Lançamos um repto à poetisa esmorizense Ana Roxo para que esta escrevesse um poema natalício. A escritora aceitou o nosso desafio e enviou-nos este lindo poema que conhece igualmente um carácter reflectivo.
Também o seu filho, o jovem Francisco, decidiu dar uma pequena ajuda na arte dos versos.
O resultado foi este:
É Natal e tocam os sinos no coração
É Natal, é Natal - vamos festejar,
O Nascimento do pequeno Jesus
Luzes no presépio a piscar,
Para o Menino da Divina Luz!
Tocam os sinos, dlim, dlão...
Nasceu o Salvador...
A tilintar amor do seu Coração!
Nasceu numa gruta sombria,
Com José e sua mãe Maria
Esta pobre, porém, rica criança,
Carregando em cada lágrima a Esperança!
Tocam os sinos, dlim, dlão...
Nasceu o Salvador...
A tilintar amor do seu Coração!
Este Menino, Divino Salvador,
Fruto do Deus do Amor
Vive hoje esquecido dentro de nós
Enjaulado na prisão do Homem atroz!
Tocam os sinos, dlim, dlão...
Nasceu o Salvador
Mas a Humanidade silenciou o seu amor!
Prendas, prendas, a perder de vista...
Imbuídas pelo homem de espírito consumista...
Muitas vezes já nem interessa o ambiente familiar,
Porém, antes, aquilo que o Homem vão quer mostrar!
Tocam os sinos, dlim, dlão...
Nasceu o Salvador...
Mas a Humanidade silenciou o seu amor!
Substitui-se Jesus, pelo vermelho Pai Natal
As Crianças quase se esquecem do Menino Jesus
Porque, acham, que é o homem das renas, afinal,
Que traz os presentes e transporta a tocha de luz!
Tocam os sinos, dlim, dlão...
Nasceu o Salvador...
Mas a Humanidade silenciou o seu amor!
Natal, festa da família reunida à volta da mesa,
Nasceu Jesus, não há lugar para a tristeza...
Ele, pede, apenas Amor, Devoção,
Que se troque prendas, sim...
Mas que se toque nos badalos do Coração!
Tocam os sinos, dlim, dlão...
Nasceu o Salvador...
A pedir para os sinos dos Homens tilintarem Amor!
Poema da autoria de Ana Roxo e Francisco Roxo