terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Relatório sobre a Barrinha (Fevereiro, 2012)

No mês de Fevereiro, efectuamos duas visitas à Barrinha, procurando conhecer o seu estado actual e relatar todas as incidências observadas. Em primeiro lugar, começaremos por referir que é muito difícil encontrar caminhos que nos possibilitem aceder à lagoa. A vegetação selvagem tem invadido e destruído muitos dos antigos atalhos. Mesmo assim, conseguimos encontrar um trajecto que se localiza proximamente dos campos de treino do Sporting Clube de Esmoriz e foi por aí que conseguimos empreender a nossa investigação. 
Ao entrarmos no meio envolvente da Barrinha, vislumbramos a existência duma vegetação diversificada, cuja altura poderá variar.



Figura 1 - A flora pauta-se pela sua variedade, podendo a vegetação atingir várias dimensões


Continuando o nosso percurso, deparamo-nos com zonas pantanosas que derivam das anteriores "cheias" da Barrinha. 



       Figura 2- Atente-se ao solo mais deslocado para a direita da foto. Vestígios dum espaço pantanoso.


De facto, a fauna e a flora da Barrinha pautam-se pela sua diversidade, o que torna esta região apetecível para os investigadores científicos. Durante as nossas visitas, encontramos abelhas, rãs, mosquitos, gaivotas, andorinhas,  patos... Esta é uma região rica, em termos de vida animal!
Exposto tudo isto, conseguimos então atingir a costa da lagoa e verificamos a existência de alicerces antigos que suportariam uma antiga ponte que hoje já não existe.



Figura 3 - Alicerce/Base duma antiga ponte que estabeleceria ligação entre Esmoriz e Paramos.

Beneficiando do contacto próximo da Barrinha, constatamos imediatamente que as águas não estão límpidas. A poluição das águas é por demais evidente.



Figura 4 - Uma garrafa a boiar na água da lagoa. Para quando uma maior consciência cívica?

Todavia, não é só no lago que se verifica a irresponsabilidade humana, mas também no próprio solo. Verificamos a existência de embalagens de iogurtes, de garrafas de água, de sacos... Isto decerto que não foi levado através das cheias da Barrinha para o solo. Por isso, deduzimos que existem algumas pessoas que visitam a Barrinha, sem respeitar o seu meio envolvente. 



Figura 5 - A poluição do solo, outra realidade dura da Barrinha.


Outro dado adquirido prende-se com a ausência de movimentações humanas nesta região. A Barrinha actualmente é uma zona pública e por isso, qualquer pessoa pode visitá-la sem qualquer problema. Mas quantas pessoas o fazem? Seguramente, muito poucas. Das duas vezes, que empreendemos a nossa visita, não encontramos ninguém.
Como nos confidenciou recentemente o sr. Arménio Moreira, um dos responsáveis pelo Movimento Cívico Pró-Barrinha,  poderá surgir, em breve, um projecto que passará pela construção de passadiços de madeira que atravessassem a Barrinha e ligassem Esmoriz a Paramos. Para isso, era ainda necessária a reconstrução da antiga ponte que fazia a conexão entre estas duas localidades. Assim, talvez fosse possível atrair uma maior visibilidade e interesse por este espaço que se encontra hoje praticamente abandonado pelo ser humano. Todavia, para este plano avançar são necessárias verbas que, infelizmente, não abundam na conjuntura actual. 


Figura 6 - Visão admirável sobre a Barrinha

Todas estas fotografias foram tiradas pelo Cusco de Esmoriz. Contudo, o mesmo aceita a partilha livre das mesmas para estudos académicos ou outras actividades  finalidades interessantes. Disponibilizamos ainda uma galeria de imagens sobre a Barrinha, no nosso perfil do Facebook.
Agradecemos então que visitem a nossa página em: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.116281201833539.12262.100003549799118&type=3

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