O Rio Lambo nasce em São João de Ver e desagua na Barrinha de Esmoriz, após percorrer as freguesias de Maceda (este afluente também é conhecido como "Vala de Maceda"), Cortegaça e Esmoriz. Este curso de água chegou a estar bastante poluído há cerca de dez ou quinze anos atrás. Todavia, o abandono de algumas actividades económicas/domésticas críticas junto ao rio, bem como a extinção da malograda ETAR de Esmoriz-Cortegaça (substituída pelo magistral Parque Ambiental do Buçaquinho) conduziram o rio a um novo ciclo, este seguramente mais promissor.
O rio terá conquistado mais biodiversidade em termos de fauna e flora. Nos últimos anos, está documentada a presença (embora irregular) de patos, galinhas de água e garças. Além disso, está registada a existência de pequenos peixes e de cobras de água, rãs, lagartos e salamandras. Todavia, a principal ameaça, em termos de espécies exóticas, é agora o lagostim, género infestante que pode mesmo contra-balançar aquilo que aparentava ser um acréscimo das espécies piscícolas.
Todavia, ninguém pode negar - as águas do rio estão mais límpidas e a poluição atinge hoje níveis inferiores, cenário que também favorece a Barrinha de Esmoriz, a qual se encontra em contínua ligação natural. O rio Lambo é um dos principais afluentes da Barrinha a par da Ribeira de Rio Maior. Em relação a este último braço de água, a situação é completamente antagónica. Algumas indústrias de papel continuam a martirizar esta ribeira (nasce no concelho da Feira mas atravessa igualmente as freguesias de Silvalde e Paramos), cujas águas são escuras, o que denuncia uma poluição recorrente que goza de impunidade e ausência de fiscalização por parte das entidades oficiais. Pelos vistos, ninguém quer saber!
Regressando ao Rio Lambo, é com agrado que assisto ao "renascer" da sua dignidade. Tornou-se num bonito exemplo de recuperação, e rematando através da foto em baixo, a "luz de uma nova era" voltaria a incidir sobre o rio.
Foto da autoria de Magda Moreira
Se o rio Lambo pode sêr exemplo a ribeira do Rio Maior está num total abandono por parte dos municipios da Feira e de Espinho onde não existe qualquer controlo em todo o seu percurso sendo aproveitada esta falha para as empresas de papel e corticeiras fazerem as suas descargas na calada da noite em especial ao fim de semana, quem quiser vêr é só ir por trás da senhora da Guia até á ponte junto ao parque da freguesia de Paramos pelas 6 da manhã e a água muda de côr.
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