação à saúde, alertamos e propusemos desde o primeiro momento, medidas de rastreio e proteção de todos os profissionais de saúde, segurança e proteção civil, mas também de todos os que em época de confinamento tiveram que assegurar o funcionamento do país.
Em relação ao controlo dos Preços, o PAN apresentou uma medida que pretendia a fixação de preços de equipamentos de proteção e desinfeção.
Foram apresentadas também medidas de apoio para os trabalhadores independentes, apoio para as famílias com menores de 12 anos poderem garantir a sua subsistência enquanto estivessem confinadas e em medida de assistência familiar, apoios para a situação especifica dos sócios-gerentes das empresas, entre outros, que podem ser consultadas através do site da AR ou nas páginas oficiais do PAN.
Quanto à reabertura das atividades económicas e o levantamento das demais medidas de contenção, parece-nos mais do que relevante que estas medidas estejam devidamente alinhadas com as recomendações resultantes do conhecimento científico sobre a Covid19.
Devemos, antes, manter um registo responsável e as medidas de levantamento das limitações até aqui adoptadas devem ser tomadas com a devida segurança, cautela, de forma faseada e gradual. Mais do que nunca é tempo de sermos disciplinados e responsáveis, fazendo prevalecer as regras de saúde pública.


Agradecemos o tempo que nos concedeu.
Um abraço



Em diálogo com Martim Guimarães da Costa


À conversa com um convidado especial
5 Perguntas de Rotina, 5 Respostas de Quarentena
Entrevista Publicada Originalmente na Página da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz


Hoje é dia de falarmos com Martim Guimarães da Costa, Presidente da Juventude Socialista de Ovar e anterior candidato à lista de deputados à Assembleia da República. Vamos tentar saber o que ele nos tem para dizer neste momento conturbado vivido pela sociedade portuguesa.


1 – Olá Martim. Considera que os dois períodos de Cerca Sanitária foram determinantes para conter os focos de COVID-19? Ou teria defendido outra estratégia? 📌

R: Considero que a instalação de uma Cerca Sanitária no Município de Ovar, sobretudo o primeiro período, foi absolutamente determinante, e, sem a qual, acredito veemente que o número de infetados seria substancialmente maior. A única questão que colocaria em discussão, diz respeito aos limites territoriais estabelecidos, isto é, se fazia sentido cobrir todas as freguesias do nosso município ou se apenas as freguesias a sul.
Sobre a prorrogação, à medida que várias exceções foram sendo introduzidas, com a permissão de várias indústrias de laborarem, começaram a surgir exponencialmente fatores de desigualdade no nosso território - situações a que não posso estar, obviamente, indiferente. Porque, ou há Cerca Sanitária e há igualdade cá dentro, ou é absolutamente discriminatório relativamente ao comércio local e às pequenas e médias empresas, com igual ou até menor risco de contágio. Por isso defendi, na altura, o levantamento do cerco. Posição que, felizmente, se veio a concretizar.



2 – Como avalia o desempenho do Gabinete de Crise de Ovar e do próprio Hospital Francisco Zagalo no combate à disseminação da pandemia? 📌

R: Quem diria que, em 2012, quando o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil foi aprovado, fosse tão necessário como tem sido. Graças a esse Plano, foi possível a instalação do Gabinete de Crise no mês passado, o que só prova que, se houver planeamento, crises e emergências podem ser menorizadas.
A ação do nosso Hospital foi bastante dinâmica. Passou, durante o último mês, por um processo fundamental não só de criação de novos serviços, mas também pela reestruturação de outros existentes, de reorganização de espaço e de equipas e de contratação de novos profissionais de saúde. Foi feito um trabalho administrativo que deve ser motivo de um grande louvor público. Na pessoa do Luís Miguel Ferreira, Presidente do Conselho Diretivo do Hospital Dr. Francisco Zagalo, o meu profundo agradecimento a toda a Administração, profissionais de saúde, pessoal auxiliar e voluntários, pelo enorme sentido de missão e de responsabilidade.
Sobre o Gabinete de Crise, mostra bem que os grandes feitos da humanidade só se alcançam em equipa. Foi a cooperação e não a competição, entre todas as entidades envolvidas, que tem permitido o nosso Município vencer a pandemia. E é sobre esta perspetiva sobre a vida, juntos e em comunidade, em que os problemas dos outros são também os nossos problemas, que teremos hipóteses de vencer esta pandemia. Por isso, congratulo todos os integrantes, sem exceção, deste Gabinete de Crise. Mas não podemos ser passivos à sua ação. Neste órgão estão representantes de várias instituições, que precisam do nosso apoio e da nossa solidariedade. Neste momento, todos nós somos agentes de saúde, e existem milhares de maneiras de ajudar, mesmo em quarentena, quem está na primeira linha. Seja estando em casa, quarentena, por meio de donativos, por fazerem-se de sócios das respetivas instituições, quando seja o caso (como os bombeiros), seja através, sobretudo os mais jovens, de integração em regime de voluntariado para ajudar os mais vulneráveis e em risco. Todos nós estamos convocados e temos uma missão a cumprir, e estou convencido que, só através da solidariedade entre todos, da serenidade dos nossos gestos e da dignidade das nossas ações, conseguiremos sair deste momento de grande aperto com o sentimento de dever cumprido.



3 – Que procedimentos irá o PS Ovar sugerir à Câmara Municipal de Ovar de forma a apoiar as empresas e famílias neste momento difícil? 📌

R: Temos um conjunto de 22 propostas e 5 recomendações, transversais a várias áreas, e que serão discutidas e votados na próxima reunião de Câmara, a realizar-se no próximo dia 30 deste mês. São propostas transversais às várias áreas, como a Ação Social, Cultura, Urbanismo, Habitação, Emprego, Indústria, Comércio e Economia Local.
Se me permite, eu tive a oportunidade de desenhar, dentro deste conjunto de propostas, as que são referentes à área do Urbanismo: o Regime Excecional Urbano (REUrb20), o Programa de Regeneração Urbana do Concelho de Ovar e a modernização da administração local e a desmaterialização/digitalização dos procedimentos de operações urbanísticas.
Sobre o REUrb20, para que se evite o adiamento do investimento imobiliário privado já programado ou equacionado para este ano, bem como estimular toda a fileira da construção civil, a proposta visa não só reduzir os tempos de tramitação processual dos processos que entram na CMO, como também atribuir um benefício de uma redução de 50% em taxas urbanísticas:
A todos os processos de operações urbanísticas de licenciamento ou comunicação prévia, cujo o pagamento de taxas e levantamento do respetivo alvará tenha ocorrido entre o dia 14 de março ou que venha acontecer até o final do ano civil de 2020 e cujo o prazo não exceda dois anos;
A operações urbanísticas em loteamentos, cujos alvarás do próprio loteamento tenham ocorrido no prazo referido no número anterior, e que a obra esteja concluída num prazo não superior a dois anos;
A todos os projetos que, sendo entregues no mesmo prazo, possuam uma previsão de orçamento que exceda ou iguale o montante a 1 milhão de euros (e por isso considerados estratégicos para o Município). A estes processos, quando destinados a habitação plurifamiliar, serão dados ainda uma redução do tempo de apreciação, passando para metade: de 8 para 4 dias úteis, relativamente à apreciação liminar; de 30 para 15 dias úteis, relativamente à apreciação de projetos de arquitetura; e de 45 para 23 dias úteis, relativamente à verificação dos projetos de especialidades.
A segunda proposta, referente à Regeneração Urbana, que visa, é o somatório de vários mecanismos referentes à Mobilidade, que incentivem a Reabilitação Urbana e que incrementem políticas de habitação sobretudo para Arrendamento Acessível.
Apresentou-se, por isso, uma proposta para um Plano Municipal de Mobilidade.
A implementação de uma Área de Reabilitação Urbana, em Esmoriz, que centralize o Palacete dos Castanheiros e que requalifique a rua do mesmo nome, promovendo o foco de investimento imobiliário privado e captação de benefícios discais para o miolo de Esmoriz.
A criação de um Fundo Municipal de Sustentabilidade Ambiental e Urbanística (FMSAU) - ao qual são afetas “receitas resultantes da redistribuição de mais-valias, com vista a promover a reabilitação urbana, a sustentabilidade dos ecossistemas e a prestação de serviços ambientais”, sem prejuízo do município poder afetar outras receitas urbanísticas a este Fundo, com vista a promover a criação, manutenção e reforço de infraestruturas, equipamentos ou áreas de uso público;
A cedência de terrenos e edifícios de propriedade municipal, ou através de protocolo para entrega pela Administração Central, com o objetivo da CMO ir buscar, no final da obra, frações afetas à habitação acessível;
A Regulamentação de cedências de terrenos, não só em sede PDM, mas também na análise de novos projetos de loteamento ou de projetos de edificação equiparados a operações de loteamento, a disponibilidade e aquisição de solos, bolsas de terrenos e alojamentos para habitação acessível e/ou de custos controlados, seja por meio de sistemas perequativos, de sistemas de incentivos ou do FMSAU;
O estabelecimento de incentivos fiscais a quem dote parte da construção nova para o mercado de arrendamento acessível;
O benefício de redução das taxas urbanísticas de 50%, para construção nova, ou de 100% quando conservação, recuperação ou reabilitação de um edifício existente, aos jovens com idades compreendidas entre os 18 e 35 anos, quando se trate de edificação para habitação própria permanente.
A convocação do terceiro setor e reanimar a dinamização da habitação por cooperativas.
Por fim, a terceira e última proposta na área do Urbanismo, visa assegurar estes serviços através de regime em teletrabalho, e a modernização da administração local, a digitalização de procedimentos e a desmaterialização de processos de operações urbanísticas. Ou seja, apresentamos uma proposta com todos os procedimentos necessários para o atendimento à distância, através de endereço eletrónico ou por via telefónica, para a receção de processos em “papel” e em formato “digital”, abrindo portas para que no futuro seja só em forma digital, por exemplo com recurso a um balcão virtual.



4 – Como avalia o posicionamento do Governo em torno desta conjuntura? Terão sabido enfrentar esta realidade nefasta e evitado que a tragédia atingisse proporções muito graves tal como veio a acontecer em Espanha ou Itália? 📌

R: O Governo soube, sabiamente, estabelecer o equilíbrio entre a gradual autoridade democrática que a imposição de um Estado de Emergência exige, conseguindo salvaguardar várias liberdades individuais, culturais e sociais, e, por outro, ir apresentando também gradualmente um conjunto de medidas, em vários setores, como o pagamento a 100% pela Segurança Social a quem estiver em isolamento profilático (quarentena), o regime “lay-off”, que cobre hoje cerca de 1 milhão de trabalhadores, através de linhas de crédito, para injetar mais de 2.400 milhões de euros nas empresas, a garantia da manutenção de milhares de postos de trabalho, a agilização e simplificação das medidas necessárias aos fundos comunitários, o apoio ao setor agroalimentar, o apoio ao sistema cientifico nacional, a reorientação de atividades produtivas de várias empresas para responderem às necessidade de saúde pública nacional, enfim, foram tantas as medidas, sabendo que para a semana virão mais medidas, que é impossível ter outra posição relativamente ao Governo que não seja de apoio.
Infelizmente, foi preciso uma crise para mostrar o quão importante é intervenção do Estado, e do seu papel na Saúde, na Educação e na Habitação.
Mas o Governo fez a sua parte. No entanto, não o fez sozinho.
O sucesso português está a ser possível graças aos portugueses que têm dado uma extraordinária resposta a esta crise pandêmica. Não só os profissionais de saúde, que estão na linha da frente, também os pais e as mães que estão com os seus filhos em casa, também os trabalhadores do setor social em várias valências, e todos os milhões de trabalhadores que tiveram que continuar a sair de casa para ir trabalhar, para que os portugueses possam continuar aceder a bens alimentares, eletricidade e água em casa, recolha do lixo, segurança nas ruas, medicamentos. Até o ensino à distância precisa de gente que saia de casa para o concretizar!
O País tem, coletivamente, respondido de forma extraordinária a esta situação.
Relativamente a Espanha e Itália, só não estarão numa situação ainda mais grave, graças ao nosso Ministro das Finanças e Presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, e ao nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que garantiram, juntos dos nossos parceiros europeus, a maior resposta europeia de emergência e de recuperação económica e social.
Ser português, é por isso, um grande motivo de orgulho!



5 – Por fim, acredita que o concelho de Ovar irá ultrapassar este momento difícil? 📌

R: Vivemos, hoje, uma das maiores ameaças do Mundo Moderno, e só a nossa capacidade de colocar as diferenças de lado, de tolerância e de espírito de entreajuda permitirão vencer, com toda a serenidade, esta guerra. Uma guerra com dois rostos: por um lado, contra a pandemia, com várias pessoas mobilizadas para combater diretamente, e, por outro, económica, que levará certamente mais tempo a resolver. Mas Portugal é hoje uma sociedade moderna porque soube organizar-se coletivamente e em democracia por cidadãos livres e decentes, que entenderam que os problemas dos outros são também os nossos problemas. E hoje vemos traços desse povo. Um povo que tem sabido agir, num momento de enorme gravidade, com respeito, tolerância e solidariedade. Para isso, população de Ovar tem contribuído ao ser um enorme exemplo para outros Municípios. O meu apelo vai para que, apesar do levantamento da “Cerca Sanitária” e para continuarmos com os bons resultados, continuemos a agir de forma responsável.


Agradecemos o tempo que nos concedeu.
Um abraço






quarta-feira, 29 de abril de 2020

Junta de Freguesia de Esmoriz e Câmara Municipal de Ovar apostam na divulgação de cartazes de sensibilização

A Junta de Freguesia de Esmoriz e a Câmara Municipal de Ovar estão a levar a cabo acções de sensibilização social que podem ser observadas nas redes sociais, nos meios de radiodifusão e ainda através da colocação de cartazes públicos.
Sabemos que a Junta de Freguesia de Esmoriz está a introduzir cartazes cívicos nas paragens de autocarro que apelam aos cidadãos para que respeitem os valores da sustentabilidade ambiental, apoiem o comércio local neste momento difícil e que sigam as recomendações de prudência social neste momento difícil.
Por seu turno, a Câmara Municipal de Ovar exibiu cartazes maiores distribuídos pelo município em que se sugere aos cidadãos para que se munam de máscaras de forma a evitar o contágio por COVID-19. Salvador Malheiro, presidente da autarquia, tem insistido na necessidade de todos se precaverem nesta conjuntura difícil.
Na nossa opinião, e apesar dos custos associados, cremos que a colocação destes cartazes sociais fazem todo o sentido. Pelo menos, servirão certamente para relembrar os mais esquecidos ou menos preocupados que continuam a subestimar, de forma inconsciente, esta pandemia.
É altura das pessoas perceberem que se não usarem máscaras e se não apoiarem o comércio local estarão a prejudicar a evolução da sua comunidade. 




Imagem nº 1 - Junta de Freguesia de Esmoriz aposta na necessidade de todos se envolverem na construção de uma comunidade responsável e sustentável.
Direitos da Foto: Punto Red





Imagem nº 2 - Câmara Municipal de Ovar aconselha cidadãos a usarem máscaras no dia à dia, enquanto não for encontrada a vacina para o Coronavírus.
Direitos da Foto: Câmara Municipal de Ovar


Em diálogo com o Movimento "Caixa Solidária" de Esmoriz


À conversa com uma convidada especial
5 Perguntas de Rotina, 5 Respostas de Quarentena
Entrevista Publicada Originalmente na Página da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz


Hoje é dia de falarmos com Ana Gomes que juntamente com João Gomes, Francisco Fabião e Carina Santos trouxe o Movimento “Caixa Solidária” até Esmoriz.
A recolha e distribuição de bens alimentares e de higiene decorre em dois sítios da cidade: na ala sul do edifício da Junta de Freguesia de Esmoriz e agora também na Avenida Joaquim Oliveira e Silva, nas imediações no monumento à Arte Xávega.
Vamos tentar saber como está a correr esta iniciativa na nossa cidade.



1 – Olá Ana. O projecto nasceu em Lisboa a partir da iniciativa do cidadão Nuno Botelho. Como é que nasceu a ideia de vocês trazerem também o movimento até cá? 📌

R: Boa tarde. Antes de mais muito obrigada pela divulgação desta ação. Acreditamos que são um meio muito importante para a partilha destas iniciativas. Relativamente à forma como tudo iniciou: a Carina Santos tomou conhecimento do grupo @caixa.solidaria criado pelo cidadão Nuno Botelho e, após partilhar com os restantes, decidimos avançar.



2 – Os cidadãos têm aderido ao vosso repto, doando bens alimentares? Ou ainda aguarda que a generosidade possa aumentar nas próximas semanas? 📌

R: Iniciamos este movimento colocando uma caixa solidária perto da Junta de Freguesia de Esmoriz. Este ponto está a ter uma excelente dinâmica, havendo sempre rotação de bens alimentares e de higiene. No dia 22 decidimos avançar com a criação de outro ponto, na zona da praia, junto ao Centro Comunitário, mas verificamos que a caixa desapareceu umas horas depois. Em breve iremos colocar novamente uma caixa para tentar prestar apoio aos cidadãos da zona da praia.



3 – Já receberam pedidos de pessoas desfavorecidas que foram ao vosso encontro solicitar um ou outro produto? 📌

R: Não tivemos qualquer solicitação, mas estamos totalmente disponíveis para apoiar nesse sentido.



4 – Que tipos de bens as pessoas poderão doar ao vosso movimento, de forma a que cheguem em boas condições a quem mais necessita? 📌

R: Sugerimos bens alimentares com maior prazo de validade e que possam estar à temperatura ambiente, tais como: enlatados, massa, arroz, azeite, entre outros. Poderão também doar bens de higiene pessoal.



5- Por fim, acredita que a comunidade esmorizense irá superar esta difícil conjuntura? 📌

R: É certo que há circunstâncias que deixam uma cidade e um país desconfortáveis, mas não temos dúvidas que este acontecimento parou o mundo. Acreditamos que quando há união, o caminho torna-se bem mais fácil. E por essa mesma razão estamos a dar continuidade a este movimento. Acreditamos também que a comunidade a partir de agora estará mais sensível às diferentes causas e desigualdades existentes e, com a força e determinação que nos distingue, iremos superar este momento.


Agradecemos o tempo que nos concedeu.
Um abraço e bem-haja pela vossa iniciativa





terça-feira, 28 de abril de 2020

Situação na rua da Seara requer resolução imediata

Na Rua da Seara, perto do cruzamento com a rua da Estrada Nova, existe um grande buraco, o qual aparenta estar a alargar-se, podendo tornar-se mesmo num caso susceptível de prejudicar a segurança dos condutores. 
Bastará passar um carro pesado para que parte do piso possa ceder, dado que, naquele preciso lugar (onde está o buraco), não aparenta haver uma consistente base de apoio por debaixo do asfalto.
Pede-se, por isso, a sinalização apropriada do local, seguida de uma intervenção célere que resolva o problema.









As Fotos apresentadas são da autoria de Pedro Valente

Medidas aprovadas pela autarquia para enfrentar o contexto económico adverso


A Autarquia de Ovar, liderada por Salvador Malheiro, acaba de anunciar os primeiros conjuntos de medidas de forma a apoiar famílias, cidadãos e empresas. O objectivo passa por atenuar, na medida do possível, as consequências económicas que serão inevitavelmente provocadas pela conjuntura nefasta do COVID-19.
O edil mencionou que era necessário reforçar o quadro de apoios, mas volta a alertar a comunidade para o cumprimento das regras que visam o uso de máscara, o distanciamento social, a higienização das mãos e uma postura mais caseira dos cidadãos.
De entre as medidas aprovadas pelo executivo municipal podemos destacar as seguintes:

  • Atribuição de um crédito equivalente ao valor da cobrança da Taxa de Resíduos Sólidos Urbanos nos meses de março, abril e maio, para os escalões de consumo até 7 metros cúbicos de água, nos consumidores domésticos e não domésticos;
  • Pagamento em até 12 prestações sucessivas, a requerimento dos interessados, de taxas e licenças cujo valor seja igual ou superior a 1000 euros, nas liquidações que ocorram até 31 de dezembro de 2020;
  • Redução em 40%, durante 12 meses, a contar da data da respetiva publicação, do valor de todas as taxas urbanísticas constantes do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação (RMUE);
  • Isenção de pagamento de renda, durante 12 meses, nos contratos de arrendamento social de imóveis de propriedade da Câmara Municipal, reportado a março de 2020;
  • Isenção e/ou devolução dos valores já pagos pelos estabelecimentos comerciais, de taxas municipais referentes à ocupação de espaço público com esplanadas durante os meses de março a dezembro de 2020;
  • Isenção e/ou devolução dos valores já pagos pelos estabelecimentos comerciais, de taxas municipais referentes à ocupação de espaço aéreo e espaço público com toldos, reclames, suportes publicitários e similares, durante os meses de março a dezembro de 2020;
  • Manutenção da validade dos alvarás de construção, vencidos ou a vencer, até 31 de agosto de 2020, fazendo-se acrescer ao prazo decorrido o prazo de suspensão da obra, por motivos associados ao combate à COVID-19;
  • Isenção do pagamento e ou devolução do valor das taxas de ocupação do Mercado Municipal de todos os operadores e lojistas, desde 1 de março a 31 de dezembro de 2020;
  • Isenção de pagamento do espaço de ocupação em equipamentos concessionados pela Câmara Municipal, a contar de 1 de março e até 31 de dezembro de 2020;
  • Isenção dos pagamentos relativos aos Contratos de Incubação da Incubadora de Empresas de Ovar – Espaço Empreendedor, a contar de 1 de março e até 31 de dezembro de 2020;
  • Majoração do apoio à atividade regular de IPSS´s e Associações da área da Ação Social, em 35% face ao apoio do ano anterior;
  • Apoio ao Investimento de IPSS`s, com valência ERPI – Estrutura Residencial para Idosos (Lares), em 50% do respetivo valor, num máximo de 75 000 euros, em projetos de reestruturação dos respetivos edifícios por adaptação às normas e boas práticas que impeçam a propagação de vírus ou bactérias nos espaços habitáveis.
  • Contratação de empresa de consultoria para apoio aos nossos empresários e trabalhadores independentes no âmbito das medidas excecionais de resposta ao Covid 19 – Apoio às empresas;
  • Reforço na atribuição de apoios no âmbito das medidas constantes do Regulamento de Ação Social do Município de Ovar, de forma a abranger um maior número de indivíduos isolados ou agregados familiares que vejam sua situação socioeconómica fragilizada de forma inesperada, nomeadamente enquadráveis no Fundo de emergência social, Apoio ao Arrendamento Urbano para Fins Habitacionais, Apoio a medicação e Apoio a famílias numerosas;
  • Apoio aos 516 alunos do 1º ciclo, Escalão A, num valor de 2,00 euros por dia, para os 46 dias úteis do terceiro período letivo 2019/2020, referente à alimentação que era garantida nas cantinas escolares;
  • Implementação de uma estrutura de acolhimento de emergência de vítimas de violência doméstica, em unidade hoteleira localizada em Ovar, na pendência da realização de teste da Covid-19 e avaliação dos respetivos resultados, com reserva de confidencialidade e garantia de segurança, fora da sua habitação, com o posterior encaminhamento para estrutura de acolhimento no âmbito da rede nacional;
  • Reforço do Plano de Financiamento dos Agrupamentos de Escolas de Ovar, na componente Informática, tendo em vista a aquisição de computadores (ou equivalente) e sistemas de acesso à internet, para os alunos do 1º ciclo, num valor global de 100 mil euros, a repartir pelos respetivos Agrupamentos, em função do número de alunos do 1º ciclo;
  • Manutenção do apoio à atividade regular, pontual e de investimento, dos contratos programa/ protocolos de colaboração já celebrados ou a celebrar com as Associações Desportivas, Culturais, Recreativas e Outras e Associações de Pais;
  • Apoio financeiro extraordinário às Associações Humanitárias de Bombeiros de Ovar e Esmoriz, no âmbito das suas despesas e redução de receita da atividade operacional, em consequência da pandemia Covid-19;
  • Adoção de prazo de pagamento máximo a 30 dias a fornecedores, a partir de 1 de maio, independentemente do estabelecido contratualmente em vigor;
  • Difusão de mensagens, nos espaços utilizados pelo Município, fixos e de radiodifusão, de apelo ao cumprimento das regras de higiene e afastamento social.


CMOvar vai dar apoios às pessoas, aos trabalhadores independentes, às empresas e às IPSS’s

Em diálogo com Sara Oliveira


À conversa com uma convidada especial
5 Perguntas de Rotina, 5 Respostas de Quarentena
Entrevista Publicada Originalmente na Página da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz


Hoje é dia de falarmos com Sara Oliveira, Coordenadora da Universidade Sénior de Esmoriz. Vamos tentar saber o que anda ela a fazer através de um questionário que lhe enviamos.


1 – Olá Sara. Que impacto sentiu quando foi decretado o Estado de Quarentena em Ovar? A Universidade Sénior de Esmoriz como reagiu a tudo isto? 📌

R: A Universidade Sénior de Esmoriz é um projeto da Junta de Freguesia de Esmoriz. Assim que a Junta de Freguesia de Esmoriz ativou o seu plano de contingência, foi decidido, e bem, suspender as atividades presenciais da Universidade Sénior de Esmoriz.
Assim que foi decretado o Estado de Quarentena o impacto desta decisão foi sentida por toda a comunidade da Universidade Sénior de Esmoriz.



2 – Enquanto coordenadora da Universidade Sénior de Esmoriz, sempre procurou zelar pelos seus alunos, neste momento difícil. Tem falado recorrentemente com eles para saber como estão? 📌

R: Como referi anteriormente a atividade presencial da Universidade Sénior de Esmoriz foi suspensa no dia 11 de março. No entanto o trabalho não parou.
Desde o primeiro momento tentamos perceber as necessidades de toda a comunidade da Universidade Sénior de Esmoriz (coordenação, serviços administrativos, professores e alunos).
Por telefone ou videochamada procuramos perceber como estão os nossos alunos (a nível físico e psicológico). Suprimimos algumas necessidades. Esclarecemos dúvidas. Contactamos com familiares dos alunos. Estivemos e estamos próximos de cada um.



3 – Estão a recorrer ao formato da tele-escola de forma a completar o ano lectivo? Que disciplinas poderão ser leccionadas virtualmente? E de que forma os alunos poderão aceder às mesmas? 📌

R: Com o avançar das semanas sentimos necessidade de converter a nossa resposta. Por isso recomeçamos as aulas do 3º período online.
Cada disciplina tem as suas especificidades e cada professor está a lecionar conforme considere mais pertinente.
Deixo aqui uma palavra de reconhecimento a todos os professores que colaboram no nosso projeto, pois aceitaram o desafio e adaptaram-se a uma nova realidade.



4 – Que projectos e actividades terão ficado pelo caminho, pelo menos, até ao fim deste ano lectivo? 📌

R: Até ao final do ano letivo os convívios, espetáculos culturais e desportivos estão cancelados.



5- Por fim, acredita que a comunidade (nomeadamente os nossos seniores) irá superar esta difícil conjuntura? 📌

R: Vivemos tempos excecionais e a comunidade sénior está a sentir muito o confinamento e o isolamento social. Os nossos seniores são pessoas muito ativas, mas atendendo à crise sanitária estão obrigados a ficar em casa. Neste sentido, estamos a trabalhar para minimizar as consequências deste isolamento.


Agradecemos o tempo que nos concedeu.
Um abraço





segunda-feira, 27 de abril de 2020

Em diálogo com Bruno Oliveira


À conversa com um convidado especial
5 Perguntas de Rotina, 5 Respostas de Quarentena
Entrevista Publicada Originalmente na Página da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz


Hoje é dia de falarmos com Bruno Oliveira, Presidente da Junta da União de Freguesias de Ovar. Vamos tentar saber o que ele nos tem para dizer neste momento conturbado vivido pela sociedade portuguesa, e em particular, pelas comunidades que integram a referida União.


1 – Olá Sr. Bruno Oliveira. Que impacto sentiu quando foi decretado o Estado de Quarentena em Ovar bem como a imposição de uma Cerca Sanitária? Acha que foi uma medida justa? Ou o Estado de Emergência Nacional só por si bastaria? 📌

R: Teve um grande impacto, sem dúvida nenhuma, quer a nível social, quer a nível económico. A imposição da cerca sanitária causou transtorno, angústia e incerteza mas foi necessária e da maior importância para a saúde pública. Tratou-se de uma medida excecional num período também excecional.
Foi a Autoridade de Saúde Pública que avaliou o risco e chegou à conclusão que havia uma contaminação comunitária ativa em Ovar.
Se nada fosse feito, provavelmente, o número de infetados em Ovar e nos concelhos que nos rodeiam seria muito maior.
Agora, já sem a cerca sanitária, temos de continuar a agir de forma responsável, não deitar tudo a perder e seguir as indicações da DGS e do Ministério da Administração Interna.



2 – Na União de Freguesias de Ovar, registam-se cerca de 70% dos casos de infecções por Coronavírus. Como analisa esta estatística? 📌

R: Como calcula é deveras preocupante ter 70% dos infetados do concelho de Ovar localizados na área da União das Freguesias. Esta percentagem poderá estar relacionada com o facto de ser no espaço territorial da União das Freguesias que residem dois terços da população de Ovar. Daí, termos de imediato criado medidas de prevenção e de ajuda à população.



3 – Que procedimentos foram adoptados recentemente por parte da União de Freguesias de Ovar de forma a atenuar a propagação do COVID-19? 📌

R: Para atenuar a propagação do vírus implementámos um Plano de Contingência.
Efetuámos contactos telefónicos e fizemos o levantamento das necessidades às pessoas mais vulneráveis e idosas das 4 Freguesias.
Criámos linhas para apoiar pessoas idosas isoladas,infetadas, em isolamento ou em grave carência económica para:

Compras
Medicação
Assuntos administrativos

Em parceria com a Delegação da Cruz Vermelha – Delegação de Ovar a UFO constituiu uma rede de 21 voluntários, 16 estão no terreno a apoiar e 5 a apoiar a partir de suas casas. Aos voluntários providenciou-se seguro, identificação e os meios de proteção necessários para a sua salvaguarda no terreno.
São mais de uma centena, as pessoas, que estão a ser apoiadas pela entrega de cabazes com alimentos. Outras, apenas precisam do aconchego de palavras amigas que lhes chegam através do telefone.
Atribuímos um apoio financeiro extraordinário aos Mãos Solidárias que nesta altura está a distribuir mais de 70 refeições diárias.
Oferecemos uma máquina de lavar roupa à Unidade de Saúde Familiar João Semana.
Participamos ativamente no Gabinete de Crise da Comissão Municipal de Proteção Civil de Ovar.



4 – Sei que cancelaram o Festival Internacional de Marionetas que já era uma aposta ganha desde há alguns anos para cá. Foi uma decisão difícil de tomar? 📌

R: A atual situação assim o exige. Além do FIMO foram cancelados todos os eventos culturais e recreativos anteriormente programados a fim de evitar ajuntamentos, na salvaguarda da saúde pública.
A verba orçamentada para essas iniciativas está a ser canalizada para o apoio às necessidades de carater social e humanitária.



5- O Verão está a chegar, mas a vacina para o COVID-19 ainda não estará cá por essa altura. Com este contexto de indefinição, corremos o risco de ter menos receitas ao nível do turismo e da restauração, tanto no panorama local como nacional? 📌

R: Será um Verão diferente sem dúvida. Vão ser outros os desafios. Como evitar os ajuntamentos nas nossas praias?!
Como refere, a vacina ainda cá não estará...
E não temos ilusões em relação às receitas do turismo e da restauração quer a nível local quer a nível nacional.
Se me permite vou terminar fazendo uma homenagem e um reconhecido agradecimento a todos os profissionais que lutam e dão o seu melhor neste desgastante combate diário que lhes é imposto.
E o apelo final:

CUIDEM-SE, PROTEJAM-SE E FIQUEM EM CASA.

Um abraço amigo,
Bruno Oliveira





domingo, 26 de abril de 2020

Bombeiros Voluntários de Esmoriz comemoraram 89º aniversário

Os Bombeiros Voluntários de Esmoriz assinalaram hoje o seu 89º aniversário. A Associação Humanitária, fundada a 26 de Abril de 1931, foi obrigada, por força da conjuntura actual (marcada pela propagação do Coronavírus), a celebrar de forma simbólica esta data, evitando assim aglomerados ou ajuntamentos populacionais.
Da parte da manhã, decorreu o tradicional hastear das bandeiras e o toque da sirene. Seguiram-se homenagens aos bombeiros que, ao longo dos tempos, faleceram ao serviço da Associação (circunstância observada mediante a colocação de uma coroa de flores junto à placa identificativa da entidade, mesmo em frente ao quartel), e também a todos os profissionais ou voluntários das mais diversas áreas da sociedade que actualmente têm prestado um serviço fundamental no combate à pandemia do COVID-19.
O programa só ficará concluído pelas 21:30, momento em que a corporação esmorizense irá accionar mais um toque da sirene que durará um minuto de forma a prestar tributo a todos aqueles que continuam a lutar diariamente contra o COVID-19. A Associação Humanitária solicita ainda à população de Esmoriz para que acenda uma vela junto às janelas da sua habitação, durante esse preciso momento.
Neste momento, vários cidadãos têm aproveitado as redes sociais para felicitar os nossos bombeiros nesta data comemorativa. Os nossos soldados da paz têm sido determinantes, mantendo as suas acções regulares de socorro social e trabalhando, de forma incondicional e incansável, com o Gabinete de Crise de Ovar, de forma a travar ou atenuar as consequências da propagação daquele vírus que atingiu elevadas proporções no concelho vareiro.
Partilhamos em seguida imagens, vídeos e os comunicados que marcaram as celebrações desta manhã. 





Imagem nº 1 - Bombeiros em formação no Quartel enquanto tocava a sirene.
Direitos da Foto: Grupo de Comunicação e Imagem dos BVE





Imagem nº 2 - O hastear das bandeiras.
Direitos da Foto: Grupo de Comunicação e Imagem dos BVE





Imagem nº 3 - O Presidente da Associação Humanitária dos BVE coloca uma coroa de flores de forma a homenagear todos os soldados da paz que já partiram, depois de terem servido com brio e glória a corporação esmorizense.
Direitos da Foto: Grupo de Comunicação e Imagem dos BVE





Vídeo nº 1 - Momentos das celebrações do 89º aniversário: Bombeiros em formatura, toque da sirene, hastear das bandeiras e colocação da coroa de flores junto à placa identificativa da corporação.
Direitos do Vídeo: Grupo de Comunicação e Imagem dos BVE


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Intervenções a reter das celebrações


1- Mensagem do Presidente da AHBV Esmoriz – Eng. Fernando Cardoso


A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz assinala hoje o seu 89º aniversário. A efeméride não é comemorada como é habitual fruto do estado de emergência que vivemos em Portugal e que foi motivado pela pandemia da covid-19.
Coincidência dos factos, no mês que comemoramos os 46 anos de liberdade em Portugal, a população, em geral, vê-se privada de alguma liberdade em termos de contacto pessoal e de liberdade de movimentos. A liberdade de pensamento e de expressão, entre tantos outros direitos, outrora reprimidos, podem felizmente continuar a ser usufruídos por todos nós.
Quis a lei em vigor que nos resguardássemos e evitássemos ajuntamentos. A realidade que vivemos recentemente no concelho de Ovar leva-nos a ter algum recato quanto a festejos mais ou menos efusivos. Não é tempo de festas. Foram muitos aqueles que sofreram e que ainda sofrem devido à pandemia que nos afetou de forma mais particular em Ovar. Até agora, infelizmente, 35 residentes neste concelho não resistiram à pandemia. Os números não foram maiores devido à ação solidária da população que ficou confinada em suas casas, mas também devido ao trabalho intensivo, abnegado e corajoso de tantos profissionais e voluntários de diversas áreas que estiveram no terreno a lidar diretamente com a pandemia.
Neste dia de aniversário, mais do que assinalar a data, queremos prestar homenagem a todos esses profissionais e voluntários, de onde destaco o papel que os Bombeiros Voluntários de Esmoriz que desempenharam bem a sua missão, uma vez mais, e souberam demonstrar que são uma força vital para assegurar o socorro, a segurança e bem estar da população pondo muitas vezes a sua própria vida e dos seus em risco.
São 89 anos em missão. Uma missão que atravessou várias gerações. Gerações essas que sempre souberam ultrapassar as dificuldades e souberam também elevar o bom nome das gentes de Esmoriz, de Cortegaça e de Maceda. É da mais elementar justiça prestar homenagem a todos esses homens e mulheres que se entregaram a esta causa de serviço público e humanitário.
Uma palavra de enorme agradecimento também a todos aqueles que apoiam a AHBVE com os seus donativos. Estou grato por tal ato de generosidade. É também graças a atos valorosos como estes que tenho a esperança num futuro melhor e mais solidário. Foram muitos aqueles nos doaram parte do resultado do seu trabalho em prol desta associação. Foram também muitas as palavras de incentivo e de agradecimento que temos recebido da população, de outras entidades e de responsáveis políticos. Por tudo isto, em nome da AHBVE, estamos-lhes muito agradecidos.
Queria por fim, aproveitar a oportunidade para manifestar ao Comando e a todos os bombeiros do Corpo Ativo, em nome de todos os membros dos órgãos sociais, a nossa gratidão e agradecimento pelo vosso empenho, dedicação e sacrifício pessoal na superação das dificuldades com que nos debatemos diariamente. Um abraço de reconhecimento ao nosso Quadro de Honra, Fanfarra, Nadadores Salvadores, Secção Desportiva, GCI e demais colaboradores pelos serviços prestados.
Quando conseguirmos recuperar, de novo, a liberdade total estaremos cá para festejar com a dignidade e alegria que todos os bombeiros desta corporação merecem. Também nessa altura elevaremos de novo bem alto o nosso estandarte e nos reuniremos de novo para um abraço comum.





Imagem nº 4 - Fernando Cardoso, Presidente da Associação Humanitária dos BVE, elogiou todos os profissionais e voluntários que combatem a pandemia do COVID-19, incluindo igualmente neste seu reconhecimento o empenho e a abnegação dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz que mostraram estar novamente à altura dos acontecimentos, apoiando as comunidades locais e enfrentando o vírus.
Direitos da Foto: Grupo de Comunicação e Imagem dos BVE




 2 - Mensagem do Pároco de Esmoriz - Padre Manuel Mendes

Senhor Presidente da Direção da AHBV Esmoriz,

Como pároco de Esmoriz, gostaria de me associar ao 89º aniversário da nossa Associação.
Se tudo corresse como tinha sido pensado, estaríamos juntos nalguns dos momentos deste dia tão importante, nomeadamente na Eucaristia, para dar graças e recordar os que serviram os 'Bombeiros Voluntários de Esmoriz' e já partiram. Para mim, seria a primeira vez, o que muito me honraria e alegraria.
Assim sendo, venho, por este meio, enviar os parabéns, agradecer todo o bem que têm feito, ao longo de todos estes anos, e mais ainda nestes tempos mais exigentes também para vocês; mas também rezar para que continuem, generosamente e com toda a disponibilidade, ao serviço das pessoas mais frágeis e necessitadas em tantas situações.
Ao mesmo tempo, quero manifestar toda a minha disponibilidade para caminharmos e trabalharmos juntos, servindo os nossos concidadãos, irmãos e irmãs, na humanidade e em Cristo.
Na sua pessoa, os melhores cumprimentos para todos os que estão ligados à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz.





Imagem nº 5 - Manuel Mendes, Pároco de Esmoriz, elogiou o legado dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz e prometeu rezar pela corporação.
Direitos da Foto - Grupo de Comunicação e Imagem dos BVE/Comissão de Melhoramentos de Esmoriz




3- Mensagem do Comandante da AHBV Esmoriz – Artur Jorge Ferreira

Nesta história de 89 anos nunca fez tanto sentido o lema que juramos defender '' vida por vida'' como nos dias em que vivemos.
Tivemos que nos adaptar e reinventar para conseguirmos dar resposta a esta pandemia que assola o nosso país e o mundo. Estamos a conseguir à custa de todos.
Continuamos na linha da frente como sempre estivemos e todos juntos vamos vencer. É um orgulho enorme ser comandante deste corpo ativo que todos os dias dá tudo de si em prol dos que mais precisam, por vezes esquecendo a própria família.
Para todos vós, para as vossas famílias e para todas as pessoas que fazem parte desta nobre associação, desejo um feliz aniversário e votos de um feliz dia.
Todos juntos vamos vencer e em breve estaremos juntos num forte abraço a festejar este dia da forma como sabemos e nos orgulhamos.





Imagem nº 6 - Artur Jorge Ferreira, Comandante do Corpo Activo, enalteceu o espírito de sacrifício dos bombeiros e a sua capacidade de readaptação perante o actual contexto.
Direitos da Foto - Grupo de Comunicação e Imagem dos BVE




4 - Mensagem de Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar


Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, também deixou uma mensagem de saudação por vídeo-conferência aos Bombeiros Voluntários de Esmoriz. O edil afirmou que o lema "vida por vida" hoje se tornou mais evidente do que nunca, relembrando assim o empenho dos soldados da paz esmorizenses no âmbito da cruzada contra esta pandemia que se iniciou oficialmente no terreno a 17 de Março. Os Bombeiros Voluntários de Esmoriz, representados nas operações pelo Comandante Artur Ferreira, estiveram presentes, desde o primeiro minuto, no pelotão da frente no combate ao vírus.
O Presidente da Câmara Municipal de Ovar agradeceu, por fim, tudo o que os Bombeiros Voluntários de Esmoriz fizeram em prol das comunidades locais.






Vídeo nº 2 - Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, deixa uma palavra de apreço à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz.




5 - Mensagem do Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz – Arq. António Bebiano


Este 89º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz fica marcado pela pandemia Covid19. Um marco indelével que ficará marcado na História da Cidade, do Município e desta corporação. Não será, por isso, menos marcante. Antes pelo contrário. É um aniversário que fica marcado por um evento mundial, onde o impacto local é, ainda mais, sentido, pelos motivos que todos sabemos, especialmente os Vareiros.
Nesta altura, como noutras, mas especialmente nesta, somos chamados a encontrar o melhor de nós próprios.
Este apelo, no cidadão comum, felizmente acontece uma vez na vida. Não nos Bombeiros… sistematicamente e constantemente, são mais do que uma força de proteção civil e socorro - São uma força da natureza e da natureza Humana. Ora com incêndios, ora com acidentes, ora com transportes de doentes, ora com vigilância de praias, ora com tudo aquilo que seja necessário. Estão lá!
E, naturalmente, particularizo nos Bombeiros de Esmoriz. Uma corporação que enche os Esmorizenses de segurança, mas, acima de tudo, de orgulho. Se a sua História fala por si, o presente mais reforça o que atrás disse. Num momento particularmente difícil do município de Ovar, os Bombeiros de Esmoriz fizeram Jus aos seus pergaminhos e mostraram de que massa são feitos. A sua postura, nesta crise Covid19, foi exemplar e abnegada, deixando-nos a todos cheios de orgulho. É dia de Parabéns, mas, em nome da Cidade de Esmoriz e de todos os Esmorizenses, permitam-me que enalteça os agradecimentos que se impõem: à direção, que tão bem honra o legado das direções passadas; ao Corpo Ativo, que corporiza tudo aquilo que é ser Bombeiro, sendo responsáveis pelo reconhecimento, na cidade, no município e no País, da invejada “Escola dos Bombeiros de Esmoriz”. Sem desprimor para ninguém, permitam-me uma palavra especial ao Comandante Artur Jorge Ferreira pelo trabalho inexcedível e inigualável no âmbito do Gabinete de Crise do município de Ovar. Fui testemunha, porque integro o mesmo Gabinete, do trabalho meritório e incansável do comandante Artur Jorge Ferreira, que em tão grande conta deixou o nome dos Bombeiros de Esmoriz. Fica a minha admiração e agradecimento pessoal e em nome da Cidade de Esmoriz, pelo enorme trabalho desenvolvido, só ao alcance dos grandes Homens e de quem vive para ajudar o próximo e a sua comunidade.
Não posso terminar sem agradecer, igualmente, a todos, que no passado contribuíram para que os Bombeiros de Esmoriz sejam, hoje, um garante da segurança e um enorme motivo de orgulho de toda a Comunidade Esmorizense. Desde Presidentes de Direção, Diretores, Bombeiros, Sócios, Mecenas, Amigos, e demais que de alguma forma contribuíram para que, neste aniversário, se festeje muito mais do que mais um ano de vida, mas sim a Grandiosidade dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz.
Um grande bem-haja ao Bombeiros de Esmoriz, muitos Parabéns e longos anos de vida. São os votos da Junta de Freguesia de Esmoriz e, neles, da comunidade Esmorizense.





Imagem nº 7 - António Bebiano, Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, salientou que os Bombeiros Voluntários de Esmoriz são o orgulho da cidade, assegurando o bem-estar de todos.

sábado, 25 de abril de 2020

Desejamos um óptimo 25 de Abril para todos

Assinala-se hoje o 46º aniversário da Revolução do 25 de Abril. É uma data que nos permitiu voltar a abraçar o advento da liberdade. Só por isso, já valeu certamente a pena. Imaginem viver num país onde não podemos dizer o que pensamos, onde somos perseguidos pelos nossos ideais (que até podem ser pacíficos) ou no qual temos mesmo que cometer auto-censura só para não atrair problemas para o nosso lado.
Não digo que esta revolução já atingiu todas as suas finalidades porque ainda não. O caminho a percorrer é longo - precisamos de mais igualdade social, de uma carga tributária mais branda e de um sistema mais transparente e menos comprometido com interesses ou lobbies alheios.
A nossa democracia já passou por momentos doentes, e agora avizinha-se uma nova crise económica. Um desafio que vai colocar novamente o actual regime à prova, só que desta feita as causas não se devem aos desvarios políticos mas antes a um vírus proveniente do Oriente. E esperamos que este seja mais um obstáculo ultrapassado.
O 25 de Abril já nos deu a plena liberdade, mas ao nível da felicidade, sinto que o povo ainda não alcançou a sua plenitude.
Falta mais riqueza e justiça sociais.
Precisamos de uma economia mais competitiva e com salários dignos para os trabalhadores, de uma justiça que não olhe de forma diferente ricos e pobres, de uma política que valorize os méritos e não as escaladas por interesses, de uma educação que eleve os valores da transparência e da liberdade diante dos alunos mais novos e que ensine o respeito pela natureza, um sistema de saúde que não tenha listas de esperas intermináveis para operar pacientes em sérias dificuldades, de uma sociedade que resolva, uma vez por todas, o problema dos sem-abrigo (pelo menos, daqueles que querem relançar as suas vidas), e muito mais do que isto...
O 25 de Abril ainda está hoje em construção. Vivemos na sua era e podemos contribuir para melhorá-lo. 



25 Abril: Sessão solene reduzida e desfile substituído por ...