Em meados de Janeiro, surgiu o rumor de que a estação de Esmoriz iria deixar de ter funcionários, perdendo assim a sua vertente de apoio ao cliente. No entanto, pressões efectuadas por parte de populares e organismos públicos locais junto da entidade Infraestruturas de Portugal evitaram, pelo menos, para já, o encerramento do edifício da estação.
Caso a decisão tivesse já avançado para um plano prático, os cidadãos iriam deparar-se imediatamente com algumas adversidades. Por exemplo, aqueles que ainda tivessem dúvidas em como tirar um bilhete nas máquinas iriam ter uma dificuldade acrescida na sua obtenção, havendo inclusive a possibilidade de se arriscarem a uma coima caso não fossem bem-sucedidos. Pior ainda, a ausência de avisos para a passagem de comboios de alta velocidade (como os mercadorias, o intercidades ou o próprio alfa pendular) poderá ser outra realidade, colocando em causa a própria segurança dos cidadãos. Não sabemos ainda se o acesso às casas de banho continuará a ser possível, contudo até esse serviço poderá estar em causa.
Por outro lado, o eventual abandono do edifício não seria certamente uma boa notícia para a sua preservação no futuro, e teme-se que venha a seguir, daqui a uns anos, o exemplo de outras instalações que foram vandalizadas ou que deixaram de ser alvo de cuidados de manutenção.
A população de Esmoriz reagiu a esta eventualidade com espanto e tristeza, considerando semelhante intenção como uma desconsideração inequívoca pela nossa cidade. E terá desempenhado um papel fundamental ao manifestar o seu descontentamento pela via telefónica e digital, cenário que terá levado os mentores daquele intento nefasto a ponderarem melhor a sua posição.
Neste momento, não se sabe ainda se o encerramento físico do edifício da estação irá ou não avançar, se a questão foi já resolvida ou, pelo menos, adiada. O que apenas podemos assegurar é que caso venha a acontecer o pior cenário (com a deslocalização dos recursos humanos da estação), tal não prejudicará a circulação ferroviária que continuará a decorrer de acordo com os padrões de normalidade.
PS - Recebemos há dias uma comunicação da Infraestruturas de Portugal que confirma o conteúdo desta notícia. Anexamos tal documento aqui.
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