domingo, 30 de abril de 2017

Poema do mês de Abril de 2017



Como Te Amo
(Soneto da autoria de Fernando Pessoa, 1888 - 1935)


Como te amo? Não sei de quantos modos vários 
Eu te adoro, mulher de olhos azuis e castos; 
Amo-te com o fervor dos meus sentidos gastos; 
Amo-te com o fervor dos meus preitos diários. 

É puro o meu amor, como os puros sacrários; 
É nobre o meu amor, como os mais nobres fastos; 
É grande como os mares altisonos e vastos; 
É suave como o odor de lírios solitários. 

Amor que rompe enfim os laços crus do Ser; 
Um tão singelo amor, que aumenta na ventura; 
Um amor tão leal que aumenta no sofrer; 

Amor de tal feição que se na vida escura 
É tão grande e nas mais vis ânsias do viver, 
Muito maior será na paz da sepultura! 





Retrato de Fernando Pessoa, um dos maiores poetas portugueses.

Cartoon do Mês de Abril de 2017



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(Geverton)

Foto do Mês de Abril de 2017



Landing exercises being carried out by the Korean People's Army (KPA) at an unknown location are seen in this undated photo released by North Korea's Korean Central News Agency in Pyongyang on Sunday

Imagem nº 1 - A Coreia do Norte continua a efectuar testes militares e balísticos, numa altura em que a tensão cresce na Península Coreana. A possibilidade de um ataque iminente é elevada. Discute-se hoje se o armamento nuclear norte-coreano será capaz de atingir os próprios Estados Unidos, embora a sua ameaça pareça ser mais séria para países mais próximos como a Coreia do Sul ou o Japão.
Foto - REUTERS

Versos Cá da Terra IX


Sentimentos
(Poema da autoria de Manuel Sá)


Aqui tens meu coração
E a chave para o abrir
Não tenho mais para te dar
Nem tu p'ra me pedir.

Coração por coração
Amor, não troques o meu!
Olha que o meu sempre foi
Leal para com o teu.

Os passarinhos tão engraçados
Fazem ninhos com mil cuidados
Para os filhos que estão p'ra ter!
Como nós fizemos os nossos,
Eles também os vão fazer.

Nunca faças mal a um ninho
É linda a graça de um passarinho
No bico trazem coisas pequenas
Para o ninho fazerem
De palha, musgo e penas.

Vai-te feliz carta, vai
Nas asas de um passarinho
Quando a leres, meu amor
Manda por ele um beijinho.



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Bandeiras azuis mantêm-se no concelho

As praias de Esmoriz, Cortegaça, São Pedro de Maceda, Torrão do Lameiro (Marretas) e Furadouro continuarão a ostentar a bandeira azul, estatuto conotado com os serviços mínimos de qualidade destas estâncias balneares.
De acordo com o OvarNews, a Bandeira Azul vai ser hasteada este ano em 320 praias, mais 6 atribuições do que em 2016, anunciou esta sexta-feira, o presidente da associação promotora em Portugal.
Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar, congratulou-se por tal facto, e eleva mesmo a fasquia, acreditando que o concelho de Ovar poderá ter novas praias, no futuro, com bandeira azul.



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Rua Guerra Junqueiro e Memorial a Florbela Espanca

Ainda no âmbito do programa municipal das comemorações do 25 de Abril, foi finalmente inaugurada a requalificação da rua Guerra Junqueiro bem como a ligação à rua Aquilino Ribeiro. Foi ainda exibido um memorial ao poeta, jornalista e político Guerra Junqueiro (1850-1923), estando presente um excerto de um poema seu.
















Também na Escola EB 2/3 Florbela Espanca decorreria uma homenagem à poetisa Florbela Espanca (1894-1930) que se crê ter vivido durante dois anos em Esmoriz, no lugar da Casela e da Estrada Nova. Ali foi colocado outro memorial, em frente do referido estabelecimento escolar, fazendo alusão ao seu célebre poema "Ser Poeta", o qual foi por exemplo musicado posteriormente por Luís Represas. Centenas de crianças e adultos assistiram à cerimónia, assegurando a sua animação.







Em abono da verdade, ficamos agradavelmente surpreendidos com estes memoriais. Pensamos que ambos foram muito bem conseguidos, tanto do ponto de vista cultural como artístico. Foram iniciativas que merecem o nosso sincero reconhecimento. Pensamos que o legado de Florbela Espanca ficou assim fortalecido, e até mesmo o de Guerra Junqueiro, cuja ligação a Esmoriz é até inexistente. 
Isto já para não falar que a reabilitação urbana da rua Guerra Junqueiro era urgente, dado o seu mau estado. Falta agora intervencionar na rua dos Tanoeiros.
Os direitos das fotografias pertencem à Câmara Municipal de Ovar.

terça-feira, 25 de abril de 2017

III Edição dos Gigantes Invisíveis no Parque Ambiental do Buçaquinho

Também inserida nas celebrações municipais do 25 de Abril,  decorreu hoje a III Edição dos Gigantes Invisíveis no Parque Ambiental do Buçaquinho. 
O grupo "Imaginar do Gigante" proporcionou oficinas educativas, a apresentação do seu recente livro bilíngue  (português e inglês) Plouf (autor - Pedro Saraiva, ilustradora - Anabela Dias; esta obra foi alvo de menções honrosas pela revista norte-americana “3x3” e pela "Nami Island International Picture Book Ilustration Concours” - Coreia do Sul), a produção de gestos fonéticos assegurados pela Orquestra Criativa de Santa Maria da Feira e a uma exposição permanente de ilustrações da autoria de Anabela Dias que haviam sido adoptadas na publicação referida em cima.
Mais uma vez, o Imaginar do Gigante trouxe alegria e fantasia aos mais novos, colorindo o parque com uma excitação contagiante. 





Imagem nº 1 - O Imaginar do Gigante promoveu um programa lúdico específico no Parque Ambiental do Buçaquinho, durante o feriado de 25 de Abril.
Foto - Câmara Municipal de Ovar

Inauguração do Novo Mercado na Praça de Esmoriz

No âmbito do programa da autarquia para as celebrações do 25 de Abril, foi hoje inaugurado o Novo Mercado na Praça de Esmoriz ou Praça dos Combatentes do Ultramar.
Toda uma multidão assistiu à cerimónia solene que juntou muitos dos protagonistas autárquicos. 
Durante a inauguração, actuariam o Grupo de Danças e Cantares de Santa Maria de Esmoriz e decorreriam ainda algumas sessões individuais de dança. 
O espaço destinado ao mercado assume uma configuração moderna, contudo alguns críticos defendem que o mesmo assume proporções limitadas que podem não favorecer a fluidez mercantil.




Imagem nº 1 - A inauguração do espaço reservado ao mercado na Praça de Esmoriz.
Foto - CM de Ovar

Sporting Clube de Esmoriz na final da Taça Distrital de Aveiro

O Sporting Clube de Esmoriz teve de suar e sofrer bastante para levar de vencida a equipa da casa - o SC Vista Alegre da II Divisão Distrital de Aveiro. No período regulamentar, o nulo iria permanecer, pelo que as grandes penalidades seriam utilizadas como factor de desempate. Aí o SC Esmoriz fez três tentos, enquanto clube da casa fez dois.
O clube da Barrinha chega assim pela segunda vez à final da Taça Distrital de Aveiro, depois de em 2013/2014 ter perdido a hipótese de ganhar esse título diante do Águeda. O clube irá desfrutar de uma nova tentativa, de forma a conquistar um troféu que nunca havia sido parte integrante do seu palmarés.
O outro finalista será o Alvarenga da I Divisão Distrital de Aveiro que eliminou o Paivense no segundo jogo das meias-finais, também nas grandes penalidades (9-8), depois de um empate a zero durante os 90 minutos. 
Os pupilos de Narciso Ratinho podem agora escrever história, visto que o favoritismo parece estar agora do seu lado.




Imagem nº 1 - O Sporting Clube de Esmoriz festeja a qualificação para a final da Taça Distrital de Aveiro, após eliminar o SC Vista Alegre (0-0 no período regulamentar, 3-2 favorável aos Esmorizenses no desempate pela marcação de grandes penalidades).


Os senhores das Harleys voltaram a visitar-nos

Neste feriado do dia 25 de Abril, decorreu uma pequena concentração de harleys em Esmoriz. Desta feita, a acção não foi promovida pela Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, embora esta tenha dado a conhecer a nossa cidade aos amantes daquelas motorizadas clássicas.
Dentro deste contexto, cerca de 30 motard's desfilaram pelas ruas da nossa cidade, acabando por estacionar na Avenida Joaquim Oliveira e Silva, e degustar os menus do Riders Caffé (estabelecimento criado recentemente que terá ajudado na promoção desta iniciativa). Pelos vistos, tratava-se do grupo "Minho owners group".
O momento foi captado por alguns cidadãos que passavam na rua e que não deixaram de fotografar o episódio.
Esmoriz ficou assim na memória dos senhores das Harleys Davidson. 









Pérolas Históricas de Esmoriz VIII - A Barrinha e as suas pontes


Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás para atravessar o rio da vida – ninguém, exceto tu, só tu.


Friedrich Nietzsche
(Filósofo Alemão, 1844-1900)



A lagoa possuiu em tempos mais recuados um meio de passagem/ponte que assegurava a ligação entre Esmoriz e Paramos. Hoje, e como testemunhas da sua presença de outrora, restam-nos as ruínas dos seus pegões ou alicerces.
A principal referência que encontramos da sua existência encontra-se na extensa e memorável obra de Júlio Dinis (1839-1871), vulto do Romantismo Português do século XIX, o qual no livro “O Canto do Sereia” efectua menção à presença duma ponte sobre a Barrinha. De acordo com o autor citado, esta pautava-se por quatro arcos que se exibiam então sobre o fundo esverdeado das águas da lagoa. 
Quisemos explorar mais profundamente esta questão, e na obra “Esmoriz e a sua história” (p. 264-270), Aires de Amorim concede-nos dados preciosos a esse respeito. Em primeiro lugar, menciona a existência duma ponte em 1806, sobre a qual pouco ou nada se sabe, e por isso, as origens (romanas, medievais ou modernas? teria sido o primeiro meio de passagem construído sobre a Barrinha?) e o formato desta remetem-nos para as páginas perdidas da História, ou seja, para o desconhecimento total. Apenas sabíamos que servia a estrada de Ovar rumo ao Porto pelo areal. Todavia, e devido ao seu estado degradante e, cada vez mais, inseguro e intransitável, foi necessário proceder à “refação da ponte da Barrinha” (termos utilizados no documento oficial), segundo o que havia sido determinado em 1812. Assim sendo, a situação deve ter-se arrastado até 1854, ano em que finalmente começou a ser construída uma “segunda” ponte sobre a Lagoa, sobre a qual possuímos mais informações. É provável que tenha sido esta que Júlio Dinis teria avistado, pois não só se insere no seu período de vida, como a descrição dos quatro arcos por parte deste autor bate certo com a caracterização de Aires de Amorim em relação a esta última ponte promovida em 1854. O que sabemos é que, desde logo, foi cobrada a portagem sobre as pessoas e mercadorias que atravessavam a ponte, de forma a saldar as despesas da sua (re)construção. Por exemplo, os passageiros a pé chegaram a pagar 5 reis, enquanto que carros de um boi ou besta teriam de despender 20 reis. Como conclui acertadamente Aires de Amorim, a “ponte foi sonho de pouca dura” porque o caminho-de-ferro viria a fazer-lhe concorrência; deixou-se de se preocupar com a sua conservação ou restauro, e entre 1864-1867, já temos mesmo notícias da venda de madeiras velhas e pedras da “moribunda” ponte da Barrinha. Em 1877, já só restavam os pegões, tal como hoje ainda podemos testemunhar.
Pela curta distância compreendida entre os ditos pegões, denotamos claramente que se tratariam de duas pequenas pontes de passagem (tanto a de 1806 como a posterior de 1854 que a substituiu – ambas foram provavelmente construídas em madeira, mas com encontros de pedra), as quais corresponderiam às necessidades de algum tráfego populacional que já se registaria entre Paramos e Esmoriz. Todo este meio de passagem, mesmo de dimensões reduzidas, resolvia uma importante questão de segurança, visto que muitos outrora atravessavam duma margem para a outra, recorrendo a modestas embarcações, a jangadas ou até faziam o trajecto a nado. O risco de afogamento era pois lógico, mas a ponte veio facilitar o intercâmbio e o diálogo seguros entre as comunidades envolvidas.
Sobre as origens deste meio de passagem, existem alguns que tendem a defender a sua existência desde o período romano, hipótese que não descartamos de todo, mas que está muito longe de nos convencer, dado o facto de não termos em mão qualquer avaliação arqueológica nesse sentido. Acreditamos mais depressa que este meio de passagem remontaria à Idade Média (onde até existia um porto na Barrinha no decurso do século XIII) ou à Época Moderna (séculos XV-XVIII). Infelizmente, não dispomos de dados que nos permitam estabelecer uma sequência cronológica segura, pelo que apenas podemos concluir que tal meio de passagem existiu, pelo menos, no século XIX.
Actualmente, está projectada a reconstrução duma nova ponte que devolverá justiça a um passado até então ocultado algures no subconsciente das povoações locais. Além de estabelecer a conexão entre Esmoriz e Paramos, a ponte permitirá aos utilizadores efectuar saudáveis caminhadas, desfrutar dum miradouro contemplando a paisagem natural e as múltiplas aves que sobrevoam o meio envolvente, e ainda combater o cenário de abandono da lagoa, muito frequente após o término da época balnear. Esta tem sido igualmente uma causa defendida pela colectividade esmorizense - o Movimento Cívico Pró-Barrinha, fundado no ano 2000.
Por fim, e em jeito de curiosidade para o leitor, resta-nos salientar a coincidência de existir actualmente uma Ponte românica de Esmoriz (assim designada na toponímia) que se situa na freguesia de Ancede (concelho de Baião, distrito do Porto) que banha o rio Ovil (outra coincidência, já que a Barrinha de Esmoriz no passado também era conhecida primitivamente como Lagoa de Ovil). 





Imagem nº 1 - Os antigos pegões da ponte da Barrinha de Esmoriz. Ano de 1920.
Foto antiga - autor desconhecido





Imagem nº 2 - Um pescador circula junto às ruínas da antiga passagem. Ano de 1929.
Foto antiga - autor desconhecido

Resultados da III Corrida Popular de Esmoriz

Em jeito de continuidade do artigo anterior, publicamos agora as classificações principais da III Corrida Popular de Esmoriz:

Seniores Masculinos

1º Leonel Fernandes (Clube de Atletismo de Ovar)
2º  Mihail Lalev (Sporting Clube de Braga)
3º José Pedro Costa (Atlético da Póvoa)


Seniores Femininos

1ª Cristiana Valente (Recreio Desportivo de Águeda)
2ª Sara Carvalho (ACRSD)
3ª Mónica Fernandes (Clube de Atletismo de Ovar)




Houve ainda atletas distinguidos nas classes dos veteranos. Veja-se para isso as classificações no seguinte site: https://atletas.net/corrida-popular-de-esmoriz/classificacoes/2017





Foto da autoria da equipa de reportagem fotográfica constituída por João Pinto, António Rocha, Carina Santos, Cláudio Mexilhão e Vítor Carvalho. 


domingo, 23 de abril de 2017

Terceira Corrida Popular de Esmoriz motivou enchente

Numa manhã risonhamente primaveril, decorreria a 3ª Corrida Popular de Esmoriz, organizada pelo Ginásio X5 Health Club, em parceria com a Câmara Municipal de Ovar, e contando com o apoio de diversos patrocinadores, de entre os quais - a Heliflex, o Intermaché de Esmoriz, a REMAX e a Bi-Silque.
Ao todo, participaram quase 1600 atletas na corrida popular que abrangia uma extensão de 10 km. 
A meta situava-se junto ao jardim do Ancoradouro, onde estava montada toda a logística necessária - colunas de som, espaço de distribuição de t-shirts/dorsais, estruturas insufláveis para as crianças, etc. 
A organização da prova realçou a fortíssima adesão do público em geral, além de vincar a participação de vários atletas, oriundos de outras paragens e que nunca haviam estado na nossa terra.
Além das corridas nas vertentes masculina e feminina, há a salientar a realização posterior de uma caminhada e de uma aula de zumba. 
Na Praia de Esmoriz, registou-se mesmo uma forte mobilização dos cidadãos que ora aderiram a esta iniciativa desportiva, ora assistiram ao desenrolar da prova, incentivando os competidores.
Em breve, divulgaremos aqui os vencedores das provas masculina e feminina.
Segue-se a nossa foto-reportagem. 





































sábado, 22 de abril de 2017

Esmoriz Ginásio Clube entra a vencer no play-off com o Vitória de Guimarães

Um triunfo suado por 3-2 em sets (parciais de 25-21, 20-25, 25-18, 19-25 e 15-12) permitiu ao Esmoriz Ginásio Clube entrar a ganhar na eliminatória diante do Vitória de Guimarães. Em causa, está a disputa do quinto lugar e o acesso à final do play-off de campeão nacional (não confundir com o título principal de campeão de elite que colocará frente a frente Benfica e Sporting Clube de Espinho).
Ao contrário da anterior eliminatória, esta mão será disputada, não em cinco, mas em três partidas. Os próximos dois jogos decisivos serão travados em Guimarães, visto que o Vitória terminou um posto à frente do Esmoriz Ginásio Clube na fase regular.
O vencedor desta eliminatória qualifica-se para a final do play-off de campeão nacional onde presumivelmente defrontará o 3º classificado que sair do play-off de campeão de elite.





Foto - Juízo de Bancada

Correio dos Comunicados Políticos - CDS-PP Ovar defende intervenção de fundo no Bairro do Lamarão


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BAIRRO DO LAMARÃO| OVAR

Visita ao bairro popular do Lamarão onde, em contacto com a população, fizemos o levantamento da situação habitacional e social das famílias.
Desde há muito tempo que os habitantes do Lamarão reclamam uma reconversão urbanística daquela zona do centro da cidade. Urge mudar a vida destas pessoas para melhor. É esse o nosso desígnio.
Vamos mudar o rumo do Concelho de Ovar, vamos construir um Município que coloca, verdadeiramente, as pessoas em primeiro lugar.
Por outro lado, o CDS-PP de Ovar vai apresentar o oficialmente o slogan de campanha já no próximo dia 29 de abril, sábado, pelas 16h, na Esplanada do Passo do Horto.


Filipe Marques Gonçalves
Candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Ovar





Vítor Amaral, candidato do PS a Ovar, apresenta-se aos eleitores

Vítor Amaral, casado com uma cortegacense, tem 2 filhas e 4 netos. Uma relação de grande cumplicidade, protecção, divertimento e amor: é assim que define o relacionamento com os netos, que são “novos filhos”. O mais importante? Ajudar a construir a personalidade e o carácter dos pequenos, assente em valores como a integridade, humildade, respeito, lealdade... Além disso, quer transmitir-lhes também alguns dos seus maiores gostos, como ler e escrever. E qual a melhor maneira, se não ser o seu grande contador de histórias? Adora adormecê-los contando-lhes histórias!...
As raízes estão em Ovar. Vítor Amaral estudou na Escola Industrial e Comercial de Ovar, onde fez o Curso Comercial, e mais tarde licenciou-se em Direito na Universidade Católica Portuguesa, onde também fez uma pós-graduação em direito do urbanismo. Sempre acompanhou e viveu a história da sua cidade e da freguesia de onde é natural (Válega). O advogado de 58 anos é o actual presidente da Assembleia de Freguesia de Válega, eleito em 2013, e conhece o município e as suas necessidades como a palma da mão. Os planos para o concelho de Ovar? O desenvolvimento do mesmo, que incluirá um projecto de apoio a pessoas mais carenciadas e mais vulneráveis, as quais têm sido esquecidas. Não esquece as gerações mais novas… pelo que os netos são os primeiros a ser ouvidos, e a ouvir.
Vítor Amaral foi percebendo o quão importante era a adopção de um estilo de vida activo. É fã de cozinha saudável e vegetariana (e admite ser um bom cozinheiro) e corre 4 a 5 vezes por semana. O segredo? Muita determinação. Quando pode levar a família, ainda melhor. O trajeto escolhido para os seus treinos de corrida é muitas vezes a estrada florestal entre Ovar e Esmoriz, mais conhecida por "estrada da mata", o percurso da Senhora de Entráguas ao Furadouro, e também nas ruas de Ovar, S. Vicente de Pereira e Válega. Por fazer tantas vezes estes percursos sabe bem quais são os seus pontos fracos – e quer actuar sobre os mesmos.





Campeonato Nacional de Boxe Chinês estreia-se em Esmoriz

A organização deveu-se à Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas. Os Campeonatos Nacionais de Sanda e Qingda decorreram hoje no Ginásio Esmogym (Rua do Campo Grande, Esmoriz), sendo as entradas totalmente livres.






Foto - CM de Ovar

Praça de Esmoriz ganha finalmente novo espaço para o mercado

A Praça dos Combatentes do Ultramar, mais recentemente designada de Praça de Esmoriz, vai ter finalmente direito a um lugar reservado ao mercado. As intervenções estão a ser ultimadas, para o novo espaço ser inaugurado durante o programa que a Câmara Municipal de Ovar está a reservar para as celebrações do 25 de Abril.
Recorde-se que esta era a última etapa do procedimento de requalificação que faltava cumprir naquela praça.





Imagem nº 1 - O futuro espaço para albergar o mercado na Praça de Esmoriz.
Foto - CM de Ovar

Nível Elevado de Assoreamento preocupa na Barrinha

O assoreamento na Barrinha de Esmoriz é uma praga que está a causar pesadelos aos actuais intervenientes da obra. A lagoa tem vindo a perder muito do seu caudal ou profundidade nas últimas décadas. A ausência de água e o surgimento, cada vez mais frequente, de áreas pantanosas está agora a preocupar os responsáveis pela obra. 
Neste momento, e dada a dificuldade da intervenção, as dragagens estão atrasadas, embora o executivo municipal acredite que ainda há tempo para recuperar. 
Entretanto, foi difundido o rumor de que poderão ser necessárias mais dragas de forma a tentar acelerar o processo.




Imagem nº 1 - A ausência de caudal na Barrinha está a suscitar alguma apreensão entre os especialistas.
Foto - CM de Ovar

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Compasso circulou pelas ruas e casas de Esmoriz


Foto da autoria de Filipe Pereira


Às 8 horas deste passado Domingo de Páscoa, decorreu uma missa na Igreja Matriz de Esmoriz, onde estiveram presentes todos os elementos que iriam trazer o respectivo Compasso a beijar pela nossa cidade, além de anunciar a boa nova da ressurreição de Jesus Cristo. Nessa cerimónia, as cruzes foram benzidas pelo pároco Fernando Campos antes de saírem à rua. 
Muitas famílias abraçaram esta tradição ancestral, permitindo que o Compasso entrasse na sua casa, além de procurarem receber simpaticamente os elementos que o transportavam.

sábado, 15 de abril de 2017

Tiago Bettencourt estará em Esmoriz a 9 de Julho

Tiago Bettencourt deverá ser uma das estrelas de cartaz do próximo Arraial da Barrinha. O prodigioso músico revelou a sua agenda para o próximo Verão, e o nome de Esmoriz figura para o dia 9 de Julho. 
A confirmar-se a sua presença nas festas da cidade, será certamente um grande momento para a nossa cidade.




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Imagem nº 1 - Tiago Bettencourt revelou na sua página de Facebook a sua agenda para os próximos quatro/cinco meses.

Santa Páscoa para Todos

Neste Santo Domingo, teremos a visita matinal dos simpáticos senhores do compasso que irão dar o Menino Ressuscitado a beijar. É uma tradição bonita que perdura já há várias décadas em Esmoriz, senão até séculos.
Amanhã, é pois um dia de alegria para a assídua e extensa comunidade cristã de Esmoriz.
Muitos decerto aproveitarão para passar o dia em família. 
No entanto, desejo, desde já, a todos - uma Santa Páscoa. 
Não abusem dos doces, e sejam sempre felizes!




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Versos Cá da Terra VIII


Conclusão
(Poema da autoria de Isabel de Sá, nascida em 1951)


Fui amante da morte 
e da beleza. Vi a loucura, 
acreditei na vida. 
Da infância falei 
como lugar de abismo. 
O prazer 
foi também a grande fonte 
de perturbação e alegria. 
Lembrei as mulheres 
que recusaram submeter-se, 
escrevi palavras fúnebres. 

Não poupei a adolescência, 
o coração magoado 
e não soube que fazer 
de mim fora das palavras. 
Escrevi para desistir 
e depender 
e ter identidade. 


Isabel de Sá, in 'Erosão de Sentimentos' 
Poetisa e Artista Plástica nascida em Esmoriz




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Imagem meramente exemplificativa retirada de: http://suellenflopy.blogspot.pt/2015/08/coracao-magoado.html

Sporting Clube de Esmoriz nas meias-finais da Taça Distrital de Aveiro

Os golos apontados por Ruca e Batista levaram o Sporting Clube de Esmoriz até às meias-finais da Taça Distrital de Aveiro. A equipa venceu assim o Oliveira do Bairro no Estádio da Barrinha por 2-0. Nas meias-finais, a equipa de Narciso Ratinho enfrentará o FC Vista Alegre.
Recorde-se que historicamente o Sporting Clube de Esmoriz nunca havia ganho esta competição, tendo sido finalista apenas por uma vez. 
Agora o clube tem uma boa oportunidade de fazer história.




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Imagem nº 1 - O Águeda foi o venceu as últimas três edições da Taça Distrital de Aveiro. Mas este ano, a prova conhecerá outro vencedor. O Sporting Clube de Esmoriz é favorito, mas não pode vacilar.
Foto - Diário de Aveiro

Ministério da Cultura irá classificar o Aron Hakodesh ou Ekhal

De acordo com o OvarNews, o Ministério da Cultura, através da Direcção Regional de Cultura do Centro, informou que abriu o procedimento de classificação da estrutura em que se integra o Aron Hakodesh ou Ekhal, na Rua Padre Juiz Oliveira Martins, Câssemes, em São Vicente de Pereira, e arquivou a proposta de abertura do procedimento de classificação da restante área do conjunto.
O espaço em questão alberga duas casas (uma quinhentista e a outra oitocentista), onde terão vivido famílias judaicas. Existiria inclusive no edifício mais antigo um armário de curiosa organização, ou seja, um Aron Hakodesh ou Ekhal, no qual os Judeus guardavam a Torah, manuscrito em forma de rolo contendo a transcrição do Antigo Testamento.
A Câmara Municipal de Ovar tenciona integrar este património na Rota da Judiaria em Portugal e por isso, intenta promover o seu reconhecimento.



Ministério da Cultura abriu processo de classificação do Aron Hakodesh ou Ekhal

Imagem nº 1 - O Armário Sagrado numa das habitações antigas em Ovar.
Foto - OvarNews

terça-feira, 11 de abril de 2017

TIVE enche de alegria as ruas da cidade de Esmoriz

Hoje começou oficialmente a edição do TIVE - Torneio Internacional de Voleibol de Esmoriz de 2017. O torneio irá estender-se desde 11 até 15 de Abril, congregando a participação de mais de 80 equipas nas diversas provas destinadas às camadas jovens masculinas e femininas. 
Além da presença de conceituadas equipas nacionais, estarão também em competição alguns clubes estrangeiros provenientes de países como a Irlanda, a Alemanha, a Espanha, a França e Angola. 
Os torneios irão realizar-se em vários recintos - Pavilhão do Esmoriz Ginásio Clube, Escola Secundária de Esmoriz, Escola EB 2/3 Florbela Espanca e Pavilhão da CRECOR em Cortegaça.
No dia de hoje, e aproveitando boas temperaturas, visionamos ainda muitas das equipas a caminharem junto à beira-mar, desfrutando assim de uma estadia agradável em Esmoriz.
Isto é pois Esmoriz positivo!



Alguns Clubes Nacionais Presentes

Esmoriz Ginásio Clube
CN Ginástica
SC Espinho
AAS Mamede
SCM Fátima
Sport Lisboa e Benfica
Castelo da Maia
Col. Calvão
Académica de Espinho
Juventude Pacense 
CA Bragança
AE Alcanena 
CD Fiães 
ES Madeira Torres
Clube de Voleibol de Aveiro



Alguns Clubes Estrangeiros

Voleibol Astillero (Espanha)
Getxo Bkt (Espanha)
CV Ourense (Espanha)
VC Offenburg (Alemanha)
Istress Volley (França)
Blue Volei (Angola)
P. Kilkenny (Irlanda)
Draveil Volley Ball (França)
Stº Raphael's College (Irlanda)





Imagem nº 1 - As competições do TIVE 2017 destinadas às camadas jovens começaram hoje, dia 11 de Abril.
Foto - EGC

Alexis Silva sagrou-se Campeão Regional em Canoagem

Alexis Silva é a nova coqueluche desportiva de Esmoriz. É um talento que começa a dar cartas numa modalidade que até nem conhece uma tradição sólida na nossa cidade. 
O jovem atleta de 11 anos venceu no passado dia 25 de Março o Campeonato Regional de Fundo da Zona Centro, na categoria de iniciados masculinos. A competição decorreu na Marina do Carregal em Ovar.
O esmorizense que estuda na Escola EB 2/3 Florbela Espanca subiu ao lugar mais alto do pódio, conquistando mais uma medalha para o seu currículo.
A representar o Clube de Canoagem de Ovar, Alexis Silva vê na canoagem uma modalidade que complementa a sua actividade escolar, permitindo assim um estreito contacto com a natureza.
De acordo com o site Juízo de Bancada, a sua prancha da Elio SONIC foi elaborada por uma empresa de Crestuma e oferecida pelo patrocinador de Alexis, a empresa Jacinto Marques da Silva, Scurs, Lda.
Resta-nos pois parabenizar o jovem atleta, e desejar-lhe muitos sucessos desportivos no futuro.




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Imagem nº 1 - Alexis Silva é um jovem que se evidencia na canoagem.
Foto - Juízo de Bancada

Deturpação estética???

Não somos contra o facto de se explorarem novas ideias de negócio na Praia de Esmoriz. Por exemplo, foi inaugurada recentemente uma lavandaria self-service na Avenida Joaquim Oliveira e Silva que se tem revelado uma mais-valia.
No entanto, há algumas situações que nos geram uma maior renitência. Neste caso em concreto, há a realçar que a "mesquita" (nome pelo qual é conhecido o edifício popularmente) e os palheiros do Parque da Lazer da Praia da Barrinha (um espaço público) estão agora "recheados" à porta com máquinas automáticas de venda de produtos (garrafas de água, chocolates, sumos...). Não nos parece esteticamente uma boa ideia, porque defendemos que lugares com conotação histórica não devem ser utilizados do ponto de vista comercial, sob o pretexto de estarmos a desvirtuar a sua pertinência e o seu encanto natural.
As máquinas automáticas poderiam ser instaladas no referido parque (ou nas imediações) mas sim de uma forma completamente diferente, sem recorrer ao aproveitamento económico daquelas estruturas. Aliás, elas fazem falta para a época balnear que se avizinha, mas a sua localização deveria ser outra.









Antigo Bairro Piscatório começa a ser demolido

Prevendo um prazo de 20 dias e um investimento municipal de 31 mil euros, a demolição do antigo Bairro Piscatório de Esmoriz é agora uma realidade inevitável. Estamos essencialmente a referir-mo-nos a casas abandonadas ou devolutas (ameaçadas pelo mar), tendo ainda em conta que muitas famílias já foram realojadas no Complexo Habitacional da Boa Esperança. 
Sabe-se que uma primeira linha de casas, junto ao mar, já começou a ser derrubada. O objectivo passa por limitar os efeitos da erosão costeira e garantir a segurança das famílias piscatórias.
A obra foi adjudicada à SINICEL e espera-se uma concretização muito célere no terreno.
Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, vinca que esteve sempre em estreito contacto com a comunidade piscatória, de forma a agilizar o processo e a assegurar a compreensão dos cidadãos para a necessidade desta intervenção.





Imagem nº 1 - O primitivo e então degradado/abandonado Bairro Piscatório de Esmoriz, junto à Praia dos Pescadores ou Praia Velha, começou a ser demolido.
Foto - Câmara Municipal de Ovar

Incêndio Florestal na rua da Pinha

Os nossos soldados da paz voltaram a ser decisivos ao conter um incêndio que deflagrou num povoamento florestal junto à rua da Pinha em Esmoriz, a partir da 00h 25m do dia 11 de Abril. 
Estiveram no local 5 bombeiros com uma VFCI-05 (viatura de combate a incêndio), além da própria GNR que tenta agora averiguar as potenciais causas do sucedido.
Não está descartada a hipótese de fogo posto. No entanto, não houve grandes danos materiais a registar.




Imagem nº 1 - O incêndio florestal junto à rua da Pinha em Esmoriz.
Foto - BVE




domingo, 9 de abril de 2017

Pérolas Históricas de Esmoriz VII - Quando a Barrinha foi palco de histórias dramáticas


“A morte é sempre e em todas as circunstâncias uma tragédia, pois, se não o é, quer dizer que a própria vida passou a ser uma tragédia.”



Theodore Roosevelt
(1855-1919)
26º Presidente dos EUA
Prémio Nobel da Paz em 1906




Em séculos anteriores, a Barrinha de Esmoriz era um autêntico paraíso natural visto que a industrialização e a urbanização na região se expressavam em proporções quase nulas. A lagoa era procurada por turistas que desejavam desfrutar de uma época balnear deliciosa, mas também pelos próprios pescadores que, não podendo aventurar-se no alto mar quando este estava bravo, optavam por navegar nas águas calmas da lagoa para capturar tainhas, solhas, enguias, linguados, mugens, robalos, etc. Também os próprios agricultores procuravam nas imediações: palhas, ervanços, colmos, moliços, muinha, rapilho e estrume. O sítio também atraía um número aceitável de caçadores que desejavam apoderar-se de algumas espécies de aves como as garças, os lavancos, os patos, as galinhas de água, os mergulhões, os abetouros galegos, os maçaricos reais ou as frangas de água.
Tendo em conta a sólida presença humana na Barrinha no decurso desses tempos, é natural que nem tudo seria um mar de rosas. Se é verdade que a lagoa "matou" a fome a muita gente, também não será mentira nenhuma afirmar que a mesma foi palco de algumas tragédias. No entanto, tal constatação deve ser encarada como uma consequência natural até porque todos os cursos de água, de dimensões aceitáveis, já tiveram certamente as suas próprias histórias negras derivadas da ocupação humana.
Dentro deste contexto, soubemos, por exemplo, através de informações concedidas por Arménio Moreira, actual presidente do Movimento Cívico Pró-Barrinha, que ocorreram alguns casos isolados de afogamento no século anterior. Pessoas que faziam praia em Esmoriz e que subestimavam a lagoa, acabando por perder o pé e afogando-se de forma silenciosa sem saber nadar. Arménio relatou-nos mesmo a história de uma criança que foi ali dada como desaparecida, mas que só poucas horas depois, e na sequência de uma infatigável procura colectiva, foi encontrada sem vida na lagoa. Eram efectivamente tragédias semelhantes àquelas que aconteciam também a qualquer banhista que se aventurava ousadamente no mar. Se aqui eram as ondas e as correntes que poderiam causar as tragédias, na Barrinha eram as próprias areias "movediças" (ou instáveis) e os poços naturais (ou despiques drásticos de solo). 
É essencial recordar que, durante os séculos anteriores, não existiam destacamentos da Protecção Civil nem nadadores-salvadores nas praias pelo que as acções de vigilância e de socorro imediato praticamente não existiam. Isto já para não falar dos equipamentos modernos que hoje existem e que outrora não passavam de uma miragem. Além disso, a prática da natação estava longe de ser divulgada entre as comunidades. Tudo isto só contribuiria para exponenciar ainda mais os níveis de mortalidade.
Expostas estas considerações, iremos abordar agora os relatos das duas piores tragédias ocorridas na Barrinha de Esmoriz.
A 22 de Janeiro de 1725, treze pessoas (onze das quais mulheres) perderam a vida na lagoa, quando faziam a travessia de barco na lagoa. Provenientes do Porto, esperavam chegar à Murtosa, mas acabaram então por naufragar na Barrinha. Desconhece-se na altura o que motivou a tragédia. É possível que o mau tempo ou as condições rudimentares da embarcação pudessem ter suscitado este terrível desfecho.
A 27 de Janeiro de 1852, seria a vez de José Nunes da Maia, capitão de marinha mercante, de José Pinheiro, seu marinheiro, e do almocreve de Ovar perderem a vida, quando o seu barco foi fustigado por um "tufão", voltando-se o mesmo no regueirão. Ainda por cima, a lagoa estava muito cheia e instável. De acordo com o Padre Aires de Amorim, autor da monografia "Esmoriz e a sua História", apenas se safaram deste desastre o barqueiro natural de Paramos e o seu filho. O facto foi comunicado posteriormente pelo administrador da Feira ao respectivo Governador Civil. Acredita-se que este acontecimento tenha acelerado o projecto de construção de uma nova ponte sobre a Barrinha de Esmoriz.
Como podemos constatar, ambas as tragédias ocorreram em Janeiro, durante as temperaturas rigorosas do Inverno. As fortes chuvadas e as impressionantes rajadas de vento constituíam factores mais que suficientes para derrubar qualquer embarcação modesta. Poucos seriam os cidadãos que saberiam nadar e controlar a calma nos momentos mais aflitivos. Outros atreviam-se, por desconhecimento e por falta de cautela, a enfrentar cenários adversos, subestimando os perigos, então pouco visíveis, que se lhes deparavam.
A Barrinha teve também uma história negra, onde perdeu no seu regaço muitos dos filhos que alimentara. Certamente que não o fez por mal, mas porque todos nós temos de partir numa determinada hora, seja onde e como for!


Legendas - Fotos da Barrinha de Esmoriz nos anos de 1965 e 1971.