Pelas piores razões, tivemos a notícia de que um lar de idosos funcionava ilegalmente (mesmo contra a ordem de encerramento por parte da Segurança Social) e sem quaisquer condições, em Vila Nogueira de Azeitão (Setúbal). Os cerca de 20 idosos que aí viviam (a troco dum valor mensal elevado) eram tratados como trapos e sem a dignidade a que têm direito. Eram alvo de maus tratos e não acediam aos necessários cuidados médicos e alimentares. As ex-funcionárias, os utentes e até a vizinhança atestaram todos estes maus tratamentos. Segundo as testemunhas, os idosos não tinham sequer acesso a roupas convenientes e por isso, passavam muito frio neste estabelecimento que chegou a ser designado por alguns habitantes locais como o "Poço da Morte".
De facto, foi um episódio muito triste. Graças à brilhante reportagem da TVI, foi possível denunciar este caso vergonhoso e agora, creio que será uma questão de tempo até punirem severamente os responsáveis, desprovidos dos valores humanos e da indispensável ética. O lar, designado como "Poço da Morte", tem agora os dias contados e seguramente não deixará saudades a ninguém no futuro.
Infelizmente, esta história parece ser uma gota num Oceano. Aliás, acredito que existam mais lares sem a devida fiscalização e que não prestam a atenção necessária aos mais idosos, isto é, àqueles que trabalharam uma vida inteira para merecer o respeito das gerações vindouras. Claro que é sempre triste ver idosos a morrerem isolados (e sem qualquer auxílio!), mas também não é este o tipo de tratamento que eles merecem. Assim, mais vale estar sozinho do que mal acompanhado...
Espero que este caso seja um precedente para uma fiscalização mais justa e eficaz dos direitos daqueles que merecem ter um final de vida digno. Está na altura de respeitar as pessoas mais idosas que não são trapos! E quanto às famílias, espero que se preocupem sempre com os seus entes mais envelhecidos, procurando ter a certeza de que eles estão bem.
Imagem nº 1 - O "Lar Idoso 24" funcionava ilegalmente desde Janeiro (isto é, quase há um ano) por falta de condições. Mas o referido estabelecimento ainda não tinha encerrado para azar dos utentes que aí eram constantemente atormentados.
Imagem e Notícia retiradas de: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2940284&page=1
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