terça-feira, 29 de abril de 2014

TIVE 2014 foi um sucesso...

Já não é surpresa constatar o dinamismo deste evento que veio mesmo para ficar. Para além dos convites endereçados a equipas nacionais e estrangeiras, é imperioso sublinhar que estes torneios de voleibol para os mais jovens, atraíram indubitavelmente mais gentes de fora à nossa Cidade.
As partidas, realizadas de forma intensa e num curto espaço de tempo, proporcionaram mais experiência e convívio aos jovens atletas, que tiveram ainda a possibilidade de usufruir dum divertimento saudável. É também uma forma de ganharem auto-estima, desenvolvendo as suas capacidades individuais/colectivas, posicionais e técnicas, no âmbito do Voleibol.
Esmoriz mais uma vez confirmou o epíteto de Universidade do Voleibol, dada a excelente formação visível nas camadas jovens que formaram jogadores de grande categoria.




Vídeo nº 1 - Jovens atletas femininos ou masculinos puderam usufruir dos seus talentos, com a bancada consideravelmente composta de espectadores.
Vídeo retirado do Youtube, Direitos Ribeirinhas TV



domingo, 27 de abril de 2014

25 de Abril - Valeu mesmo a pena?

25 de Abril – Valeu mesmo a pena?
O Olhar do Cusco, publicado in Jornal A Voz de Esmoriz


Até hoje, já ouvi as mais diversas teorias e opiniões sobre esta temática. Uns dizem que sim, outros, mais desconsolados, referem que foi tudo em vão.
Não vamos negar uma evidência – desde 1974 até 2014, perdemos muitos dos nossos direitos e regalias, o povo sente-se cada vez mais lesado, e esta crise não veio reforçar obviamente o moral dos portugueses que, diga-se de passagem, está em baixo, muito em baixo. Apesar dos primeiros sinais tímidos de melhoria no sector da Economia, o desemprego tremendo (com incidência forte nos mais jovens e nas camadas mais envelhecidas) atingiu recordes estatísticos que não podem ser ignorados.
O povo queixa-se ainda da corrupção, do chico-espertismo, tráfico de influências e gestões danosas que, em muito, terão lesado o País nos últimos 30-40 anos. A falta de segurança também é outra realidade que motiva muitas denúncias por parte dos cidadãos.
Mas poderemos nós dizer que o 25 de Abril fracassou inteiramente? A resposta é seguramente não. Pela liberdade de expressão, valeu certamente a pena. Podemos opinar sobre o que quisermos – política nacional e internacional, sociedade, economia, religião, desporto, história; sem temer represálias de polícias, espiões ou demais bufos. Acabaram-se com práticas de censura, discriminação e intimidação do anterior regime, ao qual reconheço praticamente apenas o mérito de ter equilibrado minimamente as contas do país e de ter mantido uma posição neutra na Segunda Grande Guerra Mundial.
É claro que muitos gostariam de voltar ao passado, mas era horrível acordar com o coração nas mãos, sabendo que os nossos filhos ou netos estavam em frentes de combate terríveis nas até então colónias portuguesas que lutavam pela sua independência. Já para não falar dos traumas que ainda hoje são vivenciados por muitos dos nossos corajosos ex-combatentes que marcharam pela nossa pátria por uma causa inglória.
Portugal precisava de liberdade, paz, democracia (embora que esta ainda esteja numa fase imatura e demagoga, penalizando em parte os interesses dos portugueses) e acima de tudo, harmonia. Era altura de experimentar uma nova realidade. Pena é que muita gente se tenha aproveitado para manchar os ideais puríssimos da revolução de Abril, até então cantada pelo trovador da liberdade – o inigualável e sincero Zeca Afonso, cuja alma espero que repouse em paz. Este sim é um herói nacional que deve ser idolatrado porque acreditava mesmo naquilo que defendia. Acrescentaria evidentemente Salgueiro Maia como outra personalidade que arriscou a sua vida pela liberdade.
Curiosamente, no dia 25 de Abril de 2014, fará seguramente 1 ano em que o Novo Parque do Buçaquinho, até então promovido por Manuel de Oliveira e seu executivo, foi inaugurado para encanto das comunidades de Esmoriz e Cortegaça. Ou seja, será um dia especial para recordarem nesse dia, um marco que também seguramente fará parte da história destas duas localidades.



sábado, 26 de abril de 2014

Bombeiros Voluntários de Esmoriz comemoram 83 anos de existência

Não há chuva que abale as comemorações da Associação Humanitária dos B. V. Esmoriz. Pelas 8h30 Orgãos Sociais, Comando, Corpo Activo, Quadro de Honra, Fanfarra e Associados deram inicio às comemorações dos 83 anos. 
A formatura evoluiu para a frente do quartel onde decorreu o hastear das bandeiras ao mesmo tempo que se ouvia a sirene e a salva de morteiros. 
Amanhã, pela mesma hora em farda de gala todos voltarão a reunir-se para um dia inteiro de comemorações. 
PARABÉNS!




Texto e Imagem retirados da Página Oficial dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz no Facebook

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O blog e a Barrinha

Este nosso blog foi criado com o intuito de divulgar o "quilate turístico" da Cidade de Esmoriz, mas se houve uma causa especial que atraiu o nosso carinho foi, sem dúvida, a Barrinha de Esmoriz. A prova disso é que não faltam inúmeros textos e imagens sobre o maior sistema lagunar a Norte do País. 
Engrandecemos a sua biodiversidade, divulgamos a sua história, denunciamos a maldade do ser humano, combatemos pela sua reabilitação, apelamos ao bom senso dos intervenientes políticos e industriais, relatamos a nossa admiração por este ex-libris de Esmoriz.
Por isso mesmo, não desistiremos de lutar pelos nossos objectivos, pressionando as entidades competentes a agirem. É claro que já existe um projecto previsto para 2015, mas enquanto não se tornar uma certeza, não nos cansaremos de empunhar a nossa bandeira, zelando para que alguém nos ouça.
O meu maior medo não é o fracasso,  mas sim que a comunidade deixe de tentar e se acomode à sombra da bananeira, esquecendo e renegando o passado, no qual a Barrinha era parte integrante.
O Movimento Cívico Pró-Barrinha, tal como outras associações ambientais, tem vindo a dar o seu melhor para que se façam as obras reivindicadas. 
Da Página do Facebook desta colectividade, extraímos as imagens que se seguem, e que comprovam que a Barrinha não é uma lixeira, como muitos inferem erroneamente. O seu meio envolvente ainda é belo, e na lagoa, ainda se vêem enguias junto às margens e tainhas que salpicam. O curso de água é ainda sobrevoado por garças-reais, águias, gaivotas, andorinhas, melros, falcões, milhafres, pilritos...
Mas sim a Barrinha, actualmente muito adoentada e praticamente abandonada, poderia estar bastante melhor, se houvesse compaixão e gratidão da parte do ser humano.














sábado, 19 de abril de 2014

Santa Páscoa para todos!

O Cusco de Esmoriz deseja uma Excelente e Santa Páscoa a todos os seus leitores. Comemora-se a data em que Jesus Cristo terá ressuscitado dos mortos, e revolucionado o curso da História Mundial. Quer acreditemos ou não no seu cariz transcendental, esta é, sem dúvida, a altura adequada para convivermos com a família e amigos, e valorizar as nossas futuras boas acções.
Muitos vão atacar as lambarices, e saborear estes momentos de convívio. Se o tempo permitir, façam umas caminhadas e procurem tomar um café num lugar cómodo.
Não abusem das amêndoas e dos bolos, senão apanham uma diarreia!!!
Eh eh eh
Grandes abraços e/ou beijinhos para os cidadãos da terra mais linda do Universo!




Comissão de Melhoramentos abraça causa do Pirilampo Mágico

Elementos da Direcção da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz reuniram hoje com a Direcção da CERCIVAR com vista ao estabelecimento de um protocolo de cooperação entre estas duas importantes instituições do Município de Ovar. Desde já agradecemos a forma franca como fomos recebidos.
De forma imediata, este espírito de cooperação vai materializar-se numa parceria com a CM Esmoriz na campanha do Pirilampo Mágico, que de acordo com as palavras do Sr. Presidente da CERCIVAR foi uma “dádiva dos céus e uma pedrada no charco”. Face a estas palavras a responsabilidade da CM Esmoriz está acrescida, e como tal vai disponibilizar todos seus meios para esta importante campanha. 
Desde já apelamos a todos os amigos para que participem nesta grande causa, abraçando o PIRILAMPO MÁGICO sobre o slogan “Eu Estou Aqui”.



Texto Retirado da Página da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz





Para mais informações sobre esta nobre campanha consultem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirilampo_M%C3%A1gico

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Um Comboio Turístico em Esmoriz

Confesso que este foi um dos projectos que mais me agradou no âmbito do Orçamento Participativo. Nunca me tinha passado tal ideia pela cabeça, mas bem vistas as coisas, e se for viável, creio que será uma mais valia divulgar o cartão de visita da nossa terra.
Mas perguntam-me agora e que pontos de paragem dignos poderão existir em Esmoriz? Não sou o mentor do projecto, mas há vários lugares dignos de visita: Igreja de Gondesende, Capela da Penha, Igreja Matriz, Capela da Praia, uma Tanoaria Tradicional, os Monumentos ao Tanoeiro, Viajante e Arte Xávega, a nossa maravilhosa zona à beira-mar, o Novo Parque do Buçaquinho, o Rio Lambo...
Infelizmente, o comboio turístico não poderá almejar a Barrinha de Esmoriz, já que as condições naturais não o permitem. Mas apesar desta contrariedade, o plano até poderia ser viável, desde que devidamente estudado. Não era igualmente mau pensado arranjar um guia que explicasse a importância de cada uma das estruturas observadas, enriquecendo o conhecimento dos visitantes sobre a nossa localidade.
Era pois um importante meio de dinamizar a nossa terra, e fazer com que os nossos turistas sentissem vontade de voltar cá no próximo ano.
E já agora porque não criar um site para a Junta de Freguesia de Esmoriz, promovendo os espaços mais atractivos da cidade (a internet faz cada vez mais a diferença)? E que tal distribuir folhetos promotores sobre a nossa terra nas principais cidades do Norte e Centro do País?
Ainda há tanto para fazer neste capítulo... Mãos à obra!




Imagem nº 1 - A ideia dum comboio turístico em Esmoriz parece-me ser um projecto que merece ser testado, de forma a aferir os resultados e a sua viabilidade.



domingo, 13 de abril de 2014

"À descoberta da Ecopista" - Um sucesso a repetir no futuro

Centenas de pessoas participaram nas actividades previstas na tarde passada de Sábado, tendo como ponto alto o percurso de bibicleta realizado desde o Parque Paisagístico do Buçaquinho até ao Furadouro, atravessando e respirando o ar puro de todo aquele extenso matagal.
Inúmeras personalidades conotadas com a política, desporto, cultura, moda, informação, entre outras áreas, fizeram questão de estar presentes. Destaque ainda para a presença de inúmeras crianças que seguramente se divertiram neste dia lindo de Primavera!
Houve actividades de exercício físico, muito provavelmente com animação musical.
Foram asseguradas bicicletas, camisolas, bolachas e garrafas de água aos participantes, atestando assim a boa preparação das actividades programadas.
A Comissão de Melhoramentos de Esmoriz foi a principal organizadora de todo este evento, contando com a envolvência construtiva da Câmara Municipal de Ovar, Juntas de Freguesia de Esmoriz, Cortegaça, Maceda e União de Freguesias de Ovar. Outras entidades, embora privadas ou particulares, associaram-se ao evento, nomeadamente Transportes David Neto, X5 Health Club, Palmeiras Health, Intermarché, Grupo de Teatro Renascer, Bombeiros Voluntários de Esmoriz, Clube de Campismo do Porto, Movimento Cívico Pró-Barrinha, Movimento Salvar o Furadouro, Agrupamento de Escuteiros...
Foi um dia memorável, e a data foi bem escolhida. A construção da Ecopista tinha sido finalizada há pouco tempo, e para além disso o Novo Parque do Buçaquinho está prestes a fazer um ano de existência, revelando um sucesso tremendo.
As fotos que se seguem são todas da autoria da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, a qual está de parabéns pela organização deste evento e evidentemente pela sua excelente reportagem fotográfica!




Imagem nº 1 - Não faltaram bicicletas e camisolas para os participantes.



Imagem nº 2 - Os responsáveis da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz.



Imagem nº 3 - Iniciava-se a partida rumo ao Furadouro!



Imagem nº 4 - Salvador Malheiro, Presidente da CM de Ovar, também integrava o pelotão!




Imagem nº 5 - Destaque ainda para as presenças de Sérgio Vicente, Presidente da JF de Cortegaça, e António Bebiano, Presidente da JF de Esmoriz. Seguem-se ainda alguns vereadores do Município de Ovar.



Imagem nº 6 - Os mais novos ficaram fascinados e entretidos!



Imagem nº 7 - A afluência foi considerável!



Imagem nº 8 - Os novos passadiços de madeira praticamente estreados pelas comunidades!



Imagem nº 9 - A chegada ao Furadouro!



Imagem nº 10 - A multidão adorou este evento, e sonha com uma nova oportunidade!



Nota extra - Visitem a magnífica exposição "Tanoaria: Passado, Presente e Futuro" da autoria do fotógrafo José Fangueiro, no Novo Parque do Buçaquinho. Creio que as entradas serão totalmente livres, e é dever da comunidade esmorizense (e vizinhas) recordar o prestígio de uma das tradições que a identificam no nosso país. Esmoriz é pois a Cidade da Tanoaria!




Imagem nº 11 - A Exposição de José Fangueiro está à vossa espera! Não desperdicem esta oportunidade de enriquecimento cultural!
Foto: Comissão de Melhoramentos de Esmoriz

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Orçamento Participativo Ovar 2014-2015

Na recente sessão de participação realizada no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz foram discutidas 15 propostas previamente admitidas pela mesa, tendo sido aprovadas 5, através do voto secreto de mais de 90 pessoas que assistiram à mesma.
Os projectos que seguiram em frente foram:


  1. Projeto Piloto Anna Mikki (Mário Monteiro).
  2. Ovar - Concelho com menor tabagismo de Portugal (Eurico Silva)
  3. Arborismo (Paulo Ruivo)
  4. Comboio Turístico Esmoriz (António Ramos)
  5. Reforço da Mobilidade da Ação Social (César Manuel Silva Henriques).


Agora estes projectos serão analisados minuciosamente pela Comissão de Análise da CM de Ovar que determinará ou não a sua viabilidade.




Imagem nº 1- A cidadania activa por parte dos esmorizenses foi real. Saúda-se a adesão significativa da comunidade.

Correio dos Comunicados Políticos - Henrique Araújo avança como Director de Campanha Concelhio do PSD/CDS para as Eleições Europeias

A CP do PSD Ovar indicou Henrique Araújo como Director de Campanha Concelhio da Coligação PSD/CDS - Aliança Portugal - nas eleições europeias de 25 de maio. Este terá como funções coordenar, com o Director de Campanha Distrital Paulo Cavaleiro, elaborar e desenvolver atos de campanha eleitoral no nosso município e, estamos certos, contará com o auxilio de todos os nossos militantes e simpatizantes nesta sua missão.





quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sinais de novos tempos mais dignos para o Rio Lambo

Após vários anos de poluição, as lavadeiras voltaram a usufruir das qualidades dum rio minimamente límpido para exercerem uma actividade mais económica e lúdica, pois proporciona a interacção e o convívio entre todas as pessoas presentes, para além de permitir uma poupança na despesa em tempos de crise.
Estas senhoras partilhavam aqui as alegrias, tristezas, nostalgias, o optismismo ou pessimismo derivado do quotidiano. 
É sinal de que algo tem mudado nos últimos anos.
Há ainda registos de que a biodiversidade terá alcançado um ligeiro acréscimo neste curso de água, algo que até acaba por favorecer a Barrinha de Esmoriz, com a qual o rio Lambo ou Peixinho do Rio conhece uma estreita ligação.
As fotos que se seguem foram retiradas da Página Oficial da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz no Facebook que tratou assim de assinalar este acontecimento que orgulhosamente já foi parte integrante no passado da cidade.






quarta-feira, 9 de abril de 2014

Novos eventos patrocinados pela Comissão de Melhoramentos de Esmoriz

Na próxima Sexta-Feira à noite (11/04/2014), a Comissão de Melhoramentos irá dedicar atenção máxima à temática da Tanoaria em Esmoriz. Será realizada uma tertúlia que contará com a presença de Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, Filipe Octávio, empresário no sector, e José Fangueiro, exímio fotógrafo desta actividade que inaugurará uma exposição.
O programa será o seguinte:




Imagem nº 1 - O Cartaz e as actividades previstas.
Retirada da Página Oficial da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz no Facebook
(Foto de fundo da autoria de José Fangueiro)
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No dia seguinte, isto é, no sábado (12/04/2014), Esmoriz vai promover um actividade de ciclismo na ecopista recentemente concluída. O ponto de concentração será no Novo Parque do Buçaquinho às 15 horas. A animação será igualmente assegurada.



Imagem nº 2 - O programa previsto para mais uma actividade saudável e divertida.
Retirada da Página Oficial da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz no Facebook
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Imagem nº 3 - Nesse dia, muitos vestirão a camisola do entretenimento!
Retirada da Página Oficial da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz no Facebook




Com a chegada da Primavera, a Comissão de Melhoramentos volta a apresentar iniciativas lúdicas que favorecem o bem estar cultural e físico, concedendo oportunidades vantajosas para que os esmorizenses e demais curiosos consigam usufruir destes eventos com a família e amigos.
Esperemos que a animação em Esmoriz se mantenha enquanto projecto sólido!

O exemplo do Passadiço de Paramos

Na freguesia de Paramos, o passadiço de madeira estende-se praticamente ao longo de dois quilómetros e torna-se apetecível à realização de saudáveis caminhadas.
Do lado de Espinho, a obra tem avançado sistematicamente em direcção à Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos, apontamento valioso que nos confere expectativa da criação futura duma ponte metálica que assegure a ligação condigna entre as localidades de Esmoriz e Paramos.
Mas é necessário que as intenções da parte de Ovar se concretizem, pelo menos, em 2015! Agrada-me imenso o cenário de recolocação da ponte, mas para isso, é que os esforços sejam concertados entre os dois municípios. 
Espero que haja entendimento e consenso entre ambas as partes envolvidas.
As fotos que se seguem são da autoria do Casagrande que ficou rendido aos desenvolvimentos em Paramos.













domingo, 6 de abril de 2014

Conto - "Na Montanha da Solidão" da autoria de Ana Roxo


Era uma vez…
A Ilha da Solidão, algures perdida na alma, fazendo, prisioneiro, o Coração.
A liberdade permanecia cativa, presa ao medo, à solidão, à infelicidade, enredada numa teia de tristeza que não escolhe idade.
Mas nesta história, a personagem principal, é um indivíduo, marcado pelo tempo, marcado pela idade, marcado pelo desalento…
Germano, era um senhor já com uma certa idade. Nele já não imperava a serenidade.
A sua esposa já tinha partido para a origem e ele sentia-se triste e só.
A sua solidão metia dó.
Ele mergulhou numa solidão profunda, perdeu todo o seu ser… toda a sua alegria de viver.
Os filhos, praticamente, não o visitavam. Os netos, também não e, juntando a morte da mulher, Germano mergulhou no imenso mar da solidão.
Vivia triste e solitário na sua casinha algures perdida no monte. 
Germano vivia também no isolamento, daquela montanha algures perdida, bem perdida no tempo.
Lá, o tempo parecia não andar, o tempo passava devagar, devagarinho…e parecia nem andar.
Porém, a paisagem, ali era bela, pura e singela: uma autêntica obra de arte, quadro de natureza – obra de arte.
Corria um rio ainda límpido por aquela aldeia perdida no monte, onde Germano se sentava muitas vezes, quando ia buscar água à fonte.
Esses eram dos poucos momentos em que ele se sentia em paz, em que se sentia com coragem para enfrentar os problemas que a vida traz.
O rio ainda cheio de peixes era o rio onde ele ia pescar. Ali, esquecia-se de que se sentia só e podia sonhar.
Enquanto ia pescar, esquecia-se do mundo ao seu redor, da casa fria e vazia e da dor que, sobretudo à noite sentia.
Germano, havia sido um homem muito feliz enquanto a sua esposa viveu. Após a sua partida, o seu mundo morreu.
E, lá estava ele moribundo com a alma presa à solidão e o coração feito em pedaços de ilusão.
Para ele a solidão era como as bruxas dos contos que ouvia em criança, aquele tempo em que os seus olhos irradiavam alegria e esperança.
A esperança agora parecia ter morrido. Também a esperança, a fé e a alegria.
O seu mundo já não tinha magia. Nem ele acreditava em magia.
E devia acreditar, como as crianças que imaginam poder voar.
Mas ele, não…não…Estava preso à solidão.
Também encarcerado neste mundo cruel, que muitas vezes, se esquece dos idosos, machucando-os como quem amassa um velho papel.
Germano acabou por ficar uma pessoa triste e mal-humorada.
Estava sempre rezingão, sempre como quem está sempre com pedras na mão.
Mas ele tinha era mesmo pedras, mas no coração.
O seu coração tinha ficado em pedra dura, alicerçado pelo muro da amargura.
Ele tinha saudades dos tempos de criança, daqueles tempos de pujança em que corria pelos montes com os seus amigos quando regressavam da escola. Corriam pelos montes alegres e destemidos.
A amizade fechava as portas à solidão. Mas agora, Germano, não tinha amigos, não. Já todos tinham partido, rumo àquele mundo desconhecido.
Germano tinha-se tornado num misantropo. Tinha uma verdadeira aversão ao ser humano e à natureza humana, em geral. Era também esse um dos factores, da sua solidão sem igual.
Todos os outros habitantes paravam no café da aldeia, mas ele, não. 
Ficava na sua casinha perdida no escuro monte – na Montanha da Solidão.
Mas um dia, foi morar uma nova família para a aldeia onde morava a solidão. Já há anos que não se via uma criança naquela terra de solidão mas que acalentava o coração.
E num belo dia, aparece a Beatriz, uma doce, pequena e da vida, aprendiz, que apareceu como que por magia.
E se calhar foi mesmo por magia, já que ele apareceu ao mesmo tempo que uma luminosa estrela que à noite, muito luzia.
Beatriz era uma menina marota e ladina. Possuía a juventude, a alegria, a coragem, algo que para Germano, representava apenas uma passagem. Uma passagem da sua vida que se dissipou no tempo, no sofrimento de cada infeliz momento.
Germano já não acreditava em nada, já nem mais acreditava no Criador: no seu mundo, só havia espaço para a dor.
A sociedade, nada lhe dizia, não se identificava com a maior parte daquilo a que ele chamou «desvalores». A sociedade estava doente: doente de afectos, doente de valores, doente de amores. Mas este pobre idoso, também sofria do mesmo mal, excepto dos valores que teve como educação. Esses valores, ele ainda os colocava em acção.
Eram para ele de importância suprema, tal como uma ave necessita de cada pena. Mas ele, não se importava de remar contra a maré, foi assim que foi ensinado, sobretudo, pelo, seu avô José.
Germano tinha simpatizado com a pequena Beatriz, lembrava-lhe a sua neta quando ela era pequenina e ela lembrava-lhe os seus anos de petiz. Mas ele era orgulhoso e teimoso e não dava o braço a torcer. Ele adorava a menina, mas gostava de o esconder.
O velho ancião estava habituado a não demonstrar o que sentia, guardava tudo dentro de si, arrecadara de si a alegria. Os sentimentos, para ele, eram como recordações que queria olvidar, como aquelas tralhas que se guardam num baú antigo, que num sótão escuro, fomos guardar.
A bonita e pequena menina dos olhos azuis rasgados, lá ia todos os dias a casa dele, cantar-lhe os seus fados. Sim, a menina cantava, cantava muitíssimo bem e encantava, encantava…
A sua voz de anjo querubim possuía uma magia e melodia que tocava as notas do nosso coração. Até o coração do velho Germano, mas ele admitir? Isso é que não!
A menina era um bálsamo na vida do velho ancião. Era ela que lhe dava a mão, que todos os dias lhe cantava uma canção. 
Aos poucos, devagar, muito devagar, Germano foi abrindo o seu coração e de novo estava a aprender a amar.
A menina, todos os dias lhe levava carinho e amor, uma história para ler e contar…levava-lhe o segredo de amar!
E o velho senhor começava a sonhar com as histórias daquela doce e angelical criança – que lhe recordava a infância, ela era a única pessoa, com quem ele sentia que tinha importância.
Sentia-se viajar naquelas histórias, naquelas canções…sentia de novo um turbilhão de emoções.
A sua alma estava a rejuvenescer, começava a sentir-se de novo em paz…a deixar de sofrer.
A vida já não lhe parecia tão solitária e, no meio da sua casinha no meio do monte e junto à fonte.
Beatriz, um dia, levou-lhe a história de um menino que se sentia muito só, que vivia numa solidão que metia dó.
Então, o velho senhor começou a rever-se naquela história infeliz e já não queria ser mais como aquele petiz.
Queria voltar a ser o menino que ele foi no passado…Sim, os anos passaram, a infância passou, mas esta menina, a vida deste ser humano, renovou.
A história do menino solitário era assim:
«Era uma vez, um menino sem lar, sem pais ou irmãos a quem amar…
O menino tinha somente um pequeno amigo alado com o qual falava, mas como ninguém via ninguém, achavam que o menino inventava.
O menino falava com um anjo, ao qual ele chamava André. André era o único amigo do menino que se chamava Barnabé.
Era só com ele que falava, não falava com os outros meninos do orfanato, só com aquele anjo, aquele ser de luz permanente que brilhava constantemente.
Através dele Barnabé via outros anjos - via a pátria celeste e desejava lá morar e não neste mundo agreste.
O anjo levava-o a voar nas suas asas. Sim, Barnabé imaginava o anjo com asas e, ele, como que por magia ficava alado e levava o menino a mundos que ele nunca tinha sonhado.
Ele dizia que falava com André lá no orfanato onde morava, mas ninguém acreditava em Barnabé. As outras crianças afastavam-se e o seu único amigo era um ser invisível a todos menos para Barnabé – o seu anjo e também, amigo, André.
André mostrava-lhe o Criador e outros mundos onde não havia dor. Porém em outros havia mais dor do que no planeta que é o nosso lar, mas ele gostava era sonhar e de nas asas do anjo viajar.
Na terra onde morava o anjo, não havia solidão, todos eram felizes e tinham grande coração.
Barnabé dizia aos meninos que via outros mundos distantes, plenos de beleza e magia, mas ninguém acreditava no que ele dizia.
Ele gostava muito do seu amigo iluminado, mas queria também ter amigos na casa dos meninos que não têm pais, onde morava, mas ele sentia-se muito triste, porque ele a todos, afastava.
Um dia, sentou-se muito triste e a chorar no jardim do orfanato. Nesse dia, viu uma menina a se aproximar.
Ele nunca tinha visto aquela menina ali, mas ela espelhava a alegria. Ela devia ter entrado no orfanato aquele dia.
Então, pé ante pé, ela aproximou-se de Barnabé e perguntou-lhe: 
- Eu sei que és o Barnabé, mas por que estás a chorar? Por quê essa infelicidade? Será porque te falta amizade?
- Sim, é. Aqui não tenho amigos, todos me olham de lado como se eu fosse maluco e se afastam como se eu tivesse uma doença algo de mal. Ninguém acredita que vejo anjos, mas para mim, isso é normal.
Não sou maluco, sou um menino, no fundo, como qualquer outro com um coração mas vivo preso à solidão.
A solidão consome-me a alma. Por vezes, perco a alegria de viver. Sinto-me muito só, ninguém quer ser meu amigo e eu estou tão só.
Ninguém comigo quer brincar, fico sempre num canto a falar com o André. É bom, mas também preciso mudar. Brincar com outras crianças como eu. Fico a ver as outras crianças brincar, todas contentes e a cantar e eu só fico num canto a chorar e a sonhar.
Eu não pedi para falar com os anjos ou para os ver, acho que também tenho o direito de com outros meninos, conviver.
Então, a menina respondeu:
  - Sabes, Barnabé, eu também falo com anjos e não acho que sejas maluco, ou então eu sou como tu também e não deixo que ninguém me chame de maluca, ninguém.
- Também não tenho amigos, por falar comigo, para brincar comigo, também sofro de solidão, mas quero também um amigo.
- Vês aquele anjo ali?
- Sim, vejo, respondeu Barnabé.
 - É ele também o meu único amigo, o único que está comigo. 
- E, como se chama, ele? 
- Ele chama-se Ismael e é um anjo de luz e foi ele que me apresentou a Jesus.
  - Queres ser meu amigo, Barnabé? Afinal, este mundo, nós os dois sabemos como é.
  Sim, quero ser teu amigo, nunca tive amigos além de anjos. Quero brincar contigo.
Então, os dois seguiram de mão dada e a amizade foi iniciada.
Estavam juntos por toda a parte, eram os melhores amigos do mundo…A amizade, era para eles um prazer profundo.
E, assim, escaparam à solidão: a amizade encheu-lhes o coração.
Continuavam a falar com os seres angelicais, mas os outros meninos continuavam a achar que eles não eram normais.
Mas isso, para eles, importante, não era… a amizade, sim, pura, aquela amizade que sempre prospera.
E no íntimo dos seus sonhos e também da sua imaginação, caminharam para todo o sempre dando as mãos à amizade com a melodia e o toque do coração.
Visitaram mundos novos, nas asas dos anjos…viajaram na imaginação e viajaram no coração.
Assim, deveriam viver todos os homens, mesmo que a infância já seja lembrança do tempo passado, deviam se lembrar da infância como alegria do seu fado.
Beatriz e Barnabé foram amigos para sempre, conservando a inocência pueril, a inocência juvenil».

E, assim, terminava esta história: a história com que Germano se identificava, aquele com que sonhava…
Germano não acreditava em anjos, mas adorava ouvir aquela história vezes sem fim, mesmo que não acreditasse no anjo querubim.
Aos poucos a ordem substituía a desordem e o velho ancião, começava a pôr de lado a solidão.
Aquele ser solitário, já ia ao café, já conversava com as pessoas, porque se lembrava da história do Barnabé.
Mas, havia também a doce Beatriz, aquela linda e imaculada criança que lhe restituiu a esperança.
Com a companhia dela, ele esquecia-se da dor, do sofrimento, dos tempos de paragem, em que não avançava. Finalmente reencontrou a coragem. A coragem que havia perdido sem mais querer encontrar, como se fosse um barco que se afunda no mar.
Mas agora não… Tinha aquela linda e loira menina, com todo o seu amor, com toda a beleza de uma linda e pequena flor.
Ela chamava, Germano de avozinho e ele gostava muito que ela o chamasse assim. Pensava sempre: - A minha família nem se lembra de mim, mas esta criança que nem é do meu sangue, sim.
Aos poucos, as pessoas viam a mudança. Ele já não era carrancudo, ele já não era sisudo e tinha um sorriso no rosto e nunca mais se leu nos seus olhos as lágrimas do desgosto.
Agora no isolamento, só estava a sua casinha que continuava triste e só, perdida no monte e no esquecimento.
Mas era só a pequena casa, o seu morador, já não se sentia como ela: já não estava infeliz: agora estava feliz e quem lhe devolveu a cidade foi a pequena e angelical Beatriz.
Com ela reaprendeu a sonhar, a ser de novo criança e a imaginar.
O que ele ainda não sabia era que Beatriz também falava com os seres alados, que eles eram também seus amigos, os amigos ainda por Germano, ignorados.
Germano levava consigo a menina a pescar. Ela, até já conseguia pescar mais do que ele: era sempre a aviar.
Quem diria que a amizade iria nascer entre um idoso e uma criança a crescer, mas eles grandes amigos…era uma amizade pura…que dura.
Beatriz também sentia falta de um amigo da sua idade que tinha ficado longe dela, também se lembrava e gostava muito daquele rapaz, mas agora, no seu coração também morava Germano, um homem, que com ela, ganhou a tão desejada paz.
Um dia, o velho senhor reparou que Beatriz falava com alguém mas ele não via ninguém. Pensou que era algum amigo imaginário que as crianças costumam ter, algum ser mágico e lendário. E durante um longo tempo não ligou às conversas que a menina tinha com alguém que ele não via, mas depois reparou que ela falava com eles até quando dormia.
Nesse momento, as perguntas começaram a desenhar-se na sua mente e perguntou à menina, o porquê de falar sozinha e isso significava o quê?
Beatriz respondeu que falava com anjos como os meninos da história e que os outros meninos a achavam anormal, mas ela penas falava como o mundo celestial.
Germano disse-lhe que era muito bonito o que dizia e que era muito bom sonhar e imaginar, mas ela um dia deixaria de ser criança e deixaria de acreditar.
Ela disse que não, que iria sempre acreditar neles e que estava a ser verdadeira, que os via, que falava com eles, que viajava nas asas deles, por mundos sem fronteira.
Por mundos tristes, por mundos de felicidade, guiada nas asas desses guardas da humanidade, lá seguia a pequena heroína…lá via também fadas e todos os seres de luminosidade, que só são vistas por crianças de pequena idade.
Esse era o outro mundo da pequena Beatriz: este outro mundo onde via novos mundos, seres diferentes, seres para nós ausentes.
Ela começou a mostrar esse mundo das entidades aladas ao velho ancião e mesmo ele não os vendo, sentia a sua presença no seu coração.
Ele pensava, muitas vezes:
- Se esta menina fala com anjos e com o além, talvez ela seja um anjo também.
Se calhar não estava errado e ela seria mesmo um anjo da guarda que está na Terra para o amar e guardar.
Pensava nisso tantas vezes e em como aquela criança lhe fazia bem. Já não sabia o que era a solidão. Já não se sentia ninguém. Agora sentia-se alguém.
Germano, tanto acreditou na menina que também já via os seres alados e voava também por esses mundos nas asas destes seres bem -amados.
Começava a ver os mesmos mundos do que a sua amiguinha. A sua alma interior rejubilava e ao mesmo tempo que voava, ele também sonhava. Sonhava como seria bom ali viver, sem a maldade, a estupidez da Humanidade e pensava como seria bom que a Humanidade acordasse da falta de amor, do egoísmo e da falta de caridade.
Vivíamos num mundo a apodrecer: ele próprio sentiu isso na pele: nem a sua família se compadeceu da sua solidão e ele, foi no passado um homem que se esqueceu de que tinha coração.
Deixou de sofrer de misantropia, começava a amar a humanidade, apesar de tudo. Começou a sentir alegria.
Já não tinha pânico, não tinha medo, não tinha receio de abrir o seu imenso coração ao mundo e isso inundava-o de um prazer profundo.
Também já via fadas que lhe tratavam também do jardim e perfumavam-no com o cheiro do jasmim. Sentia-se agradecido, abençoado de por Deus, ter sido criado.
Sim, ele voltou a crer no Criador, ele voltou a crer no amor e matou do seu íntimo a dor.
Agora já não vivia reprimido, agora sentia a liberdade a pulsar-lhe de novo nas veias e em todo o seu ser…Era livre, sentia-se livre, podem crer!
Agora até gostava de aventura, algo que antes lhe causava amargura. E procurava a aventura nesses mundos perdidos e procurava a aventura na montanha onde vivia que tinha uma paisagem tão bela de perder os sentidos!
Tomou consciência de si mesmo, sabia agora que a sua esposa onde estava, estava bem e isso trazia-lhe felicidade: o sabê-la bem, diminuía a saudade.
Vivia em paz consigo mesmo…O isolamento, a solidão, faziam parte do passado, passado que aos poucos, ia sendo apagado.
A solidão é algo muito triste e muitas vezes nem é preciso não ter ninguém ao lado, podemos ter e ter solidão na mesma e ainda custa mais esse sofrer.
Todavia Germano tinha apagado a solidão com a ajuda de uma criança, que lhe devolveu a esperança.
Sentia-se profundamente agradecido e abençoado. Já não se sentia renegado.
Todos os dias, aquela menina com voz angelical o visitava em sua casa, cantava-lhe lindas canções, daquelas que tocam e encantam os mais duros dos corações.
A vida finalmente lhe estava a sorrir e, finalmente acreditava no porvir.
Tornou-se num homem que se renovou, deixando para trás o caos e a desordem em que um dia a sua vida se tornou.
Hoje, parecia uma criança viajava pela imaginação e viajava por mundos fora do normal, finalmente havia reconhecido que era um homem especial.
Germano tinha percebido que, na vida, não nos podemos esquecer também do que é ser criança, que não fazia mal e que não se devia matar a criança há em todos nós – que representa um prazer sem igual e que não é bom estarmos e nos sentirmos sós.
Um dia, nas asas dos anjos e na companhia de Beatriz, o velho ancião voou até uma montanha que era a Montanha da Solidão. Era exactamente igual à montanha onde vivia e em que tinha a sua habitação.
Lá, via a Solidão, representada por uma feia e horrível criatura, que só sabia espalhar amargura.
Aquela Montanha representava o seu passado, o que tinha ficado para trás e que não deveria ser relembrado.
Lá encontrou os sentimentos, dos quais, outrora padecia – ali reinava a desarmonia.
Criaturas horrendas e horripilantes representavam os sentimentos que, já não o assolavam, mas que o assolaram antes.
Era um mundo de negritude extrema… um sítio que não valia mesmo nada a pena. Porém, aquela montanha espelhava o que um dia, a sua vida foi…sem brilho, sem amor, sem alegria…
Lá, revia o seu passado, o que outrora foi o seu fado.
Beatriz, também tinha a sua Montanha da Solidão, perdida num mundo onde não existia o coração.
Lá ainda revia as memórias do amigo criança que teve de deixar em outra localidade, ainda sentia saudades dele, daquele menino da sua idade.
Mas, já não sentia solidão, pois tinha encontrado um amigo naquele velho ancião.
Tinha apenas saudade do amigo de tenra idade.
Os seus pais sabiam da saudade que ela sentia e tentaram trazer o amigo para junto dela para lhe dar mais alegria.
Mas já não sabiam onde ele estava, onde ele parava…Já não estava no local onde outrora morava.
Na Montanha que espelhava a vida real, era também espelhada a falta que este amigo fazia a Beatriz…Gostava muito de Germano, mas com aquele menino agora perdido, ficaria ainda mais feliz.
Na Montanha da Solidão, via também criaturas monstruosas, carregadas de dor, na negritude da solidão, na negritude da dor, na busca do amor.
Também se revia o seu passado naquela montanha de tormentos e revia nas suas colinas, os sofrimentos.
Mas essa montanha representava apenas o passado, algo que ela queria 
morto e enterrado.
Nos mundos distantes, também viam a Montanha do Presente. A outra era a Montanha da Solidão – a montanha do passado, a montanha do caos, a montanha da ilusão.
Havia algo sobre Beatriz que Germano ainda desconhecia. Aqueles pais que tanto a amavam e a tratavam com todo o carinho, não eram os seus pais de sangue, mas eram eles, também a causa da sua alegria.
A criança de luz era adoptada, tinha estado num orfanato onde estava institucionalizada, mas não conseguiram trazer com eles o amigo leal – o companheiro de todas as horas naquele orfanato que mais parecia um frio hospital.
Contudo, nunca desistiram de trazer o menino para o seio do seu lar, não podiam ter filhos e queriam crianças a quem amar.
Queriam que ele fosse também o seu filho amado que por eles seria criado.
Beatriz, lá do alto da sua pequena grandeza, iria ficar feliz.
E o petiz também iria ser feliz.
Todos iriam mergulhar na profunda felicidade do amor, da alegria, do coração e não da malfadada solidão - a solidão que comprime e fere a alma, a solidão que fere de morte o coração.
Finalmente, um belo dia, finalmente conseguiram encontrar o menino perdido e a felicidade da menina foi imensa e dele também por ver que não foi esquecido.
Barnabé encontrou um lar, um verdadeiro lar, uma família a quem amar. E lá ficou também para trás o seu passado, agora amava e era amado.
Também ele esqueceu o caos, a solidão e morava a felicidade no seu coração.
Barnabé conheceu Germano e a amizade entre os dois também começou a crescer. Ele, Beatriz e Germano, gerações de diferente idade, mas que sabiam o real valor da amizade.
Agora, eram três criaturas a conhecer os seres do mundo de luz eterna – aquele seres da luz fraterna.
Na luz, não há solidão, não há caos, não há repressão, só há a luz divina que aquece o coração.
Mesmo numa sociedade tão voltada para si e de um egoísmo sem medida, é imperioso procurar a luz numa chama bem definida: uma luz de paz, amizade e de concórdia, pondo no lixo a discórdia.
A solidão fere o coração, é um vil sofrimento: os amigos também são necessários para colmatar o sofrimento.
Os indivíduos, também deveriam ajudar mais o seu semelhante, evitando que caia em solidão, numa solidão constante.
Agora que estamos quase a terminar não falemos de infelicidade e de solidão, falemos dos bons sentimentos e das pessoas de luz, que são o remédio do coração.
Mas quem seriam estas duas crianças que falavam com o mundo dos seres alados, dos seres angelicais? Seriam também anjos? Talvez, não saibamos jamais!
O que sabemos então? O que nos diz o Coração?
Talvez sejam anjos sim, que vieram dar a luz à Terra e a perfumar com o doce aroma do jasmim.
Certamente devem estar a pensar, mas afinal já sabemos quem é a Beatriz e o Barnabé!
Sim, o menino da história, a Germano contada naquela bela madrugada- era o Barnabé e a menina que na história não tinha nome era Beatriz. 
E assim, sem solidão, mas com amizade e amor termina esta história feliz!


Escrito segundo a antiga ortografia (Ana Roxo).




quarta-feira, 2 de abril de 2014

Grupo dos Bandolins de Esmoriz vão actuar no dia 13 de Abril

Concerto na Tanoaria
Esmoriz, Terra das Artes

O Grupo de Bandolins de Esmoriz irá promover no próximo dia 13 de abril, pelas 17h, mais um concerto memorável na cidade de Esmoriz. Pela segunda vez, o local escolhido para o evento será a Tanoaria Josafer, pelo facto de ser um espaço icónico de Esmoriz e onde o resultado surpreendente dos cheiros, dos sons e das imagens da tanoaria permitem uma fusão orgânica com a música dos “Bandolins”, criando um momento memorável. 
No dia 10 de Novembro de 2013, ocorreu o lançamento do CD “Comtrastes” do Grupo de Bandolins de Esmoriz no mesmo local. Foi um sucesso, a tanoaria esteve cheia, com uma envolvência diferente e muito acolhedora. Quem esteve presente louvou a ligação entre dois ícones de Esmoriz, assistindo a um concerto “contrastante” da orquestra e visitando as diversas fases de construção dos pipos que estavam expostos.
No próximo “Concerto na Tanoaria” apresentar-se-ão em "palco" a Orquestra de Bandolins de Esmoriz e a orquestra francesa de Bordéus Mandolin In’Tempo. O evento integra ainda uma Exposição fotográfica de José Fangueiro alusiva à Arte da Tanoaria organizada pela Tanoaria Josafer.

Apareçam, será um concerto com artes.


Rafaela Oliveira




Cartaz retirado da Página Oficial dos Bandolins de Esmoriz no Facebook
As entradas são livres. Compareçam!

Correio dos Comunicados - Bruno Oliveira (PS) apresenta iniciativas diversas em Ovar

Nota de Imprensa

25.03.2014


União das Freguesias intervém em São Vicente de Pereira Jusã


A União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã concluiu, recentemente, um conjunto de intervenções em São Vicente de Pereira Jusã.
Os trabalhos, que tiveram a duração de duas semanas, decorreram a expensas da autarquia liderada por Bruno Oliveira e incluíram a beneficiação do Polidesportivo, Tanque da Fontanheira e zona envolvente da Unidade de Saúde Familiar.
Junto ao Polidesportivo, procedeu-se à substituição da vedação, colocação de balizas novas e pintura dos muros. O tanque foi também beneficiado com nova pintura e encaminhamento das águas, evitando as perdas que se verificavam até aqui.
O Presidente da União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã, Bruno Oliveira, congratula-se com o resultado da intervenção, já que «o espaço precisava de uma intervenção para a população voltar a praticar desporto naquele espaço com segurança e comodidade».
No leque de obras destaque ainda para a intervenção realizada nas zonas de ajardinamento da zona envolvente ao tanque público e da Unidade de Saúde Familiar de S. Vicente de Pereira Jusã que foram igualmente arranjadas.





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Nota de Imprensa

29.03.2014


União das Freguesias inaugurou "Ovar na Mánica do Tempo" em São João



 A União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã (UFO) inaugurou, esta sexta-feira, a exposição "Ovar na Mánica do Tempo", de Zé Maia, no auditório de São João.
Na cerimónia abertura, o presidente da UFO, Bruno Oliveira, não escondeu a alegria de poder divulgar o trabalho de Zé Maia e dos artistas vareiros, "porque temos esse objectivo, descentralizando essa divulgação".
"O Zé Maia fez a sua primeira exposição em Guilhovai e esta é a continuidade dessa mostra que já esteve na Biblioteca Municipal de Ovar", disse o autarca, elogiando os trabalhos expostos, que "são magníficos ao fazerem o contraste do passado com a actualidade".
O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, declarou ser "um gosto e um prazer estar na inauguração desta exposição que revela a cidade através de um método inovador e pouco visto e que leva longe o nome de Ovar".
Zé Maia recordou que foi naquela freguesia que expôs pela primeira vez, no Museu das Tricanas de Ovar. Dos mais de 100 trabalhos que possui sobre Ovar, ali ficarão 18 para serem admirados pela população, adiantando que está a preparar um novo projecto sobre a cidade de Paris. "Agora, com as novas tecnologias da Google, tudo é possível e eu ...catrapuz'".
Agradecendo a presença de todos, e dos autarcas em particular, convidou à presença na próxima mostra em que estará presente, na Praia do Furadouro.
José Fragateiro, presidente da Assembleia de Freguesia da UFO, felicitou o artista pela "recolha deste espólio notável que ele tão bem soube transformar nesta Mánica do Tempo". "É um prazer rever certos locais e recantos de Ovar" dos quais se recorda de "calcorrear em pequeno". "É com prazer que a UFO se abre aos artistas no seu espaço geográfico alargado", concluiu.
A "Mánica do Tempo" vai aqui ficar patente no Auditório de S. João, até 11 de Abril.