OVAR, terra da calamidade
O povo deste concelho e todo o povo português, está confrontado com a presença de um vírus, que, segundo os técnicos de saúde, tem originado a morte de milhares de pessoas.
O Governo, perante esta triste realidade, estabeleceu regras e atendeu a sugestões de um autarca.
As regras, impostas por Lisboa, são abrangentes, claras e são para ser respeitadas e cumpridas. Também se diz, que o povo tem sido respeitador e cumpridor.
As sugestões, são mais gravosas e assentam numa ânsia de protagonismo, que arrastou, para esta comunidade, prejuízos ainda não quantificados.
Na passada sexta-feira, foi anunciado o “levantamento da cerca”, a que atribui o nome de “reserva para índios de cara branca”, mas, afinal, ela continua.
Foram corrigidos alguns erros, fruto do abuso de poder, que eram prejudicais à economia, foi dada a autorização para o funcionamento de algumas actividades, já consideradas a nível nacional e, que mais?
Lido o Decreto 2/C, de 17/04/2020, encontramos no artº. 6º. - Na área geográfica do concelho de Ovar, é interditada a circulação e permanência de pessoas na via pública (isto é o que na generalidade acontece, mas diz mais) incluindo as deslocações com origem ou destino no referido concelho”.
Afinal o que é que mudou?
Pois é, a cerca continua implantada, embora com outra configuração e, mais uma vez a reforçar o conceito, quase generalizado, de que Ovar é mesmo uma terra de calamidade.
O Executivo desta Câmara, com a atitude assumida, abriu a “cova”, onde nos anos mais próximos irão a sepultar as actividades culturais, a indústria hoteleira, a restauração e tantas outras, como a variada indústria, comércio e prestação de serviços. A “aldeia do carnaval”, ficará abandonada.
Mas, no centro de toda a desgraça que estará para vir, há quem tenha conseguido uma distinção e com a sua atitude de “Rei”, passará, na história do concelho, a usar o cognome de “Calamidade”.
Florindo Pinto (18/04/2020)
Imagem meramente exemplificativa da autoria de Sandro Oliveira
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